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História Shutdown - O Dourado


Escrita por: Pando-san

Notas do Autor


Hey! Pando voltou depois de mais um tempão, aqui vai mais um capítulo.

Capítulo 9 - O Dourado


Àquela altura era iminente: alguém iria sofrer as consequências de seus atos. Fazbear entrou na sala e caminhou até parar entre Chica e Foxy. Suas passadas, até então eram o único som auditivo em todo o prédio. Virando-se lentamente em direção de Foxy seu olhar ameaçador e ao mesmo tempo, perturbante, despenca sobre o raposo que se vê alarmado mas se mantém firme cobrindo o pequeno homem em vista de seus quase dois metros e vinte.

—Você… Irá mesmo cometer essa idiotice? —Indagou o urso, curto e objetivo. Ele cruza os seus braços após dizer. —Se for, vou me livrar de vocês sem problema algum.

O raposo se surpreende ao ouvir tais palavras sabia que Freddy seguia sua diretriz fielmente mas não àquele ponto. Porque ele mudou tanto assim?! Se indagava Foxy, completamente paralisado por medo.

—Patético. Sequer pode falar. Suas ações imprudentes vão custar-lhe caro.

De repente, o soar das seis destruiu o clima pesado e tenso acalmando Foxy e os nervos de Schmidt que soltou um suspiro demorado.

—Seu tempo, Michael Schmidt, pode ter acabado. Por sorte. Se você for impudente suficientemente​ para voltar aqui amanhã… Saiba que nunca mais irá ver a luz do dia novamente.

Deixando claro seu aviso, ele caminha até a porta destinado para o palco, onde terminará seu modo livre na mesma pose que antes. Olhando por cima do ombro, seu olhar desta vez foi redirecionado para Chica. Não demorou muito para ela entender o recado contido nos olhos azulados e sem tardar ela segue-o, apenas fitando suas costas.

—Se eu sentir qualquer tipo de hesitação vinda de você. Ela será a última. —No meio do caminho ele quebra o silêncio, sem sequer lhe dar o privilégio de um contato visual, Freddy concluiu o último de seus avisos.

Ela, nada disse, apenas segurou  o braço esquerdo com o olhar caído para a direita.

Aquele cara vai voltar eu tenho certeza. Eles… Eles sempre voltam, não importa o que Freddy diga, isso não vai ter nenhum efeito sobre Schmidt… E desta vez, eu não posso falhar de novo!

Ponderou a amarela posicionando-se ao lado do líder. Seus olhos pouco fechados, viram o raposo vermelho vindo da sala no fim do corredor indo em direção da Pirate Cove, a sua mão de ferro apoiou-se sobre o chão do palco e com um breve impulsionar nela ele joga suas pernas para cima se reerguendo ao mesmo tempo em que seguia transpassando as cortinas arroxeadas, as quais, permitiram a vista de trás dele por curtos milésimos antes de cerrarem as frestas entre si. Dizendo o nome do raposo mentalmente seu modo livre encerrou-se e a desligou junto com o raiar do sol, para daqui a poucas horas ela iniciar novamente, executando a programação lhe imposta. Alguns metros dali Schmidt, examinava os estragos causados antes na placa eletrônica dos controles da porta.

—… —Soltando um suspiro ele começa.—O Charlie vai descontar do meu salário… Que já é pouco. Vo ter que descobrir um jeito de arruma iss... —Um bocejo lhe interrompeu. —Pensando bem, vejo isso depois. —Completou Schmidt preguiçoso.

Iniciando passos levianos ele sai da sala afrouxando sua gravata quando cruza com o palco Pirate Cove, num instante, em sua cabeça, a atitude de Foxy para defendê-lo alastrou-se por sua mente.

Quero que isso acabe de uma vez por todas, vou protege-lo pelo tempo que ele ficar aqui, custe o que custar!

—Tch! Caramba… —Levemente corado o jovem coçou a bochecha e baixou o olhar.

—Hã, Schmidt Mike? —Os olhos de Schmidt se ergueram no mesmo momento, quem falou era ninguém menos que Charlie o dono do local. Trajava colete e camisa de longas mangas, calças e sapatos de bico fino. Roupas mais informais em vista de antes.

—Chefe… —Schmidt quis questionar o loiro bem em sua frente, mas hesitou em fazê-lo abaixou a cabeça e suspirou. —Bom dia… —Lhe entregando um forçado sorriso de olhos fechados ele cumprimenta o homem. —Porquê tá aqui tão cedo?

Charlie estranhou o modo como Schmidt agiu e falou, que se lembre, nunca presenciou o homem se importar com algo ou alguém de fato.

—Ah, bom dia! Tive que chegar mais cedo vou começar a sessão de entrevistas logo. —Com as mãos nos bolsos, explicou-se.

—Entrevista?

—Sim, estou precisando de um pessoal pro turno da tarde. —Charlie bufou pelo nariz desviando os olhos para a direita. —Todas aquelas crianças são muito bagunceiras, que saco! —Reclamou.

Parece que Charlie não gosta muito de crianças. Então porque ele começou tudo isso? Pensou Schmidt com um ar distraído.

—Você está cansado, vá para casa repousar. Ah! A propósito, estou muito satisfeito com o seu desempenho continue se esforçando e em breve você receberá sua recompensa. —Sem esperar uma resposta, ele cruza o Show Stage indo para seu escritório. Charlie até tentou abrir a porta mas, ela estava trancada.

Não me lembro de tê-la trancado ontem. Pensou Charlie, enquanto encaixava a chave na fechadura. Ao adentrar no escritório tudo está como ele deixou ontem antes de sair, suspirando fundo Charlie segue para a cafeteira elétrica a colocando para funcionar. Subitamente a porta, deixada aberta por ele, se fecha fazendo o loiro estremecer com o som da pancada ao batente, seus batimentos cardíacos aceleraram e sua respiração se tornou pesada. Seria as ações do vento? Era a única explicação lógica para o homem, que acabou de respirar fundo. Próximo dali, em sua cadeira havia um ser de olhos completamente negros, tentar os encarar era o mesmo que olhar para dentro de um poço profundo. O corpo robusto, é farto em pelos de um amarelo desbotado. O dourado traja moletom, bermudas e uma pequena cartola adornava o topo de sua cabeça.

Assim como suas vestes estão surradas e sujas, por seu corpo, estão espalhados os ferimentos de vários graus de gravidade. Charlie não acredita que aquilo que seus olhos vêem é real e não esboçou nenhuma reação de imediata.

Justo esta manhã ele se esqueceu de tomar aqueles malditos antipsicóticos antes de sair de casa. Há alguns meses atrás o proprietário se viu forçado a frequentar um psiquiatra após os rumores que especularam a perda de sua sanidade mental se espalhar. Naquele dia, o proprietário foi flagrado por alguns clientes, segundo eles, Charlie estava tendo uma conversa que julgaram “estranha” com um endoesqueleto de metal na sala de manutenções, o homem teria um largo sorriso no rosto e sempre murmurava a frase “Você não pode!” diversas vezes. Ele acabou assustando metade dos frequentadores e os afastou por meses. Charlie já não duvidava de que o urso amarelado fosse claramente real as suas mãos estavam suando e o corpo querendo fugir dali o mais rápido possível sua visão ficou turva e parecia que a cada segundo o bizarro urso estava chegando cada vez mais perto, até que então Charlie começou a ouvir risadas como se houvesse uma criança brincando ali dentro. Novamente tentando olhar para o urso ele viu dois pontos brancos acessos no centro dos olhos sombrios agora, sua imagem assemelhava-se à Freddy o urso cantor só que em uma aparência dourada. A sua cabeça estava caída para a direita estava boquiaberto com um sorriso perturbador as mãos se viam caídas sobre os encostos laterais da cadeira executiva, repentinamente alguém bate a porta arrancando a atenção do homem para lá.

—Senhor Fazbear, só passando pra avisar que cheguei! —Disse a voz masculina, abafada.

Quando Charlie voltou a atenção para o urso, ele já não estava mais. Isso o convenceu de que a falta dos medicamentos matinais em seu organismo começou a fazer-lhe falta.


Notas Finais


Enfim este capítulo vai ficando por aqui, espero que você tenha curtido. Nos vemos no próximo.

Abraços,

Pando


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