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História Simple like Flowers - Capítulo dezoito - Acidente no Armário de Vassouras


Escrita por: BlueLady

Notas do Autor


Aproveitem o capítulo!

Capítulo 18 - Capítulo dezoito - Acidente no Armário de Vassouras


Fanfic / Fanfiction Simple like Flowers - Capítulo dezoito - Acidente no Armário de Vassouras

Marinette não conseguiu evitar abrir a boca, surpresa, com a decisão do diretor.

― Com licença, diretor. ― Sabine interrompeu. ― Acho que temos um problema com sua decisão.

― Como é? ― O pai de Stephanie se sentiu desrespeitado ao criticarem sua decisão.

― Nós já pagamos a viagem. Não foi barata, se quer saber. ― Tom continuou o raciocínio, mas sua voz estava calma, monótono.

  ― Acho que sua filha devia estar ciente disso antes de bater na minha, não acha?

― Acalmem-se, senhores... ― o Diretor tentou fazer algo, mas os pais o ignoraram.

― Então, acho que sua filha pode me explicar porque chegou com um curativo exatamente igual ao que sua filha está usando? E por que ela o usa, sendo que um tapa não marca por mais de uma hora? ― Sabine se irritou.

― Acho que a senhora me deve mais respeito. Minha filha nunca bateu nem em uma mosca, é incapaz de fazer mal algum. Além disso, tem uma pele sensível, machucados marcam sua pele por mais tempo.

Sabine se sentiu ofendida. Marinette estava quieta, ouvindo os pais brigarem, mas não se intrometeu. Stephanie os olhava, mas sua expressão não dizia nada.

― Então, se sua filha é tão incapaz de ferir alguém, por que não vemos a gravação? Se minha filha fez tudo e sua filha só foi vítima, ela não vai para Cote de Basques, mas se sua filha encostou um dedo na minha, ela vai sofrer uma punição tão severa quanto.

Os olhos rígidos do pai da Stephanie mostraram o quanto aquela proposta era estúpida para ele. Confiava cegamente em sua filha.

― Pois bem, veremos a gravação, então. ― Stephanie se manteve imparcial, com o rosto inexpressivo, mas Marinette conseguiu ver uma mancha de desespero passar pelos seus olhos.

― Bem, eu irei pegar as gravações. ― O diretor começou a digitar algo em seu computador, com os olhos fixos na tela.

Sabine estava com a mão nas costas de Marinette e começou a mexer os dedos vagarosamente, mostrando que a filha podia se acalmar.

O diretor virou a tela para que os pais pudessem ver. A cena começou com Adrien e Stephanie, com a garota jogada em seus braços e ele desconfortável ao extremo. Marinette nem precisaria falar mais nada, sua mãe já havia entendido tudo.

Marinette chegou e deu um tapa em Stephanie, Sabine se remexeu na cadeira, desconfortável.

― Acho que chegamos a um veredito, não acha? ― O Pai de Stephanie sorria com aquilo, mesmo não estando contente em ver a filha se jogando em um garoto daquele jeito.

― Todos os personagens ainda estão em cena. ― Respondeu e se virou para a tela.

E então, rapidamente, pudemos ver o tapa dado por Stephanie, mesmo por uma câmera de segurança, era possível ver a intensidade.

O pai da garota ficou sem reação, não demonstrou raiva, tristeza nem desespero, tudo o que mostrou foi uma cara inexpressiva.

― Foi legítima defesa.

― Eu não ligo. Combinados são combinados, ou vai desonrar sua palavra? ― Sabine era boa de briga. Sangue forte, aguentava o que vinha.

― Pois bem. ― O diretor limpou a garganta. ― Então ambas Marinette e Stephanie receberão uma punição de mesmo nível. Sugestões, Senhor Courtois?

― Uma advertência é uma boa punição... ― Não falou alto como antes, sua voz quase virou um sussurro.

― Então, as duas têm uma advertência. Devo lembrar que 3 advertências geram uma suspensão. ― O diretor deu a decisão final. ― Obrigado por comparecerem aqui, senhores. ― Os pais se levantaram e se despediram, saindo da sala.

― Devo lembrar também, senhoritas, que não aceito esse tipo de atitude na minha escola. ― Olhou com um olhar severo para ambas. Marinette concordou com a cabeça, mas Stephanie ficou parada. ― Vão para aula, não quero ver as duas aqui por esse tipo de comportamento nunca mais.

As garotas levantaram em silêncio. Stephanie passou pela porta antes, com a cabeça erguida e um olhar egocêntrico. Marinette arrumou as cadeiras e, antes de passar pela porta, ouviu a voz do diretor.

― Sei o que vi, Marinette. Não deixe o amor a controlar assim. Você é uma garota muito boa. ― Os ombros de Marinette ficaram tensos, mas ela sibilou um agradecimento e saiu da sala.

Não havia um sinal de Stephanie por ali, devia ter voltado para a sala de aula, mas Marinette de fato não se importava com a garota.

― Marinette, você não devia se descontrolar assim, mas que bom que você continuará indo para a viagem! ― Tikki falou com a garota e ela concordou, com um sorriso.

Marinette estava quase do lado da porta quando ouviu várias vozes se misturando. Era o horário de troca de professor.

― Mas então, Stephanie? Como foi? ― Ouviu Chloe perguntar. ― Qual foi a punição da Marinette? Certeza que foi algo horrível.

― Para de me encher, Chloe, não somos amigas e não seremos. E você sabe o porquê. ― Silêncio total. Marinette não viu a cena, mas tinha certeza que todos estavam de boca aberta. Stephanie era o exemplo de anjo, mas ir contra a Chloe só fez algumas pessoas a admirarem mais.

Não o caso de quem sabia da história.

Marinette entrou na sala sorrateiramente e todos os olhares se voltaram para ela.

― Falando no diabo... ― Chloe comentou baixinho, mas isso não evitou que a sala em silêncio a ouvisse.

― Turma, quero todos sentados. ― A próxima professora entrou e os alunos foram aos seus lugares, imersos em curiosidade.

Nathanael, no fundo da classe, estava se remoendo mais ainda. Queria saber o que aconteceu, não importava que fora rejeitado, Marinette era uma garota preciosa. Mesmo eu cérebro dizendo não, seu coração dizia sim. Não podia mais ignorá-la para seu bem.

Adrien era outro. Estava mais preocupado que curioso, sabia o quão má Stephanie conseguia ser quando queria.

Pierre estava estranhamente calmo, não parecia se importar com o veredito, tanto para Stephanie quanto para Marinette e Oliver não conseguia parar de olhá-lo, Pierre estava estranho e Oliver o conhecia a tempo demais para saber isso.

Não tiveram tempo demais para pensar com o ritmo de aula da professora.

― Eai, Mari, como foi? ― Alya sussurrou para a amiga, curiosa demais para esperar o fim da aula.

― Eu levei advertência e a Stephanie também, nada muito grave. ― Alya sorriu para a amiga, aliviada por não ser nada grave.

O coração apertado de Adrien relaxou ao ouvir isso. Não sabia por que, mas estava aflito pela garota como se fosse ele mesmo.

O sinal bateu indicando o fim da aula, e os alunos saíram contentes, depois de uma desgastante aula.

― Mari, posso falar com você? ― Adrien disse, virando para trás. Nathanael parou no meio do corredor das carteiras.

Precisava ouvir a voz doce dela falando seu nome novamente, mas Adrien fora mais rápido, ele sempre foi mais rápido.

― Claro, o que foi? ― Ela sorriu, esperando a resposta. Alya percebeu o pedido indireto nos olhos de Adrien.

― Desculpa deixar você sozinha aqui, Mari, mas eu marquei de almoçar com o Nino, não é? ― Ela sorriu nervosa para o garoto, não tinha marcado nada, mas precisava deixar os dois a sós.

― Ahn, na verdade... ― Ela encarou bem fundo seus olhos, com uma súplica. ― Ah, claro, como eu tinha esquecido? ― Ele bateu na própria testa, nervoso. Os dois se levantaram rapidamente para deixar o casal sozinho.

Assim que viu que os dois já tinham ido, Adrien continuou:

― B-Bem.... Como foi ontem? ― Tinha que começar de alguma maneira, e aquela foi como conseguiu.

― Ah, minha mãe brigou ontem comigo, mas nos ajeitamos hoje. ― Ela sorriu, não querendo que o amigo se preocupasse.

― E qual foi sua punição? ― Estava curioso e apavorado ao mesmo tempo.

― Uma advertência, por pouco eu não poderia ir para Cote de Basques. ― Ela riu nervosamente, com medo da possibilidade. Os olhos de Adrien se arregalaram, mas em um segundo, se transformou em um olhar triste.

― Não seria a mesma coisa sem você lá. ― Respondeu com a voz baixa e Marinette não conseguiu evitar o avermelhado que tomou conta de sua face.

― Ah... Eu... ― Não sabia bem o que dizer.

― Você gostaria de almoçar comigo? Tem um restaurante novo na rua, acho que você vai gostar, tem a sua cara. ― Adrien desviou do assunto para o assunto principal.

Marinette ia concordar, mas é claro que ia, mas a voz de sua mãe dizendo que ela estava de castigo a fizeram parar.

― Eu adoraria... ― Os olhos de Adrien brilharam. ― Mas eu estou de castigo... ― Disse a segunda parte mais baixo, sem saber exatamente se queria que ele ouvisse ou não.

O rosto de Adrien murchou um pouco.

― Ah, sim, não tem muito o que se fazer contra isso. Não é como se o restaurante fosse desaparecer, não é? ― Riu nervosamente, tentando disfarçar o fato de ter levado um fora e como aquilo o afetava. ― Bom, eu vou indo então, saímos outra hora. ― Ele se levantou rapidamente e saiu da sala.

Encostou na parede, tentando controlar a respiração ofegante. Ser rejeitado assim por ela causava uma dor que ele não sabia explicar de onde e nem por que vinha. Marinette era sua amiga e, em um segundo de desespero, queria que fosse algo mais.

“No que eu estou pensando? Marinette, é uma amiga, uma amiga... “ Mas nem ele mesmo conseguia se convencer disso.

Marinette se sentia mal por dar um fora daquele jeito em Adrien, mas se sua mão descobrisse, não ia esquecer tão cedo.

― Marinette? ― Nathanael a chamou, sem saber ao certo se deveria chamar a sua atenção após o que vira.

― Ah, Nath, sim, o que foi? ― Ela se sentia desconfortável por ele também, o rejeitara não fazia muito tempo.

― Eu... ― Ele não sabia o que falar, mas não precisou dizer muita coisa. Um estrondo vindo do lado de fora os interrompeu. ― O que foi isso? ― Ele perguntou, assustado.

― Não sei, mas não acho que devíamos ficar aqui por muito tempo. ― Ela recolheu suas coisas e as levou em direção da porta. Nathanael fez o mesmo.

― Marinette, você está bem? ― Adrien perguntou, atordoado. Ela assentiu com a cabeça e então ele percebeu o garoto atrás dela. Sentiu uma pontada em seu peito e sua cara fechou. ― Venha comigo, Mari, aqui é muito perigoso, Nathanael, vá para a porta da frente, quanto mais gente, mas fácil é de dar errado.

Talvez não tivesse nada errado, mas queria o ruivo o mais longe possível de Marinette.

Nathanael assentiu, assustado, não queria deixar Marinette sozinha, mas se sua presença poderia machucá-la, ele iria de bom grado para o outro lado.

Uma risada ecoou por dentro do edifício. Alta, esganiçada e feminina. Nathanael já estava bem longe.

― Por que correm, pequenos? Não tem para onde fugir, o mundo é meu. ― A risada ficou mais alta e aguda. Tanto Adrien quanto Marinette sabiam que era um akuma, mas a prioridade de Adrien estava em outro lugar.

Ele puxou sua mão, a levando para qualquer lugar longe do akuma, mesmo não sabendo exatamente onde ele estava.

― Entra aqui e fica até estar tudo bem, se eu encontrar qualquer um dos heróis, eu aviso que está aqui, ok? ― Ele a colocou dentro de um armário de vassouras, grande o suficiente para tanto ela quanto as vassouras caberem. Ela assentiu, mesmo sabendo que sairia assim que Adrien tivesse se afastado o suficiente.

― E você? Para onde vai? ― Perguntou atordoada.

― Não cabe nós dois aqui e sua segurança é mais importante, eu vou achar outro esconderijo. ― Ele sorriu, a confortando.

Marinette engoliu seco, mas ele fechou a porta antes que ela protestasse mais.

Adrien foi para um lugar onde sabia que ninguém o veria.

― Plagg! ― Chamou o kawami que apareceu em um segundo, sem tempo para dizer nada, já interrompido pela frase de Adrien. ― Transformar!

E em um segundo, Adrien se transformou em Chat Noir.

Chat Noir foi para o telhado buscar pelo akuma, mas algo voando chamou sua atenção. Um objeto foi jogado com toda a força em direção ao chão, onde se espatifou em dois. A porta estava jogada a poucos metros e o resto estava prensado contra o chão, esmagado.

Era o armário de vassouras.

Chat Noir arregalou os olhos. Ficou em choque.

Marinette estava lá dentro. O lugar que ele prometera ser seguro estava agora no chão, prensado e ela estava lá.

Sua mente só pensava no desespero que a garota devia ter passado lá sozinha. Qual teria sido sua reação ao se sentir jogada nos ares? Teria estado apavorada? Teria se sentido sozinha? Teria chorado?

Uma lágrima caiu pelo rosto de Chat Noir, não se importava mais com nada, sua mente só estava no armário de vassouras e em Marinette.

Precisava achar ela, seu coração tinha esperança que ela estivesse viva de alguma forma, mas seu cérebro gritava que ela não tinha como sobreviver daquilo.

Se tacou de joelhos, sem se importar com a dor do impacto. Colocou toda sua força para levantar o armário do chão. Quando o fez, tacou para o outro lado.

Desejou não ter aberto, o corpo de Marinette estava em uma posição com certeza errada, seu pescoço estava virado e com certeza quebrado. Suas costas não podiam estar normais e conseguiu ver algo saindo de dentro dela, mas não teve coragem de saber o que era.

Uma vassoura tinha a perfurado durante a queda e o resto de seu corpo fora presando contra o chão.

O sangue dela estava em suas mãos, não tinha percebido quando a abraçou, mesmo cheia de sangue e sem vida.

Seus olhos estavam abertos e Chat conseguiu ver por uma última vez os lindos olhos azuis que ela possuía.

Isso não podia estar acontecendo.

Ele gritou, gritou enquanto as lágrimas caiam, gritou com todo o seu pulmão até que não tinha mais voz.

Suas lágrimas caiam com uma intensidade de ele não esperava.

Abraçou mais o corpo sem vida de Marinette, não tinha coragem de larga-lo. Apertou seu corpo e sentiu seu cheiro ainda fresco.

Conseguiu sentir a diferença entre o sangue e a deliciosa fragrância que ela usava.

― Me perdoe, me perdoe, me perdoe.... ― Repetiu freneticamente, estava em choque, mas não largava seu corpo de jeito nenhum. Caiam lágrimas de seus olhos que ele não conseguia controlar.

― CHAT NOIR! É UMA ILUSÃO! ― Uma voz gritou ao fundo. 


Notas Finais


Beijos e até o próximo!


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