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História Simples - Único


Escrita por: macrooos

Notas do Autor


Oi Oi Oi Oi

Minha quarta história aqui no site ( como sempre uma one, pois eu só sei fazer one)

Mas dessa vez, de um shipp bem flopadinho, que aliás eu nem shippo.

Mas essa fanfic é para minha namorada, que eu amo demais demais mesmo, então tudo bem fazer uma fanfic de um ship flopado só para o mozão.

Essa fanfic é para você @mrsbiersack

E já conta como presente de aniversário, to nem ai mesmo

Beijinhos ♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡

Capítulo 1 - Único


Simples

 

9:30 AM

 

Recentemente, em poucos meses. Acordar em uma cama vazia não era normal. Era, até certo ponto, desanimador começar um dia sem sentir a pele fria de Raphael fazendo contato com a minha. Depois da transformação, calor e frio não tinha nem uma diferença para mim, era tudo igual, tudo do mesmo. Mas era gostoso acordar e sentir com as pontinhas dos seus dedos a pele macia e os cabelos escuros igual aos olhos daquele homem.

Em tão pouco tempo, já parecia que eu não conseguiria ter um bom dia sem ter aquelas pequenas sensações logo no amanhecer. Era confuso e um pouco inesperado como o vampiro mais velho acabou tornando os meus dias chatos em um chato mais emocionante.

- Você vai se levantar ou vai passar o dia todo nessa cama, Simon? – Sorri internamente por finalmente ter ouvido a voz grosa do moreno. Fazendo espreguiçar o corpo e sentar na cama, olhando para o corpo deitado do moreno e agradecendo mentalmente pelo vampiro ter a maravilhosa mania de dormir sem alguma blusa.

- Eu não sei... Se você fazer um café para mim, eu até posso pensar.

- Vai sonhando, Lewis. – Soltei uma gargalhada, me deitando novamente na cama e vendo Raphael caminhando em direção ao banheiro, enquanto eu admitia mentalmente que era maravilhoso acordar assim, mesmo que as vezes não fosse com um café ou um ataque de beijos.

 

10:07 AM

 

Era engraçado ver Raphael, na minha frente, fazendo panquecas para o meu café da manhã. Aquele era um dos pequenos atos do moreno que faziam eu querer beijar o vampiro com todas as minhas forças. Já que o próprio não gosta de comer comidas mundanas, apenas o sangue que estoca no hotel. Mas é legal ver o próprio fazendo algo para mim, já que mesmo sendo um vampiro, ainda gosto de sentir o gosto das comidas de quando eu era mortal.

Na primeira garfada, já deu para sentir o gosto, era doce, mas não chegava a ser enjoativo. Era simplesmente perfeito. Fazendo com que eu fechasse os olhos e deitasse a cabeça na bancada de mármore.

- Está bom? – O tom de voz do moreno era um tanto quanto convencido, ele sabia que eu amava cada prato que ele conseguia fazer. Mas ele fazia aquela pergunta, apenas para ouvir elogios, dos quais eu nunca iria negar.

- Se está bom? Está maravilhoso! É como se finalmente alguém fizesse uma continuação decente de Alien.

- Você e as suas referencias, Simon.

- Eu não sei onde você estava quando todos esses filmes foram lançado.

- Eu também não sei, as vezes eu esqueço o que estava fazendo nos anos 90. – Colocava mais daquela panqueca doce na boca, enquanto Raphael matava a sua fome com um copo de sangue, deixando os seus lábios um pouco avermelhados.

- Muitas drogas?  - A imagem do vampiro mais velho, vestindo roupas típicas daquela década veio em minha mente, fazendo eu querer procurar algumas fotos só para ver o corte de cabelo ridículo que ele deveria ter usado.

- É, talvez seja isso.

- Você vai sair? – Observei que o moreno tomava rapidamente todo o restante do sangue, deixando as suas presas amostra. Ele tinha compromissos como um dos lideres, não era atos que ele dividia o apartamento principal comigo no Hotel Dumort.

- Vou sim, Simon. – Falou com uma tranquilidade na sua voz, enquanto recolhia a pequena bagunça feita por mim no balcão.

- Vai voltar quando? – No começo, me segurava para não fazer aquele tipo de perguntas, Raphael tinha as suas responsabilidades e mesmo que eu fosse uma delas, eu não poderia ocupar todo o seu tempo.

- Na hora de sempre, Simon. – Se voltou para mim, apoiando a sua cabeça em uma das mãos, enquanto mantinha os olhos cravados em mim. – Quando o sol descer. Não é todo mundo que tem a sorte de poder andar no sol, igual a você, Lewis.  – O mais velho sempre me chamava pelo sobrenome em uma tentativa de fazer eu me incomodar consigo, mal ele sabia que adorava qualquer extensão do meu nome na sua voz.

- Você poderia, se não tivesse um orgulho maior que você mesmo, Santiago.

- Eu posso ter bebido todo tipo de sangue, mas o de Shadowhunters, nunca vai descer pela minha garganta. – O moreno, conseguia ser bastante irritante e exigente quando queria. Principalmente o seu orgulho, que impedia do próprio poder andar pela luz do sol mais uma vez.

- Então o que eu vou fazer enquanto você estiver fora? – Tirei meus óculos que estavam pendurados na camiseta, limpando os mesmo, colocando logo em seguida, vendo um Raphael bastante despreocupado com a minha pergunta.

- Não sei, você não tem amigos? Só por que arrumou um namorado, não significa que tem que passar todos os dias comigo. – A palavra ‘’Namorado’’ ao ser ouvida pela voz do vampiro, fez inconscientemente, eu levar o meu olhar para longe do moreno. Fazia algum tempo que estávamos juntos, mas ainda não tinha me acostumado com a ideia de que eu poderia passar toda a eternidade ao lado dele.

- Você sabe que eu tenho! Mas eu não vou com a cara dos namorados deles, principalmente do Jace...

- Não se preocupa, ele não pode matar você de qualquer jeito. – E aquele sorriso sarcástico, que as vezes eu adorava e as vezes eu odiava, ficou presente nos lábios do moreno.

- Fez cursinho para ser palhaço? – Me levantei rapidamente, já dando de costas para o mais velho, indo em direção ao meu armário para pegar uma entre as várias blusas xadrez que eu possuía. Mas antes, apenas ouvi o outro vampiro confirmar a minha pergunta em voz alta, fazendo eu sorrir pela terceira vez naquela manhã.

 

14:28 PM

 

E lá estava eu, sentada em uma mesa que recebia a sombra de uma grande arvore, enquanto comia um burrito com nachos do meu food truck favorito. Junto com Clary, que nem foi preciso convidar a ruiva, já que ela tomou a frente, alegando que tinha o dia livre e queria passar ele com o melhor amigo.

Com tudo acontecendo e tudo que aconteceu. Eu e Clary não nos vimos com tanta frequência igual antigamente, que era praticamente todos os dias. Mas pelo menos um dia da semana, eu podia ficar sozinha com a ruiva, sem que nem um Jace estivesse ao lado.

- Então Simon, como vai a namoro? – Foi uma supressa para ela, quando falei que estava namorando com outro vampiro. Não pelo fato de ser alguém da mesma espécie que eu acabei me tornando, mas sim pelo fato de eu nunca ter dado indícios que também sentia atração por homens, algo que até surpreendeu eu mesmo.

- Você sempre quer saber de tudo, Clary. – Após o anuncio que o meu primeiro namoro está sendo com Raphael. A ruiva acabou se tornando bastante curiosa com o meu relacionamento, fazendo sempre o mesmo tipo de pergunta quando estamos sozinhos e mesmo quando estava com Jace ao seu lado.

- Claro que sim! – Falou um pouco alto, fazendo alguns olhares sendo direcionados para a nossa mesa. Mas apenas eu tinha percebido isso, já que Clary continuou na mesma, roubando alguns nachos do meu prato. – Você sempre perguntava sobre eu e Jace e eu quero saber se ele trata o meu melhor amigo bem.

- Bom, as vezes ele me acorda com alguns beijos ou com café na cama, quando ele está de bom humor.

- E quando ele não está de bom humor, Simon? – Parei um pouco para refletir naquilo. Dava para perceber quando o mais velho estava em um bom dia apenas pela quantidade de palavras que ele dirigia para mim.

- Hoje ele não me acordou com beijos. – Fiz uma falsa cara de tristeza, que fez Clary abrir um sorriso e bebericar o meu refrigerante. – Mas ele fez panquecas doces para mim e me deu um rápido beijo antes de sair.

- Isso significa....? – A ruiva levantou uma sobrancelha, as vezes ela entendia em um passe de mágica tudo que eu estava falando e as vezes ela conseguia ser mais lerda que eu.

- Que ele não está nos melhores dias, mas pelo menos não me deixou com fome, pois você sabe que eu sou horrível na cozinha.

- Casal do ano vocês dois. – Soltei uma pequena risada, continuando a comer o meu pedido, enquanto Clary desenhava alguma coisa no seu bloco.

- E você e Jace? – Era obvio que o loiro não era a minha pessoa favorita no mundo, mas aos poucos a nossa convivência foi melhorando. Afinal eu sempre serei o melhor amigo da Clary e ele iria ter que conviver comigo por longos anos.

- Ele não faz panquecas para mim, pois sou eu que sei cozinhar ali. – Revirei os olhos com aquilo por pura brincadeira. Sabia que Clary era uma ótima cozinheira igual a sua mãe. – Mas tudo está indo bem, eu realmente amo ele....muito.

- Pena que o titulo de casal do ano já tem dono.

- Quem? – Perguntou a ruiva, parando de prestar atenção no seu desenho e olhando para mim, abrindo um sorriso por já saber do que eu estava falando.

- Magnus e Alec! – Falamos juntos e abrimos um sorriso logo em seguida por ainda termos aquela conexão que as vezes pode adivinhar no que o outro está falando só pelos tantos anos de convivência que passaram juntos.

 - As vezes eu fico pensando em um nome de casal pros dois, tipo *Sculder. – Após ter presenciado o primeiro beijo dos dois na igreja, mesmo que Alec tenha abandonado o seu casamento e tudo ao mesmo tempo parecesse clichê e não. Era impossível não concordar que os dois foram feitos um para o outro.

- Já pensou em algum? – A ruiva soltou a focar no desenho, enquanto eu terminava o meu lanche.

- Não sei...mas acho que Malec é bonito. – Terminei o copo de refrigerante, ainda sugando o restinho que tinha no fundo, fazendo aquele barulho estranho, chamando a atenção de Clary para mim.

- Malec é realmente muito bonito.

 

20:13 PM

 

Já tinha escurecido faz algumas horas. Era inverno, então o sol ia embora um pouco mais cedo. Eu gostava do inverno, pois obviamente odiava suar por todo o corpo e Raphael acabava chegando mais cedo que o normal e isso fazia parte das pequenas coisas que eu adorava no moreno. Quando ele chegava quando eu menos esperava, mas dessa vez, estava sendo ao contrário.

Não era típico do vampiro se atrasar, as vezes acontecia e eu entendia perfeitamente quando ocorria essa ocasião. Mas geralmente, acabou se tornando ‘’normal’’ esse atraso, principalmente nessa semana, que ocorreu em todos os dias.

Após um longo tempo juntos, eu comecei a me permitir ter ciúmes e até preocupação quando o moreno tem comportamentos diferente do usual. E essa era uma ocasião onde o ciúmes e a preocupação estavam misturadas.

No momento, eu estava deitado no sofá macio, de frente para a tv, olhando algum filmes que eu não estava prestando muita atenção, pois já senti que já tinha olhado e no final odiado. Estava dando mais atenção para o pote de sorvete que me acompanhava naquele leve frio que estava fazendo em Nova York. Junto com os pensamentos que tentavam justificar o atraso semanal do meu companheiro.

Alguns dos pensamentos tinha esperança, acreditando que os atrasos eram por culpa dos acontecimentos que aconteceram no submundo recentemente. Outros já iam além e puxavam para o ciúmes, formando pensamentos de que no final, Raphael tinha se cansado de mim, pois o moreno acaba se cansando de qualquer coisa.

Aqueles pensamentos iam tomando conta da minha mente, tanto que nem reparei que o sorvete estava quase derretido e só fui voltar para a completa consciência quando o forte barulho do elevador se manifestou.

E ali estava ele, carregando um dos seus paletós na mão direita, que no seu armário consistia entre as cores pretas e roxas e as vezes os vermelhos que eu tanto adorava, chegando as vezes até usar aquele tipo de roupa, que felizmente, ficava muito melhor no corpo do moreno.

Me ergui no sofá, limpando a boca que estava suja pelo sorvete. Enquanto Raphael ia em direção aos seus drinks, fazendo uma mistura de sangue fresco com vodka que eu achava absolutamente nojento.

Ele não tinha direcionado seu olhar nem uma vez para mim ainda. Algo estava errado, não era comum aquilo. O comum seria que logo que o moreno passasse pelas portas do elevador, fosse em minha direção, arrancando um longo beijo de mim. Mas nessa semana em questão, nem beijos direito eram trocados entre nós. Sexo que era algo que se tornou ‘’rotina’’ caiu para zero e o motivo era desconhecido. Fazendo com que aqueles pensamentos anteriores, tornassem mais fortes ainda.

- Raphael? – Me levantei do sofá, ficando de pé, enquanto filtrava o moreno que estava perto de mim, bebericando aquele drink nojento, sentado na sua cadeira estofada favorita.

Sim? – Direcionou o seu olhar para mim pela primeira vez, fazendo um arrepio subir pela minha espinha.

- Está tudo bem?

- O dia foi longo e cheio de problemas, Simon. – Terminou de beber aquela mistura, colocando o copo no criado mudo ao lado. – Eu preciso de um banho.

- Mas...- Antes que pudesse continuar a falar, Raphael se ergueu rápido, fazendo eu calar a boca em seguida.

- Hoje não, Simon. – Foi rápido e me acertou em cheio. Fiquei calado, vendo o moreno me dar as costas, saindo daquele cômodo. Ainda estava chocado pelo seu comportamento, ele não era assim e nunca foi. Não entendia como tudo poderia ter mudado para pior em uma semana.  

O silencio só não era absoluto pelo barulho que a tv transmitia. Olhava pro corredor pelo qual o vampiro mais velho tinha ido, um desconforto pelas palavras que eu ouvi começava a se instalar em mim. Fazendo eu andar em direção aquele corredor, passando pela porta do banheiro e ouvindo o barulho de água. Ele deveria estar tomando banho tranquilamente, enquanto eu, acabei sentando no chão ao lado da porta, ouvindo os barulhos da água causados pelo moreno.

 

20:47 PM

 

Raphael demorava um pouco mais do que ‘’pessoal’’ normalmente ficavam no banho. Sendo assim, logo que o barulho da água terminou, sai de perto da porta. Seria um pouco estranho ele sair e me encontra lá e talvez piorasse tudo que estava acontecendo.

Fui em direção ao quarto que dividíamos, sentando na grande cama que o vampiro mais velho fez questão de ter, alegando que gostava de dormir abraçado comigo, junto com o fato de que eu me remexia bastante durante o sono e poderia acabar caindo e acordando no chão duro. Era fofo e engraçado como ele se preocupava com as pequenas coisas em relação a mim. E esses pensamentos sobre os pequenos detalhes que faziam eu gostar dele, fez aquela bola de problemas que estava sendo essa semana, chegar num limite que não poderia ser ultrapassado.

Me sentei na cama e logo em seguida me deitei, deixando os meus pés para fora, tocando no chão de madeira do quarto. Enquanto esperava Raphael, fiquei encarrando o teto branco e refazendo cada pensamento para que a conclusão final não fosse com um termino nosso. Eu estava feliz e semanas atrás ele também parecia feliz, então qual era o problema?

- Você está estranho. – Falei rapidamente, sem perder nem um segundo quando o moreno abriu aquela porta e colocou seus olhos em mim sentado na cama.

- Eu estou normal, você que está com problemas, Simon. – Foi em direção as suas roupas, vestindo apenas uma camiseta folgada, já que tinha entrado vestindo apenas uma calça no quarto. Geralmente eu iria começar a prestar atenção no corpo que o mais velho possuía e que adorava demonstrar pelo apartamento e eu nunca fui de reclamar dessa sua mania.

Mas não era hora para aquilo e cada frase seca que era distribuída para mim, piorava tudo.

- Não faz eu ser o culpado aqui, Raphael! – Falei mais alto, fazendo o moreno virar de frente para mim, ficando parado enquanto me encarava. – Você está estranho, chega atrasado, não me trata com o carinho que costumava me tratar e nem me beijar direito me beija. – Parei de falar, me levantando, mas ficando um pouco distante do mais velho. – Se tem algum problema aqui é você! Nem me tocar faz mais, eu sinto falta de tudo isso.

- Então o problema é a falta de sexo? – Posso falar que abaixei o meu olhar, sentindo o meu rosto ficar levemente vermelho. – Não sabia que estava tão necessitado assim, Simon. – Aquele sorriso sarcástico estava começando a incomodar.

- Não é sexo! É tudo, absolutamente tudo! – Dei mais um passo em direção ao moreno, começando a diminuir o espaço entre nós. – Você me acordava com carinho, eu sei que tem dias que você não está de bom humor, mas não existe ficar uma semana inteira de mal humor, Raphael. – Dei mais um passo, vendo que o moreno me olhava atentamente e não dava indícios que iria falar algo até eu terminar. – Quando você fez panquecas para mim hoje de manhã, parecia que estava melhorando, mas você chegou atrasado e me ignorou logo em seguida! – Ergui a voz, olhando exclusivamente e somente para Raphael, que também não tirava o olhar de mim. – Dai você quer me falar que não tem nem um problema?

Descontei apenas metade de tudo que estava entalado na minha garganta e quando o moreno iria começar, tratei de despejar tudo que estava pensando.

- V-Você está me traindo? – Pude começar a sentir as lacrimas brotarem quando vi o rosto em choque do mais velho ao Falar aquela frase que estava me incomodando. Mas antes que a primeira lacrima pudesse cair, pude sentir as mãos geladas do moreno em meu rosto, junto com seu corpo próximo ao meu.

- Não, Dios mio, Simon! – Adorava quando Raphael falava em espanhol algumas palavras  e ouvir o moreno negar aquela sua pergunta tão rapidamente, deu um certo alivio. – Essa é a ultima coisa que eu poderia fazer com você. – Sua mão acariciava o meu rosto, enquanto a outra foi em direção ao meu cabelo negro, embrenhando os seus dedos pelos meus fios.

- Então qual é o problema? – Falei baixo, o suficiente para que apenas o moreno ouvisse. Aquela adrenalina inicial já tinha passado, mas ainda tinha algumas coisas para serem esclarecidas.

- Eu não sei como te explicar...- Sua voz estava baixa igual a minha. O tom de deboche e sarcasmo não existiam mais ali e os carinhos pelo meu rosto e cabelo continuavam. – A gente se conhece a muito tempo... e não é recente isso tudo que estamos vivendo. – Ouvia atentamente cada palavra, mas não entendia onde o moreno queria chegar. – Nós dois somos vampiros e a eternidade sempre vai estar comigo e com você. Eu já tive outros amores, você sabe, certo? – Apenas balancei a minha cabeça em um sinal de sim. Não era tolo o suficiente para imaginar que durante todos os anos que Raphael vivei e eu sou o seu primeiro companheiro. – Alguns eram imortais, outros já não tinham a imortalidade ao seu lado...

- Raphael, onde você quer chegar? – Coloquei minha mão em sua camisa, apertando a barra da mesma. Estava apreensivo com tudo que saia da boca do moreno, sem saber no que iria terminar.

- Só escuta, Simon. – Voltei a ficar em silêncio, apertando mais e mais a camiseta preta do outro. – Eu andei pensando nisso...Você é um vampiro, pode passar a eternidade sem se preocupar em morrer. – Aquilo estava começando a me assustar aos poucos. – Você não é o meu primeiro em muitas coisas, mas... recentemente, a ideia de passar o resto dos meus dias ao seu lado, me veio a cabeça. – Suspirou, parecia que o moreno tirava um grande peço de si.

- Mas qual é o problema nisso? – Me deixava feliz saber que ele pensava desse jeito, mas não tinha entendido tudo completamente.

- Você já pensou em passar todos os seus dias comigo, ao seu lado? – Diz um sinal positivo de sim com a cabeça. Já tinha pensado nisso, muito na verdade. – Eu não quero que no final, a gente fique igual a Camille e o Magnus.

Levei as mãos que estavam na barra da sua camisa, em direção ao seu rosto, passando a pontinha dos dedos na sua pele macia e humidade pelo banho recém tomado.

- Bom...você ainda não me deu um colar bonito igual a eles. – Sorri com aquilo. Tudo que eu estava pensando estava errado. Céus, como gostei de estar completamente errado.

- Você quer? Pois eu posso conseguir. – Raphael sorria também e aquele desconforto que de iniciou nessa noite, já não estava mais presente.

- Um colar? Meu deus, não. – Soltei uma pequena gargalhada, me afastando apenas um pouquinho do corpo do moreno. – Mas um anel seria bem-vindo. – O moreno voltou a chegar perto de mim, dessa vez me abraçando. Parecia que queria recompensar todos aqueles dias separados do meu toque.

- Eu te amo, Simon. – Depositou um leve selar em seus lábios, fazendo eu ficar extremamente feliz como não ficava a dias.

- Eu também. – Logo tratei de aprofundar aquele beijo. Finalmente sentindo a língua do moreno se juntar com a minha. Aquela saudade dos seus beijos, logo foi diminuindo a cada toque que eu sentia.

 

21:00 PM

 

Estava deitado, com o corpo frio do moreno encima de mim. Minha camiseta já estava jogado por um canto qualquer do quarto, fazendo eu ficar apenas com a calça, que já estava com os botões e o zíper aberto, mostrando a minha cueca preta e o volume que começava a crescer.

Uma mão pousava em meu cabelo, fazendo um leve carinho ali, enquanto a outra se aventurava pelo meu membro, estimulando ele com velocidade. Junto com a boca de Raphael que se fazia presente na minha, tornando tudo aquilo perfeito e excitante.

Já o moreno estava quase no mesmo estado que eu. Sua blusa já não estava mais em seu corpo, deixando a pele moreno avista. Sua calça estava com os botões aberto e um grande volume já era presente.

Fazia um certo tempo em que nós dois não fazíamos sexo e depois da conversa que tivemos minutos atrás, fazia o meu nervosismo e excitação aumentar. Era como saber que ele gostaria de passar toda a eternidade ao meu lado, tornasse isso especial.

As bocas foram separadas para que um pouco de ar pudesse entrar nos nossos pulmões, mas sem dar nem um segundo de pausa, Raphael levou sua língua em direção ao meu pescoço. Aranhando de leve com as suas presas a minha pele, deixando marcas que iriam aparecer na manhã seguinte e que no final, eu nem tentaria esconder.

Aos poucos, os gemidos iam aumentando, junto com os movimentos do moreno no meu membro. Fazendo eu começar a arranhar as costas do mesmo, descontando a tensão ali e também marcando o seu corpo.

- E-Espera. – Falei junto com um gemido, fazendo o mais velho parar de marca o meu pescoço e levantar seu rosto, me olhando nos olhos.

- Sim?

- Eu quero fazer em você. – Falei baixo, sem saber de onde tinha tirado coragem para pedir aquilo.

- Fazer o que, Simon? – E aquele sorriso debochado estava ali novamente. Fazendo com que o meu rosto ficasse avermelhado. Se mal tinha coragem para pedir tal ato, imagine falar.

- Para de ser idiota, Raphael.

- Eu? Idiota? Não tenho culpa se você não fala as coisas com clarezas. – Céus, como eu queria bater nele com todas minhas forças, mas sua mão continuava no meu membro, fazendo movimentos leves e definitivamente, eu não gostaria de sair dali até ter o moreno dentro de mim.

- Eu quero chupar você, entendeu agora ou vou ter que desenhar? – O mais velho soltou uma  risada, dando um selinho em seus lábios já avermelhados.

- Fique a vontade, Lewis. – Se afastou de mim, ficando escorado na cabeceira da cama, enquanto eu, me perguntava onde estava toda aquela coragem agora.  – Vai demorar muito, amor?

- Babaca... – Foi a última coisa que eu falei, antes de engatinhar pela cama e chegar nas pernas do moreno, arrancando a sua calça, deixando apenas uma box branca com um volume. Logo levei minha boca em direção ao seu membro, soltando o meu hálito quente e passando a língua de leve, fazendo Raphael levar uma das suas mãos pro meu cabelo.

Baixei lentamente aquela ultima peça, deixando o mais velho completamente despido agora. Salivei o suficiente e levei minha boca para o seu membro. No começo ficando apenas na glande, enquanto a minha mão passava pelo restante do membro. Poucas vezes tinha feito aquilo no vampiro, podia até contar nos dedos, mas parecia que estava dando certo, já que cada movimento que minha língua fazia junto com as minhas mãos. O aperto do meu cabelo se tornava mais forte e forçava eu colocar mais e mais na minha boca.

Os gemidos do mais velho começavam a sair, fazendo eu ter mais confiança e aumentar o ritmo. Chegando ao ponto de começar a sentir um gosto agridoce na minha boca, já dando os primeiros sinais que o moreno não iria aguentar por muito tempo.

Queria poder sentir o gosto de Raphael na minha boca, mas aquela ideia foi cancelada quando o maior puxou meus cabelos com força, começando um forte beijo, me fazendo ficar sentado no seu colo, sentindo o seu membro ainda ereto bater na minha bunda.

- Mas... – As mãos do menor apertavam minha bunda com força, fazendo eu ficar sem palavras enquanto olhava aqueles olhos cheio de malicia e luxuria.

- Você vai ter todo o tempo do mundo pra me chupar depois, Simon. – Suas presas vieram em direção ao meu pescoço, mas ao invés de apenas raspar ou morder de leve, como de costume. Pude sentir ele perfurar minha pele, fazendo um sangue preto escorrer do local, enquanto eu arranhava as suas costas, deixando filetes de sangue sair. – Mas agora eu quero recompensar essa semana que fiquei sem te tocar. – Sua boca estava suja com meu sangue, deixando um pouco escorrer pelo canto da boca. Não consegui resistir a tentação de iniciar um beijo. E assim foi, fazendo eu sentir o próprio gosto do meu sangue na sua boca. – Eu posso? – Perguntou ao terminar o beijo. Eu estava tão confuso e perdido naquele momento, com todas as sensações que meu corpo estava presenciando, que tudo que eu via era o olhar de Raphael e a necessidade de continuar com tudo aquilo.

- Sim. – Me afastei do moreno, apenas para tirar o restando das roupas. Voltando logo em seguida pro seu colo. Vendo o moreno colocar dois dedos na minha frente. Já sabia como iria funcionar, não demorando para levar aqueles dedos para minha boca, deixando eles bem húmidos enquanto o vampiro mais velho distribuía beijinhos pelo meu peito desnudo.

Quando os dois dedos já estavam bem húmidos, logo levou para a minha entrada. Fazendo eu me agarrar em seu corpo pela supressa de ter logo os dois dedos enfiados de uma vez só. Com os movimentos de vai e vem, sendo seguidos pelos de tesoura, não demorou para que aquela sensação inicial de desconforto fosse mudada para um prazer. Fazendo eu começar a gemer propositalmente perto do ouvido do moreno.

- Eu não aguento mais, Simon. – Ao tirar os dedos, uma sensação de vazio se manifestou. Mas logo em seguida, a sensação de algo maior que apenas dedos começou. Era lento, pois sabia que o moreno não gostava de ir com rapidez, gostava de um sexo calmo e eu nunca iria reclamar disso.

Aos poucos, seu membro foi entrando no meu interior e cada vez que ia mais fundo, mais gemidos saiam de mim, junto com alguns beijinhos que o moreno dava no meu rosto, na tentativa de fazer eu esquecer do desconforto inicial por não ter uma preparação adequada.

Um longo gemido se fez presente pelo quarto, quando todo o membro do mais velho tinha entrado por completo. E eu apenas fechava os olhos, deixando algumas gostas de prazer escorrer pela minha bochecha. Parecia que aquele tempo sem receber nem um toque dele, fez eu me tornar um pouco mais sensível do que eu costumava ser.

- Posso me mover? – Suas duas mãos estavam em meu quadril, forçando eu ficar parado, com a deliciosa sensação que se formou após o desconforto ter sumido.

- P-Pode. – Não esperei pelo moreno, já começando a movimentar os meus quadril.  Rebolando devagar, enquanto Raphael apertava a minha pele fortemente, descontando a sua tensão ali mesmo.  Parei com aqueles movimentos, começando a subir e descer pelo pau do mais velho, tendo ajuda do mesmo. Nesse momento, os movimentos já estavam mais rápidos e aquela calma inicial e típica que era presente nos momentos em que nós dois estávamos na cama, acabou se perdendo, dando atenção maior para o prazer que eu e ele queríamos sentir.

Cavalgava com força, as vezes iniciava um beijo afoito com o moreno, que logo era separado para eu poder gemer sem nem um pudor. Ninguém iria ouvir, apenas Raphael e aqueles gemidos era para ele, como aqueles suspiros pesados do moreno, eram para mim.

No momento em que o mais velho acertou o meu ponto especial, soltei um forte grito, que apenas fez o moreno focar naquele ponto, fazendo eu me agarrar no seu pescoço, mordendo a sua pele já cheia de marcar e soltar longos gemidos.

E assim durou, por alguns segundos. Com Raphael castigando a minha próstata, não demorou para que eu logo goza-se na sua barriga. Junto com mais duas estocadas, pude sentir o liquido quente do moreno dentro de mim, fazendo eu finalmente me deitar sobre o seu corpo.

O silêncio só não era absoluto pelas respirações que estavam ali daquele quarto. Ainda estava deitado sobre o maior, com seu membro ainda dentro de mim. Estava cansado, como nunca estive há tempos, que nem chegar a reparar quando Raphael me deitou na cama com cuidado, tirando o seu membro de dentro de mim, sentindo um liquido quente passar pelas minhas pernas. Enquanto o moreno, me olhava atentamente.

- Você quer tomar um banho primeiro? – Perguntou enquanto avençava sobre mim, ficando de cara a cara com ele.

- Eu quero dormir... – Falei fraco, já fechando os olhos, enquanto sentia a respiração quente do moreno bater no meu rosto. – Você fez eu ficar muito cansado.

- Eu sei. – Soltou uma risada, e eu sorri por apenas ouvir aquele som perto do meu ouvido. – Estava com saudade...muita saudades.

- Eu também. – Abri meu olhos pela ultima vez, vendo o moreno iniciar um beijo. Dessa vez calmo e tranquilo. Em seguida, fechei os olhos, deixando o solo me levar, ouvindo a respiração de Raphael, enquanto me perguntava se amanhã eu iria acordar com o cheiro das panquecas doces do moreno. 


Notas Finais


*Sculder - Shipp name de Scully e Murder da série Arquivo X ( meu amô )


Postei e sai correndo pau no cu de quem ta lendo

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Da fav ♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡


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