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História Simply, I love you. - Grite


Escrita por: Azumy_18

Capítulo 65 - Grite


Fanfic / Fanfiction Simply, I love you. - Grite

[...] Abriu a porta e saiu batendo- a novamente [...]

Alan, Connor e Michelle estavam do outro lado da porta com expressões assustadas enquanto provavelmente ouviam a briga das duas. Natasha apenas desviou o rosto e seguiu rumo a escada, mas antes de descer pode escutar seu tio falando:
- Se eu soubesse que odiava tanto essa família, eu jamais teria aproximado você deles – Ele disse com profunda mágoa enquanto entrava no quarto.
- Não pai, eu não odeio...
Não quis ouvir o resto e desceu as escadas com rapidez. Logo abaixo, Susan e Eva estavam com as mesmas caras que os outros, e novamente as ignorou indo para a cozinha:
- Natasha, espera – Susan a seguiu – Filha o que aconteceu? Você está bem?
- Eu quero ficar sozinha – Respondeu atravessando a cozinha e saindo pela porta dos fundos.
- Espera... Filha
- Não Susan – Mary interrompeu quando viu as duas entrarem – Ela precisa e quer ficar sozinha, e o melhor é a deixarmos esfriar a cabeça.
- Mas...
- Ela está irritada, e se você for lá só vai piorar, acredite em mim, eu trabalho com isso. Natasha precisa de tempo.
Susan respirou fundo olhando para sua amiga e para a porta em que sua filha havia saído. No fim acabou concordando.
Michelle desceu em disparada e correu para a porta da frente. John e Ethan tinham acabado de cortar todas as lenhas:
- John – Mich chamou correndo em sua direção.
- Hmm? – Ele virou o rosto e viu a garota apressada vindo em sua direção – Michelle? Você está bem?
- Não, é um desastre, Natasha e Ivy se enfrentaram agora pouco
- O que? – Arregalou os olhos.
- A Natasha falou um monte de coisas, e está cheia de raiva. Você tem que ir atrás dela.
- Atrás dela? Onde minha irmã foi?
- Eu vi quando ela seguiu na direção do celeiro, vai atrás dela John
- Tá, eu vou
- Eu vou com você
- Não, é melhor só o John, ela precisa de alguém que não seja da família
- Eu não gosto disso
- Não se preocupe, ela vai me escutar – John correu dando a volta na casa ate a parte de trás. O celeiro ficava afastado, perto do milharal.
Ele correu o máximo que podia, mas praticamente levantou voo quando escutou barulho de tiro, seus pés mal tocavam no chão, em sua cabeça passavam diversas cenas ocasionadas pelo tiro, e nenhuma delas era boa. Outro tiro. Teve problemas para parar sem bater o corpo contra as laterais da porta do celeiro:
- Natasha – Chamou sem fôlego. Ela estava com uma pequena arma na mão e apontava para a única janela do lugar, e disparou novamente. Ele se aproximou e viu algumas latas postas na janela, as quais ela acertava uma por uma com a bala. Ele não entendeu o porquê de terem uma arma e como ela sabia atirar tão bem.
- Merda – Resmungou errou na pontaria.
- Nat...
- John? – Virou a cabeça para o lado e franziu a testa. Seu peito subia e descia freneticamente como se tivesse corrido por toda a fazenda ate chegar ao limite do seu corpo – Eu quero ficar sozinha.
- O que está fazendo? – Apontou para as latas.
- Atirando, agora me deixa em paz – Virou seu rosto para frente e ergueu novamente a arma, mirando e acertando a lata que voou longe.
- Quem ensinou você a atirar?
- Meu avô quando eu tinha 16 anos. Eu pedi para me deixar sozinha.
- Eu não vou a lugar algum
- Arg – Rangeu os dentes e sem pausa atirou nas três últimas latas. Na distancia que estava ela fez um buraco bem no meio de cada uma.
- Natasha – Deu um passo em sua direção, mas ela recuou erguendo as mãos.
- Não, eu quero ficar sozinha, vai embora John.
- Eu já disse que não vou deixar você. Estou aqui, fala comigo. Eu sei o que aconteceu, e sinto muito.
Ela olhou para ele bufando tentando ao máximo não gritar ou manda- lo para o inferno. Travou sua arma:
- Por que diabos seu avô tem uma arma?
- Para espantar os animais maiores, e também para se proteger de pessoas inconvenientes – Andou para o outro lado.
- E como você a conseguiu? Isso deveria estar escondido.
- Não seja dramático John, ela fica escondida e somente eu o vovô e o Connor sabem onde ela fica - Em uma das pilastras de sustentação do celeiro, ela deu uma batida de punho fechado e uma portinha se abriu. Natasha enganchou a arma travada e a fechou em seu esconderijo. Realmente ele jamais teria achado a arma escondida naquele lugar.
- Minha linda, eu sei que está furiosa por causa da briga com a Ivy, mas me deixa ajudar, estou aqui para isso, para ajudar você.
- Por que não me contou que ela tentou seduzir você?
- Porque eu sabia que ficaria assim – Apontou para ela – E como não se dão bem, não queria ser o responsável por desencadear uma briga entre as duas. E mesmo tentando evitar, veja só no que deu.
- Eu queria que você tivesse me dito, e não o Connor.
- Eu sei, me desculpe minha linda, mas tente me entender, eu acabei de conhecer sua família como acha que ficariam se eu fosse o motivo da briga de vocês duas?
- Você não foi o único motivo, eu estava entalada com tudo o que a Ivy aprontou para mim durante todos esses anos, saber o que ela tentou fazer com você foi à gota d’água.
- Desculpe, por favor, entenda o meu lado.
- Eu entendo, sei que não queria ficar mal comigo e com minha família, mas deveria ter me contado. – Respirou fundo fechando os olhos, passando a mão sobre a nuca – John é sério eu quero ficar sozinha.
- E é sério que não vou sair daqui – Fechou a distancia entre eles e pegou as mãos delas nas suas. – Você precisa de mim, e você sabe que não vou embora, então nem adianta me pedir.
- Arg! John, eu... Eu to com tanta raiva acumulada que poderia quebrar alguma coisa. Sempre que eu agarrava o braço da Ivy eu tinha que fazer um esforço sobre humano para não quebra- lo... E o pior é que eu sabia que podia fazer isso. Minhas aulas de auto defesa vieram em peso na minha cabeça, mas a única coisa que eu tinha de me defender era da língua afiada dela – Se afastou dele virando de costas – Eu não podia machuca- La, apesar de querer muito.
- Eu entendo isso, já senti o mesmo varias vezes – Ele olhou para uma lata alvo da arma e perguntou – Foi por isso que veio aqui e atirou nas latas? Para tentar relaxar?
- Sim, eu sou boa de mira, mas não ajudou muito.
John se aproximou novamente e a virou de frente segurando seu rosto:
- Se não estivesse naqueles dias eu poderia ajudar a liberar toda essa raiva, sexo selvagem é muito bom, e cura tudo o que está sentindo.
- Ah! – Suspirou derrotada imaginando como seria incrível transar com ele no meio dos fenos, seu corpo se destacaria tanto ali. Se afastou outra vez tentando evitar olhar para os seus olhos. – Eu acho que preciso correr um pouco, ou sei lá, bater em alguma coisa. – Engoliu em seco.
- Nat... – Ficou na frente dela, ergueu seu rosto – Porque não me olha nos olhos?
- É que... Ah... – Apertou os lábios – Você assim sem camisa e todo suado está me distraindo.
- Então estou sendo útil – Sorriu cheio de malícia.
- Não, como acha que eu to me sentindo vendo você assim todo... – Apontou para todo o corpo dele querendo toca- lo, mas resistindo a tentação – Suado, parecendo um caubói e saber que to impossibilitada de fazer o que quero fazer. Ainda tenho mais um dia, e... Arg.
- Hmmm – Ele torceu a boca pensando, e um lampejo de ideia passou em sua cabeça. Sem esperar por uma aprovação ele a tomou nos braços dando um beijo de tirar o fôlego. Caminhou, tirando ela do chão, para trás de uma parede de feno, era bem escondido ninguém que entrasse pela porta ou espiasse pela janela conseguiria vê- los. – Eu tive uma ideia, é um pouco egoísta, mas válido.
- Que ideia? – Ela ainda estava tentando aterrissar a mente depois daquele beijo.
- Você pode fazer eu me sentir bem, igual ontem, você também ficou animada, lembra?
- O que? Sério? Aqui?
- É isso, ou vamos ter que correr toda a propriedade dos seus avós e eu vou suar ainda mais ate minha calça colar no corpo
- A- ah – Natasha olhou para baixo imaginando aquele jeans pregado no corpo dele. Seria uma tentação. Mordeu o lábio e voltou a olhar para ele – Em pé ou deitado?
- Acho que deitado é melhor, assim não corremos o risco de alguém nos ver
- Tudo bem – Ela se afastou. Ele fez menção de tirar a calça, mas ela o impediu – Não, eu quero fazer isso, preciso.
- Por mim tudo bem – Ergueu as mãos.
- Eu não acredito que me convenceu a fazer isso – Balançou a cabeça sorrindo, empurrando- o para cima do feno.
- Eu dei uma sugestão e você aceitou, foi isso – Deitou.
- E não podia ter pensado em outra coisa? – Sentou em cima dele, apoiando os joelhos no chão. Desabotoou a calça, e esticou- se para frente deixando seus lábios sobre os dele – Sabe que não resisto ao seu corpo – Sussurrou tocando levemente suas bocas. Beijou seu queixo, seu pescoço, descendo por todo o seu peito – Você com esse gostinho salgado é ainda mais gostoso – Mordiscou sua barriga. Abaixou a calça dele ate a altura dos joelhos.
- Você gosta – Sorriu cinicamente – E não se engane, logo será você que ficará embaixo de mim. Apenas mais um dia.  
- Mal posso esperar – Piscou.
Logo a única coisa que podia ser ouvida era respiração entrecortada e os gemidos não contidos de John.
Vários minutos depois eles saíram do celeiro em direção a casa grande. John tinha o braço em volta dos ombros dela com sua mão entrelaçada a dela. Os dois estavam bem sorridentes, e Natasha torcia para que ninguém percebesse o que acabara de acontecer entre os dois:
- Esconda esse sorrisinho ou vamos ser descobertos – Ele sussurrou em seu ouvido.
- É um pouco difícil – Mordeu o lábio.
- Está satisfeita agora?
- Sim, mais satisfeita ainda porque consegui levar você ate o limite e durar mais tempo que da ultima vez.
- Pensei que tivesse ficado cego de tanto que revirei os olhos – Sorriu beijando o topo da sua cabeça.
- Há! Há! Há! Não tem de que
- Há! Há! Há! Danada – Eles riram juntos entrando pela porta dos fundos da cozinha. Suas duas avós, Carmem e Susan estavam lá também, cada uma com uma tarefa. Quando Susan viu a filha largou o pano que estava nas mãos e foi apressada ate ela.
- Natasha eu estava preocupada. Onde você estava minha filha? – Passou as mãos no rosto dela em um gesto de proteção.
John se afastou recostando- se em um armário:
- Estou bem, eu apenas fui esfriar um pouco a cabeça
- E suponho que os tiros que escutei era você acertando alvos para tentar se acalmar – Noah adentrou a cozinha.
- Sim vovô – Respondeu dando um meio sorriso.
- Muito bem, antes os alvos do que uma pessoa – Piscou, e andou ate a geladeira.
- O que? – Susan olhou para seu pai completamente sem reação - O senhor ensinou a Natasha a atirar?
- Sim, pensei que soubesse disso – Deu de ombros tirando uma garrafa com água da geladeira.
- Eu achei que tivessem parado. Papai o senhor enlouqueceu? Desde quando tem uma arma em casa? – Por ser advogada e tratar de muitos casos em que há balas envolvidas com as vítimas, ela odiava armas.
- Não se altere Susan, eu tenho a arma desde sempre, eu sou velho e um ex- soldado, preciso proteger minha família, e apenas ensinei minha neta como manejar uma arma.
- Ensinar é uma coisa, saber onde tem uma arma escondida é bem diferente – Colocou as mãos na cintura em sinal de desafio.
- Susan não levante a voz para o seu pai – Eva brigou.
- Mãe, estou falando da minha filha e do perigo que é ter uma arma em casa, o senhor pode ter sido soldado, mas Natasha não precisa seguir seus passos.
- Alguns anos atrás ela se interessou quando me viu ensinando para o Connor, e pediu que eu a ensinasse, pensei apenas no melhor para ela. É sempre bom uma jovem igual Natasha saber se defender de varias formas.
- Arg – Susan levou a mão a testa.
- Mãe, está tudo bem, o vovô falou a verdade, eu que pedi, queria aprender. Eu só pratico quando estou aqui, lá no celeiro. Connor e eu atiramos em latas ou alvos de madeira que o vovô pendura nas árvores, mas é só isso.
- Sabe o que eu penso sobre armas – Olhou para sua filha.
- Sim, eu sei, por isso não contei que continuava praticando. Mãe não precisa surtar, foi o vovô que me ensinou, e sabe como ele bom com isso – Tocou seus braços mostrando um sorriso de compreensão.
- Hunf – Suspirou. Olhou para John que continuava calado apenas observando a situação – E quanto a você John? Estava lá com ela, tem algo a dizer?
- Hmm! A Nat é muito boa de mira – Sorriu de canto, e ela abriu um largo sorriso.
- Minha nossa. Arg! Tudo bem, desde que seja somente aqui.
- É só aqui – Garantiu.
- Ótimo. E o senhor... – Virou- se para o seu pai – A próxima vez que for ensinar a algum dos meus filhos suas atividades do exercito pergunte primeiro para mim o que eu acho.
- São meus netos, eu jamais ensinaria algo errado – Deu de ombros. Para um ex- soldado que participou de guerras, Noah era bem tranquilo, não se ofendeu com nenhum comentário lançado pela filha.
- Ainda sim, meus filhos. E cadê o pateta do meu marido que não está quando mais preciso de apoio? – Saiu pisando fundo, mas não sem antes escutar um “Hey” de Willow quando escutou a ofensa ao seu filho. Todos se acabaram de rir.
A cozinha logo ficou vazia, e John deduzindo pelo tempo que ela acordou, depois a briga e a forma como correu para o celeiro, provavelmente não teria tomado café. Acertou em cheio. Ela sentou em uma das cadeiras e ele mesmo a serviu. Minutos depois Michelle apareceu toda alegre na cozinha perguntando se eles não queriam ir ate a praia, e como havia prometido levar John, Nat aceitou.
- Acho que nós vamos de carro, não há cavalos suficientes para todos nós. Alguns estão em cidades vizinhas para participar de rodeios. Vovô tem os melhores cavalos, e sempre participa dessas competições, já ganhou muito com isso.
- Olha só! Seu avô é bem seletivo com os hobbys – Brincou comendo o último pedaço da maça.
- Com certeza, nós... – Ela parou de falar quando Ivy adentrou o local. Elas cruzaram o olhar por um instante. Natasha levantou da cadeira – Vamos John, eu quero tomar um banho antes de ir.
- Ok – Ele a seguiu, mas não olhou para a garota que ficou ali parada de cabeça baixa, só olhou para trás quando eles saíram.
Depois de um bom banho, John largou a calça por uma bermuda e uma blusa confortável, junto de uma sandália. Natasha impossibilitada de usar o biquíni completo, colocou apenas a parte de cima, e ficou com um short. John pegou uma camiseta da mala dela e arremessou para a mesma:
- Cubra- se, eu não quero ninguém olhando para os seus seios.
- Há! Ha! Sabe que eu vou tirar quando estivermos lá neh?! – Vestiu.
- Eu penso nisso depois. Agora vamos – Esticou a mão para ela.
Connor, Ethan, Michelle, Natasha foram na picape de John, e o mesmo estava dirigindo. A praia ficava há dez minutos dali, e estava bem tranquila, perfeita. Areia branca quentinha e a água parecia ótima. Os meninos ajudaram a carregar os reservatórios com bebidas e comidas ate a areia, elas abriram os guarda- sóis enfiando- os na terra, sabiam que ficariam ali na sombra por bastante tempo. Os rapazes pareciam crianças, estavam loucos para cair na água, mas elas só os liberaram quando passaram protetor solar em cada um.
Michelle e Natasha ficaram rindo e conversando, observando de longe eles bancarem os bobos dentro d’água, típica brincadeira de adolescente, um tentando afogar o outro. Quando decidiram que já era hora de sair, correram para a areia. E lá estava a visão do paraíso, três homens belíssimos saindo de dentro da água. John balançava a cabeça de um lado para o outro expulsando o excesso de água dos cabelos, estava sem camisa, apenas com a bermuda, era tentação demais. Ela recordou quando estava no quarto do hotel em Paris, quando caiu novamente nos braços de John devido a uma tontura e olhando- o tão de perto imaginou uma cena exatamente assim, ele molhado, balançando a cabeça, só faltava estar de sunga e correr ate ela.
- Amiga eu não sei como você aguenta – Mich falou respirando fundo.
- Nem eu
- Aaah! Eu quero meu Jason, porque ele tinha que trabalhar esse final de semana?
- Sinto muito por você – Brincou. John se aproximou mostrando seu brilhando e sexy sorriso – Oi.
- Oi. Quer dar uma volta? – Estendeu as mãos para ela.
- Adoraria – Segurou e ficou de pé.
Eles andaram por onde as ondas batiam apenas para molharem os pés. Em um determinado momento Natasha começou a correr, e ele foi atrás para tentar pega- La. Foi uma longa corrida, ela não facilitou em nada, eles se afastaram bastante do grupo de amigos, mas no fim ele conseguiu pegar. A segurou pela cintura olhando- a enquanto recuperava o fôlego:
- Você me ama? – Ele perguntou analisando suas expressões que surgiam em seu rosto.
- Sim, muito
- Então grita, para todos ouvirem – Pediu.
Ela riu entendendo seu pedido, então abriu os braços jogando seu corpo para trás, sabendo que ele a seguraria, e gritou:
- JOHN EU TE AMO – Gritou o mais auto que podia.
O sorriso mal cabia em seu rosto, seu coração quase explodiu de tanta felicidade. Se curvou abraçando as pernas dela e a ergueu bem no alto, escutando sua risada melodiosa. Ela tornou a gritar o quanto o amava.   
           

Continua...



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