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História Simply, I love you. - A casa do monte


Escrita por: Azumy_18

Capítulo 71 - A casa do monte


Fanfic / Fanfiction Simply, I love you. - A casa do monte

[...] saíram de mãos dadas rumo à cozinha. [...]

Natasha estava no escritório de John quando ligou para o seu pai, e ele parecia bastante irritado:
- Onde diabos você se meteu? Eu fui ao seu quarto hoje pela manhã e não estava lá, a não ser os papéis e a cama toda desarrumada. Ate onde lembro você veio para casa e ate a hora de dormir estava em seu quarto. Pode me explicar para onde foi? E a que horas saiu?
- Ouça pai eu sei que está furioso, e eu entendo, mas vou explicar. Eu saí de madrugada, e vim para o apartamento do John.
- De madrugada? Natasha você não é esse tipo de garota que sai na calada da noite para ir para a cama do namorado.
- Não é nada disso pai, por favor, está me ofendendo – Escutou seu pai exalar a respiração e ficar quieto.
- Desculpe
- Eu não pretendia vir, mas... – Ela parou de falar e foi ate a porta para verificar se John estava por perto, não queria que escutasse. Por sorte ele não estava em lugar nenhum, deveria ter subido para o quarto. Fechou a porta e se afastou – John me ligou de madrugada me pedindo para vir, ele estava assustado, triste, a mãe dele não está aqui, eu era a única pessoa que poderia vir.
- O que aconteceu?
- Ele sonhou com o pai... Com o acidente. Ah pai o senhor precisava ouvir a tristeza na voz dele, eu tenho certeza de que havia chorado. Eu não podia dizer que não.
- Ai! Ai! Mark era muito apegado ao filho, eu lembro do sofrimento do John quando recebeu a notícia da morte do pai, ficou desolado, transtornado, não aceitava e queria quebrar tudo. Eu pensei que depois de dois anos ele teria se recuperado, seguido em frente, mas pelo jeito a ferida ainda dói.
- Ai pai, isso parte meu coração, eu não sei como ajuda- lo. Ele me pede um abraço e eu dou, me pede colo, carinho, beijo, companhia e eu dou tudo, mas queria fazer algo a mais, que realmente o ajudasse a esquecer essa parte tão triste da sua vida. John só lembra a morte do pai, e esqueceu tudo de bom que viveu com ele antes disso.
- Natasha foi um golpe muito forte para o John perder o pai, é uma dor insuportável, ainda mais quando são tão próximos como eles eram. Se ponha no lugar dele, como você ficaria se eu morresse?
- Sem chão – Suspirou.
- Exatamente. Querida você acha que o que faz é pouco, mas para ele é tudo, John precisa de tudo isso, não pense que não está ajudando. Ele precisa de mais tempo, só isso.
- É a segunda vez que ele sonha com o pai depois de meses. Eu só quero que ele se recupere, que pare de ter sonhos tão ruins e reviva os bons momentos com o Mark.
- Ele vai lembrar querida. Dê tempo.
- Eu espero que esteja certo. Pai tem algum problema se eu não for hoje para a agência? John me pediu que ficasse com ele, e também não vai para a revista.
- Hunf! Tá tudo bem, eu libero hoje, mas precisa fazer um favor para mim, tem que ligar para a Rosa
- Sério? De novo? E onde ela está?
- Na Espanha
- O que?
John voltou para a sala já arrumado e pronto para sair. Escutou quando a porta do escritório abriu e Natasha saiu:
- Amor eu preciso de só mais uns minutinhos, eu vou fazer essa ligação e nós já vamos
- Não se preocupe, eu espero – Ele tirou Sam do cercadinho e sentou no sofá com ele.
-
Hola Rosa... Sí, soy yo Natasha… Sí, estoy llamando por ello. Usted necesita venir a Nueva York... Sé que tiene miedo de los aviones, pero es la única manera de llegar rápido, lo necesitamos en el evento viernes.
John parou um instante de brincar com Sam para prestar atenção em Natasha, não entendia nada do que estava falando, mas vê- La falar em espanhol era incrível:
-
Rosa usted está causando una pérdida financiera enorme para la agencia, usted quería ese contrato y ahora que tiene no quiere cumplir el acuerdo porque tiene miedo de volar... No, no... Es simple, si usted no viene el contrato será Cancelado, procesado, otra plantilla irá en su lugar y todo el prestigio que ha conseguido irá por el agua abajo. – Ela rangeu os dentes e apertou o punho com força - Rosa he sido muy paciente contigo todo el tiempo, pero juro que si no coges la droga de un avión y venir aquí hasta mañana, jamás vas a desfilar en pasarela alguna, ni siquiera en tu ciudad. Usted tiene que ser profesional. Mi padre ha visto un gran potencial en usted, si trabaja para él será reconocido por todos los diseñadores famosos... Por supuesto... Necesito que venga. ¡Toma un tranquilizador si es necesario, pero viene... Ok! Voy a buscarte cuando llegue. – Ela desligou o telefone e bufou de raiva.
- Algum problema minha linda?
- Sí, esta modelo me da en los nervios. Parece un niño…
- Minha linda eu falo outros idiomas, mas infelizmente espanhol não é um deles – Sorriu.
Natasha franziu a testa, e então percebeu que havia reclamado em outra língua. Mordeu o lábio e sorriu:
- Me desculpe, às vezes esqueço que nem todo mundo sabe falar espanhol – Deu uma risadinha.
- Problemas?
- Sim, mas já foi resolvido. Podemos ir? – Sorriu abertamente.
- Sim, claro – Ficou de pé deixando o filhotinho no chão – Você vai ficar livre hoje, mas é bom se comportar rapaz. – Esticou a mão para ela, e a mesma se apressou em pegar.
- Tchau Sam, a Tina vai cuidar bem de você – Acenou mandando um beijinho caminhando para o elevador.
- Então aonde vamos? – Perguntou quando entraram no carro.
- Você vai ver – John saiu da garagem.
Eles passaram por todos os pontos que Natasha cogitou ser o local dessa tal surpresa. Ela refez o mapa da cidade na cabeça tentando adivinhar para onde iam, mas quanto mais se afastavam da cidade, mas sem ideias ela ficava, principalmente, curiosa.
- John é serio para onde estamos indo? Estou começando a achar que você é um maníaco e está indo para longe para cometer um crime sem que ninguém saiba de nada – Falou virando- se para ele.
- Há! Há! Há! Há! – Explodiu em gargalhada – Não sou do tipo que suja as mãos, para isso eu pago meus capangas – Olhou para ela mostrando um sorrisinho de canto.
- John – Repreendeu.
- Há! Há! Há! Fique calma minha linda, você vai gostar.
- Pelo menos me diga para onde estamos indo. Eu nunca vim para essa parte de Nova York.
- É porque é nova. Está sendo ocupada há poucos anos.
- Como assim?
- Você já ouviu falar do monte Wolf?
- Já, colocaram esse nome porque escutaram o uivo de um lobo há alguns anos
- Exatamente. Há uns três anos eu estava de visita na cidade e ouvi a respeito desse monte, e bom, eu sempre gostei de aventuras, então resolvi fazer uma trilha.
- Uma trilha?
- Sim. Na verdade o que eu estava procurando era esse tal lobo. Mas não o encontrei.
- Imagino, isso já tem anos
- Pois é. Mas o que achei foi melhor ainda.
- O que?
- Vai já ver – Apontou com o queixo para frente. Natasha viu varias casas, ou melhor, mansões construídas ou sendo construídas, algumas famílias ocupando suas casas, brincando em seus extensos jardins e aproveitando todo aquele luxo.
- Ué! Eu não sabia que tinha casas por aqui.
- Eles construíram bem rápido depois que descobriram.
- Descobriram o que?
- Uma coisa de cada vez – Ele dobrou a esquerda parando em frente a um grande portão, com uma gaivota de bronze decorativa no centro. John abaixou o vidro e acenou para o homem do outro lado do portão que ao constatar quem era permitiu a passagem.
- Bom dia senhor Harris
- Bom dia Oscar – Cumprimentou. Levantou novamente o vidro e seguiu pela trilha de cascalhos. Natasha ficou impressionada com todo aquele verde, toda aquela grama perfeitamente aparada que se estendia por milhares de metros, árvores para todos os lados que pareciam ter sido plantadas em lugares estratégicos para dar o ar de sofisticação. Um lindo canteiro com rosas brancas e vermelhas a deixaram extasiada, mas uma carroça coberta com as mais diversas flores de todas as cores encheram os olhos dela que achou a decoração mais bonita de todas.
Natasha achava que não poderia ficar mais surpreendida, mas ao ver a casa que estava sendo construída percebeu o quanto estava enganada. Era enorme, dois andares, as duas colunas logo na entrada chamavam atenção, mas com certeza não mais do que a grande porta de madeira desenhada.
- Gostou? – Ele perguntou parando o carro em frente.
- É incrível. É sua?
- Sim – Sorriu. Soltou seu cinto – Vem eu quero te mostrar por dentro.
Natasha tirou seu cinto e saiu do carro sem conseguir tirar os olhos de todos aqueles ricos detalhes. John segurou na mão dela e subiram os dois degraus, ele girou a maçaneta e empurrou a porta, e Natasha não conseguiu conter outro “uau” quando viu tudo por dentro. Um espaço amplo, cheio de claridade e harmonia. A sala era do jeito que ela sonhara em fazer com sua casa, os sofás maiores ficavam dois degraus abaixo bem do meio da sala, de frente para a TV, e de lá dava para ver o jardim através das portas vidros que seguiam por todo o local, com certeza decoraria muito bem aquela sala.
Ele a levou para conhecer as outras partes da casa que já estavam prontas e mobiliadas, ela não tinha nem palavras, era tudo maravilhoso. No último cômodo, ele estava pronto, mas não decorado. Duas paredes eram de vidro, do chão ao teto, a outra era onde estava a porta e não tinha muito espaço, ao contrário da do lado, que era bastante larga e comprida:
- O que vai pôr nessa parede aqui? – Natasha apontou.
- Ainda não sei, talvez um quadro grande
- Quadro? – Franziu a testa.
- É, não gostou?
- Não. Isso é o que todo mundo faria – Deu de ombros – Mas se fosse a minha casa, eu com certeza faria algo único e diferente.
- Tipo? – Ficou intrigado com a ideia.
- Uma pintura.
- Pintura? Como assim?
- Se eu soubesse desenhar, com certeza desenharia algum cenário que me agradasse muito. Uma lembrança de um lugar onde eu fui realmente feliz.
- Um lugar? – Olhou para a parede um tanto pensativo.
- Sim. Um lugar que jamais esquecerei, que me marcou para o resto da vida. Onde encontrei de tudo um pouco, felicidade, ansiedade, nervosismo, diversão e amor, principalmente amor.
- Hmmm! É uma bela ideia
- Eu viria todas as manhãs, sentaria com uma xícara de café na mão e olharia para o desenho por horas, apenas recordando cada momento que me levou a escolher justo aquele dia para pintar. Porque é isso o que as pinturas devem transmitir a você, recordações... É você olhar para ela todos os dias e sorrir, automaticamente relembrando esse dia especial.
- Talvez eu faça isso. Pintar um lugar importante e especial para mim.
- Sim, que faria você sorrir todos os dias só ao olhar para ela, mesmo sem estar lá.
- É, eu vou considerar sua ideia. Sabia que trazer você aqui seria uma boa. – A puxou para perto dando um beijo em sua testa.
- Mas então, porque escolheu construir uma casa logo aqui? Há trinta minutos da cidade.
- Vem – Ele a levou de volta entre a divisória da sala de estar e a vazia que acabaram de sair, a escada de madeira que tinha um formato de semi C, John deu seu toque a ela deixando- a mais sofisticada – Na minha trilha eu encontrei essa escada e o pouco que sobrou do piso, todo o resto havia sido demolido, consumido pelo tempo. Bom eu meio que me apaixonei pela escada e resolvi construir uma casa em volta.
- Nossa – Natasha ficou de olhos arregalados.
- Um dia quando estava acompanhando os empreiteiros um paparazzi me seguiu e tirou diversas fotos, conversou com um dos operários e soube o que eu estava fazendo. Não demorou muito e vários outros empresários se interessaram e fizeram suas casas por aqui. Criaram e asfaltaram as ruas, fizeram divisórias de propriedades e os imobiliários correram para tomar posse das outras terras para vender.
- Então por sua causa o monte deixou de ser um mistério para se tornar o condomínio dos milionários.
- Algo assim – Sorriu. – Se tornou a casa dos meus sonhos.
- É linda. Mas você disse que seus pais moravam em uma mansão, e logo depois que seu pai morreu convenceu sua mãe a vender porque achava que era grande demais para morar sozinha. E agora você está construindo uma mansão para morar sozinho, por quê?
- Bom a última tinha muitas recordações, e todas estavam se tornando dolorosas demais para minha mãe, eu não conseguia mais me sentir em casa, minha única opção foi vende- La, já esta aqui é diferente, é nova, ainda não tem nenhuma recordação, é uma chance de recomeço. E também é minha casa dos sonhos.
- Pensando dessa forma – Sorriu colocando as mãos nos bolsos de trás do short.
- Mas eu não vou morar só, minha mãe, Tina e Phil vão se mudar para cá
- É. Claro. Tinha esquecido deles – Sorriu sem graça. Não entendeu porque aquilo a afetou tanto, uma onda de tristeza e decepção a acertou fundo. Não era como se John fosse chama- La para morar ali junto dele, para isso teriam de casar antes, e com certeza era a última coisa que ele pretendia fazer em sua vida. Outra realidade que a acertou com um soco na cara. Natasha olhou rapidamente para o chão respirando fundo – Por que não me mostra o jardim? Eu achei incrível e... Adoro flores – Perguntou olhando para ele com um sorriso que mal alcançava os olhos, mas só queria mudar de assunto e sair dali, pegar um pouco de ar.
- É claro, mas você está bem? Pareceu desanimada de repente – Franziu as sobrancelhas.
- Não, é que eu só... Pensei em toda aquela floresta desmatada para construir tudo isso... Digo, todas as casas – Foi a desculpa mais estúpida que deu, mas quando passaram pela vizinhança, realmente lamentou todo aquele desmatamento.
- A- ah! É realmente uma pena, eu me sinto culpado por isso, pois foi por minha culpa que todas essas pessoas vieram para cá.
- Não, não, desculpe, eu apenas pensei, não devia ter falado, eu que sou um pouco ecológica, sua casa é linda, e todas da vizinhança também são. Agora porque não vamos para o jardim? – Ela saiu apressada ate a porta dos fundos mais próxima.
- Ah! Espera Nat – John ficou perdido em meio aquilo tudo, ela mudou drasticamente de humor, mas por quê? Assim que ela parou não olhou para ele de imediato, mas estava incomodada. Não entendia nada – Natasha aconteceu alguma coisa? Eu disse algo que a chateou? Não pode ter sido só por causa da floresta.
- Há! John não se preocupe, é que às vezes eu exagero... Eu estou bem, sério.
- Tem certeza? – Claro que não acreditou.
- Absoluta, não preocupe.
Mudou de tática, descobriria o motivo da mudança mais tarde. A observou por mais alguns segundos e perguntou:
- Você está sabendo sobre o baile da Lanvin hoje?
- Sim, minha família foi convidada.
- Imaginei. Você gostaria de ir comigo?
- Oh err... Eu nem estava pensando ir
- Por que não?
- Eu não gosto desses tipos de festas, ricos se expondo ao ridículo em uma competição boba de quem tem mais dinheiro e a namorada mais jovem interesseira.
- Há! Há! Há! Realmente tem bastante gente assim nessas festas, mas você é a próxima dona da agência, precisa participar desses eventos, é assim que fazemos parcerias com novas pessoas.
- É eu sei, só que... Não gosto.
- Nat você precisa começar a expor seu rosto em público, deixar que as pessoas saibam quem vai tomar a frente da Donovan quando Taylor sair, e se sentirem seguras com a nova dona. Se esconder não vai adiantar muito.
- É... Tem razão – Olhou para o lado cabisbaixa.
- Você não ia gostar nem se fosse comigo? – Segurou o queixo dela virando seu rosto.
- É claro que gostaria – Sorriu.
- Então?!
- Tá, eu aceito ir com você.
- Ótimo. Pego você as nove então.
- Vou estar esperando – Manteve o sorriso. Tinha de esquecer aquela tristeza, aquela casa era de John, e não dela, nunca seria dela.

- Você acha que eu fiz mal em me sentir mal? – Puxou os pés para cima da poltrona olhando Raphael mexer no seu guarda roupa atrás de um vestido.
- Não, você faz parte da vida do John é normal ver a casa que ele está construindo e querer estar no meio da lista de pessoas que morarão ali. O que acha desse? – Pegou um vestido transpassado verde.
- Não, vestido dessa cor não me favorece. – Ela havia voltado de tarde para casa para se arrumar, e pediu ajuda ao Raphael na escolha da roupa. Ele também iria para a festa – Eu me senti uma idiota quando entrei na casa e comecei a imaginar onde ficaria cada coisa, como se fosse minha futura casa. Foi um golpe quando ele disse quem iria.
- Você é a namorada, vai poder ir lá quantas vezes quiser.
- Mas vai ser diferente. Aquela é a casa, cheia de vida nova, escolhas e memórias, não é igual ao apartamento que já tem sua cota de recordações.
- Nat eu entendo o que está querendo dizer, você viu e idealizou a casa dos seus sonhos, mas viu tudo isso com o John fazendo parte, e ele inconscientemente acabou cortando isso, foi um baque enorme.
- Nem sabe o quanto – Apoiou o queixo nos joelhos.
- O que acha de vermelho?
- Não, nem azul. Eu nem queria ir nessa festa.
- Como não? Meu bem você tem que mostrar toda essa sua exuberância – Ergueu um dos braços como se tivesse uma plateia aplaudindo sua atuação – Você é linda, e todas morrem de inveja disso. Além do mais logo você será a capa da Donovan.
- É John disso isso
- Viu só! Eu já sei, você vai com um pretinho básico, mas super chique – Tirou um vestido longo, de mangas compridas, com uma fenda sobre a perna esquerda, em corte V com um suave e sexy decote.
- Gostei, a cor combina com meu humor.
- Nat – Raphael largou o vestido sobre a cama e se abaixou na frente dela – Ouça eu sei que ficou chateada, e acredite quando digo que entendo por você estar sentindo péssima por pensar em algo assim, mas veja bem, John é louco por você, e aquela casa ainda nem está pronta, e talvez quando estiver seja não só dele, mas de vocês dois.
- Teríamos que casar para ser minha
- Exato. Vocês vão casar.
- Impossível, John tem horror a isso, é só falar de casamento que praticamente tem uma crise de alergia. Isso nunca vai acontecer. Eu vou dormir algumas vezes lá e ir embora como qualquer namorada que sonha construir uma vida ali, mas sabe que não será possível.
- Natasha não diga isso, ele pode ter fracassado em outros relacionamentos, mas agora está com você, e é diferente, você o mudou, e vai conseguir mudar essa ideia sobre não casar.
- Não dá Raph, não entende? John nunca vai se recuperar disso, eu posso fazer ate o impossível, mas nada vai surtir efeito. Essa ideia está mais do que enraizada na cabeça dele – Colocou os pés de volta no chão – Eu seria uma idiota se alimentasse a esperança de um dia ele vir me pedir em casamento.
- Garota se ele não pedir é porque é um otário completo. Só um tonto para não perceber a garota que tem e não querer passar o resto da vida com ela. Natasha você vale muito, e ele sabe disso, com certeza vai perceber, se é se já não percebeu. Ouça é melhor ir arrumando suas coisas e pensando nos móveis que vai colocar nos cômodos da casa e no meu quarto porque você vai entrar lá, mas como esposa e dona.
- Hunf! Eu queria ser otimista como você, mas não consigo. Isso não vai acontecer Raph, é um sonho muito bonito, mas é só isso, um sonho. Eu tenho que me acostumar com a ideia de que John nunca vai ser meu marido, e eu com certeza não vou ser eternamente a namorada dele. Um dia todos cansam, ate eu.
- O que quer dizer? – Olhou para ela.
- Eu sonho em casar, ter filhos, minha casa, construir uma família, uma história. E John está longe dessas possibilidades, eu não vou conseguir viver para sempre tentando me convencer de que ele vai me bastar para o resto da vida. Poxa eu vou ver meus sobrinhos, meu irmão e a esposa me visitando, e eu vou olhar aquela família e lembrar de todos os sonhos que abandonei para ficar com ele, e vou me sentir mal, como se tivesse traído a mim mesma, desejando aquela vida, desejando ver meu filho correr pelo jardim brincando, receber o John quando chegasse do trabalho, ver os dois se divertindo jogando bola, depois jantarmos juntos e conversamos diante da lareira e nós dois colocarmos nosso filho para dormir. – Ficou de pé passando as mãos no rosto – Poxa eu quero isso, mas ele não... Nunca vai querer. Talvez esquecer isso por uns anos funcione, mas um dia eu vou voltar a pensar no assunto e vou me decidir entre um e outro.
- Mas Nat, você ama o John – Raphael estava sem reação, nunca pensara que Natasha falaria algo assim, ainda mais relacionado com John.
- Sim, mas eu queria que ele me amasse o suficiente para partilhar esses sonhos comigo – Duas lágrimas escorreram em seu rosto. Ela as limpou – Eu vou tomar meu banho para me arrumar. – Andou a passos largos ate o banheiro.
Raphael ficou ali ajoelhado no chão olhando para a porta por onde ela passou ainda digerindo tudo aquilo, realmente sabia de todos aqueles sonhos dela, mas vê- La desistindo de mudar a mentalidade de John significava que era um caso perdido e havia percebido isso. Sabia que tinha de ajudar de alguma forma, era sua melhor amiga, e não deixaria que um trauma qualquer atrapalhasse futuramente a vida do seu casal favorito.   


 

Continua...


Notas Finais


Hiii agora Natasha sentiu o drama, o que era para ser um passeio feliz, acabou virando uma previsão do futuro. To vendo que as coisas entre eles vão estremecer.

E agora heein?? Será que o John vai se dar conta do que pode estar a ponto de perder??

Ate a próxima!!


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