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História Simplesmente Um Anjo - Second Season. - Lembranças.


Escrita por: LitaCastagnoli

Notas do Autor


Confesso que... Não aguentei esperar até amanhã.
Espero que gostem da surpresa!!
Boa leitura!
L.

Capítulo 5 - Lembranças.


Fanfic / Fanfiction Simplesmente Um Anjo - Second Season. - Lembranças.

Quando dei a mão à Lita meu coração parecia errar as batidas veementemente, esquecendo-se de como bater da forma correta, ela pareceu sentir o mesmo pois seus olhos marejaram e eu senti sua mão tremer junto a minha, ela parecia nervosa, mas continuava a mesma, sempre fazendo cantadas de muito mau gosto.

Posso ligar

Ser uma máquina boa

Posso segurar o peso de mundos

Se é isso que você precisa

Ser seu tudo

 

Os seus livros proibidos queimavam em minhas mãos, afinal eu era um anjo caído, não tinha direito de ter acesso a livros como esse.

Ela caminhava calada, mesmo quieta sentia sua presença calorosa ao meu lado.

— Então, como é seu nome?

— Thalita. — Ela sussurrou. — E o seu?

— Paulo. — Olhei em seus olhos e percebi quando um calafrio percorreu seu corpo.

— Eu não posso ficar. — Seus olhos transpareciam medo, engraçado porque a minutos atrás ela estava convicta, sabia o que queria.

Ela esticou a mão, que tremia, pedindo os livros.

— Thalita… Fique comigo, só essa noite. Você não tem para onde ir.

— E-Eu… — Ela gaguejou e eu sorri.

— Thalita… Por favor…

Dei um passo e colei nossos corpos, segurando os livros ao meu lado, e com a mão livre segurei sua cintura, seu aroma ainda era de rosas, sua boca estava entreaberta, deixando que o seu hálito frio escapasse, não pensei duas vezes, apenas beijei ela, que retribuiu, meu coração batia tão rápido que era quase imperceptível, sentia falta daquele beijo todas as manhãs.

Ela parecia sentir o mesmo.

 

Posso fingir um sorriso

Posso forçar uma risada

Posso dançar e interpretar o papel

Se é isso que você me pede

Te dar tudo que sou

Posso fazer isso

Posso fazer isso

Eu superarei

Ela colocou suas mãos em minha nuca, trazendo-me para perto, e eu sorri entre o beijo, ela ainda era minha.

A minha Lita.

 

*Point Of View: Thalita*

Confesso que ele não me era estranho, seu jeito de andar, de falar, sorrir, e aqueles olhos, eu me lembrava de tudo aquilo...

— Então, como é seu nome? — Ele sorriu para mim.

— Thalita. — Sussurrei, ainda pensativa. — E o seu?

— Paulo. — Um calafrio percorreu meu corpo violentamente, e ele percebeu.

— Eu não posso ficar. — Disse lembrando quem ele era.

Paulo Castagnoli, o Anjo que eu teria que banir, ele parecia ser tão bom, não parecia perigoso para nenhum anjo, mas se alguém do Céu mandava uma missão era melhor não recuar, não questionar. Tentei manter meus olhos longe dos dele, eles pareciam queimar, pareciam saber a verdade dentro dos meus.

Estendi a mão, que tremia, pedindo os livros.

— Thalita… Fique comigo, só essa noite. Você não tem para onde ir.

— E-Eu… — Eu gaguejei, sabendo que a mentira não havia me ajudado e ele sorriu.

— Thalita… Por favor…

Olhei para baixo, não sabendo o que fazer, nesse instante ele colou nossos corpos, quando sua boca encostou na minha foi como se eu revivesse meu primeiro ano no Céu.

 

Eu caminhava com medo, ainda era nova ali, mas era importante, muito importante, eu havia acabado de derrotar Samantha, ela era quem comandava o Instituto, mas depois de muita luta mental e física, consegui derrotá-la.

Foi então que eu o vi, ele também era novo, porém ele era de outra “área” do Céu.

Continuei seguindo meu caminho indo encontrar meus pais; Sarah e Caleb Mártir.

Quando cheguei a minha antiga casa fechei os olhos antes de bater na porta, quando bati, não sei, mas foi por puro impulso, pois minha vontade era não bater.

Minha mãe abriu a porta.

— Thalita. — Sua boca estava em uma linha neutra, seu rosto uma máscara. — Entre, por favor.

— Papai está? — Perguntei enquanto entrava.

— Seu pai está trabalhando. — Ela estava sendo fria comigo.

— Posso ir vê-lo? — Disse olhando em seus olhos.

— Thalita, precisamos conversar.

— Então… — Me joguei no sofá, analisando-a.

— Não queremos mais que você venha aqui em casa. — Ela cruzou os braços e apoiou o ombro na parede.

— Por que? — Disse num engasgo.

— Porque você é uma vergonha, você e seus irmãos. — Ela evitava falar os nossos nomes por um motivo: Odiava esse fato, de sermos “estragados”.

Fechei os olhos, absorvendo suas palavras, ela não precisava dizer mais nada, aquilo era o suficiente. Me levantei do sofá, com lágrimas nos olhos e passei por ela sem dizer nada, no caminho bati em seu ombro, sequei os olhos com a ponta dos dedos, sai pela mesma porta que entrei uns dois minutos antes desatando em lágrimas, foi aí que acabei vendo que não adiantava andar naquele estado, eu me sentia péssima, me sentei no Grande Chafariz, colocando os cotovelos apoiados nos joelhos, apoiando assim meu rosto entre as mãos.

Eu estava pensando no próximo passo, talvez ir para o Instituto. Mas lá todos perceberiam o quão fraca eu era.

Por conta da minha família aprendi a ser fria, fria como eles, deixar para trás tudo o que não me acrescentava. E aquilo, que um dia eu chamei de família, me atrasava e muito.

Alguém tocou meu ombro, e eu sequei os olhos antes de olhar para cima, o garoto de olhos azuis intensos me admirava, com a mão ainda em meu ombro.

— Você deveria ir para sua família. — Ele tinha uma voz leve, aquele tipo de voz que te fazia ir ao Céu.

— Estou justamente fugindo dela. — Sorri fraco, levantando o canto de minha boca imperceptivelmente.

Ele pareceu ter visto o minúsculo movimento de meus lábios, pois retribuiu o sorriso, mas de uma maneira muito mais aberta.

— Eu sou um Castagnoli. — Ele estendeu a mão para mim. — Paulo Castagnoli. — Peguei sua mão.

— Eu sou uma perdida. — Ri baixo, da minha própria desgraça — Thalita.

Ele puxou minha mão, se abaixando elegantemente e beijando-a, e eu não percebi o quão errado aquilo era.

 

No momento em que nos afastamos minhas lembranças sumiram, mas eu sabia. Ele havia sido alguém importante para mim.

E eu precisava lembrar quem era aquele homem dos olhos azuis tão intensos.

— Você têm razão, eu não tenho para onde ir. — Disse fechando meus olhos e me recriminando por ser tão curiosa.

— Vamos, por favor, está ficando frio. — Ele sorria, sua mão tocou na minha, e num aperto forte ele a pegou.

***

— Fique a vontade, em minha humilde casa. — Ele havia aberto a porta de um pequeno apartamento.

O apartamento estava situado numa área renomada da cidade, porém não era tão refinado.

Seu interior era muito mais convidativo, as paredes brancas e o chão de mármore negro, o apartamento era pequeno, tendo uma sala, onde logo se via a cozinha, e no extremo oposto via-se uma porta, onde deduzi ser o quarto.

Sua sala tinha um grande sofá de couro, também preto, uma mesinha de centro enfeitava o cômodo, um aparelho de som estava num canto da sala, percebi que pendurado a parede haviam quadros, me aproximei para ver quem estava neles.

Em pelos menos três deles eu via Paulo. Nos outros Giovanna aparecia, sorrindo, ela parecia ser uma modelo muito influente, já que todas as fotos eram profissionais.

— Sua namorada? — Fingi não saber quem ela era.

— Minha filha. — Ele estava parado próximo a porta do quarto, me olhando.

— Muito bonita, parabéns! À você e a mãe dela. — Ele sorriu acenando com a cabeça.

— Obrigada, mas os créditos são todos da mãe, ela se parece muito com ela. — Pude perceber que seus olhos brilhavam enquanto falávamos das duas.

Continuei analisando os quadros e vi que Paulo estava numa foto junto com uma garota de cabelos castanhos, que batiam na cintura, a garota parecia muito comigo, gostaria de ter visto seu rosto, mas ela estava de costas.

— É a mãe? — Apontei para o quadro.

— Ah, sim! — Ele ficou vermelho rapidamente, logo mudando de assunto. — Posso deixar os livros aqui?

Assenti, me virando e indo pegar os livros de suas mãos, ele tentou não me tocar, me sentei no sofá, ele foi até  cozinha, percebendo que eu não deveria ter trazido os livros comigo, afinal ele era um Anjo Caído, e esse livro não podia nem sequer chegar perto de um. Olhei em volta, vendo que não havia nenhum lugar para escondê-los, então decidi que era melhor que ficassem ali mesmo, assim não seria levantada nenhuma suspeita. Pois ninguém vai checar algo que é feito abertamente, apenas o que fica escondido.

Quando ele voltou eu observava minhas unhas, os livros sobre a mesinha de centro.

— Demorei? — Ele se sentou ao meu lado, ameaçadoramente perto.

— Claro que não, Anjo.

Sorri desajeitada,colocando uma de minhas mãos sobre sua perna, instantaneamente senti que ele se arrepiou, meu sorriso se alargou ainda mais. Subi minha mão devagar, observando seus olhos, percebendo que sorriam para mim. Cada movimento meu alargava ainda mais seu sorriso.

Senti suas mãos na base da minha cintura, um convite implícito para que eu me aproximasse, e eu o fiz, aproximei meu rosto do seu, sentindo sua respiração descompassada, devido ao seu coração extremamente acelerado.

Ele sorriu e me puxou para um beijo, senti  um calor incontrolável subir de minhas pernas, sabendo o que viria a seguir e o quão errado era.

***

Acordei em seu quarto, meu corpo enrolado num lençol negro, o quarto era como toda a casa, porém com uma grande cama no centro. E eu estava nela. Com Paulo ao meu lado.

Fechei meus olhos e uma dor intensa surgiu em minha cabeça, Paulo se mexeu ao meu lado e eu tentei me recordar da noite anterior, não me lembrava de nada.

Paulo colocou o braço sobre mim, me abraçando por trás, e daquela maneira acabei dormindo.

Quando acordei, sem o calor de Paulo me levantei e peguei uma blusa de Paulo, que estava jogada no chão do quarto, colocando-a, ela chegava até mais ou menos metade da minha coxa, deixando-me um pouco sexy. Resolvi abusar, abri seu armário, que era perfeitamente arrumado, e peguei uma de suas roupas-de-baixo, colocando-a.

Recolhi minhas roupas, que estavam espalhadas pelo quarto, depois de colocá-las sobre a cama, saí do mesmo, ouvindo a melodia agitada de alguma banda de rock que eu não reconhecia.

— Bom dia. — Disse ao entrar na cozinha.

— Boa tarde, beau bijou. — Paulo disse enquanto terminava de fazer um suco de laranja, observando minhas pernas que estavam nuas. — Gostei da camisa.

Meu coração se acelerou quando ouvi o apelido carinhoso, que era em francês, significava "bela jóia". (N.A.: Resgatei o apelido da minha outra fanfic!!)

— É tão tarde assim? — Procurei por um relógio e não achei. — Obrigada, achei no seu quarto. — Ele riu.

Ele estava apenas de bermuda, ele pegou o seu celular e disse:

— Uma da tarde. — Mordi o lábio envergonhada.

— Não me lembro do que aconteceu ontem. — Disse me sentando na cadeira.

Ele colocou o suco em dois copos e pôs um deles na minha frente, se sentando ao meu lado na mesa.

— Posso te garantir que nada. — Seu sorriso malicioso me dizia o contrário.

Senti meu rosto corar e tomei o suco, tentando não deixar transparecer.

Ele parecia muito animado, afinal, não deixou de sorrir um segundo.

— Você está bem animado. — Comentei, enquanto colocava o copo na pia, lavando-o.

Então senti ele atrás de mim, sua boca em meu pescoço, fazendo pequenas trilhas de beijos, me virei, e ele me pressionou contra o balcão, fazendo-me arfar.

Qual o motivo? — Perguntei enquanto ele beijava meu pescoço.

Você.

Me arrepiei, senti seu sorriso crescer na base do meu pescoço, tentando atenuar o impacto daquela resposta puxei seu rosto em direção ao meu, beijando-o ardentemente. De modo que ele me puxasse para si.

Sabia que não precisaria mais dos livros proibidos, eu poderia perguntar tudo à Paulo, que parecia estar caído por mim, e eu poderia me aproximar de Giovanna mais facilmente pertencendo à família.

Passei minhas mãos por sua nuca e fui sugada para a escuridão de minhas lembranças.

 

— Thalita! — Diego sorriu para mim.

Fechei meus olhos, tentando não mandá-lo à merda, já que eu estava cansada de seus desafios inúteis.

— Onde você vai? — Ele perguntou quando ignorei seu chamado.

— Estou indo trabalhar, mas se você quiser fazer isso por mim... — Sorri.

— Não seja idiota, preciso que você faça algo para mim.

— Diga-me.

— Você precisa se afastar do Castagnoli.

— De quem? — Me fiz de ingênua, porém ele sempre estava um  passo à frente.

— Do Paulo Castagnoli, não se faça de ingênua, você sabe quem ele é. O Anjo com quem você têm mantido amizade. Essa amizade não é aceita pelos Céus.

— Irei pensar no caso. — Fingi ler os papéis em minhas mãos, enquanto me dirigia para meu escritório. — É só isso?

— É tudo isso, Thalita. Preste atenção em suas atitudes.

 

Novamente, após nos desconectarmos as lembranças se esconderam dentro de mim, deixando-me com minhas dúvidas.

— Preciso ir.

Na verdade, eu precisava pensar sobre essas lembranças e sobre minhas missões, já que ainda não havia me livrado delas.

— Precisa mesmo? — Ele beijou meu pescoço, me deixando com mais dúvidas do que eu já tinha.

Decidi não ser tão prudente naquele momento, peguei uma de suas mãos que estavam sobre o balcão e coloquei sobre minha coxa nua, ele sorriu malicioso e subiu sua mão até minha cintura, sob a blusa, fazendo com que meu corpo se arrepiasse instantaneamente, mordi o lábio quando senti sua respiração próxima ao meu rosto, ele não me deu tempo de raciocinar, ele atacou meus lábios, puxando-me para si.

Então ouvimos uma tosse no fundo, naquele instante eu gelei, mas sorri, e Paulo arregalou o olho para mim, segurando a risada.

— Giovanna! — Ele disse sem se virar.

— Pai! Achei que você estava sozinho, desculpe-me. — Giovanna parecia uma garota indefesa, julgando pelo seu modo de falar.

Paulo, finalmente, se virou, olhando para a garota, e saindo do meu campo de visão.

— O que ela faz aqui? — Giovanna gritou, histérica.

— O que tem ela, meu anjo? — Paulo dividiu olhares entre eu e ela, e eu sabia que ela ainda se lembrava do dia em que tentei matá-la.

Ela tentou me matar! — Giovanna apontava para mim em tom de histeria.

— Eu?! — Me fiz de ingênua, colocando a mão sobre o coração;

Nesse momento entrei rapidamente em sua mente, plantando dúvidas em seus pensamentos mais convictos.

Ela fechou os olhos e quando os abriu eu vi a sombra de dúvida que pairava sobre eles.

— Giovanna, ela quem tentou matar você? — Paulo cruzou os braços.

— N-não tenho mais certeza, — Giovanna gaguejou baixo, com uma vergonha evidente.

— Giovanna. Isso é feio. Acusar as pessoas. Você sabe disso, — Paulo fez uma carranca para Giovanna.

— Perdoe-me. — Ela sussurrou para mim e saiu da cozinha, pude ouvir a porta da sala sendo batida com força contra.

Ela sabia que eu havia mexido com seus pensamentos, e iria descontar aquilo em mim de alguma maneira.

 


Notas Finais


Bom, garotas!
Sei que não foi o melhor capítulo de todos, mas acho que acelerou um pouco o coração de vocês.
Espero que me digam opiniões de vocês.
Obrigada por tudo.
L.


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