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História Siat - A INCAPACiDADE


Escrita por: CaldodaAlma

Notas do Autor


Caro Amigo(a),
Fico muito feliz que você tenha lido essa história( pelo menos o início dela). Espero que ela te envolva o quanto me envolveu. Não consigo fazer isso muito bem(acho que deu para perceber), mas espero que tenha uma boa leitura.

PS.: Caso tenha alguma indicação de fanfic para mim, deixe nos comentários!!

Monte Pedroso

Capítulo 3 - A INCAPACiDADE


Fanfic / Fanfiction Siat - A INCAPACiDADE

Capítulo 3

Escuro tomava meus olhos, tudo o que conseguia ver era a completa escuridão. Sentia somente os braços que me seguravam pelas costas e pernas, basicamente aninhando-me. Não sei como conseguiu me segurar, pois o impacto da queda é extremamente forte e isso provavelmente quebraria o braço de um ser humano comum. Talvez algo tenha amortecido minha queda, mas isso não tirava a suposição de ser um homem.

Ele andava em meio à ausência de luz sem errar um passo e sem bater em nada. A ausência de erros me fez pensar que ele havia ensaiado o caminho, que aquele ambiente era familiar a ele. O terror estava me consumindo, pois estava nos braços de um estranho logo depois de provavelmente ter sido perseguida por alguém em um prédio abandonado.

Um pensamento terrível sacudiu meu coração: E se ele fosse o perseguidor? Eu tremia por dentro, mas não suava por fora. As batidas cardíacas desde o momento da entrada do prédio até agora continuavam aceleradas, evidenciando a adrenalina consumindo meu corpo. Tentei me debater, mas ele simplesmente apertou-me com mais força, machucando um pouco o meu braço e imobilizando-o. Gritar era inútil, na medida que minhas cordas vocais simplesmente não funcionavam.

Nada fazia sentido. Em algum momento, a claridade começou, gradualmente, a aparecer e eu consegui discernir o seu rosto. Olhos redondos num rosto quadrado que harmonizava com seu nariz e boca. Seu cabelo era preto, o que dava a ele um ar afetuoso, porém sombrio. Novamente tentei me mexer visando escapar, mas ele simplesmente olhou para baixo, diretamente para meus olhos e, enquanto eu percebia que ele era portador da mesma mutação que eu, fiquei muito sonolenta e apaguei.

Acordei um pouco depois, ainda nos braços do desconhecido. Recorri às minhas lembranças. Mutação. Olhos verdes e castanhos. Suspirei. Ele era um Heterocromo. O ambiente claro era antagônico à escuridão que meus olhos ofereciam enquanto estava apagada. Do ângulo em que me encontrava, só conseguia ver um teto branco, alto em que estavam suspensos diversos lustres, esbanjando extrema riqueza. O homem enfim percebeu que eu havia acordado assim que comecei a me debater, mas isso tornou-se muito difícil, pois agora estava algemada.

Minha cabeça não conseguia encontrar sentido nos fatos. Carta, queda, heterocromia. Havia ele me drogado? Só pode ser, pensei, eu não simplesmente dormiria, ainda mais com tanta adrenalina em minha corrente sanguínea. Tentei falar e, dessa vez, minha voz funcionou, mesmo saindo rouca e falhada:

- Quem é você? -perguntei enquanto me debatia.

A combinação das minhas ações não pareceu incomodá-lo e ele não se importou em me ignorar. Enquanto me debatia, as algemas machucavam meus pulsos, mas minhas pernas, que estavam soltas, faziam com que ele encontrasse dificuldade em me carregar. O homem, no entanto, agarrou minha perta, encravando as unhas nelas e imobilizando-me. Tentei, como último recurso, gritar:

- Quem é você, onde está me levando? Onde estamos? Responda-me!

O homem abriu um sorriso irônico que me irritou a tal ponto que minha raiva estava explodindo junto ao terror que quase cegava-me. Minha vontade era de dar um belo soco em seu nariz reto e torná-lo torto. Ele baixa novamente a cabeça e eu olho profundamente em seus olhos, a fim de tentar sensibilizá-lo, pois não possuía outra saída. Depois de alguns segundos de tê-lo encarado, seus braços fraquejaram e ele me deixou cair no chão.

Mal acreditei na minha sorte. Me debatia como um peixe morto no chão de concreto enquanto tentava me levantar. Minhas mãos estavam atadas por uma algema de um metal extremamente resistente, que impediam que me levantasse com facilidade, mas meus pés não estavam presos, o que possibilitou que eu me soerguesse através da contração do meu abdome.

Comecei a correr pelos corredores límpidos que quase me cegavam ao refletir a luz do sol. Após apenas alguns momentos, diversos homens começaram a seguir-me, enquanto eu tentava imaginar o mapa do prédio.

Virei à esquerda, entrando num corredor ainda maior. Quando percorri-o por inteiro, cheguei a um hall enorme, com o pé direito ainda mais alto do que eu tinha vista quando estava nos braços do homem. Para minha sorte, o hall estava cheio de pessoas o que, teoricamente, facilitaria minha fuga. As pessoas, no entanto, paravam e me observavam, abrindo um enorme corredor humano para que eu passasse. Talvez fossem apenas as normas de educação do local, pensei.O que parecia que significava um ato de admiração, respeito, mas pelo o que? Tais supostas normas, porém, fizeram com que o grupo de homens continuasse a me perseguir, na medida que conseguiam me ver.

Virei-me para atrás a fim de perceber a distância que nos separava e meu terror aumentou quando vi que estavam apenas a 2 metros de mim e chegando mais perto. Não podia desistir, pensei. O pessimismo começava a tomar conta de mim. Não adianta, pensava, eles irão te alcançar, você está fora de forma, não terá como escapar. Enquanto corríamos pelo hall, percebi que havia uma porta ao final que aparentava ser uma saída. Minha salvação, ponderei.Tal fato aumentou minha vontade de seguir em frente e diminuiu o pessimismo que me assolava.

Tentei acelerar meus passos, mas já estava no meu máximo. Meu corpo estava exausto, não respondendo mais totalmente aos meus comandos. Minhas pernas fraquejavam, mas a ideia de que havia alguém querendo m capturar e a porta cada vez mais perto me faziam seguir em frente.

Um som estrondoso irrompe o ar. Uma dor dilacerante percorre minha perna. Caio. Atingiram-me na canela. Eles aproximam-se e o mesmo homem que antes me carregava me pega no colo enquanto olha diretamente em meus olhos. Sinto-me novamente sonolenta e tento, em um último momento sair de seus braços, mas o sono me puxa e eu caio na profunda escuridão das minhas pálpebras.

 


Notas Finais


Obrigada por ler!!

Monte Pedroso


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