História Simply, I love you. - Mensagem de Texto

[...]  já não aguentava mais ele [...]

Depois de tomar um bom banho e jantado ela voltou para o quarto. Quando puxou o lençol da cama seu telefone tocou alertando uma mensagem. Quando lembrou quem era quase deixou o celular cair pegando com tanto entusiasmo:
- Boa noite Nat. Espero que tenha aproveitado o resto do seu dia. Eu adorei nosso almoço, confesso que ocupou minha mente o tempo todo.
                                 P.S: Como prometido mandei a mensagem.
Ela quase caiu de costa com a confissão. Minha nossa, como com essas simples palavras ele conseguia deixa- La excitada. Quem ele pensa que é para falar que não parou de pensar nas horas juntos no almoço e ainda fazendo- a pensar em como ele estaria em sua cama e o quão suave ou bruto é o seu toque?! Ela ficou sedenta por seu toque. Ela balançou a cabeça expulsando esses pensamentos querendo retomar o controle da sua cabeça. Ela respondeu a mensagem:
- Boa noite para você também John! Fiquei feliz em ver que me chamou pelo apelido assim parece menos formal. Bom minha tarde teria sido mais proveitosa se não tivesse passado horas conversando com o senhor Perroud. Nossa que homem cansativo.
                                    P.S: Também pensei muito em nosso almoço.
Ela sorriu toda animada quando enviou a mensagem, e ficou esperando ansiosa pela resposta. Do outro lado, John estava sentado mexendo em seu notebook na mesa, tinha de terminar alguns trabalhos. Quando seu celular tocou e viu o nome dela sorriu. Lia atentamente a mensagem, mas o que mais lhe chamou atenção foi quando ela disse que havia passado horas conversando com Maxime, ele ficou irritado e cheio de ciúmes, pois conhecia a fama do homem, e tinha certeza de que havia dado em cima da Natasha. Ele bufou e teve vontade de ligar para Max e perguntar o que haviam conversado e deixaria bem claro a quem Natasha pertence. Ao invés disso ele respirou fundo e respondeu:
- Apesar de adorar seu nome, creio que não faz mal chama- La assim de vez em quando. E sobre sua conversa, espero que não tenha sofrido muito assédio do Max. – Ele queria chegar logo ao ponto, estava para explodir de ciúmes.
Natasha recebeu a mensagem e riu com o último comentário:
- Sinto em lhe dizer, sim fui bastante assediada, e descaradamente. Infelizmente terei de ir para Suíça próximo mês. – Ela não sabia como explicar, mas algo lhe dizia que John ficaria incomodado com essa notícia, e ela ficou muito entusiasmada em ver a reação dele.
- O que? Ela vai pra Suíça? E no próximo mês? – Ele apertou o celular na mão e cerrou os dentes – E vai sozinha? Arg! Não, de jeito nenhum eu vou deixar, eu conheço o Max e ele vai fazer o impossível pra ficar com ela e depois vai descarta- La como se fosse nada, igual às outras. Isso nem pensar. Natasha tem que me aceitar antes disso, só assim eu vou poder impedir isso, ou se não der, eu poderei ir junto – Ele respirou fundo procurando seu ponto de equilíbrio e lembrou-se dos brilhantes olhos azuis dela.
- Você pretende ir sozinha? Se não conhece o país pode se perder.
Natasha riu quando leu à mensagem ela sabia que ele estava irritado por saber que viajaria para tão longe. Ela resolveu brincar um pouco mais com os nervos do pobre John:
- Sim, eu vou sozinha, de fato não conheço o país, mas o senhor Perroud se ofereceu para me mostrar tudo, e provavelmente irei ficar em sua casa nos dias que passarei lá.
– Vibrou quando mandou a mensagem, queria mais que tudo ver a cara dele quando lesse. Ela aproveitou a ocasião para saber se John realmente gostava dela.
- O que? – Ele falou furioso – Na casa dele? Tá brincando comigo? E é claro que ele se ofereceria para fazer um tour pela cidade, aquele desgraçado só quer se aproveitar dela, mas nem por cima do meu cadáver, ela não vai sozinha nessa viagem. Eu não vou deixar.
- Tenho certeza que ele ofereceu sua companhia, e sinceramente não acho que seria bom você ficar hospedada na casa dele, já que pretende ir sozinha. E já tem data marcada para ir? – Ele digitou furioso.
Ela riu contente, realmente John estava preocupado com ela, e principalmente com ciúmes. Ela comemorou, pois queria apenas uma prova para poder avançar mais um pouco em seu relacionamento com ele:
- Ele foi muito gentil, um traço que combina com sua beleza. Acho que vou gostar da minha ida a Suíça, e sobre minha estadia não se preocupe com isso nossos quartos serão bem afastados um do outro, tenho certeza que nada aconteceria, afinal irei a trabalho. E sim a data já está marcada, dia 06 de setembro, amanhã mesmo irei fazer a reserva, já que estamos no meio de agosto. – Ela provocou, estava adorando essa brincadeira.
- Como é? Ela acha ele bonito? E vai gostar da estadia na casa dele? Rum! Natasha você está brincando comigo. E os quartos Há! Como se isso fosse impedi- lo de tentar algo. – Ele bufou – Droga o dia está muito perto, eu tenho que fazer algo – Ele discou o número da sua secretária e no quarto toque ela atendeu.
- Sim senhor Harris
- Brenda, eu quero que cheque minha agenda no dia seis de setembro e veja se tenho algum compromisso.
- Sim senhor, só um minuto – Deu para ouvir seus passos acelerados. Em um minuto ela respondeu – Não tem nada marcado para esse dia senhor.
- Certo! Para quando está marcada a reunião com Maxime Perroud?
- Deixe- me ver... Hmm... Para 20 deste mês, na próxima semana, ele virá para Nova York.
- Desmarque, e reagende para o dia 06 de setembro na empresa dele, e, por favor, entre em contato com Duncan e diga que faça os reparos necessários no meu avião antes de embarcarmos.
- Sim senhor, mais alguma coisa senhor?
- Não, por enquanto não, qualquer coisa eu ligo para você. Obrigado Brenda, tenha uma boa noite.
- Uma boa noite para o senhor também.      
Ele desligou o telefone e foi direto nas mensagens:
- Eu espero que consiga uma boa reserva, passagens para fora do país nesta temporada são bastante caras. E sobre Max tenha cuidado, a fama de mulherengo se espalha. Bom eu tenho uns assuntos para resolver, tenha uma boa noite senhorita Donovan. – É claro que ele não diria que ia embarcar junto com ela para Suíça, e sua raiva estava nas alturas para tentar enviar uma mensagem amorosa, preferiu dar por terminado essa conversa.
- O que? – Ela releu a mensagem e não entendeu a frieza que ele a tratou – Será que ele ficou com raiva? Estava todo preocupado agora pouco, e agora me tratou com indiferença. Será que fiz mal? – Ela mordeu a ponta do lábio e sentiu a culpa bater forte, não sabia o que responder então apenas enviou.
- Boa noite senhor Harris
Ela suspirou e se ajeitou embaixo dos cobertores, deixou o celular no criado ao lado da cama e ficou olhando esperando que chegasse outra mensagem, mas após alguns minutos sem resposta ela apenas virou para o outro lado e esperou o sono.
John olhou para a última mensagem dela e soltou um longo suspiro:
- Acho que fui frio demais – Ele começou a digitar algo, mas apagou. Deixou o celular de lado e recostou à costa na cadeira. Passou as mãos pelo cabelo e pensou sobre o que fez – Hunf! Você não sabe o que eu faria por você... Para mante- La só para mim. Natasha. Eu nunca tinha feito algo parecido assim para ninguém... Mas você, arg! – Ele levantou da cadeira – Mas quando eu lembro que você vai ficar perto o suficiente daquele desgraçado do Max eu não consigo segurar meu ciúme – Ele saiu do quarto irritado e desceu para a cozinha. Passou pela sala entrando na cozinha indo direto para a geladeira. Talvez uma boa água gelada acalmasse seus nervos.
No outro dia Natasha levantou cedo e foi caminhar como sempre fazia, isso é, quando tinha tempo. Depois que voltou seu pai lhe entregou alguns trabalhos para resolver por ele. A tarde ela vestiu uma calça jeans, uma blusa simples de manga e um tênis. Desceu as escadas e avistou sua mãe no balcão da cozinha preparando alguma coisa:
- Mãe estou indo, volto antes do jantar
- Está bem querida, diga que mandei um abraço e na próxima eu irei com você
- Pode deixar – Seguiu para a porta. Assim que saiu tirou as chaves do carro da bolsa seu celular tocou. Era John – Oi John.
- Oi Natasha, tudo bem?
- Sim, e com você? – Entrou no carro e deixou a bolsa no banco do passageiro.
- Bem também. Liguei para me desculpar pelo modo como tratei você ontem naquela última mensagem, fui muito frio e acho que ate rude, e queria perguntar se aceita sair comigo para dar uma volta.
- Oh! – Ela piscou algumas vezes tentando analisar a situação – John você não precisa se desculpar por nada, eu realmente achei estranho o modo como enviou, mas não foi nada de mais, não se preocupe. E sobre seu convite, eu sinto muito, mas vou ter que recusar, é que eu tenho outro compromisso agora e na verdade estou saindo de casa.
- Oh – Ele ficou surpreso e mesmo não querendo admitir, magoado. – E posso saber aonde vai?
- Bom é um lugar especial que frequento há um tempo, eu e meu amigo, e por falar nisso tenho que buscar ele. Ah John você se importa se eu ligar mais tarde? É que já estou saindo.
- Hmm! Não, tudo bem. A gente se fala mais tarde então, ate mais.
- Ate – Ela desligou e ficou olhando para seu celular – Eu adoraria sair com você, mas além de ter um compromisso esse foi o troco pela sua frieza ontem à noite. – Ela riu e deixou o celular de lado, deu a partida no carro e foi embora.
John estava em seu escritório na sua casa, ainda atordoado por ter sido dispensado e pela resposta evasiva dela do lugar aonde iria, e novamente com ciúmes por causa desse tal amigo. Ele desconhecia os sentimentos do próprio corpo, nunca havia perdido a cabeça com a garota alguma, nunca havia sentido tantos ciúmes como sente por Natasha, e começava a se perguntar se era natural sentir tudo isso.
À noite na hora do jantar a família Donovan estava toda reunida:
- Você vai sair hoje Ethan? – Taylor perguntou trazendo a comida para cima do seu garfo.
- Vou, os rapazes vão se reunir do bar do Cesar vamos discutir sobre a última apresentação do trabalho da faculdade e também um dos engenheiros da companhia vai estar lá, e eu não quero fazer feio.
- Está certo meu filho, mostre como você é capaz – Seu pai elogiou.
- E você Nat? Já terminou o trabalho que lhe dei? – Olhou para ela.
- Já sim pai, já estão todas organizadas e separadas, posso entregar depois para você
- Não, você me entrega amanhã na reunião dos sócios
- Reunião dos sócios? Eu não sabia disso
- Viu só Taylor, você está sobrecarregando muito nossa filha, assim ela fica perdida
- Não mãe, não se preocupe, é que eu não fui informada
- Desculpe, pensei que tivesse passado isso a você. Todos os nossos sócios já foram informados.
- Não disse nada... Mas tudo bem. 
- Bom agora já sabe. Quero amanhã você cedo na empresa, alguns dos sócios não conhecem você e quero que estejam cientes com quem vão lidar quando eu sair – Sorriu.
- Tudo bem pai
- E já sabe nada de calça jeans ou tênis.
- Sim senhor, eu sei me vestir para uma ocasião importante sabia?!
- Há! Há! Eu sei – Comeu – Eu fiquei impressionado que já tenha terminado todo aquele relatório, pensei que fosse demorar pelo menos ate amanhã.
- Taylor não fale de boca cheia, coisa feia – Bateu de leve no braço dele repreendendo- o.
- Desculpe – Engoliu.
- Não, era um relatório simples, terminei em menos de duas horas – Pegou a comida com o garfo.
- Sério? A maioria dos meus funcionários se atrapalha todo com isso, e não conseguem entregar com a perfeição que eu queria
- Bom se eu estou sendo preparada para suceder o senhor não posso falhar em nada
- Eu gosto de ouvir isso, continue pensando assim princesa – Elogiou cheio de orgulho.
Depois do jantar Natasha voltou para o seu quarto deu uma última revisada no relatório de amanhã e foi dormir toda hora de sono era preciosa.