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História Sim, Meu Rei! - Oneshot


Escrita por: HQueenElla

Notas do Autor


ATENÇÃO!


Esta história não é recomendada para menores de 18 anos, por favor, respeite a classificação indicativa!

A tia deseja uma boa leitura e até a próxima história! ~chu :3

Capítulo 1 - Oneshot


Castelo de Camelot - Reino de Camelot

Olhei o relógio mais uma vez, já passaram-se das duas horas e nada acontecia. Olhei pela grande sacada da torre oeste, via os grandes campos verdes e as belas plantações de trigo, cevada, malte, uva e centeio. 

Sorri ao notar os lavradores cuidando da terra e da água utilizada para a comida dos animais. Os porcos eram alimentados com milho moído, as vacas eram alimentadas com ração de nabo e ervas especiais, as galinhas, comiam milho verde e do lado leste, onde fica o Porto de Camelot, os peixes com certeza estavam sendo muito bem pescados. 

Bufei, admirei o lado norte, vi todo o Reino e sua larga extensão até as muralhas mais altas, que alguns quilômetros para frente, se tornava vizinha de Liones. 

Ao sul, nunca olho, é o lado para o qual sempre fico triste, afinal, Ela me ensinou que olhar para o sul, é olhar em seus olhos. 

. . .

Desci até o salão do trono, nada me entretinha. No salão havia muitos pilares que formavam um corredor até o piso alto central, onde fica a cadeira mais importante de Camelot; sentei-me nela e suspirei pesadamente. Pelas grandes persianas, nada além de uma luz forte, o teto decorado com ouro branco e mármore rosa não me deixavam menos irritado, olhei as estreitas e longas mesas de aperitivos - muitas frutas, doces, salgados e vinhos requintados - nada me agradou o estômago no momento. 

Olhei de relance para a escada do piso alto, ela tinha apenas dois degraus, iam de uma ponta à outra. Largas e cobertas por almofadas vermelhas, tecidos coloridos e caros, flores delicadas e luxuosas... Olhei uma mesa pequena e quadrada em particular, havia uma pequena pilha de livros nela, me deixou em agonia. 

— Onde você está?... -eu me perguntei impaciente, nenhuma mulher é como Ela, nem mesmo Vivian, sua aprendiz, chega aos seus pés. 

Tentei me distrair apenas fechando os olhos e captando os sons do lado de fora, com concentração e silêncio, o fiz rapidamente... Conseguia ouvir crianças brincando pelo palácio, ouvia sacerdotes e soldados andando por aí, os professores que muito me ensinaram esgrima e os professores que estão alfabetizando os futuros guerreiros, também se espalhavam pelas alas centrais e então, o barulho da respiração Dela me assustou. 

Abri os olhos e imediatamente fiquei vermelho como um tomate. 

— Você fica muito fofo quando resolve se concentrar, Arthur... -seu sorriso provocante e doce me  enchera de felicidade- 

— Merlin! -gritei num impulso e quis abraçá-la (e amassá-la também), mas não pude graças a uma pilha de livros em seu colo. — Hey, quando foi que voltou?! 

— Talvez, um tempo... -suas respostas eram sempre assim, nunca me dizia o que precisava dizer por completo, uma mania que algumas vezes me irritava e outras vezes, achava sublime que existisse- Deveria estar cuidando dos cavalos, não? 

— Já fiz isso fazem três horas, você me deixou muito tempo esperando! -cruzei os braços e fiz bico, virando a cara para um canto qualquer. 

Ouvi os livros serem descarregados no chão, perto do trono, fiquei sem muita ação ao vê-la com o corpo todo para frente, suas pernas uma de cada lado das minhas e suas gentis e graciosas mãos tocarem-me pelas pontas dos dedos. Ficamos tão próximos que eu podia dividir meu ar com ela. 

— Lamento fazê-lo esperar, Meu Rei... -sussurrou baixo, me deixando nervoso- Como posso te compensar? 

— Primeiro, me dê um abraço e ao menos finja que sentiu minha falta! -reclamei de novo, acho que é o que acontece quando se recebe muitos mimos dela. 

. . .

Merlin riu de canto e sentou-se em meu colo, me abraçando confortavelmente, acariciou meu cabelo e beijou minha testa em seguida. 

— Eu senti sua falta, Arthur. 

Seus lábios róseos são quentes e macios, desde sempre ela me ensinou a fazer muitas coisas, como me vestir adequadamente, ler, escrever, fazer poesia, discursos, administrar meu tempo e minhas tarefas, inclusive me ensinou a jogar cartas! 

Graças a ela, aprendi a jogar xadrez e fazer boas estratégias de guerra, tudo o que a Merlin fez por mim, eu vou morrer tentando, apenas tentando retribuir. 

— Bem-Vinda de volta... -falei num sorriso mais meigo- 

— Estou em casa... 

Abracei sua cintura e encarei seus olhos, nem o mel que uma abelha produz chega a ser tão instigante e doce quanto suas lindas e puxadas íris. 

— Como foi em Liones? 

— Tudo ocorreu bem. Capitão Meliodas mandou saudações! 

— E então, esses são os novos livros que você precisava tanto? -olhei a pilha de relance, fiquei triste- Significa que vai passar o resto da semana trancada na biblioteca, estudando? 

— Não. -ela sorriu divertida, me deixando confuso, Merlin ama livros e acho difícil ela contrariar sua própria mania- Fiquei bons meses longe de você, quero primeiro descansar e poder saber o que Meu Rei andou fazendo de tão produtivo. 

Suspirei de canto, essa mulher é incrível! 


*

*

*

*


Quando a noite caiu em Camelot, Merlin recebera os cumprimentos de todos, os cozinheiros fizeram um banquete apenas com o que ela mais gosta de comer e foi agraciada pela grande anciã do Reino, que lhe sorrira de forma tão bondosa e simples, lhe entregando mais um presente para praticar suas magias. 

O verão era tão quente e receptivo! O sino das dez horas tocou, eu e Merlin nos retiramos; fui em direção ao meu quarto e ela, na direção do banheiro. Peguei um dos livros novos dela e comecei a ler, fiquei interessado logo de cara. 


 

"Pelos nuances da noite pacata, derramei-me em vinho, soluços e tropeços, talvez eu estivesse certo, não mereço-te, não devo cobiçar-te. Hei um dia entender por que Amar dói, se estou longe, falta tua tenho juntamente dos malditos ponteiros do relógio no fundo do bolso, se perto está, tenho o ar e a timidez tomados de mim, gostaria que de Gatuna, não atuasse mais, rega-me com coisas que nunca pensei ter, usa-me de forma que preferir, só não menospreze a única coisa que posso oferecer-te: Amor."

 

 

— É um trecho muito bonito... 

Falei sorrindo, ouvi o barulho da porta se abrir e vi uma Merlin enrolada na mais pura ceda de Camelot, sua pele branca dava contraste ao preto da única peça que a vestia agora, fiquei sem fala. 

— Sim, é um trecho muito bonito. 

— M-Merlin! -corei intensamente- P-por que está no meu quarto a essa hora?! 

— Eu disse que queria saber como anda Meu Rei. -ela sorriu sábia, tentei me acalmar, mas por algum motivo, ela me causa muitas sensações diferentes no corpo, e meu coração, dói... 

Aproximando-se, sentou ao meu lado, na cama, sorriu e admirou a página do livro. — Fez boa colheita, Arthur? 

— S-Sim, os porcos e as galinhas deram boa cria também, teremos mais carne para este inverno. 

— E o vinho? 

— Fizeram da melhor garrafa, a safra que você tanto gosta. 

— E o milho? 

— Tem de sobra, até mandamos algumas sacas para Liones e vendemos todas! -sorri empolgado- Acho que seu plano de economia realmente funcionou. 

— Fico feliz que tenha dado certo, é importante sabermos planejar o comércio, Camelot depende disso para cuidar de seu povo. 

— E eu fico dependendo de você para tudo... -bufei fraco- que ridículo eu sou... 

Não pude acompanhar bem o resto da informação, senti os lábios dela colados aos meus. Pela primeira vez, beijei uma mulher, agradeço aos céus por ser esta, a mais cobiçada do Reino, a tão inteligente e deslumbrante Merlin. Seria mentira dizer que não fiquei nervoso, por um instante era um beijo desajeitado, agora, eu sentia sua língua tocar suavemente a minha e envolvê-la numa carícia lenta. Se eu soubesse antes que beijar é tão simples... 

Meu corpo parou de me obedecer, agia como queria e segurava-a por suas grandes curvas, envergonhei-me na mesma hora. Rompemos o beijo e ela me sorriu. 

— Eu ainda tenho muitas coisas para te ensinar, Arthur, mas não se ache fraco só porque depende de mim em alguns momentos, eu também preciso de você e me sentiria mal se negasse isso. 

— Merlin... 

— Você dizendo que me ama, o que agradeço imensamente, então, desta vez, irei retribuir de outra forma, você me permite? 

— Claro que sim! -falei ansioso- Você é a Merlin, sem a Merlin, Camelot não é a mesma coisa, eu também não seria! 

. . .

Ela só sorriu, levantou-se e desfez o nó do roupão de ceda que usava, nunca fiquei tão fascinado e tímido na vida; não havia nada por baixo, nada além de um corpo esbelto, bem esculpido e branco como porcelana. — Eu só estou aqui para atender os desejos do Meu Rei, como me foi pedido, eu devo ensiná-lo a ser um bom Rei e um bom Homem. 

— Que assim seja. -disse mais meigo e feliz, finalmente entendendo melhor o que ela estava me dizendo;

— Sim, Meu Rei! 

A vida toda pensei que não poderia haver ninguém que pudesse me tirar essas sensações de angústia e desconforto, quando Merlin apareceu, meu mundo se tornou Ela, eu vivo por ela, morro por ela, sorrio, choro, luto por sua vida, Camelot me é muito importante, e dentro dela, há meu Bem mais Precioso. 

Foi a primeira vez que me deitei tão intimamente com uma mulher, e só agora notei que eu estive preso em sua mais poderosa magia... 

 

 

Amor.



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