1. Spirit Fanfics >
  2. Simply, I love you. >
  3. Diga as três palavras mágicas

História Simply, I love you. - Diga as três palavras mágicas


Escrita por: Azumy_18

Capítulo 44 - Diga as três palavras mágicas


Fanfic / Fanfiction Simply, I love you. - Diga as três palavras mágicas

[...] recebeu varias chamadas de John que ignorou com satisfação. [...]

Sean sentado no sofá assoviou quando a viu resmungar algo e passar as mãos pelo cabelo:
- Uau! Quem deve ter medo de você? – Ele perguntou achando graça.
- Meu namorado, ou ex- namorado, eu não sei – Jogou os ombros para trás – Nós mal começamos e já estamos com problemas.
- Ah é, eu li em um site que você estava namorando um figurão.
- John. É o dono da revista Premium.
- Eu achei estranho quando li aquela nota, e vi várias fotos, você nunca gostou de ter sua vida exposta. Sempre evitou ate sair nas fotos da festa da agência.
- Pois é. Eu não tinha concordado, eu nem sabia pra falar a verdade, ele pediu para publicarem, um dia depois de ter me pedido em namoro, e ainda por cima brigamos por causa disso.
- Nossa! Isso não se parece em nada com você Nat – Batucou seu dedo no copo em sua mão – Você nunca foi de brigar com ninguém. Quando namorávamos dificilmente nos desentendíamos, o Raphael ate perguntava se éramos um casal de verdade, estávamos sempre de acordo com quase tudo.
- Verdade. – Sorriu balançando a cabeça – Nós tínhamos um relacionamento muito bom. Não era estressante nem sobrecarregado.
- É! Eu gostava muito estar com você... Tanto que acabamos voltando para o status de amizade e não nos demos conta.
- Há! Há! Sim. Queria que a relação com a John fosse assim, mas ela está me consumindo em certos momentos, eu não sei lidar com todas essas pessoas em volta dele, principalmente as ex. Eu sei lá.
- Quer falar sobre isso?
- Quer escutar?
- Nós temos a noite toda, e você é minha amiga – Segurou a mão dela.

John não esperou Phillip ir ate a festa busca- lo ia demorar mais, saiu às pressas da festa e pegou o primeiro taxi que passou. Pediu para o motorista pisar fundo. Pegou seu celular e tentou ligar novamente para Natasha, mas caiu direto na caixa postal, ele resmungou e tornou a ligar para Phil que atendeu no segundo toque:
- Senhor
- E então? Sabe onde ela está?
- Não senhor, tudo indica que saiu do hotel
- Saiu? Oh! Deus – Gemeu em frustração – Ela levou a mala?
- Não, ainda está aqui, mas levou algumas roupas
- Ela disse para onde ia?
- Disse que estava na casa de um amigo
- Um amigo? Ela conhece alguém nesse raio de cidade?
- Parece que sim. Eu não consegui rastrear- La, tirou o chip e desligou o telefone
- Merda – Rosnou.
- Senhor ela está bastante magoada
- Eu aposto que sim – Ele fechou os olhos recostando a cabeça no banco passando a mão sobre a testa – Eu já estou chegando.
- Esperarei na entrada
Dez minutos depois John chegou saindo do taxi apressado, mal atravessou as portas e Phil apareceu ao seu lado:
- Não conseguiu falar com ela?
- Não senhor, ainda continua desligado
- Droga – Eles entraram no elevador e subiram ate o último andar.
John abriu a porta como se por um milagre fosse encontra- La deitada dormindo tranquilamente e tudo não passaria de uma hora ruim, mas não foi isso o que aconteceu:
- Meu Deus. Eu preciso encontra- La – Passou as mãos no cabelo em exasperação.
- Não tem como, não adianta rodar uma cidade grande como essa batendo de porta em porta, seria perda de tempo.
- Esse é o único meio que tenho
- Deixa- a esfriar a cabeça, espere ate amanhã.
- Eu conheço a Natasha, ela deve estar me odiando agora, eu não posso deixar que isso aconteça, que nos atrapalhe
- Você devia ter contado a ela que iria a essa festa. Por que não a chamou?
- Eu sabia que ela estava cansada da viagem, ela não dorme em aviões, e estaria exausta quando voltasse da reunião, eu queria que ela descansasse. – Suspirou olhando para a cama bagunçada com sinais de que ela estivera deitada ali – É lógico que eu queria leva- La como minha acompanhante, mas ela estaria esgotada, achei que deixando ela aqui serio o melhor.
- Tivesse dado essa explicação a ela, você nem se quer ligou dizendo que havia chegado
- Ah! Eu sei, eu mal desci do avião e já estavam me ligando a respeito da festa, eu tive tempo apenas para trocar de roupa
- Mesmo assim rapaz, você devia te- La avisado, Natasha não teria se importado em ficar aqui esperando- o.
- Você falando assim soa como se eu tivesse agido como um egoísta
- Desculpe, mas foi isso o que passou pela minha cabeça
- Ah – Ele bufou sentando na cama.
- Ela estava furiosa quando liguei a ultima vez, tentei convence- La a me dizer onde estava e a voltar para o hotel, mas ela respondeu que você não precisava da companhia dela hoje, pois já tinha uma. – Phil sorriu lembrando a fúria com que ela disse isso. É com certeza, Natasha era diferente de todas as outras que estiveram com John.
- Oh! Por Deus, é claro que eu preciso dela. – Ergueu os braços na frente do corpo gesticulando sua resposta.
- Devia ter contado a ela sobre Olivia
- Não havia nada para contar, Olivia é apenas uma amiga – Falou com desgosto.
- Amiga agora, mas nem sempre foi assim – Cruzou os braços na frente do corpo apertando seus músculos.
- Sim, tem razão, mas ela não representa mais nada para mim – Ele levantou irritado – Natasha é minha namorada, é com ela com quem eu quero estar.
- Não foi desse jeito que ela interpretou quando assistiu a reportagem. E torça para ela não ver os sites de fofoca amanhã, isso só a fará querer embarcar no primeiro voo de volta a Nova York.
- O que? – O encarou com os olhos arregalados.
- Ah sim. Ela disse que voltaria amanhã e que não era para você interferir.
- Não, não, ela não vai voltar, não assim, não sem mim
- Olha rapaz, ela está chateada, com raiva se sentindo traída, eu vi a reportagem pela internet e dou razão a ela para estar assim. O modo como você e Olivia estavam conversando qualquer um suspeitaria de algo entre os dois... Então meu conselho é que dê esta noite para Natasha se acalmar, estar na casa de um amigo pode ajudar.
- Mas eu não a quero na casa de amigo nenhum, quero ela aqui – Socou a parede.
- Só deixe ela processar tudo isso, e tente descansar um pouco também – Phillip deu um passo atrás dando meia volta e saindo do quarto.
John tirou seu paletó e afrouxou o nó da gravata fixando seu olhar na mala aberta dela, desde que chegara não a vira nem mandara uma mensagem para saber como estava. Ele se sentiu um inútil por ter feito tudo sem dizer a ela. Prometeu a si mesmo que na manhã seguinte colocaria a cidade de cabeça para baixo, mas a encontraria.

De manhã Natasha acordou bastante indisposta, não dormiu quase nada, ficou ate meia noite conversando com Sean, e boa parte da madrugada enquanto ele dormia no sofá ela ficou rolando na cama repassando na cabeça tudo o que vira. Tomou café junto com Sean no quarto, e pediu uma carona a ele ate a casa de Maxime. Para sair do quarto sem ser vista por Phil ou John, ela pegou um boné emprestado, amarrou o cabelo e o escondeu debaixo. Sean achou bastante engraçado aquela situação, ainda mais depois de saber toda a história. Quando a deixou na porta da mansão convidou para almoçar prometendo vir busca- La, e a mesma aceitou. Botou o melhor sorriso na cara e encarou o trabalho:
- Suponho que possa me dizer o porquê de John ter saído tão cedo da festa ontem – Max retrucou quando terminaram a reunião.
- Não, sinto muito não sei – Respondeu com indiferença ajeitando seus papéis.
- Hmm – Batucou seus dedos sobre a mesa – Achei que estivessem namorando, ou melhor, o mundo todo achou.
- Nunca confie num site de fofoca
- Oh! Entendo. Harris é um idiota por perder uma mulher tão bela como você
- É – Não estava afim de falar sobre aquilo, só queria sair dali, havia mandando uma mensagem para Sean avisando que estava saindo e ele respondeu que já estava a caminho.
De repente o celular de Maxime começou a tocar, ele tirou do bolso e abriu um sorriso quando viu quem era:
- Meu caro John, em que posso ajuda- lo? – Sua voz saiu irritantemente animada.
Natasha olhou para ele assustada e passou uma mão na frente da outra, gesticulando para Max dizer que ela não estava ali:
- Natasha? – Olhou para ela, e vendo que estava aflita tirou o sorriso do rosto e concordou – Não, vi ela ontem, depois não soube de mais nada – Ele parou de falar por alguns segundos – Entendo. Se precisar de alguma coisa é só me ligar. Certo, ate mais.
Nat relaxou os ombros olhando para o lado soltando a respiração que havia prendido. Max deixou o celular sobre a mesa e a encarava fixamente:
- Ele está bastante preocupado
- Estivesse assim ontem
- O que aconteceu?
- Logo os sites de fofocas vão dizer
- Não acredite em tudo o que esses sites falam – Sorriu de canto falando a mesma coisa que ela havia dito.
- Hunf! Você sabe quem é Olivia Britt?
- Olivia? Um pouco, ela trabalha na revista Premium de Londres, é o braço direito do presidente e correspondente de John, ela repassa tudo o que acontece lá para ele. Já que Mark Harris criou vários polos em alguns países, todos eles se reportam diretamente a John, que é o dono e sócio majoritário. Mas por que a curiosidade?
- Nada especial – Desviou o rosto para outro lado. 
- Ela estava ontem na festa, achei que fosse encontrar você lá como acompanhante do Harris.
- Eu estava muito cansada, horas de viagem seguida de uma reunião, fiquei esgotada.
- É uma pena. Teria roubado toda a atenção para si.
- Duvido muito – Levantou segurando seus papéis junto com ao corpo – Mas obrigada pelo elogio.
- É um prazer. Eu a acompanho ate a saída. Alguém vem lhe pegar?
- Sim, um amigo
- Oh! Eu conheço bastante o John para saber que ele se morderia de ciúmes se soubesse disso.
- Parei de me importar com o que John pensa ou não de mim
- Uau! – Ele ergueu as mãos em sinal de rendição, arrancando um sorriso dela. A sala onde estavam ficava perto da porta, quando saíram Sean estava escorado no carro esperando- a – Um amigo certo? – Maxime perguntou olhando para o rapaz que se afastou para abrir a porta para ela.
- Ex- namorado.
- Agora entendi – Sorriu erguendo as sobrancelhas – Ate breve senhorita Donovan.
- Ate senhor Perroud – Entrou no carro. Sean deu a volta tomando seu assento e seguindo viagem.
O almoçou foi uma excelente distração para Natasha, ela aproveitou cada segundo, era sempre uma ótima terapia conversar com Sean, ele sempre dizia a coisa certa na hora certa, era um dos pontos fortes que ela adorava quando namoravam, ele sempre a escutara e ajudava, ficavam mais próximos quando desabafavam um com outro, eram o exemplo de casal perfeito, ate caírem na rotina e optarem por amizade.
Duas horas de almoço e em seguida ele a deixou no hotel:
- Obrigada Sean, você me ajudou muito, eu nem sei o que faria ontem se você não estivesse aqui – Tirou o cinto e olhou para ele tocando sua mão.
- Eu sempre vou ajuda- La quando precisar de mim. É uma ótima amiga, sempre adorei ver o sorriso em seu rosto, e vendo você assim tão triste me corta ao meio.
- Eu vou ficar bem, voltarei para Nova York hoje e tudo vai se resolver
- Não se preocupe com o senhor gostosão, se ele não fez jus a mulher que teve ao lado outro fará.
- Há! Há! Obrigada Sean. A gente se vê em NYC.
- Tchau Natsy – Beijou a mão dela e a deixou sair.
Quando entrou no elevador pegou seu celular para checar suas mensagens e a maioria delas eram de John, de diversos jeitos
“Onde você está?”, “Precisamos conversar, por favor, atenda”, “ Natasha eu estou desesperado me diga onde está, eu quero saber se você está bem” , “ Minha linda, por favor, eu preciso explicar aquilo, me atenda, ou pelo menos responda a mensagem”  . Ela apertou o celular contra o peito. Quando saiu do elevador e ficou de frente para porta respirou fundo torcendo para não encontrar John lá dentro, mas preparada caso contrário. Não teve sorte, ele estava sentado no sofá com a cabeça entre as mãos parecendo atormentado. Ela queria se ajoelhar na frente dele e abraça- lo, mas não podia deixar seus sentimentos falarem agora. Ela fechou a porta com força e passou direto para o quarto. John ergueu a cabeça com o susto, e quando a viu pulou do sofá indo atrás dela:
- Onde você estava? Eu fiquei preocupado, não dormir a noite toda
Natasha fingiu que não estava ouvindo, pegou a mala do chão e colocou sobre a cama, jogando dentro a roupa que estava usando ontem, foi para o banheiro pegar seus itens de higiene:
- Aonde vai?
- Para onde acha que estou indo? Para casa – Respondeu ríspida guardando tudo dentro de uma bolsa enfiando na mala. Havia usado pouca roupa desde que chegara, foi rápido arrumar tudo.
- Não, você não vai a lugar algum – Ele parou diante da porta que dividia o quarto da sala.
- Você não pode me impedir – Fechou sua mala e a puxou de volta para o chão – Eu já liguei para a companhia aérea, tem um voo saindo para Nova York daqui a duas horas, e eu pretendo pega- lo. – Parou na frente dele.
- Eu não vou deixar. Você vai me escutar primeiro
- Para que tanto esforço? – Ergueu os ombros – Eu já entendi tudo, você gosta de estar comigo quando estamos em um quarto ou algum lugar com pouca gente, mas em uma festa para mega empresários é com garotas como Olivia Britt que você gosta de ir e se mostrar.
- O que? Não, pelo amor de Deus não. Você está dizendo besteiras, eu nem sabia que ela estaria lá. E eu não chamei você porque sabia que estava cansada, queria que descansasse, no outro dia a chamaria para sair.
- Ora! Por favor, e você espera que eu acredite nisso?
- Sim – Concordou – Por que é a verdade. Natasha, por favor, me escuta, aquilo que viu não era nada de mais, você entendeu errado.
- Oh! Nada de mais? – Ironizou sorrindo – Passar a mão na sua perna não é nada de mais, ficar menos de dois centímetros do seu corpo não é nada de mais, rir igual a um idiota apaixonado não é nada de mais, tratar ela como se fosse sua namorada não é nada de mais – Ela falou bem alto.
- Mas ela não é – Respondeu no mesmo tom – Você é.
- Não sou mais
- O que?
- Não quero mais ser sua namorada, acabou para mim.
- Você não pode estar falando sério – Ele sentiu suas pernas o abandonarem, e as forças se esvaírem. Era como arrancar seu coração fora e perfura- lo na sua frente.
- Estou sim, eu não aguento isso, não sei lidar com tudo isso. Eu não quero.
- Natasha, olha pra mim – Segurou o rosto dela – Por tudo o que é mais sagrado não faça isso, não me deixe, quem não vai saber lidar com seu abandono serei eu. Por Deus, eu não sei viver sem você.
- Ontem você demonstrou que consegue – Segurou os pulsos dele puxando suas mãos do seu rosto.
- Não é verdade. Me deixe explicar.
- Eu não quero ouvir – Ela estava ficando alterada, John negava com a cabeça e a impedia de passar, isso só a irritou mais – Saia do meu caminho – Ela gritou.
- Você não vai a lugar algum – Gritou de volta fazendo- a dar um passo atrás. Ele segurou as laterais das portas – Eu juro que se passar por aquela porta eu irei atrás de você, e a seguirei para qualquer lugar ate se cansar e resolver me escutar – Ele baixou seu tom de voz não querendo assusta- La.
- Porque fez aquilo comigo John? – Lágrimas começavam a rolar sob seus olhos.
- Eu não fiz nada, eu juro. Estávamos apenas conversando. Eu não fazia ideia de que ela estaria lá, não me disse nada de que viria para Suíça.
- Oh! E ela precisa dizer? – Não conseguia esconder a ironia, nem queria.
- Sim, quando for assunto de trabalho sim. E ela está aqui como funcionária da empresa.
- E você como um ótimo patrão foi fazer companhia a ela, que prestativo.
- Ela trabalha para mim, eu fui apenas cumprimenta- La, só que ela me convidou para sentar, eu aceitei porque assim conseguiria me livrar da Lucy
- Não, na hora que a matéria estava sendo exibida era ao vivo e você estava falando com a Lucy, depois que a repórter comentou sobre Olivia mostraram vocês dois.
- E você a viu no meu lado junto com a Lucy?
Ela parou o que ia dizer para pensar no que ele disse. Repassou a matéria na cabeça no momento em que filmou ele conversando com Lucy, e realmente não havia ninguém perto, apenas uma cadeira vazia e vários outros homens na mesa, somente a loira de mulher:
- Não viu não é?!
- Que diferença isso faz? Vocês estavam juntos
- Ela havia saído depois que eu havia falado sobre você e a vontade de te – La ali comigo
- Oh! Tadinha saiu decepcionada, pensando que conseguiria transar com o chefe mais tarde. Acho que devo desculpas a ela.
- Para Natasha – Segurou os braços dela – Mesmo que ela tivesse com essa intenção não ia conseguir nada. Eu tenho você, e não preciso de mais ninguém.
- Não consigo acreditar em você – Cuspiu as palavras com raiva – Não paro de pensar que seu não tivesse falado com o Phil ele não teria ligado e você não teria voltado sem sua caça. Me desculpe John, não era minha intenção fazer você perder sua noite. Ela é uma linda mulher, com certeza boa de cama, boa o bastante para você.
- Para com isso – Falou alto sacudindo- a – Para – Segurou o rosto dela recostando suas testas – Por favor, para. Mesmo que ele não tivesse ligado nada ia acontecer ontem, eu ia sair cedo e voltaria para o hotel louco para encontrar você. Passei um dia inteiro sem te ver, estava ficando maluco.
- Estava tão maluco que nem se quer mandou uma mensagem para dizer que estava bem – Chorou de raiva, aquele contato a estava amolecendo e ela não queria ceder.
- Eu sei, me desculpe, eu mal consegui mandar uma mensagem para o Phil antes de ser bombardeado de compromissos e ligações.
- Então porque não me atendeu quando eu liguei a noite?
- Eu... - Olhou nos olhos dela respirando com dificuldade.
- Estava com ela não é?! Desligou o telefone para não ser interrompido – O encarou com os olhos banhados em lágrimas. Se afastou dele dando dois passos para trás.
- Eu estava ocupado falando com um empresário importante, sim ela estava comigo, mas estava concentrada no que ele dizia. Era um contrato importante que estávamos fechando.
Natasha enterrou as mãos nos cabelos e virou de costas soltando o ar pela boca:
- Eu não vou esquecer o modo como olhava para ela. Com desejo, atração, louco para comer ela.
- Não, isso não é verdade. Eu não sinto nada por ela, não pode duvidar disso.
- Como não? – Virou de frente para ele novamente aumentando o volume da sua voz – Como não John? Eu não sei quem ela é, eu não sei o que vocês tiveram ou ainda tem... Mas eu sei de uma coisa, o modo como se olhavam qualquer um poderia entender o que estava acontecendo ali. Eu conheço aquele olhar.
- Eu não tenho nada com ela. Olivia faz parte do meu passado assim como Lucy, ela apenas trabalha para mim, essa é a única relação que nós temos. Ela sabe que eu estou com você e que estou apaixonado. – Ele estava destruído só de vê- La daquele jeito, faria qualquer coisa no mundo para sumir com aquela tristeza que atravessava seu rosto e por no lugar seu lindo sorriso.
- Parte do passado – Concordou cerrando os lábios em uma linha dura virando o rosto para o lado – Tem muita gente que faz parte do seu passado. Diria que ate de mais.
- Natasha... Minha linda... Acredite em mim, aquilo não teve significado nenhum para mim, eu não senti nada quando a vi, não enxerguei nada mais do que uma amiga.
Ela respirou fundo tentando controlar seu choro que não parava de vir. Pousou as mãos na cintura:
- Era só isso o que tinha para me dizer? Eu tenho um voo para pegar – Ela deu alguns passos pegando sua mala passando por ele, mas John segurou o pulso dela e a puxou prendendo em seus braços – Arg! Me solta John – Se debateu.
- Quando o casamento foi cancelado, eu me atolei no trabalho e esqueci do mundo. Algumas semanas depois Olivia veio de Londres para trazer os últimos balanços e as próximas matérias como sempre faz – Puxou o ar contando a história enquanto tentava mante- La firme em seus braços – Eu não sei em que momento ela começou a dar em cima de mim e eu a responder. Ela apareceu na minha sala no final do expediente, se jogou no meu colo e disse que só queria transar comigo, não queria nada sério. Eu estava abatido pelo fim do noivado e não percebi como estava cansado de só viver para o trabalho, então acabei aceitando.
- Não... – Ela soluçou, queria sair dali, dos braços dele, do quarto, queria correr ate suas pernas tremerem e a jogarem no chão.
- Nós ficamos juntos por duas semanas. Ela apareceu num momento em que eu estava vulnerável, precisando que alguém me ouvisse e conversasse comigo sem sentir pena de mim. E ela me ofereceu isso – Não tirou os olhos dela por nenhum segundo. Estava despedaçado ao vê- La naquele estado, mas precisava contar, só assim ela entenderia e o perdoaria – Depois ela voltou para Londres e tudo acabou, não mantivemos contato, exceto a respeito do trabalho, nunca tocamos no assunto, e ficamos amigos. Eu encarei aquilo como uma terapia para poder dar a volta por cima e seguir em frente. E foi o que eu fiz.
- Mas parece que para ela ainda não acabou, queria mais, ontem eu vi isso – Cerrou os punhos – Eu sou tão idiota, eu não vou saber lidar com suas ex, isso é de mais para mim. E eu estou me odiando porque deixei chegar tão longe, disse a mim mesma que não deixaria isso acontecer, eu não sentiria.
- Do que está falando? O que não quer sentir? – Franziu a testa.
- Não, eu não vou falar, eu me recuso – Negou sentindo todo seu corpo tremer quando soluçou outra vez.
- Diga, eu quero ouvir – Sua voz saiu baixa e triste.
- Não, eu vou esquecer isso
- Não, por favor, diga para mim, eu preciso ouvir. Diga – Sussurrou o último pedido – Eu não sei do que se trata, mas quero ouvir.
- Nã... – Chorou ainda mais. Abaixou a cabeça recostando sobre o peito dele. Suas pernas vacilaram, e ele a segurou apoiando- a contra seu corpo.
- Por favor, minha linda, diga. – Apoiou seu rosto sobre a cabeça dela.
- Droga... Não, eu não posso.
- Pode sim, eu quero ouvir
- Ah... – Fechou com força os seus olhos – Eu não queria sentir isso, mas está me consumindo. Teria sido melhor se não tivéssemos nos conhecido.
- Do que você...
- Eu amo você – Falou enfim. Ela pode sentir todo o corpo dele ficar tenso, seu coração que já estava batendo rápido, acelerou e a respiração ficou mais densa – Eu não queria dizer, sei que não sente o mesmo, e isso só me machuca – Conseguiu firmar seus pés no chão e se afastar.
- Nat... – Ele estava em choque.
- Esqueça... Eu vou tentar fazer o mesmo – Limpou seu rosto com a costa da mão. Pegou a alça da mala e andou ate a porta.

 

Continua...



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...