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História SimplePlan.com - 3. Save You


Escrita por: Slendon6336

Notas do Autor


Oooo, hola meus caros. Tudo Bem com vocês? Hum? Mais um capítulo da fic. E shipps surgem de lugares inimagináveis. O capítulo tá meio curtinho, admito. Mas o próximo compenso. Ah, e então? Estão gostando da fic? (=3) Espero que sim.
Save You é uma música que eu acho que combina com o ponto de vista do Konami em relação ao Adriel. Sugiro que vocês vejam a música antes ou depois do capítulo para julgar...
~Boa Leitura o/

Capítulo 4 - 3. Save You


UntitleD diz:

HoPelESsXP, é?

Eram exatamente quatro horas da manhã quando ele me enviou isso. Eu acabara de publicar minha primeira postagem no site SimplePlan.com não acreditando no rápidofeedback que outras pessoas mandavam em resposta. Algumas concordavam, outras diziam textos enormes dignos de um filme de drama e outras ainda praticamente escreviam uma nota de suicídio. Fiquei boquiaberto com aquilo, incapaz de acreditar.

Você diz:

“Você já me conhece bem pelo visto. É do Rousseau?”

UntitleD diz:

Talvez...

Você diz:

“Qual seu nome verdadeiro?”

UntitleD diz:

Acho que você pode me chamar de Diego... Esse é meu nome?

Admito que aquela frase me fez dar uma curta risadinha.

Você diz:

“Como eu vou saber?” Espero um pouco antes de prosseguir “Por que você está neste site?”.

Ele demora um pouco para visualizar a mensagem, mas ao fim manda:

UntitleD diz:

Não sou como vocês. Estou aqui para ajudá-los, não precisando de ajuda”.

Você diz:

“Moderador do site ou algo assim?”

UntitleD diz:

Usuário. Existem outros como a mim por aqui... Mas e você? Pela sua primeira postagem, é algo repentino? Até usou trechos da música principal do site...

Desta vez encarei as teclas do computador, pensando em uma resposta curta. Era difícil resumir mais do que já havia naquele texto pouco tempo postado.

Você diz:

“Não. Meio que... Há coisas que realmente contribuem para eu me sentir assim”

UntitleD diz:

Quer explicar?

Você diz:

“Você não vai querer saber. Não gosto de falar disso virtualmente. Parece mais idiota do que já é”

Diego demorou um pouco para responder. Não tenho certeza, mas acho que foi algo de cinco a sete minutos.

UntitleD diz:

Se eu for para o Rousseau, você me diz?

Você diz:

“Então tu realmente é de lá ¬w¬”

UntitleD diz:

Tenho certos problemas em sair de casa. Não gosto. As pessoas são doentes e eu não quero ser como elas. Principalmente o colégio. Só vou quando realmente dá vontade e a última vez já faz alguns meses...

Você diz:

“E como ainda não te expulsaram de lá?”

UntitleD diz:

Nem lembram que eu existo kkkk

______________,,_____________

Diego e eu havíamos conversado um bocado ainda até o amanhecer, me deixando apenas meia hora de sono antes do colégio. Fora divertido falar com ele, me fez esquecer de alguns problemas e afins. Contudo, quando Lídia batera em minha porta às seis e quinze da manhã, não pude deixar de rever todos os maus bocados passados em Rousseau.

— Adriel, eu trouxe seu café da manhã hoje. — Ela havia dito com voz doce, provavelmente ressentida pelo acontecimento da noite passada. Eu não a respondi — Bem, deixarei aqui na entrada. Certifique-se de se alimentar bem, querido.

Olhei-me no espelho, não gostando nada da aparência acabada. O jeito era esconder as olheiras com kajal novamente. Então me recordei dos cortes que havia feito de madrugada e encarei meus braços.

— Não acredito que fiz isso de novo — Murmurei para mim mesmo, vendo as marcas vermelhas recém-feitas. — Como sou patético...

Balancei a cabeça e resolvi me arrumar para o colégio.

Uma das coisas que Diego me garantiu era que sempre estaria online, para me dar apoio. Eu não faço a menor ideia de como ele seja...

Seu conselho noite passada fora dizendo para que eu me vestisse do melhor jeito que me definiria, sem medo de atrair olhares desgostosos.

Meio receoso se deveria mesmo, abri meu guarda roupa. Depois de tanto hesitar, liguei o “foda-se” e deixei minha criatividade fluir.

[...]

Lídia me observava de uma maneira peculiar. Deixando-me dúvidas. Eu havia descido com a mochila nas costas, pronto para sair e levando a bandeja com o café da manhã até a cozinha. Dei algumas mordidas aqui e ali só para dizer que comi, porém não cheguei a “limpar o prato”.

— O que foi Lídia? — Perguntei finalmente para ela, começando a me incomodar com Rem e Pretinha que me rodeavam. Resolvi agachar para lhes acariciar antes de partir.

— Não é nada, só que... Você está diferente hoje.

Não a culpo. Talvez eu houvesse exagerado um pouco com os acessórios e afins, mas estava me sentindo confiante daquele jeito.

— Não sei do que você está falando — Dei de ombros e comecei a sair.

— O guarda-chuva. Não vá esquecer. Está chovendo hoje — Avisou ela, correndo até mim e me estendendo o objeto. Quando o peguei, Lídia encarou meus olhos — Adriel está tudo bem?

— Está. Está tudo ótimo — Minto, fazendo cara de indiferente.

— Há alguns hematomas em seu rosto. — Eu tenho que piscar algumas vezes para raciocinar, mais lerdo do que gostaria.

— Ah, isto? Não é nada. Não se preocupe, não é como se eu estivesse apanhando no colégio ou algo assim — Deixo uma curta risada sair e então finalmente saio daquela casa.

_____________,,____________

Eu estava entrando mais uma vez em Rousseau, e definitivamente havia mais pessoas me encarando que o normal. Respirei fundo e apertei os passos, logo eu chegaria a minha classe, lá no fundo, e tudo estaria bem novamente. Esse pensamento havia me tranquilizado um pouco, até que eu ouvisse alguns murmúrios espalhados por todos os lados.

Não queria levantara a cabeça e ver todos aqueles olhos me observando, sabia que aquilo causaria mais pânico em mim. Continuei caminhando e percebi o grupinho de Lucian no meio do corredor. Eu os teria que encarar se quisesse chegar a minha sala de aula.

O “líder” dos punks me avistou. Desencostou da parede, ameaçando vir até mim. Engulo em seco sem saber o que fazer.

— Classe, agora — E tão autoritária quanto à voz de Deus, Dr. Konami juntou-se a mim no momento certo, gesticulando com o polegar a classe de Lucian. Ele por sua vez, torceu o nariz e de contragosto obedeceu.

Depois de alguns segundo os acompanhando com os olhos, decido fazer o mesmo e aturar a professora de química. O asiático me impede, virando-me para ficar de frente com ele.

— Preciso conversar com você, Adriel. — Ele tem um olhar preocupado, quase o mesmo do dia em que me obrigou a mostrar meus braços sem as mangas das blusas os escondendo.

— Mas hoje é sexta-feira — Implico, querendo sair de tal situação.

— Minha sala, por favor.

E lá estava eu mais uma vez, sentado na poltrona em sua frente, sentindo seus olhos me analisarem atrás de uma resposta. O silêncio reinou por alguns minutos.

— Sabe — Digo impaciente —, não acho que seja uma boa ideia perder as aulas de química. Estou indo mal...

— O caso aqui Adriel — Ele me cortou, firme e alto — é que eu sei o que acontece todas as vezes na saída da escola.

Meu coração para por um segundo e o fito com os olhos arregalados. Ele não podia... Podia?

— Você o quê? — É a única coisa que sai dos meus lábios.

Konami suspira.

— Já venho desconfiando faz tempos — Revelou — E tenho observado você e Lucian de longe. Até mesmo eu nas quartas-feiras sinto o jeito predador que ele te encara. E ontem, me disseram que você foi seriamente espancado depois das aulas.

— Quem... Te disse isso? — Desejo saber instantaneamente.

— Não importa quem, Adriel. Eu só quero saber por que demônios você não me contou isso antes. — Mordi meus lábios, desviando o olhar. — Vai esconder isso de mim mais uma vez?

Cerrei os dentes desta vez, fechando os punhos com força e pedindo mentalmente para que ele parasse com aquilo imediatamente. Meu peito estava começando a pesar de novo.

— Eu sou seu psicólogo, é minha profissão saber o que se passa com você. Estou aqui para ajudar, e vou repetir isso querendo você ou não...

— E você quer saber o quê?! — Explodi, me levantando da poltrona, sentindo um calor desconfortável — Quer saber que desde que meus malditos e ausentes pais me mandaram pra este maldito colégio tenho sido o motivo de gozação da maioria dos alunos? E que virei o brinquedo de Lucian? — Eu gesticulava exageradamente enquanto falava — E que todo dia tenho medo de levantar da cama e passar pela entrada apenas para ser espancado, humilhado, torturado e abusado por aquele monstro?!

Dr. Konami pareceu ter ficado sem palavras e eu simplesmente não conseguia soltar as minhas.

Emperrei meu rosto entre as mãos. Diferente do que imaginava, não senti alívio emocional nenhum. Apenas uma grande vontade de que tudo aquilo fosse um pesadelo.

O mais velho, depois de muito tempo de hesitação, apenas conseguiu se levantar e caminhar até mim. Para minha surpresa, Konami me abraçou. Literalmente. Por um segundo me senti perdido, me perguntando o que havia acontecido.

Ficamos daquele jeito por não sei quanto tempo, mas o suficiente para que eu me acalmasse consideravelmente.

— O Lucian — Ele voltou a falar — Ele abusou de você? Tipo...

— Sexualmente. É. Ele me estuprou no banheiro da escola.

Konami finalmente se afastou de mim, apenas para poder me encarar nos olhos. Ele pareceu abrir a boca para falar algo, todavia logo desistiu, substituindo com outra fala:

— Seus olhos estão todos borrados — E com aquilo me lembrei da maquiagem negra que havia passado mais cedo nas pálpebras. Ele deixou um risinho divertido escapar ao ver meu desespero em querer concertar da melhor forma aquilo. E a situação ajudou para que o clima ficasse mais leve. — Acho que vou te corromper e te levar para matar um dia de aula hoje.

— O quê? — Indago, parando de tentar me limpar com os pulsos.

— Pegue sua mochila. Vamos dar uma volta de carro.


Notas Finais


Uma das pessoas que mais gosto no mundo também parece ter sérios problemas com o emocional. E embora eu tenha os meus, quero demais ajudá-la e tentar fazê-la feliz para sempre. E com esse clima, arranjei inspiração para o capítulo de hoje. (P.S.: Mereço reviews?? :v)


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