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História Simplesmente Um Anjo - Second Season. - Vítima 1 - Geovanna Castagnoli.


Escrita por: LitaCastagnoli

Notas do Autor


Olá, garotas, resolvi postar um capítulo hoje pois entrarei em semana de provas...
Não terei tempo de postar com 10 favs...
Então, lá vai.
Boa leitura!

Capítulo 2 - Vítima 1 - Geovanna Castagnoli.


Fanfic / Fanfiction Simplesmente Um Anjo - Second Season. - Vítima 1 - Geovanna Castagnoli.

Caminhar pelo céu recebendo olhares de soslaio era tão bom quanto ouvir:"Quem é ela?". Significava que eu era conhecida, que as pessoas ainda lembravam da minha postura rija e fria.

Os Anjos do Senhor e o próprio Senhor ficavam nas nuvens, anjos mais inferiores ficavam nos prédios que ladeavam um grande chafariz, das almas humanas, assim como meu instituto, eu precisava ir até a ala da administração para pegar os nomes das pessoas que deveriam partir esse ano.

Minhas vestes chamavam a atenção dos seres angelicais, alguns bufavam, outros ficavam boquiabertos pela coragem de ir ao céu vestida de preto, chacoalhei a cabeça rindo baixo, era minha cor, meu armário só tinha vestes negras. Quando cheguei ao prédio dourado entrei, fechando a porta atrás de mim com um estrondo, fazendo todos que estavam na sala me olharem com cara feia. Sorri e comecei a subir as escadas que davam para a sala do anjo mais chato do céu. Respirei fundo antes de bater na porta, nunca se deveria abrir a porta daquele velho, nós não sabíamos que orgia ele poderia estar fazendo.

Bati apressadamente quatro vezes e ouvi uma voz rouca, porém, mais jovem do outro lado.

— Um minuto.

Mordi o lábio inferior colocando as mãos na cintura, comecei a analisar meus sapatos, impaciente, foi aí que um garoto musculoso, loiro — a maioria dos anjos eram —, com os olhos lindos, que me lembravam duas pedras ônix, escancarou a porta com um sorriso.

— Olá! — Disse indiferente.

— Oi! Entre, por favor, aceita um café? — Entrei, analisando os papéis caídos no chão.

Não curto bebidas quentes demais. — Sorri — Um furacão passou por aqui?

— Bom, sou novo aqui, e Miguel deixou isso uma bagunça. — Ele coçou a cabeça olhando os papéis.

— O que aconteceu com o velho? — Me joguei no sofá cruzando as pernas — Digo, Miguel.

— Ele abdicou o cargo.

— Sem querer me intrometer, você é o que dele?

— Mil desculpas! — Ele veio até mim e pegou minha mão a beijando — Me chamo Cameron, sou neto dele.

— Thalita. — Puxei minha mão com raiva, não era um ato cavalheiresco que chamava minha atenção e me levantei— Bom, já deu para perceber que sou um Anjo da Morte, não é? — Gesticulei para minhas roupas e logo depois coloquei minhas mãos na cintura.

— Claro que sim, o jeito como você se porta, — Ele sorriu malicioso — É completamente errado... Mas eu gosto de coisas erradas.

— Então você está no lugar errado. Administrar não seria arrumar? Ou meu dicionário ficou ultrapassado?

— Você é tão fria, anjo, eu gosto disso. — Ele me puxou contra ele e eu não protestei.

Então ele selou nossos lábios, acariciando a base das minhas costas, logo depois eu tomei a frente do beijo, tornando-o voraz, ele entrou no ritmo rapidamente, éramos anjos, não precisávamos tomar fôlego. Eu mordi seu lábio inferior com força, sentindo o gosto doce de seu sangue, anjos celestiais tinham um gosto tão bom.

Ele sorriu e eu levantei uma sobrancelha com indiferença.

— Não ouse fazer isso novamente. Você não me conhece.

— Todos nós te conhecemos. Conhecemos você e Paulo.

Paulo? — Perguntei confusa.

— Você veio fazer o que aqui? — Ele se sentou atrás da grande mesa de vidro coberta de papéis.

Estalei meus dedos, fazendo todos os papéis formarem uma pilha no canto do cômodo, me inclinei sobre a mesa espalmando minhas mãos na mesma e encarando os olhos negros de Cameron.

— O que eu quero está na última gaveta atrás de você. — Ele sorriu e se virou na cadeira abrindo a gaveta atrás de si.

— Aqui está. — Ele me entregou uma grande quantidade de folhas com nomes e endereços.

— Quem é Paulo?

— Você têm que ir agora. — Ele parecia nervoso.

Me virei em direção a porta segurando os papéis,  com uma raiva evidente.

— Thalita? — Ele chamou e eu sorri, me virando.

— Sim?

— Hoje à noite haverá uma balada perto do instituto 2, que por acaso, é o seu. Eu estarei lá e espero que você também.

Saí sem dar satisfações, já imaginando que roupa vestiria nessa balada.

 

***

 

Optei por um cropped preto que valorizava meus seios e uma calça de couro, também da mesma cor, para esconder a maioria das minhas cicatrizes. Coloquei um salto com detalhes vermelhos e estendi minhas asas, acariciando minhas penas, elas nunca foram tão radiantes, mordi o lábio inferior enquanto subia na janela, o instituto era meu, mas nada melhor do que pular a janela dos problemas, é uma sensação reconfortante, imaginar que tudo ficará para trás e que na balada será apenas Lita e alguns garotos, pulando a janela eu não precisarei voltar sóbria.

Pulei da mesma, sentindo o vento bater contra meu rosto, eu me sentia louca, a adrenalina pulsando em minhas veias, minhas asas batiam tão fracamente que eu parecia flutuar, tudo ficando para trás...

Tudo menos meus medos.

E se quando eu voltasse meu trono estivesse ocupado por outra pessoa?

Chacoalhei a cabeça livrando minha cabeça dessa ideia, tentei voar mais rápido, precisava me distrair.


 

Você já se sentiu

como um saco de plástico

deriva através do vento

Querendo começar de novo


 

Quando cheguei a balada era 1 da manhã. A música alta impedia meu raciocínio lógico, fui direto ao bar, me apoiando no mesmo, o barmen me olhou sorrindo:

— Tanto tempo sem te ver, gostosura, o que deseja?

— O de sempre. — Sorri me referindo a Vodka.

— Claro.

Ele preparou minha bebida e colocou-a na minha frente, ainda sorrindo sussurrou:

— Senti sua falta... — Seu olhar caiu sobre meu decote e eu levantei as sobrancelhas.

Não posso dizer o mesmo. — Peguei o copo que de branco passou para preto e o virei na boca, tomando todo seu conteúdo, coloquei ele no balcão e disse para o barmen com desdém — A gente se vê.

A música eletrônica inundava meus ouvidos, deixando-me a mercê do som, comecei a dançar, passando minhas mãos pelo corpo da garota a minha frente, que sorriu maliciosamente, além da fumaça e das luzes vi que um garoto com os olhos extremamente azuis e loiro me olhava sorrindo.


 

Você sabe que não há

Ainda uma chance para você

Porque há uma faísca em você

Você só tem que

 

A luz me beneficiava, fazendo o garoto me encarar, comecei a passar minhas mãos em meu corpo como se meu mundo dependesse daquilo, como se tudo que eu precisasse fosse ele, ele começou a caminhar em minha direção e eu sabia o que estava por vir, mordi meu lábio inferior e me virei de costas, rebolando, seguindo a batida da música, senti suas mãos em minha cintura e me senti vitoriosa, rebolei ainda mais.

 

Acenda a luz

E deixe-a brilhar

Possua apenas a noite

como o quatro de julho

Porque baby, você é um fogo de artifício

Vamos mostram a eles o que você vale a pena

 

Foi aí que ele me virou e eu percebi que não era o garoto dos olhos cor de céu. Era Cameron, o que me fez ficar brava com ele. Eu queria o garoto dos olhos claros, bufei baixo e me desvencilhei de suas mãos, procurando-o, me virei, não o achando em lugar algum, eu me sentia perdida, e eu não sairia dali sem um beijo dele.


 

Se você soubesse

O que o futuro reserva

Após um furacão

Vem um arco-íris

 

Fui até o bar, procurando-o, aproveitei e peguei mais um copo de bebida, o bebi rapidamente, sentindo o álcool invadir meu sistema, me deixando zonza, mas continuei a andar, a procura dele, fui até os banheiros, que por sorte eram juntos, ele deveria estar lá, todas as portas fechadas, eu fiquei apoiada contra a pia, esperando ansiosamente pela saída dele, principalmente.

 

Talvez um motivo

Todas as portas estavam fechadas

Então, você poderia abrir uma

Isso leva você para a estrada perfeita

 

Meu coração parecia inquieto, mesmo sendo um órgão congelado, sem importância, ele parecia que a qualquer momento iria explodir, uma das portas se abriu e eu tinha certeza que era ele, o garoto loiro.

 

Como um relâmpago

Seu coração vai brilhar

E quando chegar a hora você vai saber

 

Cruzei rapidamente o espaço que havia entre nós e o empurrei contra a porta do outro banheiro, ainda fechada, e o beijei fechando meus olhos, o garoto protestou, me empurrando e foi aí que percebi, seus olhos tinham cor de mel, não de céu.

— Eu namoro! — Ele apontou a aliança.

— Desculpa, te confundi com outra pessoa. — Saí rapidamente do banheiro percebendo a merda que eu havia feito.

Voltei ao bar bebendo mais e mais, e eu agradeci mentalmente pelo álcool existir. Ele preenchia qualquer vazio.

— Ei, gatinha. — Cameron se jogou ao meu lado, pegando meu copo de bebida e virando-o em sua boca

— Eu deixei? — Peguei o copo de sua mão e tomei o restante.

— Você parece tão nervosa...  — Ele beijou meu pescoço e eu sorri — Vamos relaxar rainha...

Me levantei, indo em direção a pista de dança, o remix de "I Hate U, I Love U - Gnash" agitava o local, então vi, novamente, o loiro que me chamou a atenção. Ele me viu, também, mas claro que tinha de haver alguém para atrapalhar nós dois.

Cameron segurou minha cintura enquanto eu rebolava e sussurrou:

— Ei, você têm que ir trabalhar.

Eu, com raiva, saí da balada, não me importando com as pessoas a minha volta estendi minhas asas, vendo que elas me olharam abismadas, mas a maioria delas deveria estar bêbada.

Chegando ao Instituto me sentei atrás da minha longa escrivaninha, analisando minha vítima.

 

"Geovanna Castagnoli."

 

A garota, segundo o documento, era alta, filha de anjos de lugares diferentes, ela estava ameaçando a todos por ser única, por ser diferente.

Analisei a foto da garota, ela parecia inofensiva...

Chacoalhei a cabeça, fechando a pasta e pegando minha adaga, colocando-a na cintura, prendi meu cabelo em um rabo de cavalo e me olhei no espelho novamente.

Fechei meus olhos e deixei meus instintos me guiarem, quando os abri novamente estava numa avenida movimentada, próximo a balada que eu estava a pouco tempo, a vi com um grupo de garotos e caminhei até uma rua escura, chamando seu nome, como esperado ela veio até mim, se afastando dos garotos.

— Olá? — Ri pelo nariz e tirei meu capuz, saindo das sombras, sentia o medo daquela garota.

— Ei, fique calma, não irei te machucar. — Menti, era como um cacto dizendo isso a um balão.

— Mãe! — Os olhos da garota brilhavam, mas eu não era sua mãe.

Fui até ela e ela me abraçou, forte, eu, aproveitando a deixa, a levei para a parede, ela se afastou de mim e eu sorri olhando em seus olhos, tentando cegá-la, a garota, por sua vez, me induziu a ver a luz, eu via sangue e uma garotinha chorando, eu via uma médica e tudo se apagou, e eu caí no chão sussurrando algo inusitado:

— Filha...

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado, deixem sugestões nos comentários!
Espero que tenham sentido um pouquinho da Lita que esta por vir nessa segunda temporada!!
Postarei o próximo capítulo com 15 favoritos.
Um grande beijo.
L.


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