História Simply, I love you. - Lançamento

[...] mesmo achando estranha a combinação, gostou. [...]

Dois dias antes do natal Taylor e Susan voltaram, o cruzeiro durou apenas uma semana, mas eles não queriam passar o feriado longe da família, só que haviam marcado para passar o ano novo nas Bahamas. Todos viajaram para Cold Spring, inclusive John e o pequeno Sam, que na noite de natal ele se tornou um elfo, graças à fantasia que Natasha comprou de presente.
John ganhou um relógio da namorada – Tá, ele tinha muitos, mas ela deu esse e se tornou especial. Natasha ganhou uma linda e delicada gargantilha com um rubi no centro. A troca dos presentes foi bem divertida, alguns dos tios fizeram brincadeiras de dar presentes sem graça ou completamente estranho para seus irmãos, foi uma grande diversão.
Natasha entrou na casa dos avós e viu Michelle sentada no sofá abrindo seu presente:
- Ganhou do Jason? – Perguntou se aproximando.
- Sim, é um perfume da Carolina Herrera, eu estava louca para comprar, e ele me deu de presente – Tirou da caixa – Jason é tão fofo. Dá para acreditar que vamos nos casar mês que vem? Passou tão rápido.
- Verdade – Sentou ao lado dela – E como estão os preparativos?
- Ótimos, quase tudo está pronto.
- E a lua de mel?
- O Jas disse que vai ser surpresa, e para falar a verdade eu não me preocupo com isso, qualquer lugar com ele já se torna uma romântica lua de mel. Aaah! Eu o amo tanto, não vejo a hora de me tornar a esposa dele.
- Há! Há! Há! Eu imagino, quase na mesma semana que ele te pediu em noivado você foi atrás do seu vestido.
- Eu disse, não queria dar tempo dele se arrepender, e caso isso acontecesse eu jogaria na cara dele que já tinha comprado o vestido – Tirou a tampinha do perfume e borrifou em seu pulso esfregando no outro.
- Só você mesmo – Natasha balançou a cabeça sorrindo. O cheiro do perfume invadiu suas narinas e quase no mesmo momento seu estômago protestou. Levou os dedos para baixo do nariz – Mich não acha esse cheiro muito doce?
- Não, é ótimo. Não gostou?
- Não muito, eu sei lá, estou me sentindo um pouquinho... – Fechou a boca quando a sensação de vômito aumentou. Deu um pulo do sofá e subiu as escadas correndo, amaldiçoando a casa por ter banheiros apenas no andar de cima. Quase caiu quando virou para chegar ate seu quarto.
- Natasha... – Michelle veio correndo atrás dela preocupada.
Ela abriu com força a porta e levantou a tampa do vaso jogando- se de joelhos no chão e pondo para fora tudo o que comeu no jantar:
- Prima – Entrou e correu para segurar seu cabelo – Você está bem?
Ela ergueu um dedo pedindo para esperar e tornou a vomitar. Mich massageou suas costas aguardando pacientemente a prima se recuperar:
- Me lembra de nunca mais comer as comidas que o seu pai faz, é a segunda vez que vomito nesse ano por isso. – Baixou a tampa do vaso e deu descarga.
- Não é só você – Mich esticou- se e pegou uma toalha, abriu a torneira e molhou a ponta – Aqui.
- Obrigada – Pegou o pano e limpou sua boca.
- Se sente melhor agora?
- Sim, mas estou um pouco fraca - Respirou fundo. Michelle a ajudou sentar.
- Você está branca. Eu vou chamar tia Susan
- Não – Segurou sua mão – Minha mãe vai ficar preocupada, e eu só passei mal do estômago por causa da comida, vai ser perda de tempo fazer tanto alarde.
- Tem certeza? – Perguntou preocupada.
- Sim, sim – Ficou de pé de frente para a pia. Escovou os dentes, não queria ficar com aquele gosto horrível. Mich a ajudou passando o batom.
- Natasha – John a chamou no corredor.
Nat segurou nos pulsos da prima e pediu:
- Por favor, não diga nada a ele.
- Nat... – Não estava segura se essa era uma boa ideia.
- Por favor, Mich, eu não quero que ele se preocupe por nada
- Tá, tudo bem – Cedeu.
John entrou no quarto e parou quando as viu, Natasha abriu um sorriso tentando disfarçar:
- Oi
- Procurei você pela casa inteira, algum problema?
- Não, eu vim apenas retocar a maquiagem e Michelle me acompanhou.
- Ah... – Alternou o olhar de uma para outra – Está tudo bem mesmo?
- Sim, é claro – Se aproximou dele pegando seu braço – Então, já me encontrou, o que queria?
- Sua mãe está distribuindo brownies e ela disse para eu chamar você antes que Ethan acabe com tudo, Naya não consegue conte- lo.
- Oh está certo, vamos descer, mas acho que desta vez Ethan vai levar a melhor, não estou com muita fome. Comi demais.
- Hmm! Pensei que fosse descer correndo, sei que adora os brownies da sua mãe – Olhou para Nat e depois para Mich que apenas deu de ombro com inocência.
- Pois é! Mas eu comi demais. Vem, vamos – O puxou para fora do quarto.

Dezembro chegou ao fim, e Janeiro entrou com tudo. Na segunda semana todos foram comemorar a graduação de Ethan em engenharia, ele foi eleito o orador da turma por ter tido as melhores notas, fez um discurso emocionante para seus amigos, a família e Naya que declarou ama- La com toda a sua alma.
Na última semana do mês aconteceu o tão esperado casando da Michelle com Jason, tudo estava decorado bem como todos imaginavam que seriam o casamento dela, muito branco, azul e rosa, já que era sua cor favorita. Inclusive as damas, Kate e Natasha estavam com vestidos rosa, John e Daren estavam com seus smokings habituais, mas belíssimos.
Também no início do outro mês teria o lançamento das fotos da Natasha na revista Premium, John estava pirando com aquelas fotos, uma melhor que a outra. A preferida dele, ela usava uma lingerie preta, estava deitada no sofá, com as pernas sobre a costa do móvel, a costa sobre o acento e sua cabeça jogada para trás e seus olhos estavam fechados. Essa ele mandaria ampliar e colocaria em uma das salas da casa do Monte:
- Cara a Natasha é um mulherão – Sam apareceu do lado dele.
- Com certeza – Passou mais algumas fotos. Todas eram belíssimas, Beverly havia destacado bem os olhos da Natasha e disse que praticamente não precisou fazer retoques nenhum. John já sabia disso, dizia que Natasha era perfeita. Ele sentiu a respiração de Sam em seu braço e foi então que se deu conta de que estava fazendo. Minimizou a tela na mesma hora e o fuzilou – Você não tem que trabalhar? A revista vai ser lançada semana que vem e preciso de tudo pronto.
- Tá, tá. Não tem problema, eu posso comprar a revista e ver as fotos depois – Empurrou sua cadeira para trás e saiu de perto – Você está bem mesmo com isso? Tipo, Jeremy já espalhou para o mundo todo que Natasha é quem irá estrear sua nova coleção.
- Não posso mentir em dizer que adorei isso, tive vontade de esgana- lo. Mas ele está muito empolgado com ela, diz que a Nat é a modelo dos sonhos dele.
- Não só dos dele
John pegou a caneta da sua mesa e lançou em Sam:
- Dá para parar?!
- Há! Há! Desculpe, mas é verdade. Natasha é uma das mulheres mais lindas que já conheci, e olha que tem muitas dessas passando por aqui de mês em mês.
- Acha que não sei?! – Ele se jogou contra a cadeira respirando fundo – E agora o mundo todo vai saber.
- Eles iam ficar sabendo de um jeito ou de outro, você é uma pessoa pública e já tiveram muitas fotos juntos em sites de fofocas e outras revistas. E a bola da vez é a revista The Shine que está perguntando quando você pedirá a Nat em casamento.
- Jura que fizeram uma matéria sobre isso? – Ele levantou uma sobrancelha em ironia.
- Sim, eu vi hoje, página 42. E pra falar a verdade até eu to curioso a respeito disso – Se aproximou da mesa – E então?
John cruzou as mãos e soltou um suspiro seguido de um sorriso:
- Eu tenho pensado bastante nisso
- E?
- Eu acho que... – De repente duas batidas na porta o interrompem, e uma Natasha muito feliz apareceu.
- John você não vai acreditar – Entrou na sala e olhou para o amigo – Oi Sam.
- E aí Nat.
- O que foi que houve?
- Jeremy adotou Thomas – Deu a volta na mesa e parou na frente dele.
- Thomas?
- Sim, o garotinho da Casa das Marias que foi devolvido há um tempo. – Sentou em seu colo.
- Sim, sei quem é. Nossa – Pousou sua mão sobre a coxa dela e a outra sobre sua cintura.
- Ele ficou encantado pelo Thomas desde o primeiro dia, e hoje oficializou a adoção. Meu Deus, você precisava ver a carinha de felicidade do Thomas, ele gosta tanto do Jeremy, e agora vai ser seu pai.
- Eu o acompanhei em uma das visitas e vi o quanto estava feliz com o garoto.
- Pois é. Minha nossa eu estou tão feliz, é tão difícil uma criança naquela idade ser adotada. Jeremy se tornou meu herói preferido.
- Hmmm – John entortou a boca.
Sam caiu na gargalhada:
- Meu Deus como você aguenta isso?
- Ele só é assim porque sabe que eu o amo muito e não tenho coragem de deixa- lo. – Tocou o rosto dele lhe dando um selinho.
- Ainda bem por isso. – Sorriu.
- Oh! O amor é lindo – Sam disse sorrindo olhando os dois.
De repente um convidado não bem vindo entrou na sala, ou melhor, convidada. John a olhou feio e Nat sentiu seus músculos ficarem tensos quase no mesmo segundo em que a viu:
- Lucy o que faz aqui? E como ousa entrar na minha sala sem ser anunciada?
A loira olhou com ódio a cena bem a sua frente, Natasha sentada no colo de John e os dois abraçados. Se pudesse queimaria os dois com o olhar. Cerrou os dentes e respondeu:
- Eu vim aqui para perguntar se a palhaçada que Jeremy disse realmente era verdade, mas pelo o que vi aqui só me confirmou.
- Sim Lucy, Natasha é a capa do mês de fevereiro. – Ele respondeu sem demonstrar nenhuma expressão.
- Eu não acredito isso só pode ser brincadeira. Ela nem é modelo – Apontou para a morena.
- E mesmo assim Jeremy bateu o pé querendo ela
- Ele é um ridículo. Ela não vai vender nada.
- Vamos ver, os leitores é que decidem, se bem que em minha opinião vai ser impossível não comprarem, está incrível.
- Você é tão estúpido, não entende nada disso
- Eu acho que você se esqueceu em que eu trabalho – Ajeitou os ombros – Eu entendo muito bem disso. E isso é algo que já foi decidido e feito então eu peço que vá embora e não volte sem ser convidada. Você oficialmente está proibida de voltar a minha revista, não quero que manche a imagem da empresa.
- O que? – Ficou de queixo caído.
Natasha reprimiu um gigantesco sorriso, ela estava no território de John então o deixou cuidar das pragas:
- Está avisada, você não tem mais nada vinculado a essa empresa, então, por favor, para o bem da minha paciência não volte mais aqui – Olhou para Natasha – Minha linda acho que já está na hora de irmos, quer almoçar?
- Eu adoraria – Respondeu mostrando um sorriso.
- Linda? – Lucy enrugou o nariz.
Natasha saiu do colo de John e o mesmo segurou sua mão:
- Sam, por favor, acompanhe a senhorita Adams até a saída e avise aos seguranças que ela está proibida de botar os pés aqui.
- Sim senhor, será um prazer.
- Vamos – Conduziu Natasha para fora da sala, e a mesma lançou um olhar divertido para a loira que espumava de raiva.
Assim que eles saíram Sam empurrou sua cadeira ate a porta e a abriu:
- Senhorita Adams, por aqui, por favor.
- Você é um ridículo. – Passou pisando duro – Eu não preciso que ninguém me mostre à saída.
- Ah não, eu só ia acompanha- La ate o elevador, não tenho intenção de ficar mais de quatro segundos no mesmo lugar que você.
Ela virou para ele jogando seu cabelo:
- Se eu fosse você eu alertaria o seu amigo que a felicidade dele está com os dias contados
- Lucy faça um favor a si mesma e amadurece, vai viver tua vida e esquece o John. Isso é obsessão.
- Ninguém me diz o que fazer, e isso só vai acabar quando eu decidir, e eu pretendo derrubar todos eles.
- Está pensando em um novo sequestro? – Ergueu uma sobrancelha – Agora eu vou te dar um conselho, eu tomaria muito cuidado se fosse chegar perto da Natasha. Não se esqueça de que ela é namorada do John, e ele tem muitas influencias e inclusive dinheiro, poderia colocar o mundo todo atrás de você apenas por pensar em feri- La.
Lucy o encarou por alguns segundos antes de virar e sumir entre as baías e pegar o elevador.

O dia do lançamento havia chegado e Natasha estava uma pilha de nervos, acompanhava tudo pela internet e quando as primeiras notas começaram a ser postadas, seu coração quase saiu pela boca. Mich e Kate estavam com ela e as duas liam as matérias em voz alta e estavam impressionadas com o tanto de críticas positivas. Todos estavam amando a revista e a matéria. Um dos sites escreveu “A mulher dos melhores sonhos” e vários comentários a super elogiaram. Outro site escreveu “O tesouro que John Harris escondia a sete chaves em sua casa” isso arrancou altas risadas delas.
De repente o telefone da Natasha começou a tocar. Era John. Atendeu com empolgação:
- Oi grandão
- Você não tem ideia de como o site da empresa está congestionado com tantos e-mails, o pessoal mal está dando conta. Meu telefone não para de tocar com colunistas querendo uma entrevista com você.
- Oh Meu Deus! Eu não imaginava que ia ser tudo isso.
- Eu sim, sabia que ia ser um grande sucesso
- Há! Há! Há! Minha nossa, nem dá para acreditar. Meu pai também está louco aqui na agência com os telefones, varias pessoas ligaram perguntando se eu era a modelo revelação daqui.
- Você está famosa agora, e toda essa gente está atrás de você, e olha que é só o primeiro dia.
- Ai não! Essa é a única campanha que farei, eu não sirvo para isso.
- Não é o que os leitores dizem. Logo serão os estilistas que virão atrás, é só esperar.
- Meu Deus! Isso tudo é uma loucura – Começou a rir.
- Minha linda, eu preciso desligar, Sam está pedindo socorro.
- Há! Há! Há! Tudo bem.
- Podemos nos ver depois?
- Sim. Nos vemos em casa.
- Ok. Te amo.
- Te amo também – Desligou.
Foi uma manhã daquelas. Natasha corria de um lado para outro na agência atendendo telefonemas, falando com jornalistas e ate mesmo com estilistas. Deu Graças quando chegou ao apartamento. John já havia chegado e estava ao telefone e parecia nervoso:
- Eu tenho mesmo que ir? Outro poderia me substituir, talvez o Sam... Aaah! Sim, eu entendo... – Ele passou a mão no cabelo – Sim, sim. Estarei lá... Certo, ate mais. – Desligou e jogou o celular no sofá.
- Oi – Ela se aproximou dele.
- Nat – Sua expressão suavizou quando a viu e a abraçou – Como você está?
- Bem – Beijou seu pescoço – E você?
- Estou um pouco estressado.
- O que houve?
- Eu preciso viajar para Milão.
- Quando?
- Amanhã
- O que? – Entreabriu a boca.
- Eu sei, mas é preciso, é assunto da revista, e depois do lançamento de hoje eles mais do que nunca querem que eu vá.
- E quanto tempo vai ficar?
- Uma semana
- Tudo isso? – Estava para agir como criança e começar a chorar.
- Sim, mas eu vou fazer o possível para voltar antes.
- Ah – Fez beicinho. Não queria ficar tanto tempo longe dele, ia se sentir perdida sem ele.
- Minha linda não faça essa carinha, eu também não estou nem um pouco feliz de ficar longe de você por uma semana.
- Eu vou sentir muito a sua falta – Passou os braços em volta do pescoço dele ficando na ponta dos pés – Já estou sentindo.
- Eu também, mas vai ver como passa rápido – Beijou seu rosto.
- Nada passa rápido sem você aqui
- Eu digo o mesmo em relação a você – Alisou o cabelo dela – Mas logo eu voltarei.
Enterrou o rosto na curva do pescoço dele e resmungou. John abriu um sorriso e abraçou mais apertado tirando- a do chão.     

Continua...