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História Simplesmente Um Anjo - Second Season. - It's Your Birthday.


Escrita por: LitaCastagnoli

Notas do Autor


OLÁ!!
N
O
T
A
S
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F
I
N
A
I
S
Boa leitura!!

Capítulo 15 - It's Your Birthday.


Fanfic / Fanfiction Simplesmente Um Anjo - Second Season. - It's Your Birthday.

*Point Of View: Thalita Mártir.*

Os dias pareceram passar num segundo, e em nenhum deles Paulo havia ligado para mim, Talles estava me tratando como se eu fosse uma princesa. Eu caminhei por seu quarto e abri a janela, que tinha uma vista incrível para a rua, me debrucei na mesma, encarando as pessoas que passavam apressadas pela rua, era meio-dia de uma bela sexta-feira, mas muitas pessoas pareciam entretidas com seus smartphones para perceber a linda paisagem que tinham a sua volta.

— O que tanto olha, minha joia? — Talles se sentou na beirada da janela e acariciou meu braço.

— Futilidades de uma sexta. — Sorri amarelo.

— Fiquei pensando se você não sabe que dia é hoje… Mas você me parece completamente alheia a datas.

— Recorde-me. — Me sentei na cama, encarando-o.

Ele se levantou e estendeu as mãos para mim, as peguei, olhando em seus olhos, ele me envolveu num abraço, e seu cheiro familiar me deixou tonta.

Seu aniversário, minha joia…

Franzi o cenho me perguntando se ele estava brincando ou não. Me afastei e encarei, novamente, seus olhos. Eles pareciam dizer a verdade. Então era hoje. Ele não estava brincando. E Paulo não havia ligado para mim, nem mandado um SMS, ou algum sinal de fumaça, mas se eu não havia lembrado, como poderia cobrar dele algo assim?

— Parabéns, meu pequeno e majestoso Anjo. Que seus dias sejam sempre lindos como essas suas belas asas. E obrigado por todos os momentos inesquecíveis. — Ele sorriu. — Não sou muito bom com as palavras, você sempre foi a melhor de nós dois nisso.

— Obrigada, meu anjo. — Sussurrei.

Eu completava 119 anos, havia sido um ano difícil para mim, mas com certeza fora o melhor ano. Tentei desviar do olhar pesado de Talles, mas ele me seguia. Encarei a janela, esperando que alguma carta aparecesse por mágica ali, mas não havia nada.

— Você está muito presa nesse quarto, você não acha? — Ele seguiu meu olhar até a janela, e continuou: — Vamos sair mais tarde quando eu terminar as tarefas do Instituto. Hoje receberemos algumas visitas de alguns inquisidores, sabe como é… Para perguntar aquelas coisas idiotas, como: “Quantas mortes vocês tiveram parcela da culpa esse ano?”. Não sei como você aguenta certas tarefas de ser a diretora daqui… — Ele olhou em volta. — Parece que esse lugar é uma prisão.

— Não acho isso. — Murmurei com raiva.

Como ele podia insultar minha casa dessa maneira? O lugar que me acolheu quando eu era apenas uma garota deserdada de uma família preconceituosa, fui até o banheiro, fechando a porta atrás de mim, me apoiando nela e deslizando até o chão, uma pequena lágrima escorreu de meus olhos, eu precisava de Paulo.

Através do oceano, através do mar

Começando a esquecer o jeito que você me olha agora

Sobre as montanhas, através do céu

Preciso ver o seu rosto, eu preciso olhar em seus olhos

— Minha joia, esteja pronta às 19h, iremos sair.

Tendo dito isso ouvi seus passos em direção a porta e a mesma foi fechada com certa rapidez.


***

Escolhi um vestido branco com detalhes negros, eu havia checado o celular centenas de vezes esperando um parabéns curto, ou algo que dissesse que ele se lembrou do meu dia. Eram 18h45 quando coloquei um salto preto e me encarei no espelho, eu parecia incompleta de alguma maneira, como se minha roupa não fosse perfeita para a ocasião, como se a mensagem que não havia chegado tivesse tirado de mim o brilho que emanava dos meus olhos.

Ele poderia muito bem estar ocupado cuidando da segurança de Gio, mas ele podia pelo menos me mandar um “bom dia”. Comecei a me preocupar com ele quando ao decorrer do dia ele não deu nenhum sinal de vida.

Sozinho no meu quarto

Esperando para sua ligação vir em breve

Por você eu andaria por mil milhas

Para estar em seus braços

Segurando meu coração

Oh eu, oh eu... Eu te amo

E tudo vai ficar bem

Bloqueei esses pensamentos no momento em que Talles entrou no quarto, sorri para ele, que vestia uma calça jeans e uma camiseta branca.

— Para me parecer um pouco com a companhia que você deveria ter. — Ele justificou passando a mão pela roupa.

Ri fraco, indo em sua direção. Ele sorriu e estendeu o braço, entrelaçando o meu com o dele.

Seguimos assim por alguns quarteirões até chegarmos a um cemitério.

Surpresa! — Ele disse.

Mas que bela surpresa, passaríamos o meu  aniversário ali, naquele maldito lugar, que havia acabado com as minhas esperanças de viver em paz com o amor da minha vida. Sorri tentando encobrir o meu desprezo pelo lugar. Paulo saberia que eu preferia passar a noite do meu aniversário numa balada agitada do que para esse lugar um tanto vazio.

— Você não parece animada. — Ele alisou meu braço.

— Estou um pouco indisposta. —  Tentei não soar com raiva.

— Mas aqui é um bom lugar para ficarmos a sós. — Ele disse enquanto segurava meu rosto, obrigando-me a manter os olhos nos seus.

Quem disse que eu quero ficar sozinha com você, Talles? Fiz essa pergunta em minha mente mas para respondê-lo sorri amarelo, mantendo meu desprezo no lugar.

— Vamos entrar, minha joia. — Ele tirou uma fina adaga do bolso, passando-a pela palma de sua mão, onde um risco fino do seu sangue negro apareceu, ele colocou a mão no cadeado que se abriu instantaneamente. — Não me canso de fazer isso.

O que poderia ter sido uma piada soou para mim como uma observação ácida de alguém que não tinha muita coisa para fazer do que se machucar para abrir um local de emergência, eu odiava essa maneira dele de achar que podia fazer tudo que iria me impressionar, ele não me impressionava com nada.

Embora ele fosse meu irmão a única coisa que tínhamos em comum eram nossos sobrenomes, o que me deixava mais admirada era que não tínhamos os mesmos gostos, mesmas maneiras. Éramos como gelo e fogo, luz e trevas, e ele não parecia se importar com isso, ele deveria saber que não podíamos viver juntos ou se relacionar, mas tentava insistir nisso como se cedo ou tarde fôssemos se aceitar e formar uma família de verdade.

Observei meu irmão entrar no cemitério, e tentei não fazer barulho enquanto me afastava. Quando estava distante o bastante me virei e corri, os meus saltos batendo ruidosamente no asfalto, ouvi alguém correr atrás de mim, mas quando me virei nada vi, quando olhei para frente novamente dei de cara com um peitoral nu, com algumas tatuagens, mordi o lábio ao encaixar a imagem que tive com minhas lembranças.

— Parabéns, meu anjo. — Ele sorriu e eu também. — Desculpe-me não ter dito isso antes, queria te deixar irritada para fugir dele.

O abracei, fazendo as duas semanas passarem num borrão rápido, ele era meu melhor refúgio, e ele sabia disso. Não importava as poucas palavras que ele havia dito se elas fossem verdadeiras. E ele parecia fazer seu corpo me desejar parabéns, o que era mais importante do que aquelas palavras.

— Thalita, por que você fugiu de mim? — A voz de Talles reverberou atrás de mim.

— Porque não quero passar o dia mais importante do meu ano junto com a morte, já basta os outros dias. — Virei-me encarando seus olhos.

— Você deveria ter vergonha de dizer isso, sua traidora! — Sua voz gotejava ódio. — Você acha que eu não sei que você está querendo trair nossa raça para ficar junto do seu amante? Você acha que ninguém sabe disso?

— Eu sou uma boa mentirosa. — Murmurei para ninguém além de mim. — Você não precisa me mostrar nada, já sei de tudo que você vai me acusar.

Você se acha superior demais, e não é, minha joia, você é uma pessoa inútil. E Paulo, proteja seu anjo antes que eu faça dele minha joia.

Ri com a sua frase, falando como se eu fosse um nada, naquele momento entendi o porque do meu apelido, era um objeto, algo que poderia ser trocado com muita facilidade, algo que poderia ser trocado com dinheiro humano, provavelmente alguém que tinha um valor, não um conteúdo.

Meu anjo, era como alguém mais importante. Alguém que não têm como ser trocada por uma quantia específica.

— Você não precisa me tratar como se eu não fosse ninguém, Talles, eu sei muito bem me proteger sem o Paulo, e você deve se lembrar disso todo dia antes do café. Se não fosse Diego, você estaria morto. — Cuspi a verdade na sua cara, e ele pareceu irritado com isso.

— Cale a sua maldita boca! — Ele vociferou para mim, vindo em minha direção com sua adaga em punho. — Quero ver ganhar de mim agora, minha joia.

Quando pisquei sua adaga já voava em minha direção, fazendo uma perfeita linha para atingir meu braço. Pulei, enquanto praguejava, imaginando que ele tentaria me ferir a todo custo. Minhas asas apareceram imediatamente, me auxiliando a fugir daquela mira.

Vi Paulo correr em direção a adaga, mas fechei os olhos, tentando não ver o exato momento em que ela o atingiria. Só os abri quando ouvi a gargalhada de Talles e sua voz com um tom divertido:

Porra, maninha! Você não poderia deixar seu amante de fora? Estávamos nos divertindo!

Olhei para Paulo, que sorria enquanto girava a adaga nas mãos, ele não olhou para mim enquanto dizia as regras da luta:

— Thalita, quero você de fora. Nada de joguinhos sujos, truques mentais. Se eu ganhar quero que você deixe ela em paz. Se você ganhar… Bom, isso não vai acontecer.

Você quer que ela faça também um contrato? Não acha que está pouco formal? — Talles caçoou.

— Não acho que será preciso. — Paulo sorriu, enquanto atirava a faca para Talles, tirando do cinto um soco inglês com pontas. — Não somos crianças e sabemos as consequências de uma luta suja.

Eu arregalei os olhos enquanto pousava lentamente no chão, Talles não iria jogar limpo, ele usaria seus truques mentais, e Paulo arrancaria as asas de meu irmão, por puro capricho. Eu não podia deixar isso acontecer. Me aproximei de Paulo, segurando seu braço com robustez:

— Por favor! Não faça isso… — Implorei.

— Thalita. Fique longe. — Ele disse com os dentes cerrados.

— É, maninha, o que mais pode acontecer? — Talles riu. — Prometo não machucar ele demais.

Aquilo foi a gota que faltava para Paulo me empurrar e eu ir de encontro ao chão, sem minhas asas para me proteger, arranhei meus antebraços com a queda, mas quem ligava? Eu só conseguia pensar no quanto Talles estava sem saída. Paulo não era o tipo de homem que deixava de lado uma vingança e meu irmão era o tipo que sabia atiçar e não sabia lutar, sempre precisando ser salvo por alguém.

 

Eu estava brincando de boneca em frente a pequena casa dos meus pais quando vi uma multidão se formar na praça do chafariz, tentei não ligar, aquilo era comum, lutas entre anjos eram muito comuns, voltei a minha atenção as bonecas que eu tinha certeza que eram bem mais interessantes do que aqueles garotos metidos a valentões e de sua plateia idiota. Eu não devia ter mais do que doze anos, meu irmão não aparecia no céu já fazia um grande tempo e eu tinha quase certeza que não seria hoje que ele voltaria.

Minhas habilidades cada dia ficavam melhores e descobri que eu tinha uma facilidade muito grande em manipular os anjos a minha volta e que eu tinha uma habilidade maior ainda em lutas, eu era mais resistente do que os demais e meus pais logo que perceberam isso já imaginaram que eu seria um Anjo do Palácio, “talvez o melhor anjo de lá”.

Mas acho que eles estavam errados, pois a maioria dos Anjos pertencentes ao Palácio recebiam um treinamento especial com 10 anos na Terra, junto com Anjos da Morte e os próprios Anjos do Palácio. Tudo bem que o meu destino poderia estar embaralhado ainda, mas eu duvidava muito que eu pudesse ser a “diferentona” que seria dispensada do treinamento por ser boa demais.

Parei de divagar quando ouvi o nome do meu irmão:

— Talles, vai amarelar? — Não reconheci a voz, mas percebi que vinha da roda próxima ao chafariz.

Talles não era um nome muito incomum, mas eu não podia arriscar, se ele se envolvesse em briga com alguém do Céu ele poderia ser banido de lá facilmente, perdendo o direito de me visitar. Eu joguei a boneca no chão e corri até o chafariz aos tropeços. Quando cheguei mais perto percebi que era impossível passar pela multidão que havia crescido.

— Licença, por favor? — Pedi a uma garota que estava na minha frente.

A qual fingiu não ouvir, então abri espaço as cotoveladas, empurrando a garota-surda. Meu irmão magro e desastrado entrou no meu campo de visão, e eu o xinguei bastante por ter entrado em confusão com tanta facilidade. Ele estava suspenso pela camiseta, segurado por um grandalhão que eu nunca tinha visto antes. Meu irmão vestia preto, e eu entendi o motivo da briga naquele momento, ele não podia entrar no Céu daquela maneira, era desrespeito ao Criador.

— Você vai aprender a não entrar mais aqui com vestes dessa cor ridícula! — O homem disse, chacoalhando-o.

— Você deveria soltá-lo e dar a ele uma chance de se defender. — Eu disse colocando as mãos na cintura, encarando o homem que segurava meu irmão pelo colarinho.

— Veio salvar o otário do Talles, querida? — Ele disse com uma voz estranha, imitando uma garota. — Vá brincar com suas bonecas e vê se me deixa  dar uma lição nesse otário!

Ele não é otário, é o meu irmão. — Disse enquanto chutava sua canela. — E otário é uma palavra muito feia.

Ele soltou meu irmão no momento em que fez uma careta de dor, eu havia feito algo errado, pois agora o homem vinha em minha direção com o braço erguido e a mão em punho, desviei de seu soco rapidamente, entrando em sua mente e manipulando-a, para mantê-lo afastado de mim, ele deu seu golpe no ar.

— Corra, Talles. — Eu gritei para meu irmão, que estava paralisado olhando para mim, como se eu fosse a salvadora da pátria.

Ele me obedeceu segundos depois, quando o homem havia me expulsado de sua mente e veio em minha direção, eu levantei as mãos para me defender, enquanto dava passos para trás, foi então que tropecei e acabei caindo com o ombro direto no chão, repleto de pedriscos, senti meu ombro ser rasgado, e senti o cheiro inebriante de sangue.

O homem, ao ver minha situação riu.

— Que essa cicatriz te faça lembrar de não mexer com ninguém mais forte que você.

Ele e sua plateia riram, logo a multidão se dispersou, deixando-me sozinha no chão, me levantei, olhando a marca rosada que estava em meu braço, a cicatrização quase completa do ferimento, o lado bom de ser um anjo.

Olhei para casa, na esperança de ver Talles vindo na minha direção, mas a única coisa que vi foi a cortina se fechando.

 

Quando voltei a realidade vi que perdi a luta entre Paulo e Talles quase toda, os vi trocar de lugar algumas vezes, até que Paulo o empurrou no chão, a adaga da família Mártir no pescoço de Talles.

— Chega, vocês não precisam provar nada a ninguém! — Eu disse vendo que as asas do meu irmão seriam arrancadas.

Paulo, apesar de estar de costas para mim, revirou os olhos, eu sabia que ele não aceitaria minha ideia, mas eu precisava dizê-la.

— Eu sei que é algo masculino demais para eu entender, mas você já ganhou, Paulo. E Talles, você não precisa provar a si mesmo que ainda pode ganhar isso e acabar desacordado. Por favor, parem.

— Ela está certa, Paulo. Deixe-me ir, eu não irei perseguí-la. — Eu senti o nervoso na voz de Talles.

Paulo o soltou, subitamente, e deixou suas belas asas se expandirem, ele voou rapidamente para o céu, e eu fiz o mesmo, deixei minhas asas se libertarem, e dei uma olhada em Talles, que estava me encarando com um sorriso triste.

— Nos veremos ainda, Thalita. — Ele acenou. — Apesar de tudo, eu ainda a amo, e você ainda é minha irmã!

A ameaça oculta na voz dele me deu um certo medo, então fiz questão de não olhá-lo mais, apenas encarei o céu e deixei meu corpo tocar as nuvens, o frio me envolveu, logo o calor voltou e eu senti Paulo atrás de mim.

— Achei que você ia ajudá-lo a se levantar antes de me seguir. — O tom de ciúme na sua voz era evidente.

— Se fosse alguém da sua família no lugar dele você me entenderia. — Sussurrei me virando, e encarando seus olhos azuis.

— Ele ia mesmo te levar ao cemitério como surpresa de aniversário? — Paulo não segurou o riso. — Isso que é se garantir. Para evitar olhares alheios sobre você ele tem que te levar num lugar onde ele pode controlar isso ou não precisa se preocupar com isso…

— Paulo, chega. — Avisei.

— ...Já que todos estão mortos.

Respirei fundo antes de calar sua boca com um beijo demorado. O ciúme pareceu sumir, até ele se afastar e falar:

— Me diz que você não o beijou, e eu não estou com a saliva dele na minha boca. — Ele arregalou os olhos.

— Ah, desculpa não avisar, mas eu fiz um oral nele a alguns minutos, provavelmente isso que está na sua boca não é saliva. — Eu disse com ironia, ele me olhou espantado e eu revirei os olhos, voando para longe dele.

— Thalita, desculpa… — Ele me alcançou, rindo. — Eu não posso conter o ciúme, você é minha, não posso ver você cuidando de outra pessoa senão eu.

Apesar de não gostar da possessão de Paulo sorri, um sorriso sincero em dias, ele pareceu se animar com isso, e ele sabia que eu já havia desistido: não iria fugir dele.

— Vamos para a casa de Gio, ela quer te ver, te desejar parabéns. — Mordi o lábio, sentindo falta de Gio. — Vamos te dar uma festa de aniversário de verdade. Melhor que qualquer festa que alguém possa dar.

Ri de seu entusiasmo e da maneira como ele se referiu a Talles, todas falas dele eram alfinetadas ao meu irmão.

Segurei em sua mão e o deixei me levar para a casa de Caique e Gio, eu não via a hora de ver aqueles dois.

***

— Parabéns, sogrinha! — Caique gritou assim que eu passei pela porta, seguido de Gio, que o empurrou.

Surpresa!! — Ela disse com um bolo nas mãos, as velas sobre ele continham apenas os dois últimos dígitos da minha idade.

Vi Paulo corar, ele havia me contado da festa e eu tentei fingir ficar surpresa, Gio fechou a cara quando minha farsa não a convenceu.

— Eu falei para você falar surpresa, Caique! — Gio disse furiosa.

— Fui eu, Gio, que contei para ela. — Paulo disse com um sorriso bobo.

Gio soltou um grito de raiva, jogando a cabeça para trás e me encarou sorrindo:

— Parabéns, mãe! Que a senhora continue sempre com esse sorriso que incentiva qualquer um a viver. — Ela colocou o bolo na mesa de centro e me abraçou. — Amo-te, demais.

— Também a amo, minha filha. — A apertei em meus braços, sabendo que cada demonstração de carinho era única.

Ela começou a cantar um parabéns mundano para mim e logo todos se uniram a ela, eu sorri quando ela ergueu o bolo em minha direção com as velas acesas:

— Assopra, mãe! — A obedeci, e ela soltou um gritinho animado.

— Mãe, quero te confessar uma coisa! — Ela colocou, novamente, o bolo na mesa.

Eu a encarei, com um ponto de interrogação nos olhos, o que estava acontecendo?

— Eles não querem me deixar ir trabalhar, nem sair para comprar alguma coisa. — Ela cruzou os braços e fechou a cara. — Sei que você vai me ajudar, porque eles não quiseram me ouvir, apenas disseram que era para o meu bem.

Encarei Paulo, que deslocou o peso do corpo para outra perna e passou a mão pelo cabelo desgrenhado. Depois olhei para Caique, que estava sentado no sofá, seu rosto não deixava transparecer nenhuma emoção. Por fim, olhei novamente para Gio, que me encarava aflita.

— Sente-se, Gio… Precisamos conversar.

 


Notas Finais


BOMMM!
Pra começar, espero que o Natal de vocês tenha sido maravilhoso, porquê o meu foi bem engraçado (caí no meio da rua graças a um amigo e fiquei toda machucada) e amoroso ( graças a esse mesmo amigo!!!).
Queria compensar vocês com um capítulo grande e me superei!! Gostei bastante do capítulo e espero que vocês também tenham gostado!
Queria comentar também que estou empenhada em outro projeto! Uma nova história, eu ainda não publiquei ela, mas já comecei a fazê-la.
A data de postagem do próximo capítulo ainda não está definida, por causa da loucura que está minha casa, dificilmente pego o computador para escrever, e quando consigo deixar a casa arrumada e tudo em ordem e não há ninguém para me perturbar, faltam-me ideias do que escrever, acho que é um castigo (MUITOS RISOS PARA DISFARÇAR MINHA DESGRAÇA). Prometo publicar antes do ano letivo começar.
BOM ANO NOVO! Que quando o relógio soar 00h00 vocês se recordem de todas as pessoas que fizeram vocês bem e que não falte paz na vida de vocês! Obrigada por me aguentarem, sei que sou uma pessoa má, e que em 2017 seja O ano para todos nós!
Obrigada por mais um ano!
Só Deus sabe o quanto eu fico feliz por ter vocês aqui!
Um grande beijo!
Bom ano novo, de novo!
L.


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