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História Shutdown - Confissões


Escrita por: Pando-san

Notas do Autor


Yo! Pando retornando mais uma vez.

Capítulo 8 - Confissões


Sua corrida é interrompida por um ataque surpresa que causou faíscas por toda a região de sua cabeça ao ser acertado, causando um forte estrondo oco ao colidir com o chão, visivelmente atordoado, o animatrônico se levanta encarando em sua frente a silhueta do coelho Bonnie que, apesar de seus profundos olhos estarem escondidos por sombras, está o encarando mortalmente. Balançando o dedo indicador enquanto ergue a cabeça um ponto de luz branca surge nas pupilas daqueles olhos rosados, e então permite-se falar com Foxy o raposo vermelho. 

—Hehehahaha. Não acredito no que tô vendo! O velho… Pirata. Raposo. Me fala, pra quê… Toda essa pressa. Hum? Achei que já tinha decaído! Depois de tudo aquil —a voz robótica do coelho, soa cética carregada de ironias.

Ainda que estivesse tonto as pernas vacilavam, fazendo com que o raposo se apoiasse abruptamente contra as paredes do corredor, assim, derrubando as folhas de papel sulfite presas à parede, que eram nada mais que desenhos infantis.

—Não é da sua conta o que eu faço, ou que deixo de fazer. —a ríspida resposta veio a tona, tornando a deixar o raposo num estado de adrenalina temporária.

—Como é? —O nariz de Bonnie torceria naquela hora, mas, suas expressões, são limitadas apenas à um sorriso largo.

Quando o robusto coelho lilás abriu sua boca para retrucar, a música tocada por Freddy, a Canção do Toreador, soou, sendo jogada ao ar atraindo a atenção de todos os dois. Com desespero, o raposo olhara para a sala do vigia, ciente de que não havia nada que pudesse fazer já que Bonnie o barrava como uma alta muralha, e se voltasse o corredor certamente não teria tempo para alcançar a porta oeste da sala pois Bonnie, certamente, o pegaria antes. O raposo notou que algo estava fora do comum, Freddy não tinha o costume de sair para atacar o vigia tão cedo, não era possível que a música realmente viesse de lá.

—Eh? Mas que diabos, o quê é que Freddy tá fazendo!? Ele enlouqueceu de vez? —Indagou-se o coelho, esbarrando seu braço em Foxy o empurrando propositalmente, enquanto seguia mergulhando na densa escuridão em busca da fonte que soava aquela música bizarra àquela hora da madrugada.

O raposo se aproveita da situação e vai até a porta e com seu gancho, ele bateu sobre ela. Schmidt atentou-se, e trocou para a câmera que lhe dava a visão do outro lado dela fitando aquele animatrônico encarando aço riscado, como se estivesse esperando alguma resposta, o jovem ficou calado pensando que assim aquele raposo iria embora logo.

—Hey! Você tá aí? Está tudo bem com você? —Indaga o raposo vermelho num tom de voz mais baixo, enquanto olhava aos arredores para certificar-se de que não havia ninguém para o ouvir dizer-lo. Demorou alguns segundos. Foxy muito impaciente abriu a boca para chamar o vigia novamente, e a resposta de Schmidt curta e grosseira surgiu antes de ele falar.

—Vai se ferrar… —Ele ignorou totalmente a cena anormal dos animatrônicos brigando mais cedo, o respondeu, como se fosse realmente possível ouvir-lo de fora. Por um momento, um sentimento estranho veio a surgir, deixando o raposo numa leve tontura por segundos. Quando ele sacudiu a cabeça, persistiu mais uma vez, agora, com as orelhas ligeiramente baixas.

—S-só quero ajudar, cara!

Eu não preciso da sua ajuda! —Schmidt berrou, sem demora, com ira em sua voz. Ao abaixar a cabeça seus olhos desaparecem por causa da sombra que se projeta dos cabelos castanhos sobre eles, enquanto uma estranha sensação de formigamento percorria por todo seu corpo ao mesmo tempo em que ele sobrepuja a tela de dezesseis sob a pressão aplicada pelas mãos inquietas. —Porquê… Porquê você tá fazendo isso?! Justo você!? —Terminou Schmidt levando uma de suas mãos a testa, ao fazê-lo algumas mechas da franja caíram para entre seus dedos.

De repente gotas ruíram sobre a tela rachada daquele aparelho conectado às câmeras, eram lágrimas, que despencaram após escoar pelas bochechas coradas deixando para trás o seu rastro molhado, que brilhava com o reflexo da luz. Fora dali, a esperança de uma resposta sequer partida do vigia atrás daquela porta, ia morrendo aos poucos. O raposo tomba seus olhos ao chão ladrilhado e coloca parte da testa contra o aço da porta, com isso, tocando seu focinho levemente no aço gelado.

Porquê eu tô me sentindo tão mal assim!? Não me odeie. Por favor. Eu não aguento mais isso. Não seja como os outros. Não me odeie sem antes...

Os pensamentos do raposo foram brutalmente interrompidos. Passos pesados vinham do outro lado. De começo, ele acreditou ser Bonnie, motivado por aquele fútil objetivo, e pela rivalidade entre eles. Num instante se dá conta da existência duma iluminação que vinha da lâmpada incandescente da sala. Os raios amarelados superaram a janela de vidro temperado e então correndo até lá, Foxy cola seu focinho e apóia uma das mãos nela e quando os olhos amarelados captaram aquele corpo, caminhando para fora da escuridão da outra porta, foram se arregalando junto da boca que pouco a pouco se abria. Ele começa a bater freneticamente no vidro soltando gritos de aviso que eram todos em vão, após Schmidt ter falado, ele trocou de câmera assim não podendo mais ouvir as falas do raposo. As íris juntamente das pupilas de Schmidt encolheram-se ao ver os pés de três dedos espaçados tão próximos lentamente levantou a cabeça ficando paralisado ao ver a face aterrorizante do animatrônico.

Amarrado em seu pescoço um tecido desgaste continha a frase “Let's eat!” estampada sobre ele. O animatrônico dava ataques epiléticos e a voz dominou o silêncio da sala com murmúrios de palavras inversas numa voz grave e distorcida. Chica, a galinha de cor amarela estava o encarando mortalmente. Ao engolir seco, Schmidt piscou duas vezes num instante e fez uma tentativa de respirar fundo, as luzes falharam. Então veio o baque. O estrondoso som repetiu-se por quatro dos nove cômodos da pizzaria.

—O quê... foi este som? —Indagou serena a grave voz, enquanto, por uma fresta, uma iluminação distinta que vinha do lado de fora da pizzaria, colocava-se sobre a orelha arredondada da cabeça baixa.

—E-e-eu não sei, não se preocupa com isso. T-tenho certeza que a Chica. C-conseguiu. —Respondeu levemente agitado diante da presença dele, conseguindo conter uma tremedeira involuntária em seus joelhos.

Jamais sentira tamanho medo por algo ou alguém como ele, apesar de estarem juntos ao longo da estrada do tempo, nada, mudou. Talvez por seu jeito distanciado, talvez o desinteresse por seus companheiros de longas décadas, por seu jeito frio e reservado de ser, Bonnie não sabia mais de nada, e já havia deixado isso de lado há muito tempo. O respeito que têm por ele, assim como todos os outros, fora construído à base da força bruta, como um regicida perverso transbordando de maldade pura.

—Está dizendo o que devo fazer, Bonnie? —Erguendo a cabeça levemente e permitindo que seu focinho esférico fosse iluminado, uma leve alteração em sua voz se torna perceptível. Após de indagar ele se vira para Bonnie.

Ao encontrar aqueles dois buracos negros preenchidos pelos pontinhos brancos luminosos, o coelho recuou um passo.

—P-por favor me perdoa. Não quis dizer isso!

O silêncio uivava enquanto ele encarava a própria fobia logo em frente, congelada como uma estátua o fitando, como uma. O urso só então disse.

—Volte para seu lugar no palco.

Após sua ordem, num piscar de olhos, sua silhueta desapareceu da cozinha deixando para trás os rastros sonoros de seus passos contra os azulejos. Sozinho, o coelho suspira e caminha até o limiar da cozinha apoiando seu ombro sobre o batente.

—Porquê você é desse jeito? Caramba! Queria que pudéssemos ser amigos… —Ele ponderou, seguindo logo depois, a ordem do urso.

Na sala de vigilância, Schmidt se vê numa situação desastrosa, está no meio de uma luta entre Foxy e Chica. O raposo entrou na sala e a derrubou, com isso, o corpo da galinha foi ao chão criando todo aquele estrondoso som.

—Não, Chica! Você não pode fazer isso! Você é melhor que isso! —Com vigor sobre sua voz ele disse. Contendo a galinha em seus braços.

Com toda sua força, a galinha, lhe dá um empurrão e se levanta do chão, neste momento as luzes retornaram. Foxy bateu suas costas contra os controles da porta esquerda, fazendo-os em pedaços. Hesitante, a galinha volta sua atenção para o vigia.

—V-você não tá cansada de tudo isso?!

A voz do raposo, atraiu os olhos dela. E assim ele continua.

—Ano após ano, matando as pessoas vestidas nesse maldito uniforme... Só pra achar, aquele, desgraçado… —Fazendo esforço para se reerguer, um gemido fez com que ele parasse por um tempo. —Isso não tá certo. Todas aquelas pessoas que morreram por minhas… Não... Por nossas mãos assombram minha cabeça. Ainda vejo seus rostos desesperados e ouço suas vozes me questionando “Porquê? Porquê você fez isso?”... E eu não aguento mais isso. Não quero que a mesma coisa aconteça com ele. —Foxy aponta na direção de Schmidt, enquanto caminha mancando em direção dele. —Quero que isso acabe de uma vez por todas, vou protege-lo pelo tempo que ele ficar aqui, custe o que custar! —Terminou o raposo parando na frente de Schmidt com os braços abertos.

Chica recuou dois passos, batendo suas pernas contra a mesa de metal. Era notável que iria falar alguma coisa, mas, não houve tempo, pois urso alcançou a sala antes. A boca bem como os olhos azuis, tinham uma iluminação interna um tanto fraca e falha de segundo em segundo. Foxy foi o primeiro a notar os olhos do urso, suas orelhas baixaram na hora e por consequência, Chica desviou sua atenção para a porta esquerda também percebendo o urso alí.


Notas Finais


Esse foi o capítulo, desculpa o Pando por qualquer erro gramatical. Levaram dias pra escrever-lo, pode ser que tenha passado algum erro depois da revisão... Mas, não condena o Pando por isso ok?

Abraços,

Pando.


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