História Simplesmente Aurora - Capítulo VI

Será que meu irmão vai conseguir manter esse relacionamento, eu realmente não sei, mas sinto que não vai ser algo tão passageiro como os outros.

- Olha aquilo Thomas - cutuco ele, então ele olha para frente e do mesmo jeito que eu se surpreende com o que vê. Ele da um sorriso e olha para mim.

- Acho que agora somos uma grande família - ele falou, eu sorri.

Com o novo casal se aproximando eu dei um grande sorriso.

- Que fofinhos - o Thomas falou, logo os dois se olharam e automaticamente soltaram as mãos e ficaram envergonhados.

- Gente o que é isso agora não adianta mais esconder nós já vimos tudo - ele fala, pega as mãos dos dois as unindo de novo e dando um grande sorriso.

- Para com isso Thomas - seu irmão fala distribuindo tapas na cabeça dele.

- Não precisa se preocupar eu não vou fazer que nem da última vez - diz ele passando a mão aonde o irmão bateu.

- O que ele fez da última vez? - perguntei curiosa.

- Ele tirou fotos e postou tudo na internet - o irmão diz olhando furioso para o outro.

- Você é muito idiota Thomas, porque fez isso? - perguntei.

- Eu queria espalhar o amor no mundo - depois dessa desculpa imbecil dele, ele merecia mais tapas.

- Acho melhor parar de atrapalhar os fofinhos, vamos embora Thomas - peguei ele enrolado meu braço em seu pescoço e o puxei.

Depois de caminhar para longe deles eu soltei ele.

- Qual o seu problema? Por quê fez isso com seu irmão?

- Eu já respondi isso.

Eu olhei para ele com uma expressão de reprovação. Não consigo entender o que ele tem, mas o problema não é meu então nem vou insistir.

- Eu estava com raiva dele, por isso eu fiz aquilo. Depois que eu postei as fotos o menino que estava com ele quis terminar o relacionamento.

- Olha você é uma pessoa muito vingativa, vou pensar duas vezes antes de fazer qualquer coisa para você - Dei um sorriso, agora fiquei até com um pouco de medo dele.

- Não se preocupe, não sou tão ruim assim... Pensando bem acho que sou - ele falou em tom de brincadeira. Dei um tapa de leve em seu ombro.

- Por quê todos amam me dar tapas? - ele falou fazendo um bico.

- Porque você faz para merecer esses tapas.

- Mas eu sou uma pessoa tão amável - ele fez uma expressão fofinha e eu automaticamente apertei suas bochechas.

- Assim você me convence - falei e sorri.

Um pouco mais tarde

Assim que terminei meu banho e me vesti fui a quarto do Jonas.
Ele estava lá deitado na cama encarando o teto com um super sorriso.

- Pensei que vocês já estavam em um motel a está hora - falei rindo sem parar.

- O que acha que eu sou? Um garoto de programa? - ele falou me acertando um travesseiro.

- Ok já entendi, mas eu quero saber de tudo - eu e meu irmão somos muito próximos, ele sempre foi a minha melhor amiga, todas as garotas convencionais tinham mas a minha ou melhor o meu é o melhor.

- Eu sei que as coisas podem estar um pouco apressadas mas eu estou amando isso. Ele me ajudou com aqueles caras que me perseguiam na universidade, eles queriam me bater e ele me salvou, sinto como se eu tivesse voltado no tempo para meus anos de colegial, pode me falar se eu começar a parecer uma adolescente apaixonada - falou ele rindo, eu só quero que ele não se decepcione de novo.

- Não se preocupe, então quem tomou a iniciativa?

Ele me contou tudo o que aconteceu, parecia até uma história de romance fictícia, eu fiquei muito empolgada com tudo que ele falou, mas a minha realidade é outra, além do mais estou triste com tudo que aconteceu mais cedo.

Tenho muitos problemas para resolver comigo mesma, esquecer ela é o principal, acredito que isso vai ser superado pelo menos alguma hora vai ser.

- Aproveite bastante esse tempo em que você ainda não é adulta, depois disso as coisas só tendem a piorar - ele falou.

- Tá, mas o que você recomenda que eu faça?

- Se joga no mundo e deixa ele te levar.

- Se der merda a culpa é sua - falei em tom de brincadeira.

É uma nova manhã, hoje a aula está tediosa igual aos outros dias, o Thomas fazendo suas brincadeiras e falando coisas fúteis, de vez em quando sinto saudades daquele silêncio de quando eu não conhecia ninguém.

- Nossa escola está organizando um passeio para um acampamento, se os alunos forem ganharam nota extra - o professor de matemática estava explicando sobre um passeio que iria acontecer daqui alguns dias, não estou com a mínima vontade de ir, aguentar esse pessoal até nos meus dias de descanso nem fodendo.

- Você vai Aurora? - Thomas me perguntou entusiasmado.

- Nem fodendo, fazer o que lá?

- Vamos por favor, você pode ficar na minha incrível companhia - ele deu um sorriso e fez aquela mesma expressão fofa. Acho que vou seguir o conselho do meu irmão e prestar mais atenção no mundo ao meu redor. Mas não vou falar pro Thomas agora sobre minha decisão, vou deixar ele insistir mais um pouco vai que eu ganho algo com isso.

O dia foi exatamente como eu imaginei, Thomas insistiu repetidas vezes e os professores falando as mesmas coisas de sempre.

- Vamos Aurora, por favor, nunca te pedi nada.

- Nossa como você é insistente, pensei que iria desistir na metade do caminho.

- Significa que você vai?

- O que eu ganho com isso?

- O prazer da minha companhia - ele fez aquela mesma expressão fofa.

- Ha, dessa vez não vai funcionar - falei tampando o rosto dele com minhas mãos - vamos lá Thomas, eu sei que você tem uma proposta muito melhor que essa.

- Eu vou ser seu escravo por 2 horas.

- É sério? 2 horas não da para fazer nada, 2 dias que tal?

- 1 dia e não falamos mais nisso.

- Ok, mas não há regras, você vai ter que fazer sem reclamar.

- Olha, depende se você quiser que eu corra pelado pela escola, por exemplo, nem fodendo eu vou fazer isso.

- Boa ideia, obrigado, acho que vai ser minha primeira ordem.

- Aurora não precisa fazer isso para me ver pelado, basta você pedir.

- Cala a boca idiota - merda eu com certeza estava corada. Dei um tapa em sua cabeça e sai correndo.

- Calma eu ainda sou seu companheiro de viagem lembra.

Voltei para casa na companhia de Thomas, ele teria que ir na minha casa para revisarmos as matérias.
Entramos e por incrível que pareça Jonas estava em casa.

- Hello cunhado, como foi a primeira noite de vocês? - hoje os hormônios do Thomas estão descontrolados. Jonas olhou para ele com um sorriso e mostrando o dedo do meio.

- Não te interessa.

- Vem seu idiota - enrolei meu braço no pescoço do Thomas e o puxei.

- Desculpa Jonas hoje ele está incontrolável.

O puxei para o meu quarto e fechei a porta.

- É melhor não fechar a porta porque hoje estou incontrolável, sério - ele falou rindo descontroladamente.

- Nossa, hoje você está com sérios problemas para controlar seus hormônios, pensei que você já tinha passado dos seus 13 anos, mas vejo que sua mentalidade está igual a um garoto dessa idade.

- Você feriu meus sentimentos, só te perdoou se me der um beijo.

- Vai se foder - dei um tapa na cabeça dele.

- É sempre assim, idiota, tapa na cabeça e de vez em quando um vai se foder - ele falou rindo e olhando com cara de idiota para mim.

- Acho melhor mudar de assunto antes que eu tente te espancar.

- Ok amorzinho - ele me mandou um beijo e eu ignorei.

- Hoje você tirou o dia para atormentar os outros.

Depois de horas revisando as matérias, tive que aguentar suas piadas nada inocentes e suas caretas pervertidas, mas admito que foi bem divertido bater nele por causa de algumas de suas brincadeiras.

Quando terminamos o levei até a porta de entrada da minha casa.

- Quando você for arrumar suas malas não esqueça de colocar roupas bem sexy - ele me olhou com cara pervertido, eu sorri e mostrei o dedo do meio para ele.