História Simplesmente Aconteceu || Livro 1 || - Capítulo 1 - Carne Nova!

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Carne nova!

As aulas haviam começado, já estávamos no meio do mês de Abril e, novamente meu celular tocava o bendito alarme.

Vamos Ana, levante-se

Já vou desgraça, só mais 5 minutinhos.

Fechei meus olhos, colocando meu braço sobre meus olhos, mas o alarme resistia a tocar...Só não atacou meu celular no chão, pois é meu bebê!

Acho que esqueci de me apresentar, pois estarei contando apenas uma estoria clichê de uma menina, que tem bens matérias, que é a super popular de sua escola...

Não minta para eles Ana.

Essa é a minha consciência, ela sempre fala direto comigo quando estou pensando em algo, mas quando ela quer falar... Ela fala a verdade e eu não sigo os seus conselhos!

Continuando... Me chamo Ana Duarte Ferraz, tenho 16 anos, moro em Nova York, sai do Brasil quando tinha 5 anos de idade, estou no 2º Ano do Ensino Médio, moro com minha mãe, a senhora Cristina Duarte Montenegro, que trabalha em um RH de uma empresa porte pequena, já meu pai...

Eu não sei sua história e muito menos onde ele está, o que eu fiquei sabendo que quando ele foi fazer uma viagem á negócios, o avião havia caído e que no momento da busca não encontraram seu corpo.

Após a morte ou desaparecimento de meu pai, eu e minha mãe vem passando dificuldades em questão financeiro.

Até que tínhamos que hipotecar a nossa casa, que era bastante grande, mudamos para um apartamento próximo a nossa casa, esse apartamento não tem do que reclamar e o bom é que o pessoal do banco, permitiu que após o valor pago total, teríamos a casa de volta e, essa vai ser a missão da minha mãe.

Além de hipotecar o meu lugar de conforto, eu sai da escola particular, onde eu era a CDF da sala e fui para uma escola pública e, continuo sendo uma CDF, até agora estou gostando, já fiz amizade com algumas pessoas.

Não tenho um bom corpo, mas me considero uma pessoa que chame atenção, muitos que me conhecem dizem que puxei o meu pai e onde foi herdado a beleza, sou um pouco indecisa, fico nervosa facilmente, armo talvez um pequeno barraco, falo coisas as vezes sem pensar, tenho diversos defeitos que vocês irão ver com o tempo...

Ela é louca gente! Ela fala consigo mesmo hahaha

Não sou louca, olha cala boca que você é eu... Vaza daqui!

Assim que fiz minha rotina, higiene matinal, me arrastei no chão para me trocar, fiz aquela moleza no corpo, mas sabia que eu precisava ir.

Coloquei uma blusinha regata branca, uma calça jeans azul marinho com um cinto bonitinho, um tênis AllStar, claro uma jaqueta de couro preta e fiz um coque em meus cabelos longos e castanho claro.

Fui até a cozinha, peguei uma maça na fruteira.

Hummm essa ta boa

Gorda! revirei os olhos.

Você é uma gorda saudável!

Eu sei querida, não precisa me avisar, aliais você é eu, então cala boca!

- Não vai tomar café? - minha mãe aparece com roupão me assuando.

- Não mamãe, já estou atrasada! - fui até ela, dando um beijo em sua bochecha - Obrigada!

Desci no terreio do prédio e vi um caminhão de mudança.

Vizinhos novos!

Brandon estava me esperando no ponto de ônibus onde tinha na frente do prédio, Brandon Graeff era o meu melhor amigo desde quando entrei na escola, no ano passado, ele se tornou a pessoa mais amigável comigo, só para vocês saberem, ele é bissexual, ou seja, parte para os dois lados, ele é muito bonito e o bom que ele não faz o meu tipo.

- Demorou viu? - já apontava o seu dedo em seu pulso - Já sei... Foi dormir tarde não é?

- Mais ou menos, estou vendo que hoje a prova de Física não vai ta tão fácil. - bufei.

- Você vai se dar bem, já eu, vou é rodar baiana - começou a incorporar.

- Não se exalte, migo - fiz um sinal de pare.

O ônibus não demorou muito, não gosto de pegar esse ônibus escolares, é cheio de pivetes sem noção.

Então desça e vai a pé!!

Calada, não falei com você.

Revirei os olhos e logo senti meu joelho, mãos, corpo, alma e dignidade no chão do ônibus, o filha da puta do motorista, brecou a bendita máquina e o que aconteceu?

Vergonha, claro que sim, os pivetes começaram a rir de mim, além disso começaram a fazer guerra de papel de bolinha e começaram a gritar.

Brandon me ajudou rindo, eu logo revirei os olhos.

Viu otária, foi revirar os olhos logo pra mim e se fodeu!

Minha consciência ria de mim, eu mesmo sendo humilhada por eu mesmo.

Sentamos um pouco no fundo, onde estava mais calmo, o ônibus balançava que era uma beleza, não sei como Brandon conseguiu tirar uma soneca! Parque de diversão pra quê? Se temos os Transportes Públicos que é melhor um parque de diversão.

Depois do motorista ter passado em todos os pontos, onde ficou lotado, todas as cadeiras ocupada e parecia um mercado de peixe.

Eca, peixe odeio!

Ninguém te perguntou, para de me interromper...

Chegamos à escola, esperei todos descerem e chamei Brandon que já babava em sua mochila apoiada em seu colo, parecia a fila da cantina, os mortos de fomes primeiro e depois os normais.

Descendo do ônibus e indo ao pátio onde estava cheio de pessoas, comentando sobre tudo, aulas, ainda falando sobre a continuação das férias, trabalhos e matérias!

Fomos até o nosso ponto de encontro, onde estava a Juliana Campos, Jake Hentz e Lia Kasper, são as pessoas que consegui a amizade, tudo graças ao Brandon, pena que não somos da mesma sala, eles são tão legais, loucos e pirados! Quem dera juntar nosso grupo.

Logo soou o sino, todos já estavam se preparando para entrar, subindo as escadas, olhando para o estacionamento da escola, de longe surgiu um carro preto, que do mesmo saiu um garoto de cabelos pretos, ele se vestia bem.

Puxa que gatinho!

Pelo que estou vendo, ele reclamava alguma coisa, então senti um braço me puxando.

- Vamos logo, não dorme e não impaca na porta - Ju cruzou nossos braço e segui dando apenas um sorriso

Carne nova no pedaço! Hora de atacar.

Minha consciência fazia aquela risada do mal que até eu mesmo me assustava!