História Silent - Bônus haha

– Mas que merda!

Abri os meus olhos calmamente, sentindo meu rosto contra o colchão fofo dali. Me espreguicei desajeitadamente, me sentando no colchão enquanto que ouvia os palavrões de Justin vindos da cozinha.

Andei descalça até lá mesmo, coçando os meus olhos. Ontem tinha adormecido apenas ás quatro da manhã porque adormecer Meg era uma tarefa e tanto.

Chegando á pequena cozinha me escorei na parede, sorrindo vendo Justin de avental branco tentando fazer o almoço para mim, embora já fosse quatro da tarde. Ele estava apenas usando uma cueca amarela, realçando aquela bunda que dá vontade de apertar – embora eu já tenha feito isso inúmeras vezes.

– Problemas de culinária?

Ele parou com os xingamentos, ficando assim por alguns segundos e depois suspirou, pousando a frigideira e se virou para mim.

– Te acordei, amor? – perguntou com o rostinho de cachorro que caiu na mudança.

– Relaxa, eu precisava acordar mesmo. – sorri fraco caminhando até ele – Porque estava xingando?

– Eu sou um desastre para a humanidade. – bufou – 26 anos e deixei as salsichas queimar. Onde já se viu isso?

Sorri torto.

– Acontece.

Passei meus dedos por seu rosto e toda a frustração que ele tinha sumiu em questão de segundos. Ele sorriu fraco colando sua testa na minha, dando um beijo em meu lábio superior.

– Estou me sentindo um inútil. Você fica cuidando da Meggie por mim e eu não consigo nem fazer um almoço de jeito pra você. – bufou – Que droga.

– Justin, pára com isso. – dei dois tapinhas fracos em seu rosto – Essa sua mania de se culpar por tudo está me cansando. Sem dramas, ok? Você é um excelente cozinheiro, e como todos os excelentes cozinheiros, você deixou a comida pra fazer tempo demais. – dei de ombros – Não foi nada demais, amor.

Ele sorriu, dando um beijo na pontinha de meu nariz.

– Você sempre me lembra porque me apaixonei por você sete anos atrás. – suspirou contra meus lábios – Continuo perdidamente apaixonado por você.

– É mesmo? – sorri fraco ouvindo aquelas palavras gostosas de se ouvir.

– Mesmo. – riu fraco, abraçando minha cintura com mais força e continuando com aquele ar de carinho no ar.

– Me prova isso. – pisquei para ele e ele riu fraco, suas mãos descendo até minhas coxas preguiçosamente e arfei.

– Tem certeza? – falou rouco e respirei fraquinho – Sou impulsivo, por vezes meus atos vão longe demais.

Ele segurou em minhas coxas, me dando impulso para cruzar minhas pernas em sua cintura, e assim o fiz. Ele subiu a cabeça me olhando, enquanto que eu acariciava os cabelos de sua nuca.

Seus cabelos tinham crescido bastante depois do acidente do circo, quase sete anos atrás. Eles estavam longos, mas ele continuava fazendo o topete, que ficava fazendo uma ondinha para o lado esquerdo por causa do comprimento dos cabelos. Era fofo e macio, passar a mão por eles era uma das melhores coisas do mundo.

Ele me sentou por cima da bancada da cozinha, logo seus lábios desceram por minha mandíbula até meu pescoço, dando um beijo casto que me fez suspirar.

– Gosto quando você é impulsivo. – sorri maliciosa – É mais prazeroso.

Ele riu abafado, dando uma pequena mordida em meu pescoço.

– É mesmo?

– Aham.

– Safada. – sussurrou contra minha bochecha enquanto ria.

– Aprendi com o melhor, Bieber. – pisquei e ele mordeu meu lábio inferior, logo depois passando sua língua por ele.

– Mas o mestre ainda sou eu, Berry Bieber.

Sorri com isso, e segundos depois lá estávamos nós nos beijando lá na bancada da cozinha, parecendo que não tínhamos ultrapassado a loucura da adolescência. Na verdade, esse amor nasceu em nossa adolescência, nunca vai esfriar, na verdade ele fica cada vez mais quente…

Suas mãos entraram por minha camisola, quer dizer, sua camisola. Eu adorava dormir com seus moletons, tão quentes e macios e, melhor ainda, com o seu cheiro. Me davam sonhos doces e relaxantes.

E logo sua mão estava passeando por meu sutiã, procurando o fecho enquanto que me beijava fervorosamente. Podia sentir o volume de sua calça contra mim, ele estava entrando em modo descontrolado.

Porém tudo aquilo acabou em meros segundos.

– O que voxês estão fagendo?

– Ah meu Deus! – murmurei fraco empurrando Justin de leve e encarando Meggie a cinco metros de nós, coçando seus olhinhos e com seu ursinho de pelúcia nas mãos.

– Merda. – Justin murmurou encarando um pontinho invisível – Não é hoje que acabo com os dois meses sem foder.

Apenas o ignorei, descendo da bancada e caminhando até Meggie, a pegando no colo olhando para ela preocupada.

– Meg, o que aconteceu princesa?

– Não conxigo dumi. – falou sonolenta.

Acariciei os seus cabelos longos e caramelados, tinha puxado isso para o pai. Franzi minha testa a olhando.

– Porque meu amor?

– Tem mostros debaixo da cama. – escondeu a cabeça em meu pescoço – Pode chamar o tio Jexen e o Mija?

Justin riu fraco com aquilo assim como eu. Logo depois Justin pegou em nossa princesinha no colo dando um beijo em seu rosto.

– Não usa essa palavra, princesinha. É Misha. – Justin sorriu torto.

– Mija?

– Misha.

– Mija?

– Misha.

– Mija?

– Ah, eu desisto. – ele riu fraquinho – Acho que mamãe já foi ver em seu quarto ontem, não tem nada lá princesa.

– Fax balulo. – fungou ameaçando chorar – Quando faz balulo tem um fantasma, papai.

Justin apenas a abraçou, e eu fiquei lá sorrindo que nem boba olhando para as pessoas mais importantes de minha vida.

Meu marido e minha filha.

– Berry, ainda tem fome?

– Nenhum pouco.

– Ótimo, porque vamos ver filmes da Disney. – ele piscou e eu ri alto.

Fomos até nosso quarto novamente, apagando as luzes e fechando as janelas. Justin colocou A Bela e o Monstro no leitor de DVD e nos jogámos na cama. Ficámos ali deitados com Meg no nosso meio.

Eram raros esses momentos em família. Justin estava quase sempre em tour, ele é muito ocupado. Sabe como é, bater recorde atrás de recorde não é para qualquer um.

Encarei a estante do quarto, sorrindo vendo os nove grammys, os três Diamond awards e mais alguns outros prémios. Aquilo era só uma estante com vinte prémios, nada comparado á nossa enorme garagem que tem um espaço reservado para os seus 500 prêmios. Justin continua sendo uma febre pelo mundo todo. E suas fãs continuaram leais. Sempre.

– Hey, Berry, amor.

– Sim, Justin?

– A nossa princesa já adormeceu. – sussurrou para não a acordar e sorri olhando o rosto de meu Justin iluminado apenas pela luz do filme – Acha que podemos acabar agora o que íamos fazendo antes de Meggie aparecer?

Sorri com isso, e Justin riu dando a volta á cama e me puxando para o banheiro, não podíamos foder do lado de nossa filha, certo?

Não trancamos a porta, apenas entrámos no chuveiro de roupas mesmo e sorri com os lábios de Justin em meu ouvido.

– Tive saudades disso, amor.