1. Spirit Fanfics >
  2. Simplesmente >
  3. Capítulo 68

História Simplesmente - Capítulo 68


Escrita por: MarinaJauregui

Notas do Autor


Leiam a Imagem do Capitulo e sintam tão mulher quanto a Lauren Jauregui vulgo uma das minhas maiores inspirações!

Capítulo 68 - Capítulo 68


Fanfic / Fanfiction Simplesmente - Capítulo 68

Marina parou em frente a casa de Clara com seu Chevrolet Cruze vermelho na quarta-feira seguinte, depois da escola, com Gisele, Vanessa e Flavia amontoadas na parte de trás, cantando juntas com o aparelho de som. Ela encostou o carro e rapidamente desligou o motor, as meninas gemendo alto em resposta à súbita falta de música.

“Mah” Flavinha reclamou, afrontada que a amiga desligou o som enquanto o álbum de Beyoncé estava tocando, sua cópia do CD tocando no aparelho de Marina depois de um pouco de persuasão “Você não pode deixar ligado?”

Marina se virou em seu assento para olhar a amiga, uma mão solando o cinto de segurança para permitir que seu corpo tivesse a liberdade que precisava para completar o movimento.

“Eu só vou parar uns minutos” disse Marina rindo ao ver a expressão de decepção em cada um dos rostos das meninas “Você está seriamente me dizendo que não pode ficar tanto tempo sem assassinar outra de suas músicas?”

“Assassinar?” perguntou Vanessa fingindo um ataque e levando sua mão até o peito como se tivesse ficado ferida pelas palavras “Desculpe, mas estávamos matando” ela disse quando Marina se virou para sair do carro.

Ela fechou a porta e se inclinou na janela lateral que estava aberta com um sorriso estampado em seu rosto “Eu sei que vocês estavam ‘matando’. É exatamente o que eu disse.”

“'Assassinar’ uma música e 'matá-la’ são duas coisas completamente diferentes, sabia?” Vanessa disse e o sorriso de Marina se arregalou.

“Não quando estamos falando de sua interpretação de 'Flawless’. Vocês realmente são horríveis. Você não tem o que é necessário para uma música como essa.”

“Você pode ligar o som de novo?” Flavinha solicitou com um sorriso.

“Tudo bem” Marina riu inclinando-se e chegando do outro lado do volante com o braço direito para girar a chave na ignição “Mas não tentem não atrair inadvertidamente todos os gatos do bairro com suas chamadas de acasalamento” brincou quando o som ligou.

As meninas imediatamente continuaram de onde tinham parado e Marina sacudiu a cabeça em diversão antes de seguir em direção a porta da frente de Clara.

Ela parou do lado de fora e tocou a campainha e ficou esperando, os olhos varrendo o espaço ao redor dela distraidamente até que a porta da frente abriu e uma Clara sem fôlego apareceu, aparentemente tendo acabado de descer as escadas.

“Oi!” Clara cumprimentou entusiasticamente, um grande sorriso aparecendo em seu rosto com a visão da namorada.

“Oiiiiiii!” Marina disse franzindo a testa para o grande machucado roxo que rodeava o olho direito de Clara e espalhava-se de forma difusa em seu rosto “O que aconteceu?” ela perguntou preocupada, sua mão indo para a testa de Clara para acariciá-la, as pontas dos dedos se movendo para traçar o pequeno corte que era visível na face direita da namorada.

“Oh isso?” Clara perguntou apontando para a mancha com a mão direita quando Marina mudou de lado e permitiu que ela saísse da casa. Ela fechou a porta rapidamente enquanto continuava “Eu lutei boxe. Se você acha que isso é ruim então devia ver o outro cara…”

“Clarinha” Marina protestou dando a namorada um olhar aguçado.

“Não é nada” Clara tranquilizou acenando com a mão em desdém “Eu tive uma convulsão esta manhã e minha cabeça colidiu com a bancada da cozinha, só isso.”

“Jesus. Só isso?” ela perguntou não acreditando que Clara minimizou a lesão para pacificar suas preocupações “Você está bem?”

“Eu estou bem” Clara disse enquanto pegava a mão de Marina.

Ela a levou até a boca e beijou as costas dela com carinho.

“Não é grande coisa, sério. Aparentemente só durou cerca de trinta segundos e dormi muito bem desde que aconteceu. Felizmente a minha mãe estava em casa no momento…”

“Então não está doendo muito?” Marina perguntou e Clara estendeu a todos os seus membros testando seus músculos.

“Não” ela respondeu balançando a cabeça, sua língua entre os dentes quando sorriu mais uma vez “Eu ainda consegui evitar morder minha língua, desta vez” Clara informou feliz puxando Marina através de suas mãos unidas.

Ela estudou os lábios de Marina com os olhos, o olhar fixo querendo juntar os seus aos dela.

“Talvez você devesse verificar por conta própria” disse Clara levantando uma sobrancelha sedutoramente, seus olhos de chocolate ainda nos lábios de Marina “Quero dizer, você sabe… se você estiver preocupada que eu possa estar ferida ou algo assim…”

“Eu acho que seria melhor” disse Marina relaxando visivelmente em resposta ao bom humor de Clara e percebendo que ela não estava dando um show só para acalmar suas ansiedades “Isso ajudaria a acalmar minha mente” ela terminou, seu tom travesso.

Marina soltou a mão de Clara e inclinou a cabeça para a frente colocando as duas mãos o rosto da namorada enquanto apertava firmemente seus lábios contra os da namorada. Ela sentiu Clara sorrir com o contato e Marina acariciou suavemente a bochecha esquerda quando aprofundou o beijo ainda mais, sua língua explorando a boca da namorada. As mãos de Clara envolveram a cintura de Marina, as pontas dos dedos levemente contra jeans que cobria a bunda de Marina.

“Mmmm” Marina gemeu, a buzina soando em seus ouvidos quando Clara se inclinou ainda mais, seu peso afundando contra sua namorada enquanto ela chupava delicadamente sua língua “Eu acho” Marina começou sem fôlego enquanto relutantemente separava suas bocas para olhar na direção do veículo e a causa do distúrbio, Vanessa, que estava inclinada entre os bancos olhando para elas “Eu acho” ela repetiu voltando sua atenção para Clara que estava olhando para ela com carinho “Que está tudo bem.”

O sorriso de Clara se arregalou e Marina estendeu a mão e acariciou uma mecha de cabelo que pendia sobre o ombro da namorada, seus olhos concentrados uma na outra.

“Oi!” Vanessa chamou do carro, impaciente “Será que vocês poderiam se apressar? Estou morrendo de fome!”

Marina se virou para olhar Vanessa novamente por um momento antes de agarrar a mão direita de Clara.

“Vamos lá então, Rocky” Marina brincou em referência à história anterior de Clara “Vamos comer alguma coisa” ela disse puxando Clara em direção ao carro.

Marina abriu a porta do passageiro para sua namorada parando apenas o tempo suficiente para beijá-la rapidamente nos lábios antes de fechar a porta. Ela caminhou ao redor do carro e sentou enquanto Clara cumprimentava as outras, cada uma das meninas perguntando como ela estava pelo óbvio machucado.

“Eu pensei que seria uma boa ideia tentar andar de monociclo” Marina ouviu Clara dizer enquanto ela colocava o cinto e ligava o carro “Acontece que é mais difícil do que parece. Eu caí e machuquei meu rosto. Aparentemente meus reflexos são realmente muito lentos.”

“Você é uma idiota” comentou Vanessa quando Marina se afastou do meio-fio e foi em direção ao Jimmy onde encontrariam com Camila “Por que você não pode simplesmente dizer que teve uma crise?”

“Onde está à diversão nisso?” Clara rebateu evidentemente confusa com o pensamento e torcendo no banco para enfrentar sua melhor amiga “Além disso, você não sabe se estou mentindo. Eu poderia estar dizendo a verdade. Talvez eu esteja pensando em me juntar ao circo e estou praticando para uma audição.”

“Você não precisa fazer um teste. Você é desajeitada o suficiente mesmo sem a necessidade de praticar, Clarinha. Você daria uma grande palhaça.”

“Obrigada” Clara sorriu brilhantemente e Vanessa sorriu também.

“É uma pena que você não seja realmente tão engraçada” Vanessa adicionou depois de um momento, quando Clara tinha virado para frente novamente “Isso vai limitar um pouquinho.”

“Ela poderia ser uma dessas palhaças mudas” Flavia disse “Ela não tem que contar piadas.”

“Bom porque piadas da Mila são terríveis” Vanessa respondeu pensativamente, considerando as palavras de Flavia.

“Hey” Clara protestou fazendo beicinho na direção de Vanessa “Você riu de mim uma vez… não se lembra? Você estava praticamente chorando porque minha piada foi tão engraçada…”

“Qual foi a piada?” Vanessa perguntou interessada e Clara deu a impressão de considerar a questão por um momento antes de encolher derrotada, sua memória pobre demais para recuperá-la.

“Não tenho ideia. Mas confie em mim quando digo que foi hilária.”

“Eu acho que você é engraçada” disse Gisele e Clara sorriu para o elogio.

“Obrigada, Gisele. Pelo menos alguém acha.”

“Eu acho que você é muito engraçada” Marina concordou quando Clara se virou mais uma vez.

Clara sorriu e moveu a mão para apertar o joelho de Marina agradecida.

“Você acharia isso” comentou Clara e Marina baixou uma mão do volante para pegar a de Clara.

“Sim, você está inclinada a isso, Mah” Flavinha concordou “Então seu voto não conta.”

“Claro que sim” disse Marina olhando por cima do ombro para a amiga “Na verdade, como namorada de Clarinha, deve ser o único voto que conta.”

“Você realmente acha que eu sou engraçada?” Clara perguntou apertando a mão de Marina ligeiramente para dar ênfase.

“Sim. Você diz algumas coisas bem engraçadas às vezes, Clarinha e você nem percebe que está fazendo isso. Eu acho que é isso o que a torna tão hilária, na verdade. Você é tão alheia e espirituosa…”

“Oh Deus” disse Flavia revirando os olhos com as palavras de Marina enquanto Clara irradiava alegria pura com o elogio “Elas estão prestes a ficar sentimentais?”

“Elas estão prestes a ficar sentimentais?” Gisele disse “Flavinha, elas estão sempre sentimentais.”

“Sim, quero dizer, é Clarinha” Vanessa concordou com Gisele balançando a cabeça de um lado para o outro “Elas são sempre sentimentais. Aposto que não poderiam ficar cinco minutos sem cumprimentar ou se tocarem. Quero dizer, elas se comportam como se fossem a sério as únicas duas pessoas ao nosso redor a maior parte do tempo. Esquecem que o pobre e inocente público tem que assistir suas exposições repugnantes de afeto.”

“Você está amarga porque está solteira” disse Marina a Flavia olhando pelo espelho retrovisor “Você e Igor eram tão ruins quando estavam namorando.”

“Eu acho que vocês duas são bonitas quando estão assim” Gisese defendeu as amigas “Flavinha está apenas preocupada que vai ficar pra titia.”

“Alguém no grupo tem que ficar agora que não será a Clarinha” Vanessa observou sorrindo na direção de Flavia, a outra menina dando um tapa em seu braço “Ow. O que foi isso?”

“Eu não vou ficar pra titia” Flavia disse irritada.

“Uma de nós tem que ficar” Vanessa discordou “Gisele definitivamente vai encontrar alguém. Ela é apaixonada com a ideia de estar apaixonada. Não tem jeito dela ficar solteira. Marina e Clarinha vão se casar. Eu acredito fielmente nisso. Na verdade” ela disse levantando um dedo incisivamente “Estou disposta a fazer uma aposta com você agora.”

“Que tipo de aposta?” perguntou Flavia “Dinheiro?”

“Não” disse Vanessa pensando por um momento “Algo mais divertido do que isso…”

“Como o quê?” Gisele perguntou divertida.

“Ok” disse Vanessa decisivamente “Aposto uma viagem ao Havaí que Clarinha e Marina se casam um dia.”

“Então, se não casarem você levará todas de férias?” Flavia questionou rindo “Você está falando sério?”

“Sim” disse Vanessa.

“Bem, quanto tempo você vai esperar?” Gisele questionou “Talvez elas não se casem até que tenham 80 anos…”

“Você provavelmente deveria colocar um prazo para isso” Marina sugeriu.

“Tudo bem” Vanessa concordou “Se não se casarem em dez anos então eu vou levar todo mundo de férias.”

“Ok” disse Flavia apertando a mão de Vanessa.

“Você está apostando contra nós?” Marina perguntou percebendo o gesto de Flavia.

“Eu acho” disse Flavinha “Quero dizer, vocês são jovens né? Muita coisa pode acontecer em dez anos… mas Clara tem um coração desonesto também…” brincou não levando realmente a aposta a sério.

“Espere um minuto” Clara interrompeu “Você acabou de apostar contra nós porque você acha que eu vou cair morta antes de eu ter a chance de caminhar até o altar?”

“Você está me dizendo que não é uma possibilidade?” Flavia perguntou e Clara considerou a questão.

“É, tudo bem… eu acho que você está certa…”

“Clarinha!” Marina reclamou “Você pode não levar isso a sério?”

“Flavia começou. Além disso, ela não está errada né?”

“Suponho que não, mas ainda… puxa…” Marina disse enquanto estacionava no Jimmy.

“Então, ok…” Vanessa recapitulou “Se Clarinha e Marina não se casarem nos próximos dez anos, então eu vou levar todas para o Havaí e se casarem, Flavia leva” Vanessa esclareceu.

“Sim” confirmou Flavia.

“Então, de qualquer forma eu estou ganhando férias?” Gisele perguntou feliz “Isso está sensacional pra mim.”

“Pra mim também” Marina concordou.

“Eu sempre quis ir para o Havaí” Clara comentou e Marina e virou-se para olhá-la por um momento.

“É melhor você esperar que Flavia não ganhe, você pode morrer e tal, Clarinha” Marina brincou apertando a mão da namorada e retirando a chave da ignição com a outra mão “Caso contrário, você vai perder isso.”

“Deus” Clara resmungou “Eu sempre perco tudo porque estou morrendo ou morta. Acho que eu poderia vir como um fantasma. Isso me pouparia ter que me preocupar em levar protetor solar ou, você sabe, a bagagem.”

“Você é uma idiota” Marina riu inclinando-se e beijando Clara “Combinamos assim: se a gente se casar, podemos ir para o Havaí em lua de mel. Ok?”

“Se nos casarmos? Se?” disse Clara quando se separaram “Bem, eu acho Flavia vai ganhar um presente então, não é? Pensei Vanessa estava certa…”

“Ahhh, você pensou?” Marina perguntou sorrindo brilhantemente se inclinando para beijar Clara novamente, a menina menor só permitindo o contato por um momento antes de empurrá-la de volta, a mão pressionado firmemente contra o peito de Marina.

“Eu pensei… agora eu não tenho tanta certeza. Além disso, apenas uma nota, se nos casarmos” ela disse incisivamente “Eu acho que devemos nos casar no Havaí…”

“Na praia?” Marina perguntou e Clara assentiu.

“Só se a gente se casar” ela zombou “Caso contrário, quando Flavia ganhar a aposta, eu vou para o Havaí ficar bêbada e festejar.”

“Quer dizer que você não faria isso em seu casamento?” perguntou Vanessa soltando seu cinto de segurança e abrindo a porta do carro, as outras seguindo seu exemplo.

“Eu poderia” disse Clara fechando a porta do carro enquanto Marina dava a volta e pegava sua mão “Eu acho que nós teremos que ver.”

“Você pode mesmo beber?” Gisele perguntou séria, sabendo que ela tinha o cuidado de não consumir nada forte por conta de sua medicação.

“Eu não sei” Clara respondeu honestamente “Eu provavelmente poderia ter algo, mas não estou 100% certa com relação às pílulas. Pode acontecer alguma reação ou algo assim.”

“Devemos ficar bêbada em algum momento” Flavia riu enquanto elas iam para a lanchonete “Seria hilário.”

Elas se sentaram numa cabine no canto da sala e sentaram esperando a chegada de Camila, Marina sentada entre Clara e Flavia, de frente para as outras amigas.

“Eu não acho que Clarinha ficar bêbada seja uma boa ideia” Vanessa discordou “Ela já é desinibida o suficiente como é. Você pode imaginar? Ela ia querer sair incomodando todo mundo ou beijá-los. De qualquer forma, eu tenho que proteger o meu investimento. Eu não posso deixar Clarinha se pegar com outras pessoas quando eu preciso de um casamento Clarina no futuro.”

“Além disso, eu não acho que você gostaria de reduzir sua coordenação” Gisele riu “Ela vai acabar com outro olho roxo como aquele.”

Clara estendeu a mão até o rosto se esquecendo do hematoma lá.

“Ok, talvez por isso não devemos deixá-la bêbada” Flavia finalmente concordou “Isso não significa que vou ficar pra titia” ela continuou voltando para a fonte da conversa “Ainda pode ser você, Vanessa.”

“Não será eu, tenho charme pra isso.”

“Você tem charme zero, Vanessa” Clara riu levemente.

“Umm, não. Eu tenho um monte de charme, você está errada.”

“Vanessa você é amiga de uma das maiores idiotas da escola” disse Marina carinhosamente, envolvendo um braço em torno do ombro de Clara e beijando sua testa “Ela está certa, você não tem charme. Nenhum.”

“Ela não é minha única amiga, sabia?” Vanessa respondeu cordialmente “Eu tenho outros amigos também. Novos amigos…”

“Sim, mas só a gente saí com você” Gisele brincou e todas riram do comentário, Vanessa deu um tapa em seu ombro.

“Marina está certa” disse Clara “Você tem sido associada a mim por muito tempo, Nessa. O estrago já está feito. Não tem jeito de você ser popular agora.”

“Ainda bem que eu gosto de sair com você não é?” ela perguntou incapaz de conter o sorriso.

“É uma coisa boa…” Clara concordou.

“De qualquer forma, ainda resta você, Flavia” Vanessa afirmou “Desculpe, mas é inevitável. Não lute contra isso. Quanto mais cedo você aceitar o seu destino, melhor” Vanessa disse quando a porta do restaurante se abriu e Camila chegou, deslizando para o assento ao lado de Gisele, em frente a Clara.

“Hey” ela cumprimentou a todas apoiando os cotovelos sobre a mesa “Desculpe ter demorado tanto. O tráfego está um pesadelo” ela fez uma pausa para olhar o grupo reunido que a acolheram calorosamente, seus olhos parando no rosto de Clara e o hematomas que estava visível.

“Foi um mal-entendido” disse Clara acenando com a mão com desdém e inclinando-se para trás em seu assento.

“Um mal-entendido?” perguntou Camila e Clara assentiu.

“Alguns agentes do governo acidentalmente me confundiram com um espião internacional e me sequestraram” disse com o rosto neutro “Eles me mantiveram prisioneira durante três dias nesta caverna subterrânea e me bateram para tentar me fazer derramar todos os segredos que aprendi durante a minha espionagem… você sabe, KFC…”

“Não, sério?” Camila disse olhando para as outras em busca da verdade “O que realmente aconteceu?”

“Eu acabei de dizer” Clara respondeu fingindo ser insultada pela falta de confiança de Camila “Nossa, por que ninguém acredita em mim?”

“Talvez porque você muda a sua história a cada dois segundos” disse Vanessa rindo.

“Além disso, todas são ridículas” Gisele disse enquanto o garçom se aproximou para anotar os pedidos de bebidas.

Quando ele saiu, Camila repetiu a pergunta anterior, ainda não sabendo a resposta.

“Ela teve uma convulsão e bateu a cabeça contra o balcão da cozinha” Marina explicou.

“Tá bom, eu tive uma convulsão” Clara finalmente admitiu “Mas tive uma porque os agentes me davam choques com instrumentos de tortura de alta tensão para tentar me fazer falar. Eu desmaiei antes que pudessem conseguir alguma coisa de mim…”

“Deveríamos estar preocupadas que ela parece realmente acreditar na porcaria que está saindo de sua boca?” Vanessa perguntou as outras e Clara fez uma careta para sua melhor amiga por tentar arruinar sua diversão.

“Você não pode simplesmente me deixar ter uma diversão né? Você sempre tem que estragar tudo Vocês são tão más.”

“Eu realmente gosto do seu tipo de história” disse Camila “Você tem uma grande imaginação. Alguma vez você já pensou em escrever?”

“Não” respondeu Clara satisfeita com a curiosidade de Camila “Quero dizer, eu não tenho exatamente tempo para escrever quando estou ocupada viajando pelo mundo e vendendo informações secretas.”

“Então, você pode me dizer seu codinome ou isso é confidencial?” perguntou Camila entrando no jogo de Clara.

“Vendo que você é a única interessada o suficiente para perguntar” ela disse olhando para as outras meninas que estavam assistindo a interação entretidas “É 'O Cactus’.”

“O Cactus?” Vanessa riu.

“Não julgue o meu quando o seu seria 'O Vulcão’” Clara repreendeu.

“Isso é melhor do que O Cactus” Vanessa comentou satisfeita com seu apelido quando comparado com de Clara.

“Não, não é. Um vulcão é óbvio, não é confiável e é destrutivo. Cactus não é. Cactos são impressionantes. Eles são únicos e não apenas sobrevivem, mas prosperam em condições mais adversas. Eles armazenam água como eu armazeno segredos.”

“Cale a boca” Vanessa gemeu a cuidadosamente pensada, resposta de Clara.

“Além disso” continuou Clara sorrindo por ter incomodado a amiga “Você já viu um Cactos? Eles não são somente as plantas mais atraentes que existem, mas são fodas. Além disso, podem mudar o humor das pessoas, a percepção e cognição com seus agentes psicoativas. Todas as coisas que são úteis quando você é uma espiã…”

“Um vulcão pode estar dormente…” Gisele sugeriu"Então, não seria tão ruim né?“

"Quem quer um inativa, subdesenvolvida, espiã dormindo?” perguntou Clara.

“Eu tenho que concordar com Clara” Camila disse “Ninguém jamais a contrataria com um codinome desse, Vanessa.”

“Ugh, você é ridícula” Vanessa lamentou “Como você está ainda tão inteligente quando metade do seu cérebro foi esmagado pelo seu crânio? Isso não é justo, sabia… ”

“A questão mais importante” disse Marina apertando seu poder sobre Clara e puxando sua namorada para mais perto “Por que você está de bom humor hoje? Você fica, normalmente, completamente fora de si depois de uma convulsão…”

“Eu não estou autorizada a ficar de bom humor?” perguntou Clara.

“Não, você está” Marina rapidamente a tranquilizou quando o garçom voltou com as bebidas, Flavia pegando a dela quase que instantaneamente e tomando um grande gole, aparentemente com sede “Eu adoro quando você está feliz. Estou somente surpresa. Você normalmente fica exausta.”

“Eu disse que dormi durante a maior parte do dia. Caso contrário, talvez seja porque o meu cérebro ainda está falhando. Eu acho que nós nunca saberemos com certeza.”

Marina estudou Clara por um momento e notou os brilhantes olhos da namorada e o sorriso caloroso que parecia ter sido permanentemente estampado em seu rosto desde que a pegou em casa. Marina amava Clara, ela adorava tudo sobre ela, mas esta versão da namorada, a espirituosa, interessante e jovial, era de longe, uma de suas favoritas.

“Ugh, você é tão bonita” disse Marina inclinando-se e beijando Clara nos lábios firmemente, sua boca persistindo no local “Quer parar de ser tão bonita, por favor?” ela perguntou parando momentaneamente antes de beijá-la novamente, desta vez mantendo o contato por mais tempo ainda.

“Eu não posso ajudar” disse Clara sorrindo amplamente quando Marina se distanciou “Eu sou apenas bonita. Você precisa aceitar o fato e lidar com isso.”

“Eu não posso lidar com isso porque o fato de que você é bonita me faz querer te beijar todo o maldito tempo” Marina disse a ela.

“Então, o que há de errado com isso?” Clara perguntou sorrindo, sua sobrancelha esquerda arqueando-se com a pergunta.

“Nada, exceto que está começando a me dar uma má reputação” disse Marina continuando a beijar Clara, sua boca movendo-se para morder o pescoço da namorada por alguns instantes “As pessoas pensam que eu sou mansa agora por causa de você” ela explicou, as mãos fazendo cócegas estômago de Clara “Quero dizer, olhe no que você me transformou…”

Clara se contorceu na cadeira tentando escapar de Marina.

“Não, por favor” implorou Clara ainda tentando escapar mãos de Marina “Marina!”

“Oh Deus” Flavia gemeu assistindo as duas “Aconteceu de novo. Elas fazem isso todo o maldito tempo!”

“Tudo bem titia” brincou Vanessa apreciando a vista de Clara tão obviamente feliz “Você só está chateada porque sabe que vou ganhar a nossa aposta agora. Está tudo bem. Eu sei que deve ser difícil para você… quero dizer, quem é que vai cuidar de todas as suas vaquinhas pequenas quando estiver pagando a minha viagem para o Havaí?”

“Vocês são tão estranhas” Camila riu muito divertida, balançando a cabeça de um lado para o outro “Exceto talvez você, Gisele” ela retificou sua generalização.

“Obrigada, Camila. Você tem alguma ideia de como é difícil para mim sair com elas?” Gisele perguntou quando Marina finalmente parou de irritar Clara e a beijou novamente.

“Você sempre me faz cócegas!” Clara disse empurrando Marina delicadamente “Você sabe que odeio isso. Você faz isso de propósito.”

“É muito divertido, porém” Marina disse a Clara, os olhos olhando para a pessoa que ela supôs erradamente ser o garçom se aproximar de sua mesa para anotar os pedidos de lanche.

“Hey” disse Bia humildemente, levantando uma das mãos numa espécie de saudação.

“Bia” Marina respondeu sentindo-se imediatamente na defensiva e se ajeitando em seu lugar, pronta para um confronto “Que porra você quer?”

“Eu-ugh, eu queria saber se poderíamos conversar?” ela perguntou, os olhos deslocando entre a menina de olhos verdes e Clara interrogativamente “Eu não te vi na escola desde que voltei.”

“Deve ser porque provavelmente ela está evitando você” Flavia murmurou também na defensiva.

“Eu não sei se quero falar com você” Marina respondeu honestamente “A última vez que nós conversamos eu acabei com um par de costelas fraturadas…”

“Olha, eu sinto muito sobre isso” Bia pediu desculpas “Eu só queria uma chance de explicar…”

“Sim, uma chance de explicar que você é louca” Vanessa intercedeu apoiando-se num cotovelo na mesa e virando-se para olhar para Bia.

“Podemos só, eu não sei, ir a algum lugar e falar por um momento?” ela sugeriu a Clara e Marina “Eu não vou segurá-las por muito tempo, eu prometo…”

“Você quer que eu vá a algum lugar com você?” Marina zombou “Você acha que sou tão estúpida? Eu não vou a lugar nenhum com você. Você provavelmente já tem David escondido em algum lugar pronto para me atacar novamente.”

“Eu não quero dizer do lado de fora. Pode ser por ali” Bia explicou apontando para uma mesa vazia na frente da lanchonete.

Marina olhou para Clara por um momento e viu os olhos da namorada estreitar cuidadosamente em consideração a oferta de Bia, mas ela não podia ler seus pensamentos e não respondeu de imediato o pedido da loira.

“Por favor?” Bia implorou “Eu só quero conversar, eu prometo.”

“Eu não sei” disse Marina, seus olhos estudando a namorada de novo e esperando por algum tipo de indicação “O que você acha, Clarinha?” ela perguntou quando Clara ainda permanecia em silêncio.

“Ok” Clara concordou fazendo um movimento para se levantar.

“Você está falando sério?” Vanessa questionou a amiga que já estava de pé “Você se lembra do que ela fez, certo Clarinha?”

“Sim” respondeu Clara “Você se lembra o que eu fiz?” ela questionou enfaticamente.

“Ela provocou você!” disse Vanessa com raiva e defendendo o comportamento de Clara na biblioteca.

“Isso não é uma desculpa” Clara argumentou “Ela me beijou e eu quase a ceguei.”

“Você vai mesmo falar com ela?” Flavia também perguntou também, surpresa.

“Sim” respondeu Clara voltando-se para Marina que permanecia sentada e ofereceu sua mão a ela “Você vem?”


Notas Finais


Bia is Back!!! Again!
kkkkkk
Vejo vocês nos comentários!
Erross...
Faltam 10!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...