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História Simplesmente Acontece - Five


Escrita por: peaxhgray

Notas do Autor


Hey amores, mil desculpas pela demora, mas é como dizem, quem é vivo sempre aparece...
Eu realmente acabei demorando muito dessa vez para postar, espero que vocês me desculpem por isso, mas aqui estou eu e pretendo não demorar novamente para continuar...

Ps: Eu vivo postando alguns spoilers da fic no Twitter, se algum de vcs quiserem me seguir lá, meu user é @Un1c0rns_1205 ... Vocês podem aproveitar e me xingar lá caso eu demore para postar novos capítulos 😂😂😂❤️❤️

Capítulo 5 - Five


Fanfic / Fanfiction Simplesmente Acontece - Five

23.01.2018

Me levantei em um pulo indo em direção à cozinha, eu estava tão amimada, pela primeira vez em meses as coisas pareciam estar andando 100% bem. Em pouco tempo eu estaria recebendo a resposta da faculdade de Paris, além de finalmente ter conseguido me desvincular completamente da família Benson, agora eu nunca mais precisaria encarar a Sharon ou qualquer outra pessoa daquela casa. Eu poderia finalmente viver a minha vida e não podia deixar de me sentir plenamente feliz com isso. 

 - Bom dia loira. - A voz me Benício me tirou de meus pensamentos, assim que eu entrei na cozinha. - Antes que você pergunte, sim, meus pais ja saíram para trabalhar, mas pediram para eu te entregar isso. - falou me entregando um envelope branco, ele não era muito grande, tinha o tamanho padrão de uma carta e uma espécie de brasão, que fez meu coração acelerar assim que o reconheci. 

 - É da faculdade de Paris. - Digo em um sussurro enquanto me sento na mesa e me sirvo com uma xícara de café. - Eu não posso abrir isso agora, e se eu não for aceita? E se eu for aceita? Como eu vou para Paris estando grávida? 

 O nervosismo se apossava por todo meu corpo e eu ouvi Benício rir, me fazendo fechar a cara e cruzar meus braços brava. 

 - Você é muito dramática, Ambar. - Ele diz ainda se divertindo com a situação. - Já está parecendo a Emi. 

 - Está parecendo quem? - Uma terceira voz soou na cozinha e eu gargalhei da cara que Benício fez vendo a namorada. 

 - Com ninguém meu amorzinho. - Respondeu se levantando para abraçá-la. - Espera, como você entrou? 

 - Seus pais estavam saindo quando eu cheguei. - Ela explicou se sentando na mesa ao meu lado. - Loira grávida, vai abrir esse envelope ou eu vou ter abrir para você? - Seu tom de voz era animado, não combinando muito com as roupas pretas que ela usava, mas acho que esse era o mais interessante nela, suas roupas não definiam sua personalidade, e sua personalidade não definia as suas roupas, ela era uma caixinha de surpresa. 

 Sorri pra os dois e com as mãos tremendo abri o pequeno envelope e retirei a carta de dentro. As palavras presentes naquele papel fizeram meu coração disparar mais uma vez e eu não acreditava que isso estava acontecendo. 

 - O que diz aí? Você passou? - Benício perguntou animado e eu forcei um sorriso para ele. 

 - Prezada senhoria Ámbar, - disse começando a ler a carta. - lamentamos te informar que sua bolsa foi negada. A senhorita tem sim um talento enorme para  dança, mas infelizmente nosso grupo de bolsas desse ano já foi encerrado. As inscrições para 2019 serão abertas em setembro desse ano, você poderá tentar novamente, tenho certeza que caso aja vagas, será um prazer enorme recebê-la como aluna. - Minha voz já estava embargada e trêmula, eu não conseguia acreditar nisso, mesmo com medo, uma boa parte de minha tinha certeza que eu passaria, mas não passei. 

 - Nós sentimos muito, eles são uns idiotas em não terem te aceitado, tenho certeza de que você seria a melhor aluna daquela faculdade. - Emília disse me abraçando e eu sorri novamente em sua direção. 

 - Sim, quem perde são eles. - Benício abraçou eu e a loira ao meu lado. - E pensa pelo lado bom, nós estamos aqui em B.A com você e sempre vamos estar. 

  - Esse é o lado bom? - perguntei rindo. - Achei que o lado bom era ter você aqui para pagar minha comida. 

  - Sua gorda. - Ele disse caindo na gargalhada em seguida, fazendo eu e Emília rirmos com ele.

 - Eu estou grávida. - Falei tentando “me defender” o que fez os dois rirem ainda mais. 

 - Você sabe que não poder usar essa desculpa para sempre né?! -A loira ao meu lado pergunta em tom de afirmação e eu confirmo com a cabeça. 

 - Sei, mas enquanto eu puder usar, continuarei usando. - Todas as manhãs eram assim, recheadas de piadas e brincadeiras, eu me sentia mais leve ao lado deles, era como se os dois fossem exatamente tudo o que eu precisava para melhorar.

 - Gaston me ligou ontem. - Disse mudando de assunto enquanto bebericava meu café. - Ele e o Ramiro querem falar comigo. - Completei assim sem olhar para eles. 

 - Você vai falar com eles? - O moreno perguntou me fazendo encara-lo. - Nós vamos te apoiar em qualquer decisão, apenas não faça nada que vá te machucar, não queremos te ver ainda mais magoada. 

 Sorri com sua preocupação e entrelacei meus dedos aos seus e aos de Emília. 

 - Eu vou falar com eles, mas mais nada vai me afetar, eu não posso sofrer para sempre por causa de pessoas que não me querem em suas vidas, eu tenho vocês dois e isso já é o suficiente. 

 - Muita melodicamente, muita melodicamente. - Emília disse fazendo uma careta enquanto limpava uma lágrima que havia escorrido. - Sério Ambar, você precisa parar de fazer eu parecer uma Manteiga derretida. - Soltei uma risada nasalada com sua frase e a abracei. 

 - Não posso, você é minha manteiguinha derretida preferida. - Afirmei sorrindo abraçando ela com mais força. - Você sentiu isso? - pergunto surpresa e com a voz quase inexistente assim que sinto um pequeno movimento em minha barriga. 

  - Aí meus Deus. - Ela exclama com a mão na minha barriga. - Isso é o que eu estou pensando? 

 - Sim, isso é o que você está pensando. - Disse emocionada. 

 - O que está acontecendo ? - A pergunta de Benício fez nos duas rirmos e eu coloquei a mão dele na minha barriga. - Uou, ela chutou? Ai meu Deus, ela chutou. - Falou se animando assim como nos. - Espera, mas você só está com 4 meses de gestação? Os bebês não começam a chutar só a partir da 18º semana? - Pergunto confuso, ainda com a mão na minha barriga. 

 - Eu completei 18 semanas esses dias. - Comento rindo. - Apenas não sabia que ela já iria começar a chutar tão rápido, parece que a pequena está bem animada hoje. - Completo sorrindo largamente. A sensação de sentir seus pesinhos batendo em minha barriga era incrível, eu me sentia completa, me sentia ainda mais feliz. 

 - Oie meu amor. - Emília disse com o rosto perto da minha barriga. - Eu sou sua madrinha e esse chorão ao meu lado é seu padrinho. - Sua frase me fez rir novamente e eu observei a cena emocionada. - Nós te amamos muito, muito mesmo, nunca se esqueça disso, você sempre vai ser a pessoa mais importante das nossas vidas e nos sempre vamos te amar muito. - Uma lágrima escorre por meu rosto e eu a limpo, puxando os dois para um abraço novamente. 

 - Vocês são com toda certeza os melhores amigos que eu podia pedir; obrigada mesmo, por tudo. - Exclamo chorando, meus hormônios estavam me matando. As minhas oscilações de humor se tornaram ainda mais frequentes e eu vivia chorando com facilidade. 

 - Assim você vai me fazer chorar Loirinha. - Benício disse com a voz embargada e eu o abraço ainda mais forte. - Chega de chororô, eu e a Emilia temos ensaio daqui a pouco e você vai com a gente. 

 - Você sabe que eu não posso patinar. Nem faz sentindo eu ir nos treinos. 

 - Faz sim, vamos loira, tenho certeza que você vai amar. - Emília completa. 

 - Certo certo, eu vou. - Digo e os dois batem palmas animados. 

 O caminho até a pista aonde eles treinam foi calmo, não era longe da casa de Benício, pelo menos não de carro, acredito que se tivéssemos ido apé demoraríamos o dobro de tempo, mas de qualquer maneira, eu me sentia animada por estar voltando a uma pista, só a energia desse lugar já me trazia uma saudade imensa. 

 - Estão atrasados. - Uma mulher alta e ruiva, na faixa dos 30 anos, que eu acredito ser a treinadora deles, diz patinando ate aonde estávamos. 

 - Eu sei, mil desculpas Holly, mas é que a Ambar não queria vir, mas convencemos ela. - Emilia explicou. 

 - Espero que não tenha problema que eu assista ao treino. 

 - De forma alguma, eu que pedi para eles te trazerem. - Ela diz me surpreendendo. -  Você Ambar, é uma das melhores patinadoras da sua idade, eu te vi nas competições, você tem talento, apenas precisa de uma equipe que saiba aproveitar isso. - Ela completa. - Por isso, gostaria de te fazer um pedido, você aceita entrar para a equipe dos Sliders? - Sua pergunta me surpreendeu ainda mais, não pude evitar de sorrir animada com seu pedido. 

 - Eu adoraria aceitar, mas infelizmente nao poderia voltar a patinar por mais ou menos uns 7 meses. - Digo apontando para minha barriga e rindo. - Mas quem sabe depois disso, eu não entre para a equipe. 

 - É por que você não entra desde já? Não precisa patinar durante esse tempo, mas pode me ajudar nos treinamentos. - Eu? Treinadora ajudante de uma equipe de patinação? Eu só podia estar sonhando, isso era incrível. 

 - É claro que eu aceito. - A animação transbordava em minha voz. - Você não tem noção do quão feliz eu estou, patinar profissionalmente sempre foi meu sonho e te ajudar a treinar uma equipe, enquanto eu não posso patinar, vai ser uma realização ainda maior. 

 - Fico feliz que você tenha aceitado, amanhã faremos o pronunciamento nas páginas da equipe. - Holly disse e me abraçou. - Seja bem vinda a equipe Ambar, agora vem, vou te apresentar aos outros integrantes. 

 O resto do dia passou surpreendentemente rápido, me diverti como nunca. Os Sliders podiam usar pretos, mas tinham a alma mais coloridas do mundo, eles, além de ótimos patinadores, eram pessoas incríveis que me acolheram instantaneamente. Eu finalmente havia encontrado a minha nova família, e faria de tudo para mantê-los sempre ao meu lado. 

***

24.01.2018

  Olhei novamente minha imagem no espelho e sorri enquanto passava a mão pela minha barriga, ela já se encontrava bastante visível nas roupas que eu usava, mesmo não estando muito grande. Por um momento pensei em desistir do encontro com Gaston e Ramiro, talvez eu pudesse conversar com eles por chamada de vídeo, ou por mensagem, talvez por ligação, só não queria que fosse pessoalmente, eu não estava pronta para ter alguém da minha antiga vida, descobrindo sobre o pequeno anjinho em minha barriga. 

 - Você tem certeza que não quer que eu vá junto? - Emília perguntou pela milésima vez enquanto entrava no quarto. Acho que assim como eu, ela e Benício tinham medo do que essa conversa poderia causar. 

 - Tenho sim. - Respondi enquanto calçava o tênis e pegava minha bolsa. - O pior que pode acontecer é eles espalharem sobre a gravidez, mas tenho certeza que eles não vão fazer isso. Confio neles, sei que os dois mesmo que continuem me odiando, não vão espalhar isso contra a minha vontade. 

 - Só se cuida, por favor. - Ela pede e eu a abraço. 

 - Se meu coração for quebrado, você vai me ajudar a catar os caquinhos novamente? 

 - Cada um deles. - A perto com mais força no abraço e me despeço saindo da casa de Benício.

 Andei com calma até a lanchonete aonde havíamos marcado de nos encontrarmos, meu coração quase saia pela boca, mas vê-los sentados em uma das mesas me esperando, fez por um pequeno momento, eu me sentir mais calma, era quase como se isso estivesse acontecendo a dois anos atrás, quando tudo estava bem e eles ainda eram meus melhores amigos. 

 - Oi. - Disse cumprimentando os dois de maneira seca enquanto me sentava na mesa. - Vocês não vão falar nada? - Pergunto com o meu típico tom prepotente na voz. 

 - Uou. - Gaston fala. - Eu sabia que tinha algo diferente em você quando te vi na formatura, mas não imaginava que você estivesse grávida. - Ele exclama surpreso e eu mordo meus lábios segurando o riso por sua surpresa. 

 - O Simon que é o pai? Ou é aquele garoto que estava com você na formatura? - Ramiro pergunta e eu penso por um momento se contaria ou não a verdade para eles. 

 - O Simon é o pai e não, ele não sabe que eu estou grávida. E vocês não vão contar. - Minha voz estava seria e eu tinha certeza que eles sabiam que eu não estava brincando. 

 - Você precisa contar para ele, ele merece saber que tem uma filha. - Eu já deveria imaginar que um deles falaria isso, por isso não me estressei tanto, mas eu não havia vindo aqui para eles opinarem no que eu faria ou não com a vida da minha filha. 

 - Ele perdeu qualquer direito sobre essa criança quando me humilhou na frente de todos no Roller e não quis me ouvir em nenhuma das vezes que eu tentei contar. - Afirmo batucando minhas unhas na mesa. - Então, se resta algum tipo de consideração por mim dentro de vocês, não contém para ele, por favor. - Peço e os dois sorriem em minha direção. 

 - Não vamos contar. - Gaston diz me tranquilizando e eu retribuo o sorriso. 

 - Então, por que vocês me chamaram aqui? - Perguntando mudando de assunto assim que percebo o clima ficando um pouco tenso. 

 - Nós queríamos nos desculpar com você. - Gaston fala me surpreendendo. - Sabemos que não fomos juntos te expulsando do Roller e em não deixar você se explicar. Sabemos que você mudou, e queremos reatar a nossa amizade. 

 - O que me garante que vocês não vão me abandonar novamente logo que eu cometer o primeiro erro? - Pergunto respirando fundo. 

 - Você vai apenas ter que confiar. - Ramiro diz. - Nós erramos muito com você, deveríamos ter lembrando da loirinha mandona que conhecemos no primeiro ano no Blake, mas ao invés disso, focamos apenas na versão distorcida dela, e te afastamos ainda mais. 

 - Vocês não só me afastaram, vocês literalmente me expulsaram da vida de vocês, me deixaram completamente sozinha, sem ter mais ninguém. - Digo recendida. 

 -Sabemos disso, e sentimos muito. - Cada um segura uma de minhas mãos e eu Entrelaço meu dedo nos deles. 

 - Eu quero tanto confiar em vocês, tentar esquecer de tudo, mas eu não consigo. - Respondo sincera. 

 - Só te pedimos mais uma chance, por favor. 

 - Não destruam essa chance, pois é a última que eu darei para vocês. - Digo e os dois se levantam rapidamente vindo me abraçar. - Seus bobões, senti muita falta de tudo isso. 

 - Nos também sentimos, seu rostinho faz falta no Roller, nada é igual sem você. - O Rapper fala me pegando de surpresa e eu solto uma risada baixa.

 - Mesmo se eu quisesse, não poderia voltar, ninguém mais me quer lá. - Falo e me viro em Gaston. - Por falar em voltar, você não deveria estar em Oxford? Voltou para B.A sem as aulas nem mesmo terem começado? Você era mais corajoso Perida. - Digo rindo sem disfarçar minha curiosidade. 

 - So vou ficar aqui mais essa semana mesmo, voltei para o aniversário da Nina e aproveitei pra tentar marcar de falar com você. - Diz rindo junto. 

 - Entendi. E como andam as coisas lá? Já se acostumou com os costumes Ingleses? 

 - Estou me acostumando aos poucos, mas ainda sinto muita falta de casa. - Diz pensativo enquanto olha o cardápio.

 - É que você não tem minha ilustre presença lá.  - Ramiro diz me fazendo rir. - E você Amb, vai quando para Paris? - Ouvir ele me chamando de Amb, depois de tanto tempo me trouxe um sentimento acolhedor tão bom. 

 - Eles negaram a minha bolsa. Eu não vou mais para Paris. - Digo sorrindo fraco. - Mas acho que ano que vem ou tentar entrar para a faculdade de dança aqui mesmo. - Digo tranquilizando eles, assim que percebo o olhar preocupado dos dois, não queria que eles achassem que eu iria desistir da faculdade, eu não faria isso. 

 - Tem certeza que vai fazer dança? Sempre achei que você faria Design gráfico, eu lembro de como você sempre ficava animada em fazer edições e de como você sempre amou trabalhar com imagens e criações de capas, logos e outras coisas. Afinal, você que criou o logo do Roller, lembra? - Perguntou rindo e eu confirmei com a cabeça, eu gostava disso, era um passatempo que eu amava o suficiente para transformar em uma profissão. 

 Ficamos ali mais um bom tempo rindo e conversando, eu não estava 100% certa de que essa reaproximação daria certo, mas queria tentar, assim como Benício e Emília, os dois me traziam um sentimento de calmaria que a muito tempo eu havia esquecido de como era sentir. Apenas desejava que eles não me desapontassem. 

 Um som de notificação quebrou meus pensamentos e eu peguei meu celular encarando meu instaram. Um sorriso se apossou de meu rosto assim que eu vi o post no Instagram dos Sliders. Uma nova fase da minha vida havia acabado de começar e eu não abriria mão disso tão cedo. 

“Às vezes, só precisamos de uma queda, para finalmente voltarmos a ser felizes.” 

 

 

  

 

 


Notas Finais


Espero que vocês tenham gostado e mil desculpas novamente pela demora


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