História Amor Sófrego - Capítulo VII

Falsa Paz

~N/A

Era uma manhã se sábado. O sol raiava e iluminava os rostos dos adormecidos gêmeos Okumuras. Os rostos marcados por sorrisos e mentes marcadas por lembranças da noite passada. Ambos estavam todos marcados, indícios da noite amor. É uma grande pena que essa felicidade seja apenas passageira, como uma chuva Torrencial. Surge sem que perceba e da mesma forma se esvai.

Rin foi o primeiro a acordar e notar onde estava. Estava nos braços de Yukio, deitado em seu peito, sentindo a respiração dele quente em seu rosto.

“Paz” - Rin pensou. - “Não quero que essa paz termine nunca…”

O menor resolveu ficar, sem se mexer muito, apenas acariciando o rosto de seu amado e brincando com o seu cabelo. Assim o fez até que maior demonstrou indícios de que iria acordar. Assim que abriu os olhos, sentiu com mais perfeição o toque do irmão e institivamente roçou contra a mão que lhe oferecia o carinho. Estava tudo perfeito.

-Rin… - Yukio disse baixinho, quase como um sussurro.

-Bom dia… - Rin respondeu com um sorriso que Yukio pensou que radiasse mais do que o sol.

-Bom dia! - Yurio respondeu dando um selinhi demorado em Rin. - Está tudo bem?

-Está tudo perfeito! - Responde o menor puxando o irmão para um beijo. Um beijo caloroso e cheio de carinho, sem malícia ou luxúria, apenas amor. - Gostaria de ficar aqui, assim, para sempre!

- Eu também! - Disse puxando o menor para outro beijo antes de continuar. - Algum dia vamos ter uma casa só nossa, no nosso canto com a nossa paz…

-Sim! Teremos… - Rin disse se deitado novamente no peitoral de Yukio.

E ali ficaram a amanhã inteira, em paz… Em silêncio. Apenas sentindo todo calor e ternura que ambos podiam oferecer.

Por volta de 12h20min, eles resolveram que já era hora de acordar. Yukio saiu da cama e foi tomar um banho, Rin lhe avisou que iria depois dele,também se banhar, e por enquanto ficaria na cama. Não contou ao irmão, mas ao sentar-se na cama seu corpo fraquejou e sua intimide junto com todo corpo abaixo do torax doeu. Não queria admitir ao irmão mais velho que estava sentindo-se assim. Seria verhonhoso, em sua percepção.

Quando Yukio terminou o banho, saiu do banheiro com a toalha envolvendo sua cintura. Rin apenas ficiu ali, observando e gravando a linda paisagem que era o irmão daquela forma com os raios de sol que adentravam o comodo pela janela iluminando o esbelto corpo do mesmo. Quando Yukio notou a ação do irmão olhou para o mesmo e lhe lançou um sorriso e o menor de imediato ficou todo vermelho.

-Pode ir tomar banho. - Yukio disse calmamente.

- Ok… - Disse colocando as pernas para fora da cama, mas não ousava levantar-se, nem ao menos tentar.

Apenas uma risada se ouviu no comodo. Era a risada de Yukio ao notar o irmão não conseguia levantar por consequência da noite passada. Então o maior se aproximou do irmão, se abaixou e pegou-o o no colo.

-Ah! O que está fazendo? - Rin grita e se já estava corado, agora adquiria uma cor quase roxa, de tanta vergonha.

-Te ajudando! - Fala e beija a testa do irmão enquanto o leva para o banheiro.

Por mais envergonhado que Rin podia estar, permitiu que Yukio o ajudasse a se despir e entrar na banheira.

-Obrigado… - Disse não conseguindo encarar o irmão mais velho.

-Relaxa… Foi… Fofo... - Fala com um sorriso deixando o irmão ainda mais constrangido. - Vou fazer chá para nós!

Após dizer isto, Yukio se retira do banheiro deixando Rin sozinho… Imerso em seus pensamentos.

“Meu Deus, que vergonha! Queria ser um avestruz para enfiar a cabeça na terra! Foi ótimo e ao mesmo tempo constrangedor!”

“Eu estou parecendo UMA adolescente de 16 anos, apesar de eu ser UM adolescente de 16 anos…”

“Ainda não acredito no que fizemos, foi maravilhoso… Não consigo me imaginar sem Yukio…”

Rin juntou as mãos e fez uma prece: “Deus, por mais sejamos quem somos, descendentes de quem somos, por favor, me permita ser feliz ao lado do Yukio!”

Depois de mais um tempo curtindo o banho delicioso que Yukio havia preparado para ele , Rin decidiu que já era hora de descer.

Saiu do banho, vestiu-se, colocando uma cueca box e uma camisa larga de Yukio, fez sua higiene pessoal matinal e desceu para a cozinha. Chegando lá encontrou Yukio sentado na bancada, vestindo uma calça social preta e uma regata branca, com uma xícara de chá nas mãos e uma ao seu lado, para Rin sentar-se na bancada com ele e o menor assim o fez.

-Demorou… - Yukio comentou tomango um pouco do chá.

-Desculpe… - Pediu um pouco cabisbaixo.

-É brincadeira… Pode demorar o quanto quizer que eu vou te esperar! - Disse beijando o mais novo que,por mais que já houvesse retornado a cor normal não conseguiu evitar de ficar um pouco corado.

-Eu te amo, One-chan! - Rin declarou com um lindo sorriso bebendo todo o chá.

-Eu também te amo, One-Chan… - Declarou, Yukio, beijando Rin,mas dessa vez um beijo quente e selvagem, cheio de amor e malícia.

O clima quente foi quebrado por batidas na porta. Batidas incessantes, quase desesperadas. Ambos se olharem e se lembrar das marcas aparente que carregavam.

-SÓ UM MINUTO! - Yukio gritou para a porta enquanto ambos subiam a escada as pressas para se trocarem.

Yukio colocou o casaco de exorcista e Rin colocou uma calça jeans e uma moletom.

-ABRA ESSA PORTA!

-Angel!? - Yukio se assustou. A violência em que o mesmo batia na porta indiciava a sua íra.

Yukio se apressou a abrir a porta enquanto Rin descia as escadas. O Papa entrou furioso, com um celular nas mãos. Com a mão livre sacou a espada e apontou para Yukio, que ficou imóvel e sinalizou para Rin não tomar nenhuma atitude.

- QUE MERDA VOCÊS TEM NA CABEÇA? - Angel perguntou totalmente exaltado.

- Do que você está falando? - Yukio pergunta temendo já saber a resposta.

Arthur abaixa a espada, fincando-a no chão e lançando o celular para Yukio.

-DISSO! - Grita.

Rin se aproxima de Yukio e ambos vêm três fotos, provas do acontecimento da noite passada.

-Onde você conseguiu isso? - Rin pergunta a Arthur sem conseguir tirar os olhos do aparelho assim como Yukio.

-Eu mandei as fotos para ele. - Diz Mephisto entrando na cômodo.

-Maldito! - Yukio blasfema se aproximando irado de Mephisto.

E esse foi seu maior erro. No instante em que se aproximou do demônio mais velho, Angel se aproximou de Rin e cercou seu pescoço com sua espada.

-Yukio… - Rin clama pelo irmão.

- Então parece que é verdade… O VATICANO DEU UMA CHANCE A VOCÊS, SEUS BASTARDOS! É ASSIM QUE VOCÊS ESPERAM QUE CONFIAMOS EM VOCÊS!? Acho que devo acabar logo com essa palhaçada! - Angel diz com um sorriso no rosto, pensando em como finalmente poderia matar esses dois problemas.

- Angel, por favor… - Yukio é interrompido por Mephisto.

- Nós dois sabemos que isso não é necessário, Angel. - Mephisto diz calmamente. - Mesmo depois deste desterro eles ainda são nossas melhores chances contra Satã.

Shura chega no local, passando por todos os outros exorcista que esperavam por seu lider do lado de fora da sala, entrando no cômodo e presenciando a guerra que ocorria lá dentro daquele alojamento.

- E VOCÊ ESPERA QUE EU SIMPLESMENTE PERDOE ESSE INCESTO, MEPHISTO!? - O papa pergunta ao demônio.

- Não. Realmente não espero que os perdoe. Apenas espero que seja sensato o suficiente para não matá-los. - Mephisto explique.

- E O QUE SUGERE QUE EU FAÇA?

- Apenas deixe as coisas como antes. Filhos de Satã sendo treinados pelo Vaticano. - Maphisto responde.

- E COMO POSSO CONFIAR QUE NÃO IRAM REPETIR A AÇÃO DA NOITE PASSADA!? COMO POSSO CONFIAR NESSES SERES, FILHOS DE SATÃ!? - O papa questiona, irado.

- Senhor, eu posso lhe garant… - Yukio tenta amenizar a situação, mas é impedido novamente por Mephisto.

- Certo! Bom… Se eles não estiverem juntos não podem fazer aquilo novamente… - Mephisto declara com um perverso sorriso no rosto.

- Certo! - Arthur responde, tentando se acalmar. - Yukio Okumura!

- Sim?

- Você ficará aqui, será suspenso como professor. Dedicará todo seu tempo no treinamento que será dado por mim, no mesmo local. Rin Okumura!

- Sim?

- Você será mantido na sede do Vaticano sobre máxima supervisão e será treinado lá por Shura.

- O que? Mas por quê? - Menor pergunta desolado. - NÃO FIZEMOS NADA DE ERRADO!

- Rin, por favor, ent… - Yukio tenta chamar o irmão a razão, porém o mesmo o interrompe.

- NÃO, YUKIO. EU NÃO TENHO QUE ENTENDER NADA! SÃO ELES QUE TEM QUE ENTENDER QUE NÃO HÁ NADA ERRADO NO QUE FIZEMOS! - O menor grita frustrado com a ordem do papa. Ele não queria se afastar do irmão.

Angel se aproxima e dá um tapa no rosto de rin e diz:

- Não há nada correto no que fizeram e a não ser que queira morrer é melhor me obedecer! - Arthur diz ríspido segurando a gola da camisa de Rin.

- EU NÃO VOU ME AFASTAR DO YUKIO! - Rin grita para Yukio.

Shima nota que Angel está preste perder a cabeça então apaga Rin conjurando uma oração que já usava durante o treinamento(Usado na Kyoto Saga).

-RIN! - Yukio grita enquanto corre em direção ao irmão para segurá-lo e assim o faz.

- Me dê o Rin, quatro olhos. - Shura pede se aproximando do mesmo.

- FIQUE LONGE DELE! - Yukio grita deixando suas chamas possuírem-no.

- Se controle Yukio! Calma! - Shima pede notando que Angel sacava sua espada.

Vendo que o mesmo não se acalmaria, Shura usou do mesmo truque com Yukio, fazendo assim o maior também desmaiar.

- Calma aí, Careca! - Shura fala para o Papa.

- Homens! Levem o de cabelos azuis conosco para o Vaticano e coloquem o outro no quarto. - Arthur ordena já saindo do quarto. - Shura! Acompanhe Rin, leve-o para algum quarto e permaneça lá com ele e caso ele acorde quero que apague-o novamente. Mephisto! Precisamos conversar.

- Vamos a sala. - Mephisto chama o papa e ambos caminham em direção ao prédio onde se localiza a sala do professor.

Shura garante que os exorcistas levaram Yukio bem para seu quarto e segue com Rin para o Vaticano. Chegando lá, ela o os exorcista levam Rin para um quarto e deitam o mesmo em uma cama. Shura senta-se na poltrona que havia ali na espera de que o menor acordasse.

"Droga Yukio! Achei que tinha entendido o meu aviso..." - Shima pensou.

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Na sala de Mephisto, o mesmo e o Papa discutiam sobre o que fazer em relação a descoberta sobre o sentimento dos irmãos.

- Se isso continuar, ambos podem se tornar Reis do Gehenna! - Exclama, Angel.

- Não acredito que pretendem ir para Gehenna, ambos só querem vingança pela morte de Shiro. - Argumenta, Mephisto.

- Acredita mesmo que querem matar Satã apenas por isso, Mephisto? - Angel indaga curioso.

- Sim. Apesar de serem quem são, ambos são boas pessoas. - Mephisto responde para o Papa incrédulo.

-BOAS PESSOAS! SÉRIO MEPHISTO!? - Arthur pergunta incrédulo.

-Por mais que você não acredite, colega exorcista, ambos têm a ambição de proteger quem a eles são importantes. Satã é apenas uma ameaça suprema. Eles sempre vão lutar contra demônios por mais que eles também sejam dessa espécie. - Mephisto explica.

- Certo. Vou fingir que acredito no que está a me dizer e fazer como sugeriu. - O papa decidi comentar ao demônio a sua frente.

- E o que eu sugeri? - Mephisto pergunta com uma falsa inocência e um cínico sorriso no rosto.

- Vou prosseguir o treinamento, mas provavelmente eles não ficaram mais juntos. Se depender de mim, NUNCA MAIS! - EXplica, o Papa.

- É uma pena que não dependa só de você. - Mephisto provoca o homem a sua frente.

- Veremos. - O papa diz se retirando da sala. 

- Com certeza você veremos... - Mephisto comente já sozinho em sua sala.

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-Veremos bem mais breve do que pensa, humano… - Uma voz ecoa na mente de Angel, era a voz do lorde de Gehenna.

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Infelizmente a Paz dos irmãos Okumura não passava de uma falsa Paz... Uma chuva torrencial.