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História Simply happens - Capítulo 5


Escrita por: BiahS28910

Capítulo 5 - Capítulo 5


Fanfic / Fanfiction Simply happens - Capítulo 5

Você precisa dormir um pouco, o dia vai ser cheio amanhã. — Ele disse, acabando com o abraço aos poucos.

 

Eu acordei você, me desculpe, pode dormir, vou ficar vigiando. — Disse terminando o abraço.

 

Não estou afim de discutir com você, vai dormir por favor. — Disse com calma.

 

Só um pouco, é para me acordar dessa vez! — Disse cedendo.

 

Não prometo nada. — Disse com um começo de sorriso no rosto.

 

Fui dormir. Tive pesadelos com as pessoas do avião. E acordei mais cansada do que antes. Ainda estava escuro, lembrei de ter pedido para ele me acordar, o que ele não fez, de novo, então me aproximei da cadeira onde o mesmo se encontrava.

 

Hey, vai dormir, você não pode ficar sem dormir. — Disse me sentando na cadeira ao lado.

 

Você acordou cedo, o que houve? — Perguntou estranhando eu ter levantado, não que eu fosse preguiçosa, é só que ainda estava escuro.

 

Só uns sonhos desagradáveis...— disse baixinho.

 

Então você entende porque eu não quero dormir...— ele disse baixo também. — Mas você tem razão, é melhor eu descansar um pouco. — Disse se levantando e indo até seu canto. —Boa madrugada Isa. — disse já se acomodando.

 

Boa madrugada Thiago. — Disse olhando para ele.

 

Amanheceu, ele acordou, comemos, e então segui ele até o lugar onde ele disse ser provável a presença de peixes.

 

Eu nunca tinha pescado na vida, mas ele parecia fazer isso com tanta facilidade que era inacreditável. Tive dificuldade para segurar a vara de pesca no começo, até que consegui. 

 

Ele já havia pego uns 2 peixes, não muito grandes, e eu ainda estava na mesma, quando subitamente sinto algo puxando a corda. Tento segurar firme, mas parece ser mais forte que eu, então sinto dois braços me envolverem e duas mãos segurarem sobre as minhas, mesmo com sua ajuda ainda estava difícil puxar.

 

Segura firme! — Ele disse, como se me encorajasse.

 

Estou tentando! — Assegurei. Então conseguimos pega-lo.

 

Acho que por enquanto vai ser suficiente, vamos? —Perguntou.

 

Vamos. — Então fomos caminhando até o avião para deixar os peixes, depois levei ele até o local onde ficavam as bananeiras. Ele observou as árvores em silêncio.

 

Vou subir e te passo as bananas, fica perto daquela árvore— disse apontando para uma árvore onde seria fácil subir.

 

Nem pensar! Você vai cair, olha o estado da sua perna! — Disse apontando o local.

 

Só que você não sabe subir em árvores, sabe? — Respondi sarcástica.

 

Eu aprendo! — Respondeu irritado.

 

Vamos logo, preciso que você segure as bananas. — Disse já indo em direção a árvore, com ele me seguindo.

 

Apoiei minha mão em uma parte da arvore e me impulsione para cima, apoiando meus pés na mesma.

 

Repeti o processo até chegar numa altura onde eu conseguiria pegar as bananas. Estiquei meu braço e alcancei algumas, conforme ia pegando ia jogando na direção dele.

 

Até que só faltava uma, a que estava mais longe. Comecei a esticar o corpo para tentar alcançar e por descuido acabei escorrendo e caindo em cima dele.

 

Aí!!! Eu falei que você ia cair! Falei para você não subir nessa merda! — Disse irritado. — E você ainda cai em cima de mim, com tanto lugar para você cair!

 

Eu estava meia tonta do tombo e acabei não respondendo, só sai de cima dele e sentei encostada em uma árvore com os olhos fechados, enquanto ele gritava comigo.

 

De repente ele para de gritar, permaneço de olhos fechados e noto uma movimentação próxima a mim.

 

Isa? —Abro os olhos, ele está ajoelhado na minha frente. — Você está bem? — Pergunta preocupado.

 

Eu que devia perguntar, foi você que foi esmagado...— respondo olhando meus pés.

 

Mas não sou eu que estou com a testa sangrando. — Por reflexo levo a mão até o local onde estava sentindo dor e quando tiro a mão, a mesma está com sangue.

 

Porque só eu me machuco? Não é justo! Agora vou ter que ficar ouvindo esse idiota me dar lição de moral, pensei.

 

Que merda...— foi a única coisa que consegui dizer.

 

É melhor eu te levar para o avião...— ele disse se aproximando e estendendo sua mão para que eu levantasse.

 

Péssima ideia, aparentemente a pancada foi forte, me desequilibro e só não cai novamente porque ele me segurou.

 

Parabéns! Você estava certo! Está feliz? — Disse com raiva enquanto o encarava.

 

Calma, não precisa falar assim também, vamos, vou te ajudar...— ele me pegou no colo e começou a caminhar.

 

Eu consigo andar. Pode me pôr no chão, precisamos voltar e pegar as bananas...— ia continuar quando fui interrompida.

 

Olha para você! Tem um monte de frutas nessa ilha, mas você é a única outra pessoa aqui e a última coisa que eu quero nesse momento é perder você! — Ele disse como se aquilo estivesse preso em sua garganta, e ficou vermelho logo em seguida.

 

Eu não falei nada, achei melhor não, mesmo que tentasse não conseguiria, o que ele disse me fez pensar.

 

E se acontecesse alguma coisa com ele? Como eu ficaria? Não aguentaria ficar sozinha aqui.

 

Chegamos no avião, ele me sentou num local forrado com algumas cobertas e foi buscar o kit de primeiros socorros.

 

Não demorou muito para retornar, já com o kit em mãos. Ele se sentou na minha frente e começou a limpar minha testa, cuidadosamente, como se eu pudesse quebrar a qualquer momento.

 

Era estranho ver ele agindo assim, normalmente ele não se importa com nada.

 

Depois de limpar o machucado, eu não vi, mas ele disse que havia um pequeno corte em minha testa então ele fez ponto falso para evitar que o corte abrisse.

 

Quando ele fez menção de se levantar, toquei seu ombro, o que rendeu uma careta de dor da parte dele.

 

Oque aconteceu nas suas costas? — Perguntei preocupada.

 

Eu ralei quando você caiu em cima de mim. — Respondeu enquanto guardava as coisas no kit. Interrompi sua ação.

 

Deixa eu ver suas costas. — Não foi um pedido. 

 

Relaxa, não foi nada demais. — Respondeu.

 

Minha perna não tinha nada demais e mesmo assim você me ajudou, agora deixa eu olhar suas costas. —Disse autoritária.

 

Com um suspiro e um pouco de dificuldade ele tirou a camiseta, devagar, e com um pouco de dificuldade, foi então que notei os rasgos presentes na parte de trás da camisa que estava levemente suja de sangue.

 

Quando ele sentou de costas para mim, fiquei chocada.

 

Como isso aconteceu? — Perguntei temendo a resposta, gostaria de não ser a culpada.

 

Quando você caiu, acabou me impulsionando para trás e eu raspei em algumas pedras. — Disse com a voz baixa. Nunca me senti tão mal.

 

Porque diabos você me carregou nesse estado?!?— perguntei.

 

Não foi nada demais...— respondeu calmamente.

 

Você diz isso porque não está olhando...—respondi me sentindo cada vez pior.

 

Você precisava de ajuda, você bateu a cabeça, isso é perigoso sabia? Você podia ter morrido ou coisa do gênero! E eu só ralei as costas! Você realmente acha que eu não me importo com você? — Nesse momento ele virou o rosto e olhou nos meus olhos.

 

Não importa o que eu acho...—disse num sussurro quase inaudível — vou dar um jeito nisso, talvez arda um pouco, você ralou praticamente as costas inteiras...e a culpa é minha, eu sinto muito mesmo...

 

Acidentes acontecem. — Ele disse enquanto eu limpava suas costas.

 

 Em alguns momentos pude perceber ele contrair a musculatura por causa da dor, e isso só fazia eu me sentir pior.

 

Tivemos sorte pois o kit de primeiros socorros do avião era completo e tinha curativos de sobra. Depois do que pareceu uma hora terminei de coloca-los, fiz um cafuné em sua cabeça e sussurrei um me desculpe.

 

Senti ele relaxar enquanto eu mexia em seu cabelo. Ficamos assim por um tempo, até que ele se virou para mim, e deu um leve sorriso.

 

Obrigado Isa.— então ele levantou e saiu do avião.

 

Resolvi voltar, e pegar as bananas, já estava me sentindo muito bem, quando estava na metade do caminho vi ele voltando, carregando nos braços todas as bananas.

 

Deixa eu te ajudar. — Antes que ele respondesse, peguei metade delas e fui levando.

 

Quando terminamos de guarda-las o sol estava se pondo, decidi ir assistir. Sentei na areia e fiquei observando o sol se pondo no mar.

 

Posso? — Ele perguntou apontando o lugar ao meu lado.

 

Claro. — Respondi com um pequeno sorriso. — Está se sentindo melhor?

 

Sim, obrigado mesmo pelo curativo...e pelo cafuné também, acho que eu estava precisando relaxar um pouco...— disse envergonhado.

 

Quer relaxar mais? — Perguntei. Ele olhou para mim com cara de quem não havia entendido. Gesticulei para que ele deitasse em meu colo, o mesmo deitou de lado, por causa das costas, e logo comecei a mexer em seu cabelo.

 

Onde você aprendeu isso? — Disse de olhos fechados, enquanto eu fazia cafuné.

 

Boa pergunta, nem eu sei— disse rindo de leve— tu simplesmente mente adoro fazer isso.

 

Você é muito boa nisso, sabia? — Corei de leve com o elogio.

 

Acho que não, mas obrigada. — Respondi olhando o mar.

 

Você acha que não? Fala sério! Você conseguiu me fazer relaxar sendo que estamos perdidos no meio do nada! E ainda diz que não é boa...— disse me encarando com um leve sorriso no canto da boca.

 

O.k. Talvez eu seja boa. — Disse rindo.

 

Ficamos olhando o mar até escurecer. Notei que ele havia dormido, não tive coragem de acorda-lo, então fiquei lá, fazendo cafuné, até umas 4:00 da madrugada. 

 

Porque você não me chamou? A quanto tempo você está fazendo cafuné em mim? — Disse ele bocejando.

 

Já faz um tempo— disse observando o horizonte. — Você precisava descansar.

 

Obrigado, de verdade..., mas agora é sua vez de dormir— disse levantando do meu colo e sentando ao meu lado. — Vem. — Gesticulou para que eu deitasse em seu colo.

 

Não precisa...— respondi.

 

Eu insisto! — Disse ele. Então me puxou, e me deitou em seu colo.

 

Antes que eu pudesse protestar ele já estava acariciando meu cabelo. Suspirei e senti meu corpo relaxar.

 

Talvez eu precisasse... obrigada thi. — Disse, já com os olhos fechados.

 

Thi? ... ninguém nunca me chamou assim...— arregalei os olhos. — Calma, eu gostei. — Disse rindo. 

 

Fechei os olhos e em pouco tempo adormeci.



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