História Simplesmente Aconteceu || Livro 1 || - Capítulo 24 - Decepção

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Decepção

Fazemos promessas quando somos pressionados e eu não deveria ter prometido de escuta-lo, por mais que ainda que ele não saía da minha cabeça.

Ando apressadamente na rua deserta por conta do horário, assim que entro no prédio, dou boa noite ao guarita.

Entro na casa em silenciosamente e vou para direção de meu quarto, mas antes de entrar escuto vozes de minha mãe no seu quarto...

- Não se atreva, - ela falava baixo - Se você tentar chegar perto dela eu juro que acabo com sua vida. - sua voz estava muito ameaçadora.

Com quem ela ta falando?

- Não quero que ligue... Eu vou tá bloqueando todas suas chamada, adeus. - escuto o som sonoro do telefone.

Bati na porta e entro em seguida, ela se assusta.

- Cheguei mamãe - fui até ela é dei um beijo em sua testa.

Ela me olhava um pouco assustada, como se eu tivesse escutado algo.

- Você estava falando com alguém ?Escutei sua voz assim que subi.

- Ah, não... Estava falando com um colega de trabalho, nem se preocupe. - ela tenta esconder seu nervosismo.

- Entendi - arqueio minha sobrancelhas como que ela tenha me convencido. - Então vou para o quarto e dormir, boa noite.

Ela veio até a mim e me deu um abraço.

- Boa noite querida.

Vou até meu quarto, pego meu pijama que estava prontamente na cama e vou para debaixo das cobertas, antes de dormir pego meu celular para enviar uma mensagem para Jake, "Me desculpa pelo o que aconteceu, não tinha previsto que isso ia acontecer, qualquer coisa podemos sair novamente. Beijos, boa noite."

✯✯✯

Novamente estou eu aqui no ponto de ônibus esperando o Brandon, mas dessa vez ele que está atrasado, vejo ele do outro quarteirão correndo e um pouco atrás nosso ônibus, vejo que Brandon acelera sua corrida após o ônibus passar por ele, sua cara já estava em desespero, dou sinal para o ônibus.

Estava subindo no ônibus e sinto alguém atrás recuperando seu fôlego.

- O... Obrig... gado por t... ter me espe... rado. - Brandon fala sem falta de ar.

- De nada - mando um beijinho pro ar e ele revira seus olhos.

- Corro atrás de ônibus, mas não corro atrás de ninguém não. - Brandon fala entre risos de uma piada que ele tinha visto na internet e acompanho dando risada também.

Passamos pelo corredor do ônibus até acharmos banco livres, pegar o transporte com crianças que estão nos 220v já está adaptado no meu dia a dia.

✯✯✯

- Ana e Brandon - o professor chama nossa atenção. - Estão liberado para a atividade extracurricular.

A escola adaptou a decoração como uma atividade extracurricular de arte, tudo que fazemos irá valer pontos para todas as matérias e para principal.... Arte.

Hoje os alunos formados vão está aqui na escola para ensaio, ainda me condeno mentalmente de ouvir o Theo, mas o que será que ele irá falar?

Se você não falar, não vai saber...

Reviro os olhos para minha consciência que aparace em momentos inoportuno e cai de paraquedas nos assuntos relacionados ao Theo.

Mentira.

Rio internamente.

- Você tá bem? - Brandon me pergunta tirando das minhas ponderações. - Preciso comentar sobre sua risada que você fez?

- Não... - sei que ele ia zombar de mim.

Fomos ao ginásio onde está sendo feita a decoração do baile, até que está ficando perfeito, somos um grupo de 20 pessoas com funções bem distribuída, a Ju planejou tudo as montagens, Brandon montou a equipe e eu apenas sou a escravizada.

Eles pegaram a liderança por conta de terem se inscrito primeiro sobre participar.

✯✯✯

Estávamos reunidos no refeitório por causa do intervalo, Jake e Lia não se desgrudavam, a inveja as vezes batia, mas sinto feliz pelos dois pombinhos.

Brandon estava agarrado no meu braço conversando com um menino que está a do seu lado.

Huuuuum...

E Ju estava do meu outro lado conversando com os pombinhos que estão agarrado na nossa frente, eu estou aqui pensando na morte da bezerra.

Ouço uma voz familiar...

Jake... Blah...

Ignoro minha consciência, me levanto desfazendo do braço de Brandon e vou até Jake e, dou um beijo no canto de sua boca.

- Poderia ter vindo mais para o lado. - ele me abraça e sei que ele está sorrindo.

Após se afastar depósito a mão em seu ombro e puxo para seu encontro que foi por impulso fazendo que ele se assustasse com minha atitude e encostei nossos lábios, permitindo o acesso de Jake, o beijo era lento e delicado.

- Dei uma escapada no ensaio da forma para te ver... Sobre ontem, não queria que o nosso encontro acabasse daquele jeito.

- Eu também não, por isso eu sinto muito...

Nem me preocupo com meus amigos, que devem está olhando, não posso fazer nada se eles estão SUPER ocupados e perdendo uma COMPANHIA boa.

- Já volto gente, - digo ao pessoal da mesa que eles deram sorrisinho maliciosos.

Jake pegou minha mão entrelaçando nossos dedos e começamos a andar pelo campus.

- Eu queria saber se você... - ele para me fazendo olhar para ele. - Se você quer ir ao baile comigo? - ele diz timidamente.

- É claro... Ninguém ainda tinha me convidado para ir ao baile. - digo o abraçando.

- Nossa, tenho a maior sorte... - Ele me dá um selinho. - Você me faz bem Ana...

Iiiih, cancela Ana... Você já tem outro...

- Você também, Jake. - revelo á ele, realmente a companhia dele está me fazendo bem, não me lembrando de certas pessoas...

Infelizmente não posso ter um outro relacionamento, do estado que me encontro.

Ele encosta em uma árvore e me puxa pela cintura, coloco sua mão em seu pescoço o beijando.

✯✯✯

- Vocês não sabem quem me convidou para ir ao baile... - digo eufórica para Ju e Brandon.

- O Theo?

Ju da uma cotovelada no Brandon e parece matar mentalmente.

- Quem Ana? - Ju volta ao assunto ignorando o Brandon que estava reclamando do ato que sofreu.

- Jake... - digo em um sussurro.

- Aí sim, até agora não fui convidada, até que você não vai ficar pra titia... - ela ri.

Acompanho sua risada, estamos aqui novamente no ginásio, estou pintando uma estrela que será iluminada e espalhará seu brilho pelo lugar todo.

- Vou beber água... - falo pras pessoas que estavam comigo.

Saio do ginásio e vou andando até o bebedouro, encontro os grupos de formandos ensaiando, assim que olho, nossos olhares se encontram. Desvio novamente e mudo de direção.

Estava indo até o bebedouro até que escuto uma voz irritante.

- Até que você é rápida... - Josie vem com seu veneno novamente. - Parece que quer sofrer novamente.

- Eu não quero perder meu tempo falando com coco de anão... - sigo em direção ao bebedouro sem olhar para ela.

- Você é tão infantil, sabia? - ela ironiza.

- Sério? Não te perguntei nada. - tomo minha água sem preocupação.

Assim que eu levanto ela está colada no bebedouro.

- Que susto, cão do satanás. - coloco à mão no meu coração e ela revira os olhos. - Bem acho que tenho que voltar aos meus afazeres.

Quando passo do seu lado ela segura meu braço.

- Tire. Suas. Mãos. De. Mim. - falo pausadamente.

- Ou o que? - ela me desafia e ainda aperta meu braço. - Vai querer ficar roxa que nem eu te deixei.

- Ei vocês duas o que estão fazendo aí? - O inspetor passava pelo lugar.

- Já estamos indo para sala. - a Josie da um sorrisinho para ele e ele retribui e continua andando. - Sabe, só quero que saiba que eu e Theo estamos juntos, cada um fazendo feliz.

- Isso não é da minha conta... Então - Me jogo para seu lado fazendo ela bater suas costas na parede. - Me solta

Do meu braço ela agarra meu cabelo, em um movimento rápido coloco minha perna atrás da dela cruzo meu braço com o dela que estava baixo e abaixo meu corpo fazendo ela passar por cima e derrubar ela no chão.

Subo em cima dela, agarro em seu cabelo faço ela subir com a cabeça e forço sua cabeça contra o chão, com uma mão fechada tento dar um soco , mas ela consegue se esquivar.

Ela me acerta um tapa e sinto meu rosto queimar, seguro suas mãos em cada lado, assim que ela levanta a cabeça dou de encontro com a minha.

Você não pensa que isso me machuca, sua loca...

Isso vai criar um calo... Sinto minha cabeça doer e ela coloca suas mãos na testa, assim tive oportunidade de dar um tapa em seu rosto.

Assim que fechei meu punho e ia dar em seu rosto, sinto alguém me tirar com facilidade de cima dela e outra pessoa ajudando.

Era Theo, ela em desespero, abraça ele, viro era Jake que estava me segurando.

- Ana, você ficou doida? - Theo fala.

- O que foi? Vai defender de novo essa piranha? - falei exaltada. - Você realmente me decepciona, Theo

- Theo, ela que começou, ela me atacou... - Josie se lamenta em seus braços e começar a chorar.

Se me atacar, eu vou atacar.

- Não estou defendendo ela, - Ele larga a Josie vem para meu encontro. - Preciso que me escute.

- Não vai dar... - digo ríspida - Tenho outras coisas para fazer.

- Você prometeu... - ele murmura.

- Mas tem vezes que não dá pra cumprir uma promessa pra quem vacilou comigo... Fica para próxima. - falo friamente.

- Você deveria deixa-la em paz... - Jake se pôs na minha frente encarando o Theo.

- Você tem que cuidar da sua vida, seu fura olho. - Seu tom era com nojo sobre o Jake.

- Não comecem... - chamo atenção dos dois - Se vocês querem perder a formatura melhor não brigar.

Saio ignorando os três, vou em direção ao banheiro para ver se tem algum machucado ao caminho as lágrimas insistem cair.

✯✯✯

- Demorou, onde estava? - Ju cruza seus braços e fecha sua cara.

Não falo nada, apenas passo na sua frente, provavelmente ela viu minha cara inchada de tanto chorar no banheiro.

Ela veio até a mim e me abraça.

- Eu estou aqui... - ela diz ainda abraçada e acabo derramando mais lágrimas, sei que está difícil, mas sofrer por alguém que realmente te machucou dói mais.

✯✯✯

Depois de pintar a estrela que ficou realmente linda, espero que meu rosto tenha saído o inchaço, as pessoas ficaram curiosa o motivo de está chorando.

Apenas falei que não era nada e sim problema familiar, elas se não fizeram mais pergunta, pois respeitava o que estava acontecendo.

Estava profundamente triste, realmente isso foi um adeus, o sentimento de culpa vinha por ter aceitado a maldita aposta.

E justamente ele tinha que aparecer no momento onde eu estava realmente bem, sem ninguém, sem gostar de ninguém, como pude deixar isso acontecer, prometi para mim mesma que não iria sofrer por ninguém, cá estou eu aqui, sofrendo de amor.

Brevemente o sinal soará, então antes do sinal bater, vou até meu armário para pegar meu livro se português, pois preciso estudar, porque antes do baile terá a prova final.

Brandon me acompanha até meu armário, coloco minha senha, assim que eu abro, cai um envelope e estava assinado pelo seu nome, Theo.

Guardo com ressentimentos essa carta na minha mochila e pego o que vim fazer aqui, pegar meu livro de português.

✯✯✯

Descemos do ônibus e continuo andando em direção ao meu prédio que ficava à poucos metrôs.

- Você não vai abrir? - Brandon aponta para minha mochila, sabia que ele estava curioso.

Por que ele insiste sobre assunto do Theo?

- Não - digo direta.

- Não está nem com curiosidade? - ele diz cabisbaixo.

- Também não, sabe não quero falar sobre isso, - coloco uma mecha de cabelo atrás da orelha. - então se você puder respeitar...

GROSSA.

- Até mais Ana - Brandon fala e começa a andar em passos largos.

Não tenho tempo para pessoas que não entende o que estou passando, não falei nada de mais, esse povo se dói por tudo que eu falo.

Entro no prédio e chamo o elevador que prontamente aparece, entro nele com chuvas de pensamentos.

Giro as chaves de casa e fecho-a e vou para meu quarto. Jogo minha mochila na minha cama, retiro meu celular do bolso da calça e me jogo do lado da cama.

Vejo as minhas redes sociais e logo caio no sono, hoje realmente foi muito pesado o dia.

✯✯✯

Acordo assustada e já se passavam mais de 16 horas da tarde, vejo minha mochila do meu lado, abro ela é retiro o envelope que estava dentro.

Me levanto da cama e fico meio que olhando para essa carta é batendo na minha mão.

Você vai abrir, agora.

Não vou abrir, digo para mim mesma.

Abre.

Não.

Abre agora

Eu já disse que não...

Jogo a carta no criado mudo da minha cama e sento bufando, cruzando a pernas, me estico até o mesmo móvel que estava a carta pegando meu celular.

Mando algumas mensagens e olho meu Facebook, nada de bom acontecendo, tudo monótono.

Jogo meu celular de canto e olho para carta, balanço as pernas, não vou mentir esse envelope está me matando de curiosidade.

Apoio novamente na cama e me estico até o objeto e pego, olho novamente, sua assinatura estava abaixo do meu nome. Nego novamente de abrir, mas a curiosidade é tanta que bato o envelope na palma da minha mão.

Isso vai me custar muito caro, pensei comigo mesma... Então decido abrir o envelope.