História Silly lovely - Drarry - Troca de cartas

Luna aparentava estar bem melhor quando Draco a viu novamente, ainda tinha bolsas de baixo dos olhos e seu cabelo estava um pouco desgrenhado, mas ao menos ela estava ali, sentada no Salão Principal comendo o seu café da manhã.

Se sentou ao lado de loira, que rapidamente se jogou em seus braços.

- E-eu a odeio, eu j-juro que a odeio. - Fungou olhando o tampo da mesa.

- Gina não é de todo mal, acredito que talvez um dia ela te peça desculpas. - Murmurou contra os cabelos loiros da amiga. Ele sabia que alguém criado por Arthur e Molly Weasley não tinha a capacidade de ser ruim, até mesmo Percy havia se redimido, talvez Gina estava em processo de aceitação e não soube como reagir. Afinal, não é todo dia que descobrimos que sua melhor amiga é apaixonada por você.

- Ela é uma boa pessoa. - Concordou. - Só que é homofóbica. Eu gosto tanto dela.

- Eu sei, meu bem, eu sei. - Assentiu.

- Talvez eu deva parar de amar ela.

- Não tem como, isso só o tempo pode decidir. - Riu erguendo Luna de seu colo e se sentando ao lado dela. - Mas por hora nós deveríamos comer e nos concentrar nas matérias, já sabe o que vai fazer quando se formar?

- Eu v- - Um enorme barulho surgiu e todas as cabeças do Salão Principal se viraram em direção a Harry, que havia, quem querer, batido a porta com força. Draco riu alto do desastre ambulante que Harry era, ele estava com os cabelos mais bagunçados que o normal, o uniforme amassado e a capa pendurada para fora da mochila preta.

O moreno sorriu como se desculpasse e andou em passos rápidos para a mesa da Corvinal, onde se sentou em frente a Draco e Luna.

- Bom dia! - Desejou já metendo a mão na cestinha de pãos de queijo.

- Não está brav comigo? - Perguntou Luna.

- Por que eu estaria? Ninguém manda no coração, e outra, a maior babaca ali foi a Gina, você não tem culpa de nada. - Tocou a mão da amiga que sorriu para ele.

- Você é maravilhoso, Harry. - Apertou os dedos do amigo, Draco pigarreou. - Não precisa ter ciúmes Dray, Harry é só seu. - Luna riu e o moreno virou o pescoço tão rápido na direção do loiro que Draco achou que Harry iria quebra-lo e virar o Harry-sem-cabeça, virando o assim o fantasma substituto da Grifinória.

- C-como ela sabe? - Perguntou baixo.

- Porque eu contei, Pottynho. - Esticou o braço sobre a mesa e apertou a bochecha de Harry, que virou o rosto em direção a mão do menor e beijou. Alguns alunos que estavam sentados mais pertos olharam com estranheza cena, mas ninguém comentou nada. Draco recolheu a mão, com as bochechas graciosamentes coradas.

Harry deu de ombros e dezenas de corujas surgiram carregando pacotes e caixas. Seu pequeno Arvey, sua nova coruja, ainda um filhote, largou uma carta em seu colo e bicou seu pão de queijo, logo levantou vôo e saiu. Harry encarou a bela coruja negra de Draco, que comia o cereal do loiro enquanto tinha suas penas acariciadas pelas mãos curiosas de Luna, que sorria animada enquanto um enorme pacote em um rosa choque estava sobre a mesa com o nome dela em um laço verde espalhafatoso.

Deu um pulo de susto quando ouviu os berros de uma voz que parecia ser a Sra. Weasley, Gina saiu correndo do Salão Principal com um berrador em mãos, que gritava aos quatro ventos que aquela não havia sido a educação que havia dado e mandava a ruiva se desculpar imediatamente com Lovegood.

Luna continuou acariciando as penas da ave, parecendo não se importar com o berrador.

Harry abriu a carta de Sirius, não poderia se comparar a uma carta, era apenas um bilhete perguntando "Como vai a escola? Você está bem? Eu te amo.", sorriu para carta, Sirius era a melhor coisa que já havia acontecido na sua vida até agora. Ele era como um pai e o tratava como um filho.

Draco se levantou no mesmo instante que Olly - sua coruja - levantou vôo. Conjurou um feitiço de tempo e viu que ainda tinha dez minutos antes da aula de feitiço. Se despediu de Luna e Harry com um aceno e saiu em passos rápidos para as masmorras.

Havia recebido uma carta de seus pais que exigia uma resposta imediata. Suas mãos tremiam levemente e sentia a ansiedade tomar conta do seu estômago, o fazendo se revirar contra seus outros órgãos.

- Pureza do sangue. - Disse a senha assim que chegou em frente ao paredão de pedras que escondia as masmorras da Sonserina. Subiu as escadas para seu dormitório correndo, largou a mochila em cima de uma das camas e se sentou na cadeira de sua escrivaninha, abriu a carta com pressa, quase rasgando o papel branco manchado pela letra cursiva de sua mãe, no topo da carta o brasão da família Malfoy. Estendeu a carta sobre a mesa e começou a ler:

"Caro Draco, papai e eu sentimos muito sua falta, e queríamos saber como você está? Já se passaram quase três semanas desde a sua ida para Hogwarts e quase um mês que Harry veio jantar conosco.
Como está indo o seu plano de sedução? Eu ri, desculpa. Enfim, ele e a fêmea Weasley ainda estão juntos? Ou você já deu um jeito nisso?
Me mande uma carta logo ou vou te mandar um berrador, tenho certeza que não deseja isso assim como eu não desejo ter de mandá-lo.
Beijinhos, mamãe te ama!

Ps: Seu pai nunca mais fica em casa, só vem a noite para dormir, acho que iremos nos divorciar."

Draco largou a carta em cima da mesa e apoiou o rosto nas mãos, seus pais iriam se separar? Porque justo agora que tudo estava indo bem na sua vida. Sem se deixar abalar, limpou as lágrimas no canto dos olhos, que já queriam se derramar.

Respirou fundo pegando uma pena e um tinteiro com as mãos trêmulas, retirou um pergaminho da gaveta e começou a escrever:

"Mamãe, por favor para de tratar o seu possível divórcio com papai como se fosse algo banal. Eu estou muito preocupado e achei essa história muito mal contada. Eu exijo o mínimo de respeito e consideração, obrigado.

E sim, eu estou bem fisicamente, já que no momento meu psicólogico está destruído graças a sua carta.

Harry e Gina terminaram. Meu plano vai muito bem, obrigado. Acho que eu gosto mesmo de Harry.

Virei amigo de Luna Lovegood, ela é ótima sem a parte esquisita.

Desculpe-me pela demora para lhe mandar notícias, por favor, não mande um berrador.

Amo você, até!"

Enrolou o pergaminho e amarrou uma fita envolta dele, o guardou em um dos pequenos bolsos da mochila e saiu de seu dormitório, não se esquecendo de trancar a porta.

Saiu das masmorras, não estava com pressa, já havia perdido o primeiro período de qualquer maneira. Poucos alunos estavam nos corredores e em sua maioria corriam, quase esbarrou em um cinco corvinos, que pareciam muito mais eufóricos com o atraso em comparação aos outros alunos.

Harry, ao contrário de Draco, estava totalmente preocupado com o sumiço do loiro, que nunca havia se atrasado ou faltado uma aula - pelo que lembrava. Harry poderia considerar como uma característica de Draco o modo pontual e centrado dele, sempre muito sério e formal. Desde pequeno o loiro era assim, agia como um mini-adulto, ou como uma cópia exata de Lucius.

As aulas passaram-se como borrões e Draco não participou de nenhuma delas, Harry iniciou uma missão pessoal assim que Snape os liberou para o almoço, iria dar uma passada pelo Salão Principal, verificar se Draco estava lá e se não estivesse iria atrás dele.

E bem, Draco não estava.

Harry caminhou pelo quarto andar inteiro, até desistir e descer as escadas, procurou o menor pelo pátio interno, esperando que ele estivesse ali. Mas não estava.

Onde Draco havia se metido?

Harry se escorou em um pilar do corredor que dava para o lago e através das janelas viu Draco sentado aos pés de uma árvore, rodeado de livros e com uma pena flutuante ao seu lado. Desceu as escadas rapidamente e correu em direção ao menor, não contando que havia uma poça de lama ali, que o fez cair sobre os livros, e consequentemente sobre Draco, sujando tudo de lama.

- Bom dia. - Sorriu amarelo recebendo um olhar que poderia o bombardear direto para a boca da Lula gigante.

- Eu apenas não te azaro porque existe magia e eu posso limpar isso agora. - Os olhos faiscando de raiva enquanto tirava a varinha do bolso, em segundos toda a lama que estava os livros e eles sumiu.

Harry se ergueu devagar, ainda com medo, principalmente agora que o loiro segurava a varinha firmemente nas mãos. Empurrou alguns livros para o lado e se sentou ao lado do loiro, que o ignorou como se ele não estivesse ali, voltando a ler o exemplar de poções avançadas.

Se escorou na árvore, ainda em silêncio, olhando a feição concentrada do menor enquanto escrevia no pergaminho pardo
que estava apoiado sobre uma pilha de livros. A outra pena ainda flutuando sobre a cabeça deles.

- Hã... Por que não foi na aula?

- Minha mãe me mandou uma carta e eu tive que responder. - Largou a pena sobre os livros e encarou os olhos verdes do moreno, notou pequenas pintinhas castanhas ao redor da iris, que se mostravam presentes sobre a luz do sol.

- E sobre o que era? Para ser tão urgente que faça Draco Malfoy, o nerd disfarçado faltar aula. - Coçou o nariz cheio de pintinhas, herança de Lily.

- Nerd disfarçado? - Fez um biquinho contrariado, chamando a atenção do outro para seus lábios vermelhos e gordinhos.

- Sim, você tem toda essa pose de bad boy, mas é tão estudioso, pontual e magrinho que parece um nerd disfarçado. - Riu da expressão contrariada do menor.

- Se eu sou um nerdzinho, nós, algum dia, vamos brincar de aulas de sexo com o capitão do time de quadribol? - Se insinuou, acariciado a coxa musculosa de Harry sobre a calça jeans negra.

- Mas você também é capitão. - Draco revirou os olhos, por mais que Harry fosse fodidamente gostoso, sarado, sexy e- enfim, por mais que Harry disse maravilhoso, ele ainda era um grifinório burro e irritante. Olhou ao redor, vendo que estavam sozinhos, tirando a Lula gigante que estava em algum lugar do lago. Montou no colo do moreno, o surpreendendo, mas logo sentiu as mãos fortes o segurando pela cintura, com mais firmeza do que Draco acreditou que Harry tivesse.

Abriu os primeiros botões da camisa branca, deixando a clavícula pálida a vista dos lábios predadores do parceiro, apoiou as mãos nos ombros largos, sentindo os beijos carinhosos e molhados serem depositados por sua pele, subindo para seu pescoço e por fim aos seus lábios.

Agarrou os cabelos cacheados e grossos, apertando forte entre os dedos enquanto movimentava o quadril, rebolando sobre o membro do maior, que ia endurecendo e mesmo sobre as várias camadas de tecido grosso, Draco podia sentir o pênis de Harry o cutucando.

E isso era assustador.