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História Simplesmente acontece (intersexual) - Capítulo 2


Escrita por: Unicorn97

Notas do Autor


Mais um capítulo pra vocês!
Qualquer erro, arrumo depois.

Capítulo 2 - Capítulo 2


Fanfic / Fanfiction Simplesmente acontece (intersexual) - Capítulo 2

        Pov's Camila.              

31 de agosto de 2014. 

 Acordo cedo como de costume, nem aos finais de semana eu conseguia dormir até tarde, graças ao meu querido irmão, que estava com o som no volume máximo. 

 Eu só queria um pouquinho de paz, mas como eu não teria isso hoje, acho que não teria em nenhum momento, enquanto vivesse aqui, levanto-me e vou até o banheiro, tomo um banho longo e relaxante, me enrolo em uma toalha e vou até o closet. 

 Visto uma cueca box branca, um top da mesma cor, e um conjunto de moletom cinza, bem maiores que eu. Devido a minha condição, só usava roupas largas pra esconder meu querido Amigo, como não pretendia sair, optei por não por o short compressor, aquele troço apertava demais.

Bom, você não deve esta entendendo nada, eu sou intersexual, minha mãe durante a gravidez teve algumas complicações, e eu nasci com um órgão genital masculino, sim eu tenho um pênis, estranho né? Nem adianta falar que não é, porque sei que lá no fundo você acha estranho. 

 Porém, eu não ligo, não mais, acho até  legal ser diferente, algumas pessoas implicam, tentam me humilhar, cheguei até a apanhar, a grande verdade é as pessoas sentem medo do diferente. 

 Quando era menor isso me deixava destruída, fiquei um tempo até em depressão, entretanto eu superei, hoje às palavras, agressões, fazem de mim uma pessoas mais forte, pois o que dizem não muda em nada meu caráter e minha personalidade, Eles não afetam mais minha vida. 

 Estava indo tomar meu café, estava quase chegando as escadas, meu irmão aparece e me puxa. 

 _ Calminha aí maninha, os populares vão na frente! _ diz ele todo esnobe  

 Eu não sei porque ele agia dessa maneira, nos dávamos bem até os meus 12 anos, depois disso ele começou a ficar estranho, me tratar mal. 

 Minha mãe diz que é porque ele se sente mal por eu e Sofia termos nosso pai presente e ele não, mas ele não tratava Sofi dessa forma, pelo contrário ele a adorava, desconfio que seja por minha condição, entretanto eu não podia fazer nada, já tinha tentado conversa, me reaproximar, ele não quis, fiz minha parte, agora  ele que se fod.. 

 _ Idiota! _digo o empurrando e tentando descer. 

 Ele me puxa de novo, e me joga com tudo contra a parede, fazendo com que eu batesse a cabeça, me debato mas não consigo me soltar,  já que ele era mais forte do que eu. 

 _ Do que você me chamou sua aberração? - pergunta ele 

 _ O que você ouviu, além de idiota também é surdo! _digo já com raiva 

 Eu só podia está ficando louca, ou querendo morrer, mais eu já estava de saco cheio, chega um momento que você cansa, ele passou de todos os limites, eu não era de me exaltar mas quando acontecia, saia de perto, escutar dos outros tudo bem, agora meu próprio irmão, já é muita palhaçada com a minha pessoa. 

 O que eu não esperava era ele dar uma joelhada nos meus países baixos, droga aquilo doía como o inferno, e pra piorar ele ainda tentou me jogar da escada, sorte que nossa mãe, apareceu. 

 _ Caralho isso dói! _ mumurro me sentando no chão 

 _ O que tá acontecendo aqui? _ pergunta dona Sinuh 

 Eu não tinha condições de falar, então apenas me levanto devagar e me arrasto meio curvada pro meu quarto, até anda doía, me deito em minha cama, e fico por lá encolhida esperando aquela dor passar. 

 Toda vez tinha que ser assim? O que eu fiz pra ele? As que nunca vou saber as respostas. 

 Sinto gosto de sangue na minha boca, ótimo pra piorar essa situação, o impacto com a parede deve ter cortado minha boca, por causa do aparelho, sorte que eu tiraria essa coisa, daqui um mês. 

 Vou até o banheiro em passos lentos, lavo minha boca, não foi nada sério, só um pequeno corte. 

Assim que saio do banheiro alguém bate na minha porta.

 _ Filha você tá bem? Posso entrar? _ pergunta minha mãe preocupada  

 _ Pode! _ digo sem animo  

 _ Ele te machucou muito? _ pergunta ela olhando pra mim com pena e me entregando uma bolsa com gelo. 

 Sento com cuidado em minha cama, e coloco o gelo, sobre minhas calças, solto um suspiro aliviada.

 _ Eu estou bem, não foi nada! _ digo um pouco corada, já que ela ainda me olhava, era um pouco constrangedora aquela situação.

 _ Tem certeza? _ pergunta ela  

 _ Tenho sim mãe, agora por favor me der licença! _ Peço um pouco constrangida

 _ Porque você não sai com seus amigos? Hoje é domingo! _diz ela  Porque eu não tenho amigo, penso. 

Ela não precisava dessa informação. _ Não estou afim! _ digo fria 

 _ Ok, vou manda Sofia trazer seu café! _ diz antes de sair do quarto 

 Cinco minutos, vejo minha irmã entrando no quarto com uma bandeira nas mãos, sofia tinha acabado de completar 15 anos, mais pra mim ela continua sendo uma criança.

 Jogo a bolsa com gelo no chão, a dor já tinha passado, o que eu agradecia aos céus. Ela coloca a bandeja em minha frente e senta ao meu lado. 

 _ Eu acho o Kaio um idiota! _ comenta ela

 _ Porque? _ Questiono depois de mastigar um pedaço de waffle. 

 _ Porque ele te trata mal kaki, ele um babaca! _ diz 

 _ Hey princesa, não diga isso ele é seu irmão, e ele te adora! _ digo olhando em seus olhos 

 _ Mas ele é seu irmão também! _ diz

 _ Eu sei Sofi, acontece que não nos damos bem, mas o problema é meu e dele, eu não quero você no meio disso Ok? _ digo _ Não o trate mal por minha causa, eu e ele iremos nos resolver em algum momento!

 _ Tudo bem, só não prometo nada se ele machucar você novamente! _ diz emburrada 

 _ Ok princesa, o que acha de estudar um pouco comigo? _ pergunto deixando a bandeja ja vazia ao meu lado

 _ Credo kaki, hoje é domingo não cansa desses livros não? _ responde fazendo careta 

_ Estudar faz bem! _ defende-me _ Claro que faz, mais hoje eu passo, irei sair com minhas amigas! _ diz

 _ Ok, mas toma cuidado! _ falo me levantando e dando um beijo em sua bochecha. 

 Assim que ela sai, espalho vários livros pelo chão, não sou o tipo de garota mais popular, tenho 16 anos corpo mas ou menos graças a natação que tive que praticar, claro que com professores particulares, digamos que sou uma nerd sem amigos. 

 Não me considero bonita, uso óculos, aparelho, roupas estranhas como uma típica nerd, sempre me zoam por ser assim, mas como eu já falei deixei de ligar pra isso faz tempo. 

 Tento me concentrar nos livros, entretanto não consigo, pois o idiota aumentou o som. 

 Como não teria como me concentrar aqui, decido sair um pouco, troco apê as de calça, pego um casaco já que o tempo estava frio, escolho um livro qualquer e saio sem rumo. 

 Estava andando a um tempo, até encontrar um pracinha sem muito movimento, me sento em um dos bancos e começo a ler, pelo menos ali não teria ninguém pra me atrapalhar. 

 (...)

 Sou tirada do meu pequeno mundo com uma mensagem da minha mãe, perguntando se eu ainda iria demorar, não tinha nem visto o tempo passar, já tinha passado da hora do almoço. 

 Me levantei pra ir embora, e acabei esbarrando em alguém, mais desastrada impossível...



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