História Siento (Hiato) - Adeus México

Acordei com um mau humor impressionante, ainda não estou acreditando que irei deixar tudo para trás, meus amigos, meus familiares que estão aqui, minha escola, meus lugares favoritos que eu amava ir toda tarde para patinar com meus amigos.

Que raiva!

Minha mãe não tinha esse direito de me mandar para outro país, não tinha o direito de ter se “apaixonado” por qualquer um, não tinha, ela deveria ter ficado com meu pai, e meu pai com ela, e seriamos uma família feliz.

Mas não, eles resolveram se separar e se apaixonarem por outras pessoas.

Suspiro pegando meus patins e pondo na mala

- LUNA- Escuto minha mãe me chamar- VAMOS, FILHA- Fecho a mala, a pego, vou para a porta do um quarto, olho mais uma vez para o lugar onde dormia, sentirei falta daqui, tantas lembranças.

Tantos momentos que passei aqui no México foram únicos.

Sinto algo molhar meu rosto, só ai percebi que estava chorando.

Fungo e enxugo meu rosto e abro a porta, descendo para a sala, local onde minha mãe e meu pai estão. Ele fez questão de nos acompanhar até o aeroporto, acho que é para certificar de que vamos mesmo e assim se ver livre da minha mãe e de mim.

- Filha- Mamãe fala, mais nada disse, abro a porta de casa e vou até o carro de meu pai, e entro, deixando a mala por conta do meu pai.

Não estava com fome, então nem tomei café, só quero que isso acabe logo.

Eles entraram e papai dirigiu até o aeroporto internacional do México.

Chegando lá, fizemos o Check-in e nos encaminhamos até a entrada do voo internacional.

- Sentirei saudades- Papai disse, me atrevi a rir irônica

- Sentirá saudades? Não é o que parece, quer se ver livre da gente, para construir sua familiazinha  feliz, não é?- Perguntei tudo ironicamente

- Luna- Minha mãe me repreendeu, mais não dei a mínima atenção.

- Luna, não é isso, quero te ver feliz, sabe disse- Meu pai disse.

- Eu pareço está feliz?- Perguntei, não esperei pela resposta e atravessei para o outro lado, sem esperar por minha mãe, não me dei nem o trabalho de me despedir, sei que quando o avião decolar, papai estará pulando de felicidade, sei disso.

Nem deu tempo de me despedi dos meus amigos.

Nessa hora o celular toca

- Numero desconhecido?- Murmuro, era uma chamada de vídeo, atendo e meus olhos marejam com o que eu vejo.

- Luna- A voz de minha amiga se fez presente

- Bel- Falo sorrindo em meio as lagrimas, estavam todos os meus amigos na chamada de vídeo, Bel, Vitoria, Roberto, Alisa e Simon, esse ultimo é meu melhor amigo, o adoro com todo meu coração

- Sentiremos saudades, Estrela- Simon fala, estrela é o jeito que ele me chama dês de muito pequeno, riu com o apelido.

- Também sentirei saudade, Urso- Urso é o jeito como chamo Simon, ele é meu Urso, o adoro muito- Sentirei saudade de todos- Falei, já estava aos prantos, todos que estavam no locao do portão que irei embarcar ficaram me olhando.

- Não chora, amiga, em breve voltaremos a nos ver- Vitoria disse, e todos concordaram- Sorrir

- Sim, tomara que sim.

- Oi, tia- Roberto falou, só ai percebi que minha mãe estava ao meu lado.

- Oi, meninos, sentiremos saudade de vocês- Rir, como se ela fosse sentir falta de meus amigos, graças a ela que estou me despedindo dele, e quem sabe para sempre.

“Passageiros do voo com destino a Buenos Aires, se dirijam ao portão de numero 2”

- Tenho que ir- Falei suspirando

- Até breve, Luna- Todos me desejaram.

- Até- Falei e me despedi. Desliguei o celular e olhei para minha mãe

- Está pronta?- Ela perguntou

- Para quer? Para a morte? Claro- Falei irônico

- Luna, não faça isso, não quero te ver triste, sabe que te amo- Suspirei e sorrir.

- Eu sei, também te amo- A abracei e juntas fomos para o portão.

Demorou alguns minutos já estávamos dentro do avião. Ainda estou zangada com minha mãe, mais por ela me forçar a fazer algo que eu não quero.

Senti novamente meu rosto ser molhado por minhas lagrimas

“Passageiros sejam bem vindo, daremos inicio a decolagem, por favor, desliguem seus aparelhos eletrônicos”. As aeromoças deram algumas instruções em caso de acidentes e logo depois o avião estava no céu.

Suspirei e encostei minha cabeça na janela, novamente estava chorando, vendo a minha cidade sumir e as nuvens surgirem.

Posso está indo para Buenos Aires, mais minha mente e meu coração pertencerão a México.

Sobre ruedas me vas a encontrar

Sobre ruedas mi felicidad

Con el viento en la cara soñando

Sobre ruedas lo vas a lograr

Sobre ruedas siempre voy a estar

Oh oh

Una vuelta más

PROXIMO CAPITULO

- Matteo

- Tenho mesmo que ir? Ela não será minha mulher!

- Você também vai?

- Claro, quero da às boas vindas a ela

- Será que ela não vem?

- Que demora

- Chegaram

- Oi

- Luna

- Estou bem

- Fico contente

- Er... Esses são meus filhos, Larissa, ela tem 11 anos e Matteo, ele tem sua idade, Luna

- Um prazer conhecer vocês, Larissa e Matteo

- Sim, sim, sabemos

- Miguel, sim, eu sei, seu nome é dito lá na minha casa 24 horas por dia

- Precisa de algo?

- Parece que eu preciso de alguma coisa?

- O que foi?- Ela perguntou

- Nada, só queria te da as boas vindas a sua nova casa, irmãzinha

- Só para que fique claro, menina, vocês não irão durar nem dois meses nessa casa.

- Isso é uma ameaça?