História Shy (Or Not) - Mãe

   Depois de falar com o tal "Daddy", não posso dizer que não me senti tentado a ligar para o sujeito e tirar essa história toda a limpo, quero dizer, quem em sã consciência mandaria mensagens eróticas para um completo desconhecido?!
  Resposta: ele
  Mas pensando bem, qualquer um que recebesse ditas mensagens, faria como eu, diria que a pessoa se enganou e não levaria o papo pra frente
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-Whaaa~ O que foi que eu fiz?!- Comecei a gritar e a me desesperar, o que eu tinha feito?! Simplesmente comecei a bater papo com um completo estranho! E se fosse algum assassino em série?  E se fosse alguém tentando roubar meus dados de cartão?!
  E o pior é que eu ainda havia aceitado concelhos do sujeito!
  Estava decidido, eu nunca mais falaria com aquele cara estranho, apesar de eu estar realmente curioso pra saber quem ele é... Não, não e não a curiosidade matou o gato Im JaeBum!!!
  Para esquecer qualquer loucura que eu talvez estivesse por fazer apenas catei uma roupa de corrida que já estava mofando no fundo do guarda roupas e me vesti rapidamente pegando celular e a carteira pra sair daquele apartamento o mais rápido possível.
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  Chegando no parque, comecei a me alongar fazendo as posições que me lembrava no momento.
  Foi só eu começar a pegar um ritmo legal na corrida e meu celular vibra indicando que eu havia recebido uma mensagem, nem olhei e ja fui abrindo, eu devia ter feito isso:

  [Daddy]
 
  Parei pra tomar um
sorvete e como sei q vc
gosta, não pude evitar e
pensar na sua carinha de
satisfação se estivesse
aqui

  Meu coração se aqueceu com essas palavras, mas logo me lembrei de que não conheço o cara. Bloqueio a tela do telefone celular e volto a correr.
  Atravesso uma ponte cheia de cadeados e imediatamente penso na França e em como os franceses têm um histórico íntimo com pontes, como a ponte dos cadeados de Paris ou daquela vez em que o exército franco marchou em uma ponte mas tinha tanta gente que a ponte quebrou|
  Sou interrompido da minha aula de história mental por uma mensagem que faz meu celular vibrar, sei que não deveria falar com estranhos e muito menos ler suas mensagens, mas a curiosidade me vence, e também, ele tem sido bem gentil comigo... Acho que se eu apenas ler as mensagens, não haverá problemas...

  [Daddy]

  O que o meu pequeno
está fazendo?
Você nem me respondeu...

  Engasgo violentamente com a água que estava bebendo.
  -E-ele me chamou d-de seu...?-começo a balbuciar repetidamente, mas logo balanço a cabeça e bloqueio o celular.
  Assim que acabei de beber a minha água, volto andando para casa mesmo porque minhas pernas quase já não me aguentavam mais em pé.
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  Passo o cartão chave  e a porta destrava, ao entrar em casa vou largando tudo por aí e deixo as coisas espalhadas pelo chão mesmo nem me importando em tentar arrumar, sei que minha mãe iria reclamar e dizer que ela não me criou para ser um preguiçoso, mas ela praticamente não fica em casa já que está sempre ocupada trabalhando para nos sustentar. Com esses pensamentos tomo um banho bem gelado pra ver se eu levo jeito nessa vida e penso no meu futuro ao invés de ficar me exitando com as palavras possessivas de um completo estranho... OK, talvez nem tão completo estranho já que nós conversamos um pouco, mesmo que por mensagens, isso conta como estranho ou completo estranho?
  E foi pensado coisas sem sentido como essas que eu tomei um banho beeeem demorado...
  Depois de me vestir,  fui até a cozinha pra comer um miojo ou sei lá o que, sim eu sei acabei d fazer exercícios físicos e já vou comer porcaria,  mas que outra opção eu tenho se não vou ao mercado há mais de uma semana.
  A água já estava fervendo quando repentinamente ouço a porta ser espancada, levei um pita susto que até dei um pulo e um grito"muito másculo" por sinal, pego uma frigideira e a maior faca que tinha naquele cômodo e vou em direção à porta esta que se abre com um grande e estrondoso barulho, tanto eu quanto quem acabou com a minha porta gritamos e eu já vou pra cima berrando coisas como "vai embora" ou "se tentar me roubar eu chamo a polícia!".
  -Ai credo! Mas o que é isso?!
  -Mãe?! A senhora quer me matar de susto ou que hein?
  -Yah! Isso lá é jeito de falar com a sua mãe JaeBum?! Me respeita que fui eu quem te deu a vida e posso muito bem tira-la hein
  -Ô mãe, que isso qual é a necessidade dessa violência toda...Eu hein~-reclamei fazendo bico
  -Aigoo, minha cria lindinha-Disse a velha já vindo pra cima e me espremendo num abraço de urso, logo depois apertou minhas bochechas e completou sua fala:
  -É que essa maldita porta emperrou aí eu tive que dar um jeitinho né~ he he he
  -Bater na porta não vai ajudar em nada viu?- respondi massageando minhas pobres bochechas avermelhadas
  -Funcionou hoje- ela retrucou e eu desisti de tentar ter uma conversa civilizada, mas ela ainda tinha o que falar:
  -E mesmo assim! Isso lá é jeito de receber a sua amada mãe que ficou fora do país por uma semana inteira?!
  -OK~ me perdoe ó grande rainha- eu disse brincando enquanto fazia uma reverência bem pomposa
  -Ahahahaha que isso meu filho tudo bem
  -Já que está tudo bem, que tal se a senhora me fizesse aqueles seus pastéis hein? Tô com saudades da sua comida...
  -Só da comida é?!-Ela gritou brincalhona como sempre.
  Depois de ela fritar os pastéis enquanto me dava bronca por deixar a casa aquela bagunça toda, porém ela não me fez arrumar nada já que aquele era um dia especial.
  Passamos a tarde inteirinha comendo pastéis e falando sobre a viagem dela, sobre como sentimos saudades um do outro e com toda essa empolgação, meu telefone celular ficou esquecido jogado em cima da cama... vibrando avisando que algumas mensagens haviam chegado...