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História Side To Side - Docemente alarmante


Escrita por: AleixiLady

Notas do Autor


Oiiieeee... ADVINHA QUEM VOLTOU????????????????

Eu sei que eu demorei quase um século para atualizar, mas aconteceu tantas coisas que eu meio que perdi a vontade de escrever, principalmente quando meu PC deu um problema e apagou tudo. Tive que refazer esse capítulo e isso deu um puto trabalho :c

Mas cá eu, com mais um capítulo, que embora seja curto em comparação aos outros, representa muito bem o primeiro passo de cada um. Um passo por vez, sem se atrapalhar ou se embolar, desse jeito conseguimos as coisas com perfeição!!!

ENJOY!!!!

Capítulo 4 - Docemente alarmante


 

Capítulo 04 — Docemente alarmante.

Quanto tempo o coração leva para saber que o sinônimo de amar é sofrer?

Zé Ramalho.

Tweek acordou uma vez durante a noite e sentiu-se estranhamente confortável e seguro nos braços do moreno. Era firme seu aperto e o calor que o outro emanava deixava tudo ainda melhor.

O loiro ficou encarando aquele rosto sereno por horas a fio, sem se importar com mais nada ao seu redor, era tão bom ver a expressão de leveza do outro que desejou poder vê-lo assim todos os dias.

Essa estranheza era tão prazerosa, fazia seu corpo estremecer de uma maneira gostosa, inédita e completamente nova. Acabou se perguntando se Craig sentia o mesmo e pediu silenciosamente que essas sensações fossem somente fruto de uma alma loucamente debilitada, porque desde que se conhecia por gente, ninguém nunca teve interesse de estar ao seu lado, e agora Craig não era apenas um amigo e sim seu namorado — mesmo que fosse de mentira —, e estava fazendo um bom trabalho, diga-se de passagem.

Quando era mais jovem, totalmente inocente das malícias do mundo, Tweek pesquisou o que era ser um namorado e como era essa relação, claro que seu coração não parava de palpitar fortemente em seu peito em cada linha que lia daquele artigo, mas depois de todo aquele sufoco, aprendeu que ser namorado era ficar perto e apoiar a pessoa conjugal, mas acima de tudo, eram amigos incondicionais.

Dar carinho, ajudar, apoiar era uma das coisas que acabou aprendendo a fazer, embora todas as suas atitudes eram extremamente sutis, tentando não levantar suspeita para algo que jamais existira entre eles.  

Naquela época, tudo o que ele queria era um relacionamento falsamente verdadeiro.

Sem nem ao menos perceber, seus olhos foram se fechando e sua mente entrando no maravilhoso e audacioso mundo dos sonhos, não tinha muitos sonhos para se lembrar e a maior culpada disso tudo era a coitada da cafeína, porém, se seus sonhos fossem pesadelos, não se importava de não lembrar-se.

O dia amanheceu nublado, com o clima frio de sempre. Craig acordou sentindo-se revigorado e confortável, com a única mão livre que tinha, levou até seus olhos e os coçou manhosamente, despertando-se do sono que ainda estava querendo lhe dominar.

Com um ronronar alheio, o moreno olhou para baixo e sorriu verdadeiramente. Tweek era um anjo quando estava dormindo, na verdade, sempre fora um as pessoas apenas não enxergavam a pureza que ele carregava.

Craig fixou seu olhar no loiro por longos minutos, sentia que Tweek tinha dúvidas e medos, mas não sabiam quais eram e isso lhe irritava. Ultimamente tinha andando ‘estranho’ aos olhos esmeraldas reluzente do outro, e até mesmo para si aquelas atitudes eram estranhas, mas ninguém mandou ser tão irresistível.

Ele não pediu por amor, tampouco se apaixonar, mas como ninguém consegue mandar em um coração desprevenido, Craig não podia se esconder para sempre. O moreno admitia que talvez, só talvez, tenha se precipitado em uma decisão tão rápida depois da conversa com o Kenny, mas precisava agir, precisava fazer algo antes que fosse tarde de mais.

Claro que ele tinha incertezas ainda, muitas aliás, porém, se nunca tentar nunca saberá como será o final.

O moreno levantou com cuidado, em hipótese nenhuma queria acordar o loiro, que possuía uma expressão tão leve e que de fato precisava descansar. Infelizmente lembrou-se do outro escondendo suas olheiras atrás das maquiagens e tal lembrança fez que Craig tivesse um gosto amargo na boca; inconscientemente levou uma das mãos até os olhos do outro, acariciando docemente antes de se afastar dele.

Assim que levantou da cama, o moreno se espreguiçou manhosamente soltando um baixo suspiro, olhou em volta do quarto, capitando todas as pequenas coisas que o loiro gostava. Pôsteres de jogos enfeitavam as paredes, assim como algumas fotos fixadas em um painel pouco acima da escrivaninha.

Andou até lá e sorriu bobo ao ver que eram fotos deles juntos, fazendo inúmeras coisas e com uma expressão totalmente contente no rosto. O curioso era que só tinha fotos deles, Craig até pensou que aquilo poderia ser um santuário para Tweek, mas riu de si mesmo com aquele pensamento tão egoísta.

Rumou até o banheiro, fez sua higiene pessoal e desceu para a cozinha. A casa estava silenciosa e Craig pensou que os pais de Tweek já deveriam ter indo para o trabalho.

Um bilhete na geladeira fez com que esse pensamento se concretizasse, as palavras escritas demonstravam alegria e algo a mais que de primeira Craig não conseguiu entender, mas depois, seu rosto ficou vermelho de vergonha.

Tudo que precisam está na geladeira e no armário. Não precisa acanhar-se Craig, você já faz parte da família!

Antenciosamente, Srt. Tweak.

Obs: Se o Tweek precisar de remédio para dor, está na caixinha em cima da geladeira. Espero que não tenha deixando nosso amado filho impotente. Uma maravilhosa noite que vocês tiveram hmm!! Beijinhos.

Craig engoliu seco e tossiu levemente.

— O que será que eles ouviram para pensar dessa forma? — Murmurou indignado. — Bom, de qualquer forma, Tweek não precisa saber desse recado.

O moreno rasgou o papel em vários pedaços, afim de não deixar quaisquer pistas sobre o paradeiro do assunto mencionado. Não queria que o loiro ficasse ainda mais acuado perto de si, porque somente a menção da palavra sexo já deixava o pobrezinho extremamente envergonhado e calado.

Jogando os papeis no lixo, Craig resolveu fazer um café da manhã saudável, não deixando de ter a bebida quente que Tweek amava, é claro.

— Será que um dia ele me amará assim como ele ama café? — Indagou para si mesmo, rindo novamente da sua estupidez apaixonada.

Realmente, o amor meche com o psicológico da pessoa.

——

Depois de tudo pronto, Crag resolve subir enquanto pensava se acordaria o outro ou não. Já passava das onze da manhã e o moreno se sentiu sozinho naquela casa, queria que o loiro estivesse ao seu lado fazendo-lhe companhia e o alegrando com suas pequenas atitudes.

Egoísta?

Com toda a certeza Craig se achava egoísta, se fosse possível, gostaria de ter todos os sete pecados com Tweek. Ele por si só era um pecado, todo aquele ar de anjo, aqueles olhos repletos de emoções, aqueles toques e gentilezas lhe fazia o pecado mais perfeito do mundo.

O moreno riu alto, como estava sendo estupidamente patético pensando nessas coisas. O quão mais idiota ele poderia ficar?

 Com um suspiro desgostoso Craig abre a porta do quarto de Tweek, no mesmo instante que coloca o olhar no loiro, o mesmo estava com seus braços levantados, espreguiçando-se.

— Cra... Craig, ark. — Murmurou supresso, abaixando rapidamente seus braços e encolhendo-se na cama. Admitia que odiava esse jeito recluso seu, mas era difícil estar perto da pessoa que tanto gostava e não saber como reagir.

— Bom dia. Dormiu bem? — Indagou delicado, evitando deixar o outro ainda mais encabulado, mesmo não sabendo o motivo para tanto. Craig adentrou no quarto e se sentou na cadeira da escrivaninha, olhando docemente para o loiro.

— Ahh... Ah, sim e bom dia. — Respondeu com sua timidez característica. — E você, dormiu bem?

Craig sorriu de canto.

— Claro. Estava dormindo com você. — Complementou mentalmente. — Eu vou te deixar fazer suas coisas, qualquer coisa eu estou na cozinha. Não demorei muito, okay? — Falou rumando para a saída.

— ‘Tá bem.

Tweek apertou fortemente as cobertas, precisava tomar alguma atitude em relação as suas próprias atitudes. Aquilo já era demais, mal conseguia falar adequadamente com o Craig, manter uma conversa estava se tornando difícil, mas hoje seria diferente; hoje seria o dia que a palavra amizade faria algum sentido para ele.

Dessa vez Tweek estava determinado, mesmo que eles nunca se tornassem mais íntimos, ao menos a amizade ele preservaria.

——

Não demorou muito para que o loiro descesse e se encontrasse Craig bebericando um pouco de café enquanto assistia um noticiário na TV. Quando seus olhos se encontraram um calafrio passou por seus corpos, aquela era uma sensação gostosa e que ambos gostariam de ter mais vezes, mas o amor sempre acompanhava o medo.

— Espero que goste. — Falou enquanto apontava sugestivamente para a mesa pronta e farta.

— Woow, não pre-precisava fazer tudo isso. — Comentou sentindo seu coração dar pequenas batidas em felicidade, Craig tinha preparado uma mesa muito bonita para si, embora fosse simples.

— Você merece. — Deixou escapar sem arrependimentos, ganhando uma bela expressão de vergonha como retribuição.

— Você acha? Que e-eu me-mereço? — Indagou receoso, era difícil aceitar um elogio sendo que passara a maior parte de sua vida sendo subjugado.

— Claro, você é o melhor namorado de todos. — Respondeu sincero, mas percebeu que foi forte de mais as palavras que usara. — Quero dizer...

— Obrigado. — Murmurou sorrindo de ponta a ponta, um sorriso puro e sincero, carregado de carinho e gratidão fazendo Craig paralisar; o verdadeiro anjo realmente estava na sua frente e ele não podia toca-lo...  Tweek era um ser intocável.

O moreno sentiu seu corpo aquecer com aquele sorriso, aquela expressão tão bondosa faz qualquer um se derreter. Ah a vontade de beija-lo bateu na porta da sua consciência e o desejo que estava acorrentando começou a se desprender, claro que ele não poderia ir até o loiro e o beijar, precisava do consentimento do outro, e Craig sabia que não teria isso.

Tweek sabia que aquelas palavras não eram verdadeiras, afinal, eles não eram namorados de verdade, porém isso não deixou de fazê-lo feliz. Sabia também que Craig nunca falaria isso em uma brincadeira de mau gosto, então cogitou na possibilidade daquelas palavras terem sido na verdade: você é o melhor amigo de todos.

O quão tolo e egoísta podemos ficar quando estamos apaixonados?

— De... Nada (?) — Sua voz falhou e o olhar desviou. Encabulado e com o rosto levemente rubro, Craig bebericou um pouco mais de café.

I wanna give you up

Eu quero dar-te
But I'm caught in your perfect storm

Mas estou preso na sua tempestade perfeita
No I don't

Não, eu não
Wanna fight it

Quero combatê-la

 

Depois de tomar café, o clima passou a ficar mais suave, as conversas estavam mais descontraídas e os olhares estavam mais leves. Ambos estavam se esforçando para terem uma tarde agradável como amigos — infelizmente.

Nenhum dos dois queria forçar a barra, então optaram por fazer algo que gostavam: jogar videogame.

Tweek tinha uma coleção enorme de jogos, com os mais variados títulos e gêneros, embora preferisse FPS, gostava de desfrutar dos RPG’s clássicos. [A1] O loiro pediu para Craig escolher um jogo que gostava e o moreno optou por um que dava para jogar com mais pessoas, assim a campanha principal se tornaria mais fácil.

E assim eles passaram à tarde, jogando, parando volte e meia para comer algo ou ir ao banheiro. Estava divertido fazer algo junto, sem brigas ou discussões sérias, apenas a velha e gostosa discussão amigável sobre os jogos; sem se preocupar com o amanhã e principalmente  sem se preocupar com os sentimentos que estava aflorando de seus corações.

Mas tudo mudou quando em uma missão do jogo, seus personagens tinham que invadir uma festa da alta burguesia e para não levantar suspeita, teria que se misturar e em consequência, dançar.

Era uma festa de gala.

Tweek via aquilo com seus olhos brilhando, sempre quisera aprender a dançar, ainda mais valsa. O loiro sempre achou aquele tipo de dança tão bonita, suave, porém nunca tinha alguém para lhe ensinar ou ao menos ter a paciência de lhe ensinar.

Craig via a todas as expressões de Tweek, sentiu que o outro queria ao menos tentar dançar, mas por alguma razão — talvez por timidez — não conseguia.

— Não sabe dançar valsa, não é? — Indagou Craig com sua voz arrastada, fazendo o corpo de Tweek se arrepiar completamente.

— Ah Ack... Que-quem liga para uma da-dança idiota? — Comentou envergonhado, ele não queria demostrar o quão gay era querer aprender a dançar aquele estilo.

Com uma sobrancelha levanta Craig propôs.

— Eu posso te ensinar, se você quiser é claro. — Disse deitando-se no chão, voltando seu olhar para o teto, mantendo uma expressão de: não dou a mínima para isso, mas se quiser...

— Sé-sério? — Seus olhos ficaram ainda mais brilhantes, Craig voltou a fita-lo, sorrindo logo em seguida.

“Para quem não se importava você ficou bastante contente em Tweek” — Pensou o moreno, voltando a se sentar.

— Sim, eu tive que aprender na marra por causa de uma aposta que eu perdi para aquela pirralha. — Esclareceu coçando a cabeça, um pouco raivoso por contar parte dessa história.

— Ah, entendi. — Tweek pensou que Craig tivesse lido sua mente, porque era exatamente isso que iria perguntar: onde você aprendeu?

O moreno levantou e estendeu a mão para ajudar Tweek a se levantar também; com gentileza e cautela o Tucker se aproximou do outro, levando sua mão até a cintura alheia, fazendo seus corpos quase se cocharem.

“Gzuis” — Pensou o loiro se arrependendo amargamente te querer aprender isso. Estava muito perto do moreno, conseguindo até sentir seu cheiro característico e viciante. Seu coração batia forte no peito e temia que o outro sentisse. Uma leve tremedeira começou a percorrer o corpo magro do loiro.

“Muita pressão!”

— Tweek, não precisa ficar com medo. — Disse Craig suavemente, apertou ainda mais seus corpos quando sentiu que o outro estava querendo se desvincular.

Estava desesperado para manter aquele contato por mais tempo.

— A-a-acho melhor pararmos. — Comentou desviando o olhar, desde que ficaram assim tão próximos Tweek não ousou levantar porque sabia que Craig estava olhando para si.

— Nós nem começamos! — Argumentou mantendo seu braço firme no mesmo lugar. — Olhe para mim, e diga isso nos meus olhos.

Golpe baixo. Muito, deveras, totalmente baixo.

Aquilo foi um tremendo golpe baixo e Tweek não tinha como evitar, sentir aquele corpo tão rente ao seu, aqueles músculos tão bem estruturados lhe dando carinho por cima das roupas, tudo isso fez com seu corpo amolecesse e arrepia-se, Craig tinha um poder enorme sobre si.

“É muita pressão” — Pensou Tweek, assustado.

O loiro voltou suas esmeraldas para o oceano do Tucker e paralisaram-se, estavam praticamente encantados um com o outro e não perceberam que aos poucos, estavam se aproximando ainda mais. Tweek foi perceber isso somente quando sentiu o hálito de Craig bater suavemente em sua boca, em instinto, fechou os olhos com força tirando o moreno do frenesi imediatamente.

— Desculpe. — Murmurou Craig beijando docemente a testa do outro. Xingava-se internamente; como conseguiu ser tão tolo e estupido ao ponto de assustar Tweek daquela maneira?

I'm powerless

Estou impotente
To the highs and the lows

Para os altos e baixos
It's so out of control

É tão fora de controle
But I'm glued oh-oh

Mas estou colado oh-oh
To the gorgeous destruction of you

À linha destruição de você

O loiro sentiu corpo se aquecer com aquele casto beijo, o braço que circundava sua cintura amoleceu e se desprendeu.

Arrependimento é o sentimento que sentiu quando percebeu que Craig estava se afastando, mas por um impulso do além, Tweek segurou o braço do moreno e com uma coragem que não sabia de onde tinha tirando, olhando para aqueles olhos perfeitos e sorriu docemente antes de lhe beijar a bochecha desastradamente e tremulo.

— Vo-você disse que iria me en-ensinar, não é? — Falou sorrindo e determinando, embora tivesse gaguejado, tentou ao máximo se manter firme.

Craig estava surpreso, não imaginava que isso aconteceria, muito menos de ganhar um beijo do outro que era a timidez em pessoa. Não deixou de sorrir, não tinha como evitar, estava contente em saber que o outro não estava bravo ou magoado por sua atitude egoísta.

Estava aliviado.

O Tucker voltou a se aproximar do loiro e agarrar sua cintura, seus olhos estavam brilhando e o pouco do receio que ainda tinha desapareceu quando Tweek fixou seu olhar no dele, totalmente determinado e firme.

— Você terá um longo trabalho comigo. —Impressionantemente Tweek dissera sem gaguejar e sem desviar o olhar. Realmente foi como ele tinha planejado, hoje seria diferente, teria mais atitudes, teria mais garra.

— Vou precisar de muita paciência então! — Argumentou. Riu alto quando o loiro bufou desgostoso com aquelas palavras.

Talvez o intocável possa ser tocável afinal.

 


Notas Finais


E aí, o que acharam? Desculpe pelo eventuais erros, minha escrita está danificada D:
Até o próximo capítulo e espero profundamente que tenham gostado owo)/

~sweet


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