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História Shy (Or Not) - Pai


Escrita por: YugBumS2 e ChewyHardCandy

Capítulo 4 - Pai


    Acordei tarde no dia seguinte, eram quase duas da tarde quando levantei da cama estava cansado mesmo tendo acabado de acordar, me arrastei ate o banheiro para fazer a minha higiene pessoal. Passo para a sala de estar e vejo a baderna de coisas espalhadas pela casa toda misturada às bagagens de minha mãe e solto um sorriso soprado e aliviado por saber que ela chegou bem da viajem mesmo que fosse somente uma à trabalho. Mesmo sabendo que eu não poderia fazer nada para impedir algum acidente, não conseguia deixar de me sentir responsável por qualquer coisa que acontecesse a ela.

     Pensei na hipótese de acontecer igual tinha acontecido com meu pai, a agência de avião me ligava no meio de uma tarde ensolarada pedindo desculpas pela inconveniência da tragédia, me dando os pêsames e a indenização pelo acidente de avião e logo após desligando sem mais nenhuma palavra.

     A memória me deixou desolado e já estava sentado no chão aos prantos, abracei as pernas e escondi o rosto choroso nos joelhos, derramando cada vez mais lagrimas enquanto murmurava por meu pai, sabendo que não poderia estar em seu abraço novamente ou ter sua voz me consolando. Meu pai era uma ótima pessoa, que estava sempre lá para mim. Quando eu caía da bicicleta e ralava um joelho, lá estava ele pra me consolar e me fazer rir, sempre de bom humor, mesmo quando eu dava uma de peste e começava a desenhar nas paredes, ele apenas ria e vinha desenhar comigo, tendo o cuidado de limpar tudo antes da minha mãe chegar do trabalho|

    Uma vibração me surpreende e logo noto que era meu telefone celular avisando que eu tinha algumas mensagens não visualizadas e uma que acabara de chegar, já não ligava se era o cara pervertido e estranho que havia mandado todas elas, seria bom ter uma distração para que eu não acabasse estragando o dia da minha mãe com melancolias. Levanto-me do chão frio meio cambaleante e me apoiando nas coisas vou até a cozinha, onde sento na bancada (tava sentado na bancada mesmo, com a bunda no mármore branco). Desbloqueio a tela do celular e digito a senha, indo direto ao aplicativo de mensagens e abrindo vendo que a maioria eram do tal “Daddy”:

 

 

[Daddy]

Hey baby agr é sério,

pq vc n me responde?

Você está ao menos visualizando

 as mensagens??

 

[Daddy]

Aconteceu algo?

Vc está bravo pq eu

não lhe disse quem eu sou?

 

[Daddy]

Me desculpe se isso te deixou chateado,

mas eu realmente

não posso te dizer isso no momento...

 

   Fechei a mensagem e fui ver quem mais havia me mandado alguma coisa, não fiquei surpreso quando vi que era do grupo que eu tinha com Jinyung e Jackson, pois os dois eram meus melhores amigos, e eram bem grudados em mim também, tanto que tínhamos uma intimidade tão grande, que uma vez, já perguntaram ao Jackson se Jinyung era seu namorado ou algo assim e enquanto este se acabava de rir, Jackson corava violentamente. Rindo com a memória, abri as mensagens e eis que essas duas criaturas estavam a me convidar para irmos juntos ver o ultimo filme de uma atriz famosa que Jackson idolatrava e nos obrigava a ir com ele assistir cada longametragem em que a bendita da mulher atuava. Rapidamente respondi a ele e a Jinyung  que eu estava dentro. Logo me responderam, e então marcamos o lugar e o horário, seria em um shopping mall que costumávamos freqüentar desde que nos tornamos amigos, o que seria desde sempre.

   Já tendo me esquecido das mensagens do “Daddy”, tomei o desjejum (mesmo que já estivesse no horário de almoçar) com a minha mãe e fui me arrumar para sair.

   Ao chegar a parte da frente do grande, moderno e chamativo prédio, logo avistei os garotos e quase como uma força do hábito, pulamos para um abraço em grupo e começamos a nos cumprimentar e a conversar audivelmente enquanto caminhávamos em direção a ala do cinema.

  Compramos os ingressos, a pipoca e os refrigerantes, o que demorou séculos, por Jackson não saber onde querer sentar e demorar mais do que um cliente deveria, o deixou a caixa muito irritada, Jinyung e eu por outro lado, já estávamos acostumados com a indecisão costumeira de Jackson, portanto, apenas ficamos esperando ele decidir tudo enquanto ficávamos jogando conversa fora. Depois de azucrinar a moça o suficiente, ficamos no hall do cinema, no lounge ou o que você preferir, Jackson estava em cima de um balcão e falava de frente com Jinyung, e para poder ficar no meio dos meus dois melhores amigos, afastei os joelhos de Jackson e me encaixei entre suas coxas roliças, soltando uma piada bem ruim sobre o assunto do qual Jinyung tanto tagarelava, a piada foi tão ruim, mas tão ruim, que só mesmo o Jackson pra rir daquela desgracera...

  O alarme do meu telefone tocou, nos informando de que estava na hora de o filme começar, avisei os meninos e peguei na bunda do Jackson mesmo pra descer ele do balcão, logo enlacei sua cintura e passei o braço ao redor dos ombros de Jinyung e fui puxando o povo até a fila para entrarmos nas salas. Mal tínhamos começado a andar em direção a dita fila e Jackson se desvencilhou do meu abraço dizendo que tinha uns caras mal encarados nos olhando com cara feia e que dava medo, aí como o bando de bravos cavaleiros de armadura brilhante que somos, saímos correndo em direção ao balcão onde checam os ingressos e furamos fila na maior cara dura pra sairmos do campo de visão dos supostos valentões.

  O filme tinha começado há apenas trinta minutos, e por mim já poderia ter terminado... Olho pro lado e vejo Jinyung dormindo de boca aberta ( ainda bem que ele não ronca) e babando,olho para o outro lado e vejo Jackson com seus grandes olhos brilhantes, quase chorando, então começo a mexer no celular, sem me importar com as regras do cinema. Hoje eu estou punk pra valer, furando filas e até fuçando no telefone no meio da sala de cinema na lata...

  Ao ler as mensagens do “Daddy”, vi que o cara tava tão preocupado comigo que senti uma coisa meio esquisita dentro de mim se acender, como se fosse o começo de algo, me senti tão mal por ignora-lo esse tempo todo que não pude evitar e responder o sujeito...



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