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História Simple like Flowers - Capítulo seis - Alguém se importa


Escrita por: BlueLady

Notas do Autor


OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOi!
Demorei? Um pouquinho.
Vocês tem sorte, na minha segunda fanfic, eu demorava 3 meses para atualizar os capítulos.(A fanfic "A Falsa Morte" de Fairy Tail para quem quiser)
Hoje, temos duas surpresinhas para compensar duas coisinhas.
Para compensar meu atraso, fiz um capítulo com mais de 3000 palavras! (Aproveitem ♥)
Para compensar o capítulo( vocês vão entender quando lerem) trouxe um desenho feito por mim de como imaginei o Oliver e o Pierre! Se você quiser conferir, o link está na descrição, mas aviso, isso pode estragar sua imaginação.
Aproveitem o capítulo!
Esse foi bem mais sentimental que os outros. Eu tinha muito mais coisas para escrever, mas ia ficar com mais de 6000 palavras, então deixei para o próximo.
Eu quase chorei escrevendo, namoral.

Capítulo 6 - Capítulo seis - Alguém se importa


Fanfic / Fanfiction Simple like Flowers - Capítulo seis - Alguém se importa

LEIA AS NOTAS INICIAIS

Os olhos de Chien arregalaram e ele colocou as mãos na boca como se tivesse falado algo muito errado.

― Como você sabe quem eu sou? ― Ladybug estava em estado de semichoque.

― Ahn... Bem... Cachorros tem um bom faro, então eu meio que reconheci o cheiro. ― Chien tentava explicar o porquê de saber o nome. Talvez pelas mãos suadas e por ele evitar olhar nos seus olhos, Ladybug sabia que aquilo era mentira.

― Bem, agora que você sabe quem eu sou, eu tenho o direito de saber quem é você. ― Ele fez a cara de dúvida novamente. ― O que foi?

Ele soltou um sorriso.

― Não é nada, só achei que já soubesse. ― Ele se aproximou mais dela, chegando a exatos 60 centímetros de distância. ― Afinal, você mesma me falou que pareço um cachorro.

Ladybug arregalou os olhos. Então aquele cara era... Pierre?!

― E o Chat.... ― Ela começou com a voz baixa. Ele ficou levemente surpreso. ― Você sabe quem ele é?

― Certamente.

― Então, quem é? ― Ele riu, gargalhou tanto que chegou a fechar os olhos.

Num segundo ele estava lá e no outro, estava segurando seu rosto com uma das mãos. Ladybug se assustou com o ato, mas o que mais a assustou foi o olhar que ele a dirigia. Ele estava irritado. Muito.

― Você quer saber quem ele é, mas está disposta a contar para ele quem você é? ― Aquilo pegou Ladybug. Ela não estava disposta. Se estivesse, com certeza já o teria feito antes. Ele pareceu ler isso em seus olhos. ― Como eu pensei. Você quer saber quem é ele, mas não está disposta a arriscar sua vida particular por ele. Sinto muito, não vou contar, Lady. ― Ele soltou ela.

Ela ainda estava atordoada pelas palavras dele de antes. Não estava assustada, porque ele estava certo. Ela era uma hipócrita.

― Não seja tão dura consigo mesma. Pensamentos assim são normais, prova que você é humana. ― Ele sorriu. ― Perdoe-me pela atitude de antes, é um lado que eu não gosto muito de mostrar.

― Não tem problema, tudo que você falou era verdade... Não precisa ter vergonha desse seu outro lado, ele faz parte de você, não é? ― Chien arregalou os olhos. ― Não precisa forçar um sorriso quando não está bem. Amigos estão aí para isso. Eu estou aqui para isso. ― Ele corou um pouco e desviou os olhos. Aquilo o pegara de surpresa.

De repente, um bastão de metal entrou entre eles, dividindo os dois.

― Estou atrapalhando alguma coisa? ― Ladybug devia saber que era Chat Noir,

― Nada. Vamos atrás do Akuma. Para que direção ele foi, ...Chien? ― Ladybug conseguiu evitar chama-lo de Pierre.

― My lady, com todo respeito, quem é esse idiota? ― Ele ignorava completamente a existência do cão.

― Ele é um de nós, Chat, ele também tem um miraculous. ― Chat parecia um pouco surpreso pela descoberta.

― Quer dizer que o nosso “parceiro” é um cachorro?

― E eu posso ouvir tudo que você fala.

― My lady! ― Ele estava indignado.

― Chega, Chat!  Já deu, temos um akuma para purificar e estamos aqui perdendo tempo. C-Chien ― Quase o chamou de Pierre ― pode nos mostrar o caminho? ― Ele sorriu. Adrien não gostava daquele sorriso. Ladybug havia brigado com ele por esse cara.

― Mais é claro,   Ma...Ma... MY LADY!* ― Chien deu graças a Deus que conseguiu evitar chamá-la pelo nome.

Mas Chat não estava tão feliz. Se não fosse por Ladybug, ele já teria partido para cima do cachorro. Ele fechou a cara de um jeito que quem o olhasse, acharia que ele fosse o próprio akuma.

O cachorro começou a correr pelos prédios, ele era bem rápido. Ladybug e Chat tiveram dificuldades em segui-lo, mas quando ouviram uma explosão, não foi tão difícil saber para onde ir.

Por mais que a situação não estivesse boa, Ladybug agradecia por ter coisas demais na mente para pensar no que ocorrera na noite passada.

― Finalmente vocês vieram, estava achando que tinham me deixado lutar com aquele coelho sozinho. ― Eles olharam quem falou. Procuraram por cima dos prédios e depois no chão. Eles não acharam em lugar nenhum. ― Aqui em cima.

Aquilo os surpreendeu. Ao olhar para o céu, o viram. Ele voava com asas que saiam de seu braço. Sua roupa era roxa e, diferente das outras máscaras, um bico crescia tampando seu nariz.

― Aquilo também é um de nós? ― Chat perguntava assustado. Primeiro um cachorro e agora um pássaro? Qual era o problema com os Miraculous?

― Claro que é. Você é idiota? ― Chien provocou. Chat colocou a mão no seu bastão. Estava irritado o suficiente com aquele cachorro estúpido.

― Se você ousar brigar com ele, eu nunca mais falo com você. ― Ladybug interviu, Chat a olhou incrédulo.

― Mas, My lady... ― Ele tentou argumentar.

― Temos um akuma para purificar, termine esses assuntos depois. ― Ladybug pegou seu ioiô e conseguiu prender a perna do akuma que estava enfrentando o pássaro.

Chat não ia deixar sua lady lutar sozinho. Quando ele se preparou para pular no akuma, Chien pulou no mesmo o trazendo para o chão.

― Onde está o akuma? ― Chien gritou para a Ladybug enquanto imobilizava o “coelho”.

― Procure na coroa. ― Ela respondeu.

― Por que diabos esse coelho tem uma coroa? ― Chien se perguntava. Quando ele estava prestes a pegar, o coelho se soltou em um movimento rápido.

Segurou o fio que o havia prendido e o puxou com força, fazendo Ladybug voar em sua direção.

― My Lady! ― Chat gritou. Ele começou a correr em sua direção, mas o pássaro conseguiu amortecer a queda antes.

Isso atrapalhou o coelho, que levou um chute do cachorro.

A coroa rolou até os pés de Chat. Ele estava atordoado. Tanto que nem viu a coroa encostar em seus pés.

― Presta a merda da atenção no que você está fazendo. ― Chien gritou enquanto imobilizava de novo o akuma. Chat não conseguia ouvir nada ao seu redor, estava paralisado.

O pássaro chegou perto dele e pegou a coroa, a jogando para Ladybug purifica-la.

Tudo saiu bem no final, mas Chat continuava ali, sem saber o que fazer.

― Você é idiota ou o que? ― Chien começou, de frente para ele. Só então Chat “acordou”.

― Ahn?

― O que foi aquilo? Estávamos no meio de uma batalha e você simplesmente parou. Quase não conseguimos purificar o akuma. ― O pássaro se pronunciou.

― Chat, está tudo bem? ― Ladybug perguntou.

Todas aquelas pessoas fazendo perguntas em cima dele não o estavam ajudando. Então, fez o pior que podia fazer: Fugiu.

― Aquele... ― Chien pronunciou. E então correu na direção do gato.

― O que está acontecendo? ― Ladybug perguntou, mas o pássaro ao seu lado parecia ter a mesma pergunta em sua mente.

― Não sei... Ele pareceu querer salvá-la quando foi puxada, mas eu cheguei antes, vai ver ele se sentiu... inútil?

Lady tentava pensar naquilo. Embora estivesse irritada com ele, Ladybug não tinha nada a ver com isso e ela não podia arriscar ter ferimentos ou até mortes durante as batalhas.

― Eu vou atrás deles.

― Não acho uma boa ideia, quando o Chien decide algo com aquele tipo de expressão, é porque vai levar a sério até se satisfazer. ― Ele parecia levemente perturbado. ― A propósito, sou o Birdie, é um prazer, senhorita. ― Ele se curvou.

― Por que vocês têm mania de se curvarem? ―  Ladybug perguntou.

― Por que vocês são nossos líderes.

Antes dela perguntar o que aquilo significava, ele foi embora. Ela resolveu ir para casa também, pelo que ouvira de Birdie, não ia conseguir falar com Chat de qualquer maneira.

***

― Hey, você, nem pense em fugir, eu posso sentir seu cheiro a distâncias. ― Chien corria atrás do gato.

― Eu não vou parar nem que a vaca tussa. Se eu parar você me mata. ― Chat gritou de volta, embora seus músculos começassem a perecer.

― Que bom que você sabe. ― Chien provocou, Chat Noir aumentou a velocidade. ― Sei que você já está cansando, eu só quero conversar, Adrien.

O gato parou de súbito. Estavam em um telhado próximo a Torre Eiffel.

― Como você sabe? ― Ele se virou para o cachorro.

Chien soltou um sorriso levemente malicioso.

― Eu reconheci seu cheiro. O seu e o dela. ― Ouvir aquele cachorro idiota falar de sua lady era o cúmulo.

― Se você ousar falar dela assim eu vou... ― Chat se aproximou do outro com tanta raiva que chegou a ficar levemente vermelho.

― Vai o que? ― Chien provocou. ― Eu não gosto de você e você não gosta de mim, mas se está planejando lutar, amigo, você não tem nenhuma chance.

― Como pode ter tanta certeza? Eu não sou fraco como você pensa.

― O jeito que você travou na luta mostra o contrário.

Chat Noir forçava tanto seus dedos contra sua palma da mão que leves gotas de sangue começaram a cair.

― Como uma pessoa como você pode ser um herói. ― Chat falou com desdém.

― Do mesmo jeito que um gatinho de rua que não sabe lutar pode ser um também. ― Chien rebateu.

― Pelo menos eu tenho a vantagem de conhecer Ladybug por mais tempo, tenho certeza que ela acreditaria mais em mim do que em você. ― Chat falou em tom de deboche, com certeza que sua lady escolheria ele.

― Eu tenho a vantagem de conhece-la na vida real. ― Aquelas palavras atravessaram o coração de Chat como uma facada, seus olhos começaram a arder e sua palma finalmente começava a doer.

― Quem...? ― Foi tudo que conseguiu pronunciar. Ele estava atônito.

― Você quer saber, Adrien? ― Chien soltou seu sorriso maldoso junto com seu olhar de fúria. Aquilo com certeza dava medo em qualquer um, até no orgulhoso gato de rua, mas é claro que ele não ia transparecer. ― Mas você a aceitaria de qualquer forma?

― Mas é claro que sim, ela é minha la...

― Você a ama, não é? ― Chien interrompeu, Chat estava confuso o suficiente para não saber o que responder ou o que esperar daquela conversa. ― E se ela for casada? Você aceitaria ver ela com outro homem? Se ela tiver filhos, você aceitaria separar a família dela? Além disso, ela não gosta dessa sua forma, não é? Digamos que ela seja solteira e da sua idade, ela não passaria a odiar Adrien Agreste, o qual a verdadeira personalidade ela odeia?

Se saber que Chien a conhecia fora como uma facada no peito, essas palavras foram como uma mão rasgando seu corpo de dentro para fora.

― E-Eu posso mudar por ela. ― Chat ainda tentava argumentar a batalha perdida. Ele nunca teria o amor de sua lady. Nunca.

― Mas ela pode mudar por você?

“Pare. Por favor, pare. ”

As primeiras lágrimas começaram a cair. Ele não estava mais aguentando essa dor que queimava de dentro para fora. Mesmo com a visão embaçada, ele reconhecia a figura de Chien.

― E-Eu te odeio. ― Sibilou.

Não que o cachorro gostasse de fazer as pessoas sofrerem. Ele não era assim, normalmente não. Mas tinha horas que esse lado se tornava mais forte.

Ele sentiu pena do gato chorando a sua frente. Mas isso não o fez voltar ao normal.

― Então estamos quites.

Chien saiu correndo dali, deixando o gato chorando sozinho.

― E-Eu.... E-Eu. ― Havia mais de 15 minutos que Chat estava lá, chorando e sibilando coisas sem sentido quando ouviu aquela doce voz.

― Chat? O que aconteceu? Ah meu Deus. ― Chat limpou as lágrimas e se virou com um sorriso orgulhoso.

― Não foi nada, my...my... ― Sua voz foi morrendo aos poucos quando percebeu que ninguém estava lá. Ele estava sozinho no telhado.

No fim, ela não veio por ele.

***

Adrien estava deitado na cama de seu quarto. Seus olhos estavam inchados e vermelhos. Não lembrava quando havia voltado para casa. Não lembrava se havia dormido ou não. Não lembrava se havia comido ou não.

Depois que ouviu a voz de Ladybug, ele não se lembrava mais de nada.

Ele se perguntava o que doía mais, sua cabeça ou seu coração.

Eram quase 6:30 quando Nathalie entrou no quarto.

― Adrien, você não vai se preparar para a escola?

― Eu acho que estou doente. ― A mentira mais contada por crianças e adolescentes que não querem ir à escola. Nathalie suspirou e chegou perto dele, colocando sua mão na testa do garoto.

― Temperatura está normal. Vá se arrumar para a escola. ― Nathalie saiu do quarto.

Adrien levantou e alguns pontos pretos apareceram na sua visão.

Ele cambaleou um pouco até o armário onde pegou suas roupas.

― Adrien, você não parece bem. ― Plagg soltou.

― Obrigado, não teria percebido sem sua ajuda.

Adrien tirou a camiseta. A mão direita dele começou a latejar. Viu os cortes nela.

― Eu só estava tentando ajudar, garoto ingrato. ― Plagg irritou-se.

Adrien não respondeu, só se trocou e desceu com a kawami na bolsa.

Não parou para comer. Estava sem fome. Pegou alguns pedaços de queijo e foi para a escola.

É tão estranho quando você está em um dia péssimo, mas tudo ao seu redor está alegre e você se pergunta de onde eles arranjam felicidade. Era esse o dia de Adrien.

Nem o tempo contribuía para o ar de morte de Adrien, o céu estava tão azul que chegava a refletir em várias janelas pela cidade as tornando tão azuis quanto o céu.

― Meu Deus, Adrien. Você está péssimo. ― Nino comentou assim que viu o garoto entrar na sala.

― Obrigado pelo apoio.

― O que aconteceu? Parece que você apanhou.

― Eu apanhei. ― Nino ia perguntar de quem quando Adrien completou. ― Da vida.

Nino fez uma cara triste.

― Não sofra tanto sozinho. Todos nós estamos aqui por você.

Adrien soltou um sorrisinho. As palavras de Nino o afetaram de uma maneira negativa. Ninguém estaria ali para ele. Ninguém nunca esteve. Ninguém se importa.

Assim que Marinette entrou na sala, seus olhos pousaram em Adrien, ela esperava dar aquela olhadinha, um sorrisinho e depois ir para o seu lugar.

Mas não foi isso que aconteceu.

Seus olhos captaram os pequenos olhos de Adrien envoltos por uma camada de pele avermelhada.

Ela pensou que não tinha nada a ver com ela, mas sua mão pendendo com cortes que ainda sangravam um pouco... Isso sim era da conta dela.

― Adrien, você tratou desse corte? ― Ignorou toda sua vergonha, no momento, ela pensou nele como qualquer um que estava machucado e precisava de ajuda.

― Ahn? ― Adrien olhou para a própria mão, lembrando-se do machucado.

― Ah meu Deus, Adrien, vem comigo agora, se isso infectar pode te deixar doente o suficiente para ficar internado. ― Ela pegou na mão boa dele e o levou da sala para a surpresa de todos.

Chloe tinha percebido o corte. Ela senta do lado dele, mas não achou que fosse nada importante e não sabia como cuidar. Então deixou pra lá.

Mas agora, estava remoendo-se de ciúmes, só não saiu da sala e foi atrás deles, porque a professora entrou dando início a aula.

― Onde estão Adrien e Marinette?

― Adrien se machucou e ela o levou para a enfermaria. ― Nino respondeu. A professora deu-se por vencida e começou a aula.

― Parece que certo gato finalmente conseguiu atenção da sua lady, pena que ele não sabe. ― Pierre sussurrou.

― Do que está falando, Pierre? Tem a ver com a discussão de ontem? ― Oliver cochichou de volta.

― Certamente.

***

― Enfermeira, você está aqui? ― Marinette perguntou após abrir a porta da Enfermaria. ― Droga, não tem ninguém aqui. ― Marinette pensou um pouco. ― Adrien, eu terei que tratar seus ferimentos, ok?

Adrien só concordou com a cabeça.

― Sente-se ali.

Adrien fez o que ela queria, só almejava sair dali o mais rápido possível.

“Afinal, eu estou sozinho”

Marinette pegou delicadamente a mão do garoto e passou o mertiolate no machucado. Procurou algumas bandagens no armário e depois usou-as na mão do amigo.

― Acho que isso deve servir. Agora vamos tratar do resto.

Adrien olhou para ela extremamente surpreso.

“Que resto? ”

Ela mexeu em alguns frascos no armário até pegar um.

― Aqui, remédio para dor de cabeça. É de gel, então tem efeito rápido. ― Ela deu um comprimido para ele.

― Como você...? ― Ele soltou.

― Você chorou, dá para perceber, sempre que choramos, ficamos com dor de cabeça. Eu só imaginei que não tivesse passado ainda. Vou buscar água, espere aí.

Adrien olhou para Marinette saindo pela porta. Ele não queria que ela fosse. Não queria que mais uma pessoa legal desaparecesse. Não queria ficar sozinho de novo.

Quando todas as inseguranças bateram e as lágrimas ameaçaram cair, ela entrou pela porta com uma garrafinha de água.

― Eu trouxe uma garrafinha para se você ficar com sede depois.

Adrien olhou para ela e depois para a garrafinha, um sorriso inocente apareceu nos seus lábios.

― Obrigado.

Marinette corou muito, mas não se deixou levar.

Ela chegou mais perto e fez antes que se arrependesse. Colocou os lábios na testa dele. Mesmo que fosse para verificar se tinha febre, não deixou de corar e surpreender Adrien.

― O que você... ― Ela se separou.

― Adrien, você está queimando de febre. Como você saiu assim de casa hoje?

Adrien olhou para ela e depois para as mãos.

“Porque ninguém lá em casa liga. ”

― Deite agora, eu vou preparar as toalhas. Não ouse se mexer.

Ele fez tudo que ela mandou. Os olhos dele começaram a seguir Marinette. Ela era fofa. Reconheceu o pescoço dela, aquele pescoço sexy dela. Deixar mordidas ali seria tão...

Corou tanto que seus olhos correram dali. Mas no fim, ele queria ter ficado no pescoço pelos pensamentos seguintes.

“Marinette tem uma bela bunda. ”  Seus olhos arregalaram e sua face corou. “O que diabos eu estou pensando? ”

Ele tirou os olhos dela. Olhá-la não fazia bem para sua cabeça.

― Aqui, Adrien. ― Ela colocou as toalhas em pontos estratégicos. ― Você está bem vermelho, como você não está com frio?

Ele queria dizer que não era pela febre que estava vermelho, mas nunca admitiria isso. Também pensou sobre o frio. Era verdade que, mesmo o tempo estando lindo, ele sentia frio, mas ignorou.

Ela olhou para o relógio. Já havia passado mais de meia hora da aula.

― O que você acha do Chat Noir? ― Adrien perguntou. Foi uma pergunta bem aleatória, mas ela esperava esses delírios por conta da febre.

― Ele é o herói dessa cidade, é claro que respeito ele.

― Mas ele fez algo ruim por você, não foi? ― Marinette suspirou, como será que ele sabia?

― Fez, mas sabe? Mesmo eu tendo ficado irritado com ele no começo, não é como se eu tivesse guardado rancor, eu sei que ele não fez por mal, é só a personalidade dele.

― Você gosta da personalidade dele?

― Confesso que ele é meio irritante algumas horas, mas todos somos, ele também pode ser uma pessoa incrível, tenho certeza que Ladybug também pensa assim.

Ele soltou um sorrisinho inocente. O coração de Marinette acelerou.

― Por que pergunta? ― Marinette quis saber.

― Porque, às vezes, eu sinto que todo mundo o odeia.

― Eu não o odeio, não se preocupe.

 O silêncio pairou entre eles. Até que ele fecha os olhos e Marinette pode ver uma lágrima saindo sorrateiramente.

― Obrigado. ― Foi uma palavra tão simples, mas que teve tanto significado para ambos. ― Por estar aqui, por se importar, por ser ... você.

― Eu sempre estarei aqui por você, não se preocupe.

Marinette fez menção de levantar, mas Adrien agarrou seu pulso.

― Não vá embora, por favor. ― Marinette sentou-se novamente.

― Eu não vou a lugar nenhum.

Um sorriso brotou no rosto de Adrien enquanto ele adormecia.

“Alguém se importa”

 


Notas Finais


* O jeito que se pronuncia my lady é mai leidi, portanto, para evitar chamá-la de Marinette ele a chama de my lady, onde o começo fonético é igual.

O que acharam? Não taquem pedras em mim, tudo isso vai ser importante no futuro.
Eu fiquei muito triste escrevendo, sério, teve uma hora que eu tive que parar de escrever se não ia chorar.
Espero que esse capítulo tenha tocado seus sentimentos e tenham feito vocês pensarem um pouquinho mais sobre as inseguranças de Adrien.
Link da imagem: https://uploaddeimagens.com.br/imagens/12_-pierre_e_oliver-png
Comentários e favoritos sempre bem-vindos e não se esqueça de acompanhar a história para receber os novos capítulos!
Espero que tenham gostado!


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