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História Silente Devoção - I'm not the only one


Escrita por: Hamal_ e Rosenrot9

Notas do Autor


Ola pessoal.

Essa fic surgiu depois que eu, Amanda, decidi que precisava melhorar minha forma de escrever. Como eu sempre escrevi junto com a Juliana (Rosenrot) toda vez que eu não conseguia fazer algo jogava(e ainda jogo) a bucha na mão dela.

Alem disso eu tenho dislexia e defict de atenção, é MUITO dificil escrever um texto sozinha. Mas eu preciso melhorar, tanto para ganho pessoal, como para dar menos trabalho para a Ju quando ela beta nossos textos juntas. E a unica maneira de fazer isso é praticando.

Por isso tomei a decisão de tentar escrever uma fic inteira (e longa) sozinha. Ok não tão sozinha, porque Ivi e Ju tem me incentivado e elas leram esse capítulo antes de ficar pronto, me apontando os erros e a Ju até corrigiu minha gramatica.

esse cap não foi "betado" apenas teve seu português corrigido.

então sem mais vamos a trama

Capítulo 1 - I'm not the only one


Fanfic / Fanfiction Silente Devoção - I'm not the only one

O sol já começava se por no horizonte quando o Cavaleiro de Áries começou a subir as escadarias do Santuário apressado.

Havia recebido há pouco do mensageiro uma convocação em papel negro, o que significava que partiria em missão, por isso deveria se apresentar imediatamente.

Após a longa subida, o lemuriano avistou a grande porta dupla do décimo terceiro Templo, a qual fora aberta pelos guardas assim que tocou os pés no pátio anterior e eles o avistaram.

Enquanto adentrava o grande salão principal, Mu ja podia ver Athena, a jovem Saori Kido, sentada de maneira solene e imponente no trono do Patriarca, sustentando à sua direita seu Báculo sagrado.

Desde o término da última Guerra Santa e posterior ressurreição dos Cavaleiros de Ouro, a deusa ocupava sozinha o trono dourado e comandava com sabedoria todo o Santuário.

O Cavaleiro de Áries continuou a se aproximar da deusa, até que parou diante dela, a alguns passos de distância.

De maneira respeitosa, Mu tocou o chão com um dos joelhos e fez uma breve reverência.

— Minha deusa, a que devo vosso chamado?

— Levante-se meu nobre Cavaleiro. Chamei-o hoje para que parta em uma breve missão. — disse Athena já se levantando do trono dourado e caminhando até Áries.

De maneira gentil a deusa tocou o ombro do Cavaleiro, fazendo com que ele erguesse o rosto, lhe acenando em seguida para que a seguisse até a grande mesa oval próxima ao trono.

O Ariano se levantou atento e fez o que foi pedido.

Sobre a mesa, era possível ver um grande número de pastas e documentos empilhados.

— Como bem sabe o Cavaleiro de Touro foi enviado à algumas semanas para o Cairo. Sua missão era se infiltrar em uma seita local que aparentemente tem se envolvido com magia antiga egípcia, a fim de descobrir se realmente devemos nos preocupar. Porém sua estadia estendeu-se além do previsto. Preciso que um cavaleiro vá até ele e me traga relatórios, além de verificar se ele precisa de alguma ajuda. — a deusa então pegou um pequeno envelope que estava sobre a mesa e voltando-se para o lemuriano o estendeu para que pegasse — Nesse envelope encontrará o endereço em que ele se encontra.

Mu não demorou em pega-lo, e a deusa pode sentir certa agitação no cosmo do Cavaleiro a sua frente. Athena então lhe sorriu.

— Eu sei que sente falta de seu companheiro, Mu. — a jovem agora falava com voz gentil e de maneira menos formal — Não o escolhi por acaso, vá ver seu esposo, e se julgar que ele já encontrou as repostas que procuramos, tem minha permissão para trazê-lo de volta. Confio em seu julgamento.

— Obrigado senhorita Saori, com sua permissão partirei agora mesmo.  — Mu disse com um aceno respeitoso e assim que lhe foi dada a permissão, virou-se e saiu do décimo terceiro Templo a passos largos.

Agora sim estava ansioso. Descia as escadas fazendo planos, não precisaria se preocupar com seu aprendiz, pois Kiki estava em viagem ao Japão onde passaria alguns meses treinando com Shiryu e os outros cavaleiros de Bronze na mansão Kido.

Quanto ao esposo, fazia sete semanas que Touro partira para o Egito, e desde então não haviam se falado dado o teor sigiloso da missão.

Mu e Aldebaran se casaram alguns meses depois de retornarem à vida.

Touro sempre fora um dos melhores amigos do ariano, e quando o moreno se mostrou interessado em mais que apenas uma boa amizade com Mu, ao terem uma nova oportunidade de vida o lemuriano não encontrou motivos para negar a eles essa chance.

A notícia do relacionamento não foi surpresa entre os moradores do Santuário, e o namoro dos dois se mostrou bem aceito e prodigioso, tanto que não tardou para que em poucos meses, Aldebaran fizesse um pedido de casamento apaixonado em plena arena de treinamento. Mu aceitara com o rosto corado e surpreso, em meio a uma onda de gritos, palmas e vivas por parte dos colegas.

Casaram-se nas semanas seguintes em uma cerimônia discreta e intima, a pedido do lemuriano. Desde então haviam se passado quatro anos, em que o Cavaleiro de Áries e o Cavaleiro de Touro mantinham um relacionamento estável e tranquilo.

Mu não tinha do que reclamar, Aldebaran era carinhoso e uma companhia extremamente agradável.

Nas últimas semanas, com a ausência prolongada de seu amado marido, o lemuriano havia passado mais tempo com os amigos, incluindo jogar cartas com Aioria e Máscara da Morte, ou tomando chai com Shaka no templo de Virgem.

Mesmo assim sentia falta de seu moreno, por isso apressou-se ao avistar os fundos de seu Templo.

Foi com um discreto sorriso que adentrou a parte residencial de Áries, correndo para preparar uma pequena mala de viagem.

Sim, iria sair em missão, mas também era uma ótima oportunidade para matar a saudade do amado e lhe fazer uma singela surpresa romântica. Com isso em mente, terminou de ajeitar a pequena mala colocando apenas mais algumas mudas de roupa e rumou para o banheiro, onde tomou um banho breve.

Enquanto saía do banho e se punha a enxugar os cabelos, escolheu no armário uma camisa que Aldebaran particularmente gostava. Era branca mas com alguns detalhes na gola e fora o amado quem lhe dera de presente no último aniversário. Para completar colocou um jeans bem cortado escuro, o sapato novo e quando ficou pronto parou diante do espelho alguns instantes

Estava muito bonito. Atraente! Olhando seu reflexo, admitiu para si que talvez suas intenções para com o moreno eram demasiadas má intencionadas. Estava com saudades sim, mas principalmente sentia falta do sexo. Riu diante do espelho dar-se conta disso.

Aldebaran era muito fogoso, e Mu como um regido de Áries, signo de fogo, descobriu durante o relacionamento que também não deixava em nada a desejar em disposição sexual. Aquela longa abstinência forçada cobrava seu preço, e agora encontrava-se ansioso para reencontrar seu moreno.

Por isso mesmo, e com ideias nada castas em mente, o lemuriano se afastou do espelho para acomodar a pequena mala sobre a caixa da armadura de Áries e a prender ali.

Assim que terminou de ajeitar a bagagem colocou a caixa dourada nas costas e rumou para a cozinha, procurando nos armários pelo vinho suave que havia comprado para tomar com o marido em seu retorno.

 Com a garrafa em mãos, guardou o envelope com o endereço do esposo no bolso e concentrando-se um instante teleportou-se diretamente para a capital do Egito, Cairo.

Diferente do que muitos imaginariam, a capital egípcia era muito moderna. O antigo e o novo se misturavam formando uma grande metrópole agitada.

Do telhado de uma construção alta, Mu olhava as luzes da cidade tentando se localizar. Diante de toda aquela movimentação, agradeceu por ter apenas uma hora de diferença entre os fusos horários, de modo que já era noite e portanto poderia se mover com maior discrição.

Áries levou a mão ao bolso e verificou mais uma vez o endereço a qual Touro deveria estar. Mas mesmo que a deusa não lhe tivesse passado endereço algum, saberia onde encontrar o esposo sem dificuldade, afinal após anos de convivência podia sentir o Cosmo tranquilo do companheiro com facilidade.


Como queria mesmo o surpreender, tratou de oprimir e disfarçar o próprio Cosmo. Ainda sorriu mais uma vez antes de correr e saltar para o próximo telhado, partindo para onde sentia que o marido estava.

Sem demora chegou a Heliópolis, zona residencial e comercial construída sobre o deserto, onde com facilidade encontrou o endereço que Athena havia lhe passado.  Uma casa modesta de arquitetura simples.

Parado diante da porta, Mu sentia o coração bater acelerado por conta da saudade e da expectativa do reencontro.

Ergueu o punho para bater à porta, mas parou de repente, em choque, confuso e até mesmo aturdido. Algo não estava certo.

Agora ali tão próximo ao marido, além de sua Cosmo energia, podia sentir horrorizado através de seus dons lemurianos a aura quente, transbordando de luxuria de Aldebaran... E de mais alguém.

Foi como se um soco fosse dado na boca do estômago do ariano e inconscientemente Mu entrou em negação.

Confuso, pensava se não deveria ser algum engano, a casa errada talvez? Seus dons poderiam estar lhe pregando uma peça. Não havia como aquela aura envolta em prazer e lascívia pertencer ao seu marido.

Imediatamente uma dor insuportável lhe atingiu o peito, pois em seu íntimo sabia que jamais se enganara quanto a leitura corporal de alguém.

Com muito custo abaixou a mão trêmula pronta para bater, apertou com a outra a garrafa de vinho e controlando a própria respiração, agora ofegante e ruidosa, concentrou-se e se teleportou para o lado de dentro da residência.

Agora Mu se encontrava na sala de estar da casa. O cômodo estava escuro e era fracamente iluminado apenas pela luz tênue que vinha do fundo do corredor a sua frente, onde provavelmente se encontrava o quarto e os amantes, pois junto da luz, agora gemidos baixos e distantes chegaram até seus ouvidos

Foi com facilidade e um misto de tristeza, revolta e decepção que identificou facilmente a voz de seu esposo junto a de alguém. Fazendo sentir novamente como se alguém lhe cravasse uma longa e afiada adaga em seu coração.

Naquele exato instante Mu sentiu vontade de chorar. De se agachar ali mesmo naquela sala e entregar-se a toda dor que a traição do homem que amava lhe causava. Mas incrivelmente nem uma única lagrima lhe escorreu dos olhos.

Por dentro era como se uma tempestade o devastasse, mutilando todos seus sentimentos e o levando ao fundo do poço. Mas por fora uma frieza sobrenatural o tomava. Não tremia mais. Ali ouvindo os gemidos de prazer do esposo acompanhados aos de outra pessoa, Mu sequer piscava.

Com uma determinação que nem ele mesmo sabia de onde vinha, rumou lentamente pela sala. Pé ante pé ia em direção à luz fraca e aos gemidos no fim do corredor, parando a um passo da porta do quarto.

— Hmmm... Ahhhh... Assim... Hmmm — a voz rouca do moreno ecoava atingido em cheio o lemuriano.

Mu sabia o que veria ao se virar e olhar o interior daquele quarto, pois agora podia sentir o odor de sexo e suor. Os gemidos eram altos e o barulho dos corpos se chocando lhe causavam náuseas.

Mas precisava ver, precisava constatar com seus olhos o que todos seus outros sentidos já sabiam, que aquela insanidade era real. Por isso munido de toda sua força de vontade e coragem deu o passo que faltava.

Arrependeu-se no mesmo instante, pois nem todo o treinamento para cavaleiro e as batalhas que enfrentou o preparariam para o que viu.

Ali estava Aldebaran, seu marido, seu moreno, de costas para si com as calças abaixadas até os joelhos, sem camisa, com os longos cabelos soltos e o rosto enfiado entre os seios fartos de uma jovem mulher, que era possuída em cima do que parecia ser uma escrivaninha.

Os amantes estavam tão perdidos no ato que não notaram sua presença ali na porta os observando. A jovem nua, de pele morena e cabelos castanhos encaracolados, gemia de olhos fechados puxando os longos fios negros do Cavaleiro de Touro, e este correspondia aumentando o vigor das estocadas.

Imaginar Aldebaran o traindo era dolorido, vê-lo transando com uma mulher a poucos metros de si e nem ao menos percebendo sua presença era muito pior.

Áries sentiu a força vacilar por um instante, deixando toda a decepção, tristeza e choque vir à tona.

A garrafa de vinho, a qual havia trazido para dividir com seu amado em uma noite de reencontro, escorregou por entre seus dedos espatifando-se no chão tal qual seu coração naquele instante.

O barulho alto e inesperado assustou os amantes fazendo a mulher abrir os olhos e dar de cara com a figura do lemuriano parado na porta. Enquanto ela gritava, Aldebaran, em pânico, finalmente notava o Cosmo irado do marido atrás de si.

Imediatamente Touro saiu de dentro da mulher e virou-se apavorado para trás, constatando ser real o que nunca imaginara nem em seus piores pesadelos.

Mu de Áries o pegara em pleno ato de traição, e agora o lemuriano o encarava como se toda a ira presente nos confins do Submundo reinassem em seus olhos verdes.

— MU! MINHA NOSSA! O QUE FAZ AQUI? EU...

— Creio que esta seja a resposta para as dúvidas de Athena à cerca do seu atraso na missão, Cavaleiro de Touro! — Mu disse entredentes de forma rude interrompendo Aldebaran, enquanto lhe direcionava um olhar de puro desprezo e decepção.

— NÃO! AMOR, ESPERA! — Aldebaran levantava as calças desesperado, abotoando-as de qualquer jeito, enquanto a jovem mulher atrás de si, assustadíssima correu até cama puxando o lençol se cobrindo como podia sem entender nada —  EU POSSO EXPLICAR... EU... — o moreno tentava se justificar, mas vendo a fúria nos olhos do parceiro correu para o lemuriano a fim de tentar explicar o inexplicável.

Touro não conseguiu chegar nem a dois passos de Mu, pois fora repelido imediatamente pelo marido furioso, que o empurrou longe com sua telecinese, fazendo com que se chocasse contra a parede e a jovem gritasse com medo.

Ainda assim Aldebaran não desistiu.

— MU, CALMA! PELA DEUSA! POR FAVOR ME DEIXA EXPLICAR MEU AMOR, ESPERA! — clamava desesperado enquanto se levantava.

Mas, para completo assombro e angustia do moreno, Aldebaran viu o esposo furioso fechar os olhos, levitar por milésimos de segundos e desaparecer do local. Mu havia ido embora sem lhe dar a chance de ao menos se explicar, e pode ver em seus olhos, antes de eles se fecharem e o ariano sumir, toda a decepção que causara nele, e temeu que ao partir daquele quarto Mu estivesse partido também de sua vida.


Notas Finais


Ufa, foi.

A historia esta toda pronta na minha cabeça mas admito que vai ser um desafio escrevê-la sem auxilio. Por isso caros leitores eu quero saber a opinião de vocês, essa fic existe pra isso para opinarem e e dizerem se estão gostando, onde devo melhorar essas coisas.

ps: no próximo cap um pouco mais do santuario e de como deba vai lidar com esse flagrante

um beijão


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