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História Simplesmente Um Anjo - Second Season. - The Plan


Escrita por: LitaCastagnoli

Notas do Autor


Olá, garotas!
Queria dizer que irei postar todos os sábados, espero que curtam o capítulo, já que me dediquei muito à ele.
Boa leitura!
L.

Capítulo 4 - The Plan


Fanfic / Fanfiction Simplesmente Um Anjo - Second Season. - The Plan

Eu estava a umas doze horas estudando sobre poderes angelicais, como melhorá-los e como adquirir novos. Sem querer enganar ninguém também estudei sobre os poderes de Giovanna, nenhum deles estava presente naqueles livros espalhados pelo chão de meu escritório, sobre a mesa estava um dos livros mais antigos, que pertenciam a lista dos livros proibidos pelo céu, nele deveria conter alguma coisa sobre aquela garota.

Eu estava com uma xícara de café sobre a mesa e um apetite enorme de devorar aquele livro proibido, toquei sua capa, de couro antigo, ele era grande, o dobro de um livro normal, suas páginas eram velhas e gastas, ele era todo escrito à mão numa caligrafia elegante. Obviamente que o idioma estava em Latim, graças aos céus, todos os anjos sabiam Latim.

Respirei fundo antes de começar a ler o livro, estava exausta só de pensar em ler todo seu conteúdo, mas o que eu queria estava logo nas primeiras páginas.

“ Relacionamentos Angelicais “

Comecei a ler, ávida por alguma informação ou ponto fraco sobre aquela garota que eu mal conhecia.

“ ...  Anjos não devem se relacionar, se caso isso aconteça, deve-se tomar as seguintes precauções:

assegurar que os anjos são da mesma raça, não podendo nunca se relacionar com um Demônio da Morte... “

Ri internamente, naquela época, anjos como eu, eram considerados demônios, devido ao fato de levar uma vida, para eles a vida deveria ser eterna, se os demônios não a levassem seriam eternas. Mas após algumas centenas de anos perceberam o quanto éramos importantes, mesmo levando a vida de quem eles se importavam tanto precisavam de pessoas que deixassem o mundo em ordem, não sobrecarregando-o demais, para que não houvesse lugares super povoados.

“ ... Demônios da Morte nunca devem ter filhos, alguns anjos nascem estragados e se tornam Demônios dessa laia. (...) Se por algum acaso um Demônio da Morte seduza um Anjo ambos devem ser punidos, o Anjo principalmente, pois todos Anjos têm conhecimento sobre o que os Demônios da Morte são capazes. Se por acaso Anjos e Demônios se relacionarem e desse relacionamento surgir uma prole, ela deve ser morta o quanto antes, se possível, dentro do ventre do demônio ou anjo.”

Me senti mal por todas essas palavras de ódio contra minha raça, por isso entendi o motivo de ser um livro proibido… Anjos da Morte, quando contrariados ou menosprezados são violentos…

“ (...) Essas bestas, que são proles de anjos e demônios, podem incinerar uma nação facilmente, com apenas um grito, por esse motivo elas devem ser mortas enquanto estão em estado fetal.  (...)“

Procurei sobre essas “bestas” e não achei, pois naquela época eles eram bem mais rígidos do que eu pensará, eles realmente matavam os Anjos da Morte que se envolviam sexualmente com os Anjos e tinham filhos, ou seja, proles.

Fechei o livro e o levei para meu quarto, escondendo-o dentro do piso falso, ao lado de minha cama.

Tomei um banho frio e coloquei minhas amadas vestes negras, eu tinha que ir até um cemitério, precisava encontrar respostas, precisava descobrir quem era Giovanna, e porquê ela era tão forte.

Saí do Instituto pela porta da frente, enquanto a maioria das pessoas trabalhava, minhas vítimas haviam sido distribuídas para todos os anjos do Instituto pois eu tinha aquelas três missões e não podia esquecer de cumpri-las, se caso eu ficasse presa a minhas vítimas eu não concluiria todas elas, por isso Diego achou melhor que eu esquecesse todas minhas necessidades de Anjo da Morte e me dedicasse apenas as missões.

A rua estava deserta, além de alguns casais apaixonados eu só podia ouvir o barulho da noite: risadas, afinal a noite é uma criança.

Ao chegar no cemitério olhei por sobre os ombros, quando não vi ninguém fui até o grande portão do cemitério municipal, peguei minha adaga e fiz uma pequena incisão na palma da minha mão, pressionando o corte na fechadura, que se abriu com um longo ruído. Me apressei ao entrar, com medo de ser vista por alguém.

— O cemitério está fechado, garota. — Uma voz carregada de malícia veio de trás de mim e eu senti meus nervos gelarem.

— O portão estava aberto… — Tentei fingir inocência, me virando para o homem.

— Sua mãe nunca lhe contou que não se deve vir ao cemitério à noite? — Ele sorriu malicioso.

— Não, ela nunca me disse isso, e pelo jeito nem a sua, já que estamos aqui. — Sorri olhando fundo em seus olhos, sabendo que ideias sujas ele tinha em mente.

— Saía daqui, para seu bem. — Ele disse e eu assenti.

Comecei a correr, cemitério a dentro, sabendo que ele não viria atrás, devido ao medo que sentia de estar perto dos mortos, não entendia o porquê das pessoas sentirem tanto medo de pessoas que não fazem mais nenhum mal, elas deveriam ter medos de si próprias.

Quando estava a uma distância segura comecei a caminhar entre as lápides iluminadas pela luz da lua, quando cheguei ao jazigo que procurava, toquei seu cadeado, com a palma ensanguentada, e o mesmo se abriu, o jazigo da família Mártir.

Minha família, embora desonrada por ter a maioria de seus filhos “estragados”, sempre fora muito rica, e tinha vários jazigos em vários cemitérios com muitos livros profanos, muitos deles proibidos.

Quando entrei, a primeira coisa que vi foi um grande caixão, que deixaria qualquer pessoa acreditar que o que estava dentro eram ossos, mas quando eu fui abri-lo, livros arrumados e limpos o preenchiam, sorri ao pensar em minha mãe vindo aqui todo mês e limpando o “túmulo” de seu amado esposo. Peguei um livro com a capa vermelha e comecei a folheá-lo, procurando por algo sobre “Demônios da Morte” ou por “Proles”, comecei a ler as palavras em Latim em voz baixa, foi então que algo atrás de mim caiu, fazendo um baita barulho, minhas pernas tremeram e eu fechei o livro, segurando-o contra meu peito, me virei vendo um livro com a capa cor de ônix caído no chão, quando me abaixei para pegá-lo a tampa do caixão atrás de mim começou a se arrastar, se fechando, a porta do jazigo tremia, eu peguei o livro do chão e saí o mais rápido que pude, quando me virei vi uma sombra lá dentro, tentei voltar, para saber de quem era aquela sombra, mas meu sangue já não abria mais o cadeado, ouvi o barulho de folhas sendo amassadas atrás de mim e me virei, encostando-me na porta do jazigo, olhando tudo em volta e não vendo nada além de lápides.

Eu disse para você sair daqui. — Uma voz  sussurrou em meu ouvido, não tive tempo de gritar, apenas deixei que minhas asas se liberassem e voei, para o mais longe possível daquele lugar, que eu sabia que não deveria voltar.

 

*Point Of View: Paulo Castagnoli.*

 

— E seu plano é esse? — Caique estava incrédulo me olhando.

— Pai, seu plano é uma merda. — Gio disse sem cerimônias.

— Não é o melhor plano do mundo, mas dá para segui-lo.

— Pelo amor de Deus, Paulo, você não pode invadir o Instituto enquanto Thalita dorme, porquê diabos ela dormiria? Ela é um Anjo. Sem falar das proteções que aquele lugar tem, você seria morto no primeiro instante que pisasse lá.

— Caique… — Gio o repreendeu.

— Pelo amor, Gio, você sabe que é perigoso. — Caique disse olhando ela como se fossemos loucos.

— Caique… Não tenho culpa de amá-la como um humano. — Sussurrei.

 

Mas sou apenas humano

E eu sangro quando caio

Sou apenas humano

E eu me arrebento e me desmonto

Suas palavras em minha cabeça, são facas em meu coração

Você me bota lá em cima e depois eu caio aos pedaços

Pois sou apenas humana

 

Pensei em todos os motivos para não ir até ela antes da hora, Nathan estava a caminho, para nos ajudar, enquanto eu pensava em mais maneiras de me encontrar com Lita sem que ela tentasse me matar subitamente.

Quando Nathan chegou eu já havia colocado uma roupa preta e estudado todas as maneiras de entrar no Instituto.

— Espera aí. — Nathan disse após ouvir meu plano — Você pretende, simplesmente, entrar no Instituto e beijá-la?

— Sim, por que não?

Isso é suicídio! — Ele se levantou do sofá e começou a andar de um lado para o outro, os olhos fixos no chão e as mãos nos quadris — E, se você fizesse com que ela saísse de lá? Bom, você não, mas poderíamos esperar com que ela saísse do Instituto e poderíamos segui-la, você ainda sabe como manipula-la de maneira precisa, sem que ela perceba, então poderíamos levá-la para algum lugar que houvesse muitas pessoas, como uma balada, uma rua movimentada, e então você pode fazer o que quiser.

— Boa, Nathan! — Admirei seu plano sorrindo.

— Vamos para o Instituto, apenas segui-la. — Nathan sempre era o mais cabeça de nosso grupo, depois de mim, claro, ele sempre sabia o que fazer, quando eu não sabia.

***

Quando chegamos no Instituto eram 2:15 da manhã, e eu já sabia qual era o quarto de Lita por causa da única luz que estava acesa, foi então que sua silhueta apareceu na janela, meu coração disparou, então ela apagou a luz, e depois de alguns instantes ela saiu pela porta da frente, caminhando rapidamente, Nathan me olhou e eu entrei na mente dela, vendo seu destino final, o jazigo antigo da família Mártir.

— Cemitério, Nathan, rápido. — Ele acelerou pelas ruas desertas e pelo retrovisor vi Gio encolhida no banco.

Ela estava apoiada em Caique e seus olhos estavam marejados, sabia o quanto sua mãe era importante para ela. Nathan parou um pouco distante do cemitério, e todos olharam para mim enquanto eu falava:

— Lita pode ser um Anjo da Morte, porém é muito desatenta e pouco calculista, ela não olha para os dois lados da rua antes de atravessar e confia absurdamente em sua audição, dessa maneira, podemos brincar um pouco com a visão dela. — Disse olhando para o cemitério.

Saímos do carro, Caique e Gio ficaram se beijando, na rua, fazendo papel de casal apaixonado, hora ou outra riam, mas ambos tomavam cuidado para que Gio não ficasse exposta demais, para Lita não perceber quem ela era.

Nathan ficou como guarda do cemitério, pulamos o muro, sem que ninguém nos visse, ele ficou na portaria, vestindo um dos uniformes de guarda que ali estavam, eu fui para o Jazigo da família Mártir, o medo latente em minhas veias. Me escondi próximo ao mesmo, já que só Anjos com sangue negro podiam abrir cadeados como aquele.

Logo ela apareceu, correndo, com um sorriso fraco no rosto, fazendo meu coração acelerar instantaneamente, então ela colocou a palma da mão ensanguentada sobre o cadeado, que se abriu, ela empurrou o pequeno portão do jazigo, fazendo um barulho cavernoso, fiz o mínimo de barulho possível, entrando pelo portão sem que ela me visse, nem sentisse minha presença, já que eu mexia com seus pensamentos.

Entrei atrás da estante de livros antigos e empoeirados, empurrando o mais chamativo que vi: um livro com a capa cor de ônix. Ela se virou rapidamente, olhando o livro caído no chão, ela se abaixou e admirou o livro, rapidamente, dei a volta pelas sombras e fui até o caixão atrás dela empurrando a tampa, que fez um um ruído alto ao se fechar, as pernas de Lita tremiam, ela ainda estava de costas e abaixada quando  comecei a plantar em sua mente a porta do Jazigo se mexendo, ela pegou o livro e saiu, correndo praticamente, eu fui até o portão e o fechei, com a trinca, Lita me viu, como o esperado, voltando até o jazigo, tentando abri-lo, eu coloquei em sua mente um barulho vindo de trás dela, e ela se virou encostando-se no portão, nesse momento senti seu cheiro, fechei meus olhos, inspirando o aroma de sua pele. Para depois continuar com meu plano:    

Eu disse para você sair daqui.  — Sussurrei em seu ouvido, fazendo-a tremer e estender as grandes asas negras, ela voou, fazendo com que eu fosse jogado para trás.

Sorri, saindo do jazigo e encontrando Caique, Nathan e Gio.

— Vamos segui-la.

Lita voava rápido, como quem fugia de um encontro mal sucedido, e eu sabia que ela ia para o Instituto, mas fiz com que seu pensamento e destino mudassem, logo ela resolveu caminhar até o Instituto, para que pudesse organizar seus pensamentos, eu, que pretendia me encontrar com ela de qualquer maneira continuei voando, até aterrissar em uma esquina próxima a que Lita se encontrava.

 

*Point Of View: Thalita*

 

Eu estava com medo, não era normal, um Anjo sentir medo, mas eu sentia.

Resolvi caminhar até o Instituto, já que precisava de tempo para vestir minha feição fria, a versão sem medo de nada.

Caminhar não era meu forte, mas os livros em minhas mãos pareciam me dar energia para quaisquer coisas, eles eram leves, mesmo tendo mais de mil páginas, uma enciclopédia proibida.

Aquele vulto me parecia muito familiar, como se eu conhecesse a forma dele, a forma como ele falava era bem familiar, o som da voz daquele vulto era familiar… Me contive antes de atravessar a rua, o que era um milagre, observando ambos os lados, já que era uma via de mão dupla. Atravessei, olhando a capa de um dos meus livros, foi então que trombei com alguém, derrubando meus livros no chão. Me abaixei para pegá-los resmungando:

— Por que você não olha por onde anda? — Levantei meu olhar, dando de cara com o homem de olhos azuis, que eu já havia visto antes.

— Perdão, mas quem estava distraída era você. — Ele levantou o canto dos lábios sutilmente, esboçando um quase sorriso.

— Então, perdoe-me por não poder desviar por você. — Fui rude, fazendo-o levantar as sobrancelhas.

— Você me parece perdida, e esta tarde, você não quer ir para algum lugar? — O estranho parecia bem simpático.

— Na verdade, estou sem ter para onde ir. — Menti, sabendo que ele queria me levar para sua casa.

— Ah, que pena! — Ele exclamou sorrindo — Pensei em te acompanhar até sua casa.

— Então, por que não me acompanha até a sua? — Mordi o lábio enquanto dizia isso.

Ele pegou meus livros do chão e me estendeu a mão, oferecendo-a para que eu me levantasse.

Aceitei, e no momento que encostei em sua mão meu coração se esqueceu de bater, deixando as batidas descompassadas, minha respiração falhou e eu deixei a corrente de adrenalina me levar.

Quem era aquele homem dos olhos azuis que meu corpo já conhecia tanto?

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado e que indiquem para as amigas, gostaria de agradecer a atenção que recebo de todas vocês e pelos 7 favoritos <3
Um grande beijo e EU ESPERO AS CRÍTICAS DE VOCÊS.
L.


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