Point Of View Camila Cabello| 11 de junho de 2016| 21:42 P.M| Sábado| Miami Flórida.
Eu estava extremamente nervosa, preocupada, com medo, como Lauren não me diz que caiu? Porque ela me escondeu uma coisa dessas? Era muito arriscado quedas nessa etapa da gravidez, na verdade em todas as etapas era perigoso.
Ainda mais que ela disse que estava sangrando, o que era bem pior, não podíamos perder Matthew, eu não sabia o que seria de nós duas se isso acontecesse.
Nós amavamos aquele bebê.
Eu sabia que havia algo errado, sempre sinto quando ela não está bem, ou esconde algo, mas nunca faço ela falar, esse é meu erro, vou ficar de olho a partir de agora.
Fiquei ainda mais preocupada quando nugget começou a latir quando viu Lauren, dizem que os cachorros precentem quando tem algo errado com o dono, e se tratando de nugg, tenho certeza que ele sentia algo.
Mas eu não poderia surtar agora, tinha que cuidar da minha mulher e filho, era minha prioridade, depois eu entrava em desespero.
Então tratei de apressar as coisas, ajudei Lauren a sair do quarto trancado o cachorro no mesmo novamente, pois se ele saísse do jeito que ele era arteiro destruíria a festa que acontecia lá em baixo, e não queríamos ninguém preocupado, não agora.
Lauren e eu descemos as escadas com cuidado pra não prejudicar mais a situação, e seguimos pra garagem em silêncio, todos estavam no quintal o que facilitou nossa saída.
Ajudei ela a entrar no carro e tomei meu lugar em seguida, partindo para o hospital mais próximo.
Lauren estava pensativa, e com uma expressão nada boa, eu conhecia ela o suficiente pra saber que estava se culpando.
_ Vai ficar tudo bem! _ digo apertando sua mão em meu colo, e ela retribui ao toque ainda em silêncio.
Lauren ligou para a doutora Marta, que por sorte estava de plantão no hospital central de Miami.
Que esteja tudo bem, que esteja tudo bem, era a única coisa que passava na minha cabeça, era única coisa que eu pensava.
Eu não podia perder meu filho, não isso não podia acontecer em hipótese alguma, porra ela estava quase no fim do sexto mês, porque tinha que acontecer isso agora?
Será que nunca vamos ter paz por um período longo, sempre que está tudo bem acontece alguma merda pra estabilizar nós duas.
Assim que estacionei em frente ao hospital, Lauren e eu saímos e seguimos para a recepção, por sorte sempre andavamos com nossos documentos.
Marta já estava esperando Lauren com uma cadeira de rodas.
Achei ótimo pois não queria que qualquer coisa piorasse a situação.
_ Preciso levá-la pra fazer alguns exames! _ fala a médica.
_ Não posso acompanhar? _ indago apreensiva.
Diz que sim, ou eu vou enlouquecer.
_ Aguarde aqui, já venho chama-la!_ diz Marta.
Merda.
_ C-camz, estou com medo! _ fala Lauren com os olhos marejados aquilo fez meu coração se dilacerar.
A pior coisa é ver aqueles olhos esmeraldas que eu tanto amo, banhados em lágrimas.
_ Vocês irão ficar bem tenho certeza, logo estarei com você! _ digo depositando um selinho em seus lábios e logo ela é levada pra longe de mim.
(...)
Eu já estava ficando louca, andava de um lado pro outro naquela recepção, meus olhos ardiam segurando as lágrimas por não ter notícias, algumas pessoas me olhavam, mas estava pouco me importando, eu só queria saber como minha mulher e filho estavam, já estava ali a uma hora.
O hospital estava cheio, via várias enfermeiras e médicos andando de um lado pro outro, está aí uma profissão que não serviria pra mim, eu não funciono sobre muita pressão.
Dinah e Harry já haviam me ligado várias vezes, tanto que eu tive que dar uma desculpa qualquer, sabia que teria que lidar com uma Alice emburrada depois, mas no momento meus dois amores precisavam de mim.
Meu pai me ligou, e eu não a atendi, porque se o fizesse desabaria de vez, e precisa demonstra pra Lauren que eu estava, que tudo estava bem.
_ Camila! _ sou tirada de meus pensamentos por Marta parando na minha frente, me fazendo parar de andar abruptamente.
_ Como eles estão? _ indago louca pra saber alguma coisa.
_ Me siga! _ diz e sai caminhando na frente.
Porra.
Custava falar algo pra me deixar tranquila?
Seguimos por um longo corredor em total silêncio, pouco movimentado bem diferente do que a recepção, o que já estava me deixando com muito mais medo.
E se aconteceu o que eu tanto temo? Não, eu preciso ser confiante, penso engolindo o choro.
Marta parou em frente a uma porta, quase a última daquela ala.
_ Entre! _ fala e assim o faço, encontrando minha namorada deitada em uma maca com o rosto banhado em lágrimas.
Corrir até ela, segurando seu rosto e olhando em seus olhos buscando respostas, mas não encontrando o que deixou desesperada.
_ Calma Camila, seu filho e Lauren estão bem! _ fala Marta, o que me permite respirar aliviada, deixando minhas lágrimas em fim caírem, entretanto era tudo por alívio, por eles estarem bem.
Minhas razões estavam seguras.
_ Porque esta chorando amor? _ indago e ela me puxa escondendo o rosto em meu pescoço.
_ Alívio, felicidade, ele está bem Camz, fiquei tão assustada! _ resmunga com a voz embargada.
Sim, meu pequeno Matthew estava bem.
_ Eu entendo amor, também sentir medo, não quero que aconteça nada de errado com vocês!_ falo sincera.
_ Prometo tomar mais cuidado! _ diz ela.
Como eu disse ela se culpava.
...
Marta respeitou nosso momento, esperou que nos recompossemos pra então nos explicar o que havia ocorrido, o porque do sangramento.
_ Foi a queda que ocasionou o sangramento? _ indago querendo entender.
Eu fazendo carinho na barriga de Lauren por cima do vestido, sentindo um chute na minha mão, ele sempre sabia quando era eu fazendo carinho.
_ A queda contribuiu pra isso, pelos exames o colo uterino de Lauren está com algumas lesões, na gravidez normalmente essa área recebe um pouco mais de sangue, com o ato sexual alguns vasos sanguíneos localizados lá, podem romper, no caso dela a área estava apenas lesionado, com a queda, que pelo que ela contou o impacto com o chão foi brusco, veio acarreta o sangramento! _ explica Marta.
_ Mas eu cair ontem, porque sangrou hoje? _ questiona Lauren.
_ Cada sistema funciona de uma forma Lauren, o seu foi mais lento em te alertar, e era pra ter me ligado assim que caiu! _ diz de maneira severa.
_ Eu sei, errei mas não vai se repetir!_ diz.
Acho bom mesmo.
_ Fora isso, está tudo bem? _ questiono.
_ Sim, Lauren precisará ficar de repouso por uma semana, apenas pra útero cicatrizar, ja escutamos os batimentos e vimos o bebê, está normal, então essa parte podem ficar totalmente tranquilas! _ diz ela me entregando uma foto da ultra em 3D.
Meu filho era lindo.
_ Mas alguma coisa? _ pergunta Lern.
_ Nada de sexo com penetração! _ diz ela e eu fico corada.
Acabou minha diversão.
Depois do susto, podemos brincar não é? Apenas pra aliviar a tensão.
_ Sexo oral é permitido? _ questiona Lauren na maior cara de pau, me fazendo olhar feio pra ela.
_ O que? Não é você que está com o libido e hormônios totalmente alterados! _ diz com raiva.
Bipolar.
Mas amo demais.
_ Sim, sexo oral é permitido, mas nada de movimentos bruscos e só depois dessa semana, aconselho também ficar afastada de coisas que exijam mais de você, você já está quase no fim do sexto mês, é bom se manter bem e descansada pelos próximos três! _ aconselha a doutora.
_ Ok isso é fácil, já estou de férias da faculdade, posso pedi um afastamento do trabalho! _ diz Lern.
_ É a melhor coisa que você faz, pois eu não deixaria você sair pra trabalhar depois desse susto mesmo! _ digo.
_ Camila tem razão, com o tempo livre foque em você e no seu filho, descanse, pois quando ele nascer, dormir e o que vocês pouco irão fazer! _ diz Marta risonha.
_ Nem me lembre disso! _ digo de maneira dramática.
Apesar de saber que eu ficaria parecendo um zumbi por não dormir, valeria a pena, pois eu estaria cuidando do meu filho.
Lauren foi liberada algum tempo depois, e seguimos diretamente pra casa, o repouso começaria hoje, e eu faria tudo o que Marta aconselhou.
Os próximos três meses, Lauren seria a pessoa mais paparicada do mundo.
Contaria sobre o pequeno susto para os meus pais amanhã, só queria descansar ao lado da minha lolo.
(...)
Assim que chegamos na nossa casa, tomamos banho juntas, ajudei ela a se vestir e ela logo estava deitada.
_ Quer algo pra comer? _ indago, já que nós não havíamos comido nada com o acontecido.
_ Sim Amor, eu quero! _ diz.
_ Tudo bem, vou fazer, já volto! _ digo me retirando do quarto.
Preparei alguns sanduíches integrais, com peito de peru, enchi dois copos de leite quente e levei tudo lá pra cima.
Após comemos e damos por satisfeita, nos deitamos, eu logo depositei um beijo em sua barriga.
_ Boa noite filho, boa noite amor! _ falo deixando um beijo em sua testa.
_ Boa noite meu anjo, amo você! _ diz
_ Também te amo! _ digo me aconchegando em seu corpo, queria ela o mais colada comigo, apenas pra ter certeza que tudo estava como devia está.
Com seus carinhos em meus cabelos acabei dormindo.
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