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História Simply, I love you. - Nos meus 15 anos...


Escrita por: Azumy_18

Capítulo 50 - Nos meus 15 anos...


Fanfic / Fanfiction Simply, I love you. - Nos meus 15 anos...

[...] a única maneira que ele descobriu para faze- La dormir. [...]

Ele vestiu sua calça e sentou em frente a uma pequena mesa onde estava seu computador, ligou conectando os fones para não acordar Natasha enquanto falava com Sam pelo Skype:
- John já está voltando? – Sam perguntou assim que a tela abriu.
- Sim, estou no jatinho agora
- Está sozinho? – Ergueu uma das sobrancelhas.
- Não, Natasha está comigo
- Oh! Agora entendi o porquê dessa sua aparência de quem trabalhou o dia todo no sol quente. Há! Há! Há! Ela dá trabalho hein
- Na verdade eu é que cansei ela – Sorriu olhando para o lado, para a cama onde ela estava dormindo antes de voltar a falar – Eu não descansei desde quando levantei, tive duas reuniões cansativas hoje de manhã, e também me ocupei em achar uma solução para a falta de sono da Natasha em aviões.
- Ooh! Entendi – Ele começou a rir – É com certeza esse é o melhor remédio para o problema, e você meu amigo é a cura para os problemas de insônia de qualquer garota. Você é tipo uma aspirina, cura tudo.   
- Há! Há! Há! Cala a boca Sam – Balançou a cabeça. Sam sempre conseguia anima- lo, ate quando não pedia suas piadas intrometidas – Pelo menos ela está dormindo profundamente... E eu também estou louco para me juntar a ela, mas antes preciso falar com você sobre a Lucy.
- Cara aquilo foi maluquice, tem muita gente condenando você, outros estão te chamando de “O salvador”, eles acham a Lucy louca.
- Ela é louca – Puxou a respiração soltando pesadamente – Você conseguiu controlar isso?
- Um pouco, expliquei algumas coisas, que nem tudo o que ela havia dito era verdade, mas claro eles não acreditaram 100% na minha palavra.
- Quanto a isso acho que tenho uma solução. Natasha acha que se eu comentasse esse assunto desde o término do noivado com a Lucy e o tempo em que a conheci, os repórteres vão me deixar em paz, só que eu teria de dizer a verdade do porque tudo foi cancelado.
- Essa é uma boa alternativa – Coçou o queixo elaborando a ideia – Mas acha que vão acreditar em você?
- Talvez não sozinho – Coçou a testa repassando tudo o que diria na entrevista – Por isso a Nat concordou em dar uma entrevista para a minha revista contando como nos conhecemos.
- Isso é serio? – Arregalou os olhos – Cara isso seria ótimo. Os sites não conhecem muito bem a Natasha, exceto quando a agência do pai dela está envolvida. Eles não sabem como ela é, e quando a conhecerem vão ter certeza de que está falando a verdade... Lucy já provou diversas vezes que não é confiável, tanto que o site da Star publicou a matéria falando sobre a entrevista dela, mas ficou na dúvida se era realmente verdade.
- Exatamente. Eu soltei a nota do nosso namoro um dia depois que havia feito o pedido.
- Isso, e tudo pode ser confirmado – Sam parecia ter achado a descoberta para um problema de calculo super difícil – Eu vou arranjar tudo aqui.
- Certo, faça isso – Suspirou – Agora eu preciso mesmo dormir.
- Tem mesmo, do jeito que ta acostumando essa mulher na hora em que acordar já vai estar pulando em você atrás de mais
- Não vou achar ruim, nada mais interessante do que uma Natasha carente – Sorriu – Ate mais Sam.
- Vai lá tigrão, cuidado para não quebrar seu amigo de todas as horas
- Vai se ferrar Sam – Rindo encerrou a ligação e deligou o aparelho. Esticou os braços e as pernas antes de levantar e se aninhar a Natasha na cama, que parecia ter sentido ele ao seu lado pois virou jogando o braço sobre o corpo dele procurando seu calor.
Natasha se aconchegou mais ao calor ao seu lado, esfregando o rosto contra a calidez que riu. Ela abriu os olhos e o peito nu de John estava pressionado contra o rosto dela. Sorrindo, ela o beijou e olhou para ele. O sorriso divertido nos lábios dele a fizeram rir:
- Você parece uma gatinha acordando – Disse ele com uma voz rouca e profunda. Provavelmente ele tinha acabado de acordar também.
- Você é ótimo para ninar alguém
- Fico feliz em saber que sirvo para alguma coisa – Beijou o topo de sua cabeça.
- Ah você serve para muitas coisas – Apertou seu braço ao redor dele. Ela olhou ao redor e notou o quarto diferente. Franzindo a testa perguntou – Onde estamos?
- Ainda no meu jatinho – Respondeu sorrindo achando engraçada a desorientação dela.
- O que? – Olhou para ele de boca aberta – Quanto tempo eu dormir?
- Quase umas quatro horas
- O que? – Apoiou as mãos no colchão sentando – Minha nossa, eu nunca consegui dormir em aviões. Como você... – Foi aí que entendeu o porquê de todo aquele teatrinho de macho alfa atacando seu subordinado indefeso. Mordeu o lábio sorrindo olhando para o lençol antes de virar para ele – Você tinha tudo planejado não é?
- Do que está falando? – Tentou parecer indiferente, mas ela bateu sua perna na dele.  
- Você sabe muito bem do que estou falando. Queria me deixar exausta com sexo, por isso não deixou que eu dormisse no hotel e nem que tomasse café.
- Há! Há! Bom foi a única maneira que encontrei para faze- La dormir. Não queria que tomasse um monte de remédios... Achei essa solução mais viável.
- Há! Há! Há! Com certeza – Voltou a deitar passando o braço sobre a barriga dele e apoiando a cabeça em seu ombro.
- Não ficou zangada? – Deslizou sua mão sobre o braço dela.
- Claro que não, eu agradeço por você ter conseguido com que eu dormisse, eu estava precisando – Beijou seu pescoço – Mas e você? Dormiu esse tempo todo também?
- Eu acordei duas vezes, uma para comer alguma coisa e outra para tratar de trabalho por vídeo conferencia. Você estava tão serena e relaxada que eu passava alguns minutos sentado na cadeira olhando você antes de vir deitar.
- Ainda bem que estava dormindo, pois teria sido constrangedor. Mas eu achei fofo – Se aninhou mais a ele.
- Você é linda de todos os jeitos, eu estou sempre sendo surpreendido por isso.
- Você também é muito lindo, nunca me canso de olhar para você – Entrelaçou sua perna com a dele.
- Bom para mim – Riu.
- John... Eu não lembro de ter dormido vestindo algo, na verdade eu não estava vestindo nada – Só agora que ela havia notado que estava com uma camisa longa vermelha.
- Bom depois que eu terminei a conferência vi que você estava toda encolhida como estivesse sentido frio, então peguei uma das minhas camisas e vesti você.
- Oh! Acho que vai ser mais uma para minha coleção
- Eu gosto dessa camisa – A abraçou trazendo para cima de si – Mas confesso que ela fica atraente em você.
- Hmm! Vermelho combina com você. Considere- se com sorte, pois são poucos os homens que ficam realmente bonitos com essa cor.
- Vou lembrar disso – Sorriu beijando seu rosto – Está com fome?
- Sim, o que tinha restado do almoço já foi completamente digerido
- Há! Há! Há! Certo! Eu vou pedir para prepararem algo para você
- Vista uma camisa, não quero aquela aeromoça olhando para você como se fosse um pecado fácil de ser cometido.
- Há! Há! Há! Há! Tudo bem – Pousou a mão na costa dela quando virou ficando por cima – Mas tem uma vantagem em andar sem a camisa, ela vai poder ver o desenho que suas unhas fizeram na minha costa – Deslizou a ponta do seu nariz sobre o pescoço dela inalando seu delicioso cheiro.
- Talvez ela tenha escutado meus gritos – Ela ergueu os dois joelhos encaixando o quadril dele como uma luva entre suas pernas.
- Talvez... Mas desta vez você foi bastante controlada – Beijou o canto da sua boca.
- Acho que estava cansada demais para isso – Sorriu. Enrolou o tronco dele com as pernas – Mas e se eu prendesse você aqui?!
- Eu posso conviver com isso – Sorriu selando sua boca a dela em um curto e profundo beijo – Mas você precisa comer, e é minha obrigação não deixar faltar nada para você – Deu mais um beijo antes de levantar e sair da cama.
- Hunf! Tudo bem – Sentou colocando os pés no chão – Então eu vou tomar banho.
- Ok! O banheiro fica ali – Apontou para o pequeno corredor ao lado da parede de madeira onde a TV estava encaixada.
- Tá! – John deu um beijo na testa dela – Hey, a camisa.
- Ah! Ia esquecendo
- Aqui, pega – Tirou a camisa que estava vestindo e jogou para ele. – Se veste – John depois que pegou a roupa não conseguiu tirar os olhos dela. Natasha sabia que estava sem nada por baixo, mas gostou de provoca- lo mesmo assim, piscou ficando de pé indo para o banheiro – Não demora muito, estou morrendo de fome. – A porta se fechou.
- Volto logo – Ele tomou uma lufada de ar antes de sair do quarto.    
John trouxe para o quarto uma bandeja com hambúrguer, batata frita e um copo de refrigerante. Quando entrou no quarto ela já tinha tomado banho e se vestido, estava sentada na borda da cama escovando os cabelos, ele havia demorado meia hora preparando tudo.
- Aqui, trouxe para você – Deixou a bandeja em cima do criado ao lado dela.
- Tem Burger King nesse espaço aéreo? – Perguntou impressionada por ver tudo aquilo.
- Há! Há! Há! Não, mas tem no armário da cozinha
- Aqui tem uma cozinha?
- Não é bem uma cozinha, é extremamente pequena, tem o essencial, armários, micro ondas e um frigobar.
- Uau! Nos outros que viajei nenhum tinha cozinha
- Bom como eu disse, meu pai odiava voos lotados então fez tudo a seu gosto. Minha mãe quer acrescentar uma banheira, mas eu já disse para esquecer essa ideia, não há espaço e não é necessário.
- Há! Há! Há! Sua mãe adora extravagancias – Dobrou as pernas sobre a cama largando a escova.
- Muito – Sorriu – Meu pai decorou tudo ao gosto dela.
- Que lindo – Sorrindo olhou para seus dedos no colo e voltou sua atenção para a bandeja pegando e colocando em cima da cama – Eu esperava apenas um suco e um pacote de bolacha de água e sal, é o que geralmente dão em aviões.
- Você está no meu avião, e minha garota merece comer bem. Certo, essa não é a comida mais saudável, mas dá para encarar.
- Há! Há! Há! Obrigada – Tocou o rosto dele – Mas John isso aqui é muito, sabe pra onde isso tudo vai parar? Nos meus quadris, eles vão inchar, assim como a minha bunda.
- Hmmm – Ele fez uma expressão de analisador olhando o quadril dela imaginando como ficariam mais cheios – Eu ia gostar bastante. Não, eu ia amar.
- Você só pode tá maluco – Pegou o hambúrguer – Eu vou passar uma hora a mais a semana inteira treinando com o Matt.
- Quem é Matt?
- Meu treinador
- De que?
- Krav Maga – Mordeu um pedaço do lanche. 
- Você treina Krav Maga? – Perguntou bastante surpreso.
- Sim, meio que foi uma exigência do meu pai – Deu de ombros limpando ao redor da boca com o dedo.
- Como assim?
- Oh! É que quando eu tinha 15 anos eu costumava voltar ou a pé ou de ônibus para casa, e Raphael sempre vinha comigo, antes dele se mudar nós morávamos perto. Só que nesse dia ele tinha que resolver o assunto de um projeto da sala, disse para eu ir na frente que me alcançava logo. Então fui andando bem devagar dando tempo para ele chegar – Parou um instante mordendo o lábio.
- O que aconteceu?
- Um dos postes de iluminação estava quebrado e a rua ficou escura, eu não vi quando um cara chegou por trás de mim, me empurrou para a parede e colocou a faca no meu pescoço dizendo várias coisas que eu nem lembro. Eu fiquei apavorada quando ele passou a mão por debaixo da minha saia e puxou minha calcinha.
John teve de respirar fundo para conter sua frustração, quando ela comentou sobre a faca ele sentiu todos os seus nervos congelarem, seu coração estava apertado, sentiu uma imensa fúria de alguém que nunca viu, mas se atreveu a tocar nela da forma mais covarde possível. Fechou os punhos sobre a colcha e o short esperando ela continuar:
- Eu tentei me debater, mas quanto mais eu fazia isso mais sentia a faca cortando meu pescoço, eu pude ver o sangue escorrendo pelo cabo. Eu consegui gritar quando ele me tocou lá, eu pensei no pior, que nada ia parar ele e eu não poderia me defender, só que o Raphael apareceu puxou o cara e deu uma surra nele, depois que me ajudou ligou para a polícia. Eu mal conseguia andar, não parava de chorar, e o Raph só queria matar o cara.
- Ainda bem que esse homem foi preso porque eu juro que se estivesse solto por aí eu mesmo o mataria.
- Ah... Você nem pode imaginar o desespero dos meus pais e do Ethan. Meu pai contratou um motorista para me levar e buscar no colégio e pediu que eu fizesse aulas de defesa pessoal para conseguir pelo menos acertar a pessoa e sair correndo para pedir ajuda. Eu achei que seria bom. Raphael luta boxe desde os 12 anos, ele me levou ate a academia onde treinava e me apresentou ao Matt que se tornou meu treinador e me ensinou tudo o que eu sei.
- Eu sinto muito minha linda – Conseguiu abrir seu punho e segurar a mão dela.
- Tudo bem. Eu levei um tempo para esquecer aquela sensação dele me tocando, tinha machucado, e o cheiro dele era horrível eu só tinha vontade de vomitar. Naquela época eu ainda era virgem e isso me deixou ainda mais em pânico. Levei alguns meses para me recuperar e esquecer tudo. – Riu baixo como se tivesse lembrado de algo engraçado – De certa forma eu tenho ate que agradecer ao Alec por isso – Fechou a boca no mesmo instante que terminou de falar notando a besteira que havia dito e justamente para o John. Ficou completamente tensa.
- Como assim? Quem é Alec? – Ficou curioso principalmente depois de ver como ela se incomodou com o que dissera.
- Não é ninguém importante – Mordeu seu hambúrguer tentando escapar da conversa.
- Você acabou de dizer que devia agradecer a ele, não creio que seja alguém sem importância. Quem é ele?
- É só um amigo do ensino médio, nada de mais – Mordeu mais um pedaço, se continuasse a comer nessa velocidade ia acabar engasgando. O que seria uma boa nessa hora.
- Nat porque está nervosa? O que esse Alec tem a ver com sua história?
- Ele... Me... Ajudou a esquecer... Aquilo. – Estava gaguejando como uma criança quando comete algo errado e tem de contar para os pais.
- Como assim? – Estreitou as sobrancelhas não gostando do que ela falaria.
- John é serio, eu não quero falar sobre isso... Você não vai gostar
- Já não estou gostando, mas eu quero me diga. Vamos – Cruzou os braços.
- Hunf... Alec era... – Mordeu o lábio esfregando sua bochecha com as unhas sem encontrar uma maneira mais suave de contar para não deixa- lo paralisado.
- Era? – Pressionou.
- Era meu... Na- namorado – Minha nossa como era difícil dizer aquilo, só que o pior ainda estava por vir.
- Namorado? – O maxilar de John ficou tenso, uma veia em seu pescoço estava praticamente saltando. Ele encravou os dedos nos braços contendo- se – E o que mais? Por que agradeceria a ele?
- A- ah... Err... – Ela teve vontade de pegar a cadeira em frente à mesa para quebrar a janela e pular.
- Conta Natasha – Precisou relembrar todos os meios que treinador havia ensinado- o para controlar a raiva, mas estava para mandar tudo para o inferno se o que estava pensando fosse o que ela iria dizer. Não podia surtar, não havia motivo.
- Ele... Eu, hmm... Ele foi... O... Meu primeiro – Estava para deslocar seu dedo de tanto que puxava enquanto falava.
- Ele tirou sua virgindade?! – Aquilo saindo da boca dele era ainda mais doloroso para ela.
- Bom... Sim, foi. – Pelo amor de todos os santos aquilo era terrível, ela não se lembrava de outro episódio em que estivesse tão envergonhada e a ponto de abrir um buraco para se esconder.
- Entendo – Puxou o ar inflando seus pulmões e soltando com frustração – Por isso queria agradece- lo? Por ter desvirginado você.
- Não é bem por isso, mas porque eu tinha medo de que alguém me tocasse intimamente, depois do que aconteceu eu ficava nervosa ate quando uma amiga tocava minha perna enquanto conversávamos. – Moveu as mãos para cima e para baixo tentando amenizar seu nervosismo – Alec era meu namorado, ele sabia o que tinha acontecido, eu tive de contar depois que ele tentou pela centésima vez me levar para a cama e ficou aborrecido, mas depois que eu disse ele entendeu e começou a me tratar com mais delicadeza, não me forçava a nada. Estávamos namorando a alguns meses e ele nunca mais havia tentado nada, por mais que eu visse nos olhos dele o quanto queria que avançássemos e... Droga eu também queria – Chacoalhou as mãos na frente do corpo – Eu queria me livrar daquele trauma, queria provar a mim mesma que podia seguir em frente e superar tudo isso. E foi o que fiz.
- E se entregou a ele – Por mais que tentasse esconder sua raiva, ela havia notado a presença dela enquanto falava.
- Sim John, mas eu precisava daquilo. Era mais uma necessidade do que uma aventura de adolescente. Eu me sentia um lixo por não ser a namorada completa que ele precisava, e ficava pior ainda porque ele nunca reclamava disso, nunca procurou outra garota para satisfazer suas necessidades e... Ele esperou... Era justo com ele e necessário para mim, porque agora eu nem lembro mais daquela sensação de pavor quando me tocavam, eu sou completa, eu posso fazer o que você me pede sabendo que posso confiar, que não vou fugir... Então sim, eu agradeci ao Alec por isso.
John não disse nada, mas depois de tudo aquilo o que poderia ser dito?! Ele apenas ficou olhando para ela como se analisasse algo, mas o que conseguia ver era uma mulher que um dia fora machucada emocionalmente, mas conseguiu passar por cima de tudo e agora era mais forte e confiante do que qualquer outra que conhecera.
Natasha passou a mão entre o cabelo soltando o ar pela boca:
- Apesar de tudo isso, nosso namoro durou apenas um ano, começamos no segundo ano e terminamos na metade do terceiro. Mas você não pode me julgar, nem me fazer sentir culpada por algo que aconteceu há anos.
- Não vou – Negou com a cabeça – Você está certa, ele ajudou você a superar o medo... Mas não pense por um minuto que estou agradecido por ele ter ficado com você.
Natasha suspirou aliviada mostrando um sorriso. Empurrou a bandeja para o lado para ficar mais perto dele e tocar seu rosto:
- Tudo bem – Fez círculos com os polegares sobre as bochechas dele.
- Ótimo. É coisa de namorado ciumento.
- Eu posso conviver com isso – Sorriu mais por alívio do que pela graça que ele fez. Se apoiou nos joelhos ficando na altura dele. Olhou para os seus lábios até encontrar seus olhos – Eu te amo.
John soltou o ar preso nos pulmões segurando a cintura dela excluindo os poucos centímetros de distancia e a beijou. Natasha sussurrou novamente que o amava sentindo todo o corpo ficar tenso e o coração disparar. Ela sabia que aquele sentimento era ao mesmo tempo novo e velho para John, mas principalmente doloroso, ele sabia que quando ela dizia vinha do fundo do coração, e não eram apenas palavras vazias como havia escutado diversas vezes. Ele só precisava se acostumar com a ideia de que uma garota surgiu em sua vida e lhe mostrou o verdadeiro amor e agora estava lhe entregando sem restrições e por tempo indefinido.
Natasha deu vários selinhos nele antes de apenas apoiar suas mãos nos braços dele e sentar sobre seus calcanhares:
- Agora que tal a gente assistir um filme enquanto você me ajuda a comer tudo isso? É sério eu não quero ficar com um quadril largo.
- Eu amaria seu quadril de todas as formas e tamanhos – Passou suas mãos sobre os quadris dela – Mas aceito sua ideia, eu como com você.
- Ótimo – Respondeu animada passando para o outro lado da cama dando espaço para ele sentar.
- O que quer assistir? – Perguntou pegando o controle remoto – O Sam baixou centenas de filmes e adicionou aos programas da TV, escolha qualquer um que provavelmente eu vou ter.
- Há! Há! Há! Sam já ouviu falar em Netflix?  
- Sim, ele é assinante, mas um dia eu emprestei meu avião e tiveram um problema com a internet, então ele ficou horas e completamente arrasado sem assistir nada. Depois disso passou uma semana baixando vários filmes e adicionou tudo na minha TV. Não pergunte como ele fez isso, porque não faço ideia.
- Há! Há! Há! Há! É bem pratico e exagerado – Natasha riu pensando em como Sam sempre tinha uma resposta para tudo.
- Então o que quer ver?
- Que tal John Wick- De volta ao jogo. É com o Keanu Reeves, eu adoro esse filme.
- Há! Há! Há! Muito bem – Ele não conseguiu segurar a risada com o jogo dela. A mesma sempre o comparava com esse ator, assim como sua mãe. Por sorte, Sam deixara todos os filmes em ordem alfabética e então foi fácil acha- lo. Assim, eles passaram as próximas horas assistindo filme e atacando os dois sacos de gomas de gelatina que havia no frigobar do quarto.


 

Continua...



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