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História Simply, I love you. - Um aviso a dor


Escrita por: Azumy_18

Capítulo 73 - Um aviso a dor


Fanfic / Fanfiction Simply, I love you. - Um aviso a dor

[....] A porta se fechou e ele caiu de joelhos no chão:
                                   - Eu te amo  [...]

 John se xingou de diversas maneiras “estúpido idiota”, “imbecil” chamou de todas as formas. Apoiou as mãos no chão e ficou de pé correndo ate a porta. Abriu e saiu em disparada atropelando algumas pessoas:
- Natasha – Olhou para os lados – Não, por favor. Não pode ter ido – Continuou correndo.
- John – Ethan o chamou e foi ao seu encontro.
- Ethan cadê sua irmã?
- Eu ia perguntar a mesma coisa, você foi atrás dela
- Sim, mas ela... Me deixou, foi embora, eu não posso permitir que ela vá. – Atravessou o salão as pressas e chegou a saída. Não se importou com os fotógrafos, principalmente quando viu Raphael entrar no carro. Saiu em disparada:
- Não, espera, para – Mas os vidros estavam fechados e o carro deu a partida antes mesmo de John conseguir se quer toca- lo – Não, Natasha – Gritou. Puxou o ar soltando o soluço preso na garganta. Tirou o celular do bolso e foi difícil discar o número de Phillip com todas as lágrimas. Chamou, mas ninguém atendeu – Merda. Atende Phil. – Tentou novamente, mas nada – Meu Deus. Você é um desgraçado egoísta John, não consegue dizer a sua mulher que a ama. Ela me prometeu tudo, ficar comigo, esquecer tudo e só bastava dizer eu te amo, ela só me pediu isso. E o que eu fiz? Travei feito um idiota. Droga, por que eu não consigo dizer? O que há de errado comigo? Eu me odeio – Rosnou – E por causa desse meu fodido problema estou a ponto de perde- La.
Discou novamente o número do Phillip e caiu outra vez na caixa postal. Foi então que lembrou que ele havia ido buscar Mary no apartamento, e não tinha como pegar o taxi, estava sem a carteira. Voltou apressado para a festa, pediria o carro de Ethan emprestado ou de qualquer outra pessoa, mas precisava ir atrás da Natasha.
Quando entrou a primeira pessoa que viu fez seu sangue ferver em raiva. Lucy. Ela estava rindo de algo que um senhor havia falado, tinha mais algumas pessoas a sua volta, e estava tão alheia ao que tinha feito e causado na vida de John que isso o deixou mais furioso. Pisou fundo ate chegar onde ela estava:
- Com licença, preciso falar um instante com ela – Segurou seu cotovelo puxando- a dali.
- O que está fazendo John? – Perguntou sem dar alarde.
- Você passou dos limites, e eu cansei de você – Conhecia cada canto daquele salão, havia promovido algumas festas da revista ali, então achar um lugar longe de qualquer pessoa foi fácil. Abriu a porta de uma sala e a jogou lá dentro. Lucy teve de se segurar no primeiro objeto que viu para não cair.
- Você ficou louco? Me tirou da festa feito um animal me arrastando ate aqui e quase me deixa cair. Qual seu problema?
- Você, é você o meu problema – Bateu a porta indo na direção dela agarrando seus braços – O que foi que você disse a Natasha? Hein?
- Hmm! Vejo que ela já foi se lamentar para você. Será que ela não é capaz de lidar com isso sozinha?
- Ela não precisa, porque não está sozinha. Tem a mim. Agora me diz o que você falou para ela?
- Hunf – O empurrou conseguindo se soltar – Apenas verdades. Tudo o que tínhamos, planejamos para a nossa vida depois do casamento.
- Você o que? – Fechou os punhos com força.
- Sim. Nós fizemos planos John, muitos planos, e eu fui gentil compartilhando com ela. A casa que construiria para nós dois, os filhos que você queria ter comigo, os nomes que escolheu para cada um deles – Sorriu maliciosamente – E principalmente que quando estávamos transando você repetia diversas vezes o quanto me amava – A última parte ela falou toda manhosa se aproximando dele.
John rosnou entre os dentes, a palma de sua mão estava quase para ser perfurada por seus dedos de tanto que apertava:
- Acho que ela não gostou muito. Deve ter feito uma comparação e visto que o que fazia comigo, também faz com ela – Segurou as abas do smoking se inclinando na direção da boca dele – Há! Há! Há! Mas eu sei que comigo é melhor. Vamos lá John, vamos nos divertir um pouco, como antes.  Nós éramos perfeitos juntos. E eu tenho certeza que aquela mulherzinha não sabe fazer direito, não do jeito que você gosta – Puxou o rosto dele para beija- lo, mas antes de fazer qualquer coisa John a segurou pelo pescoço deitando metade do corpo dela na mesa.
- Não me provoca Lucy – Respondeu com raiva – Cale essa maldita boca quando for falar da Natasha, você não é ninguém para falar dela, não consegue ser nem metade do ser humano que ela é.
- Está me machucando – Bateu no braço dele, mas de nada adiantou.    
- Você vem infernizando minha vida desde o dia em que nos conhecemos, e se pudesse esse seria um dia que gostaria de mudar, apagar completamente da minha cabeça, foi a pior coisa que aconteceu na minha vida.
- Mentira, vivia dizendo que me amava.
- Eu nunca amei você. Era apenas um garoto que gostava transar, e você tinha o corpo feito para isso, com você era desejo de pele, apenas isso. Sexo, tudo se baseava nisso. E eu achei que poderia viver para sempre só com isso. Eu era um homem vazio, você me fez assim, uma pessoa que só enxergava o exterior de outra e não o que realmente importava. Mas Graças a Deus eu consegui me livrar de você, naquele dia em que eu dei um fim em toda aquela palhaçada eu respirei novamente, tive minha vida de volta. – Sacudiu ainda segurando- a pelo pescoço – Minha vida estava em minhas mãos e de um dia para o outro Natasha a tomou, nunca mais me devolveu, eu entreguei a ela, só que eu percebi que toda vez que ela está longe de mim eu me sinto vazio novamente, incompleto, foi quando me dei conta, Natasha é a minha vida, e sem ela eu estou morto.
- Você é um ridículo John. Fica falando essas besteiras de criancinhas. Ela não é nada, e você é mais patético ainda por acreditar em tudo isso.
- Esse é meu último aviso, fique longe de mim, longe da Natasha, longe da minha vida, eu não quero se quer sentir o seu enjoado perfume. Você vai sumir da minha vista para sempre. Eu sinto ódio ate quando respira o mesmo ar que eu. – Largou seu pescoço e se afastou – Você pode ter feito a Natasha sentir duvidas com relação ao que eu sinto, mas pode ter certeza que eu vou resolver isso, ela vai voltar para os meus braços. Natasha é minha, só minha, e não há pessoa na face da terra que me faça desistir do amor dela.
- Acorda John, ela te deixou porque tem dúvidas do que sente, ou seja, ela não te ama.
- Não, está errada, ela me ama e eu a ela, mas por causa do seu veneno isso tudo aconteceu. Eu estou de saco cheio de você. Mas acabou – Virou de costas para sair, mas antes a olhou novamente – Mais uma coisa, está demitida, nosso contrato está cancelado, não quero mais ter nada vinculado a você, não quero que manche a empresa do meu pai.
- Não pode fazer isso, eu sou a modelo contratada, temos um contrato e se você romper antes do prazo final eu vou te processar. – Falou em desespero.
- Faça isso, me processe eu pago o dinheiro que for para me ver livre de você. E nem a Lanvin nem Maxime sairão perdendo, porque eu contratarei a droga da melhor modelo mundo para ficar no seu lugar, pago qualquer quantia para isso. E sobre o processo eu sugiro que vá se preparando, pois eu e a Natasha resolvemos dar uma entrevista para a minha revista contando como eu e você nos conhecemos e como e por que o noivado foi rompido.
- O que? – Arregalou os olhos.  
- Contei detalhe por detalhe. Também falei como conheci Natasha e que não teve nada a ver com a nossa separação. Você vai me processar, mas vou fazer essa situação se tornar favorável para mim, já que no site você disse que eu terminei o noivado por causa da Nat, o que não é verdade sendo que nem a conhecia naquela época. – Ele abriu a porta mostrando um sorrisinho de canto – Está avisada Lucy, fique longe de mim. – Saiu batendo a porta.
Seu celular tocou no bolso e mais do que as pressas pegou torcendo para que fosse Natasha, mas era Phillip:
- Phil
- Senhor Harris desculpe, tive que subir para o apartamento para pegar algo e esperar sua mãe, esqueci o celular no carro.
- Tudo bem. Onde está agora?
- Na frente da festa, a senhora Harris acabou de entrar.
- Certo. Ligue o carro eu preciso que me leve com urgência até a casa da Natasha. Estou chegando.
- Sim senhor – Desligou.

 

John chegou a casa da Natasha, mas não havia ninguém. Nenhuma luz estava acesa, nenhum carro estava na garagem ou fora, nada. Ela não tinha ido para casa, o que o deixou ainda mais desesperado. Ficou na frente por alguns minutos rezando para que eles aparecessem, mas ninguém veio. Decidiu voltar no outro dia, ela não iria para a casa, e não sabia onde Raphael morava para procura- La. Foi embora.
Raphael pegou o caminho mais longo para a casa dela, a seu pedido. Ela disse que John poderia ir ate sua casa e não queria encontra- lo.
Ela enviou uma mensagem para sua mãe avisando que tinha saído cedo porque não estava se sentindo bem. Eles entraram no quarto dela e a mesma sentou na beirada da cama:
- Por que não troca de roupa e dorme um pouco Nat? – Raphael tirou seu paletó pendurando na costa da cadeira.
- Tá – Concordou, mas não se movimentou. Ele respirou fundo e a levantou segurando suas mãos.
- Vem deixa eu te ajudar – Sorriu – Não me olhe assim, eu já vi esse corpinho varias vezes.
Natasha queria sorrir com o comentário, mas não podia, estava triste demais para esboçar qualquer sentimento feliz. Deixou que Raph tirasse seu vestido e colocasse outro mais confortável para dormir. Havia tirado os saltos dentro do carro e os esquecera lá. Sua maquiagem devia estar toda borrada por ter chorado, mas isso não a importava, só queria deitar e esquecer tudo o que havia acontecido. Tirou brincos e pulseiras deixando- as sobre o criado:
- Pode ficar comigo hoje?
- Mas é claro que sim, eu não vou arredar o pé daqui. Jamais deixaria você nessas condições. Eu pego uma roupa do Ethan emprestado.
- Eu ainda tenho uma blusa sua que você manchou de vinho quando quebrou a garrafa do meu pai. Eu mandei lavar, mas a mancha não saiu, está no meu guarda roupa – Apontou para o móvel do outro lado do quarto.
- Ótimo. Eu vou pegar, é mais confortável – Raphael tirou os sapatos e as meias, assim como a camisa e a gravata.
Natasha deitou recostando a cabeça no travesseiro e ao lembrar da cara perplexa de John enquanto esperava a resposta, ela voltou a chorar:
- Não, minha linda. – Ele sentou no outro lado da cama.
- Não, não me chame assim – Respondeu chorando – Ele sempre me chamava assim e escutar isso só me faz lembrar de tudo, e é doloroso.
- Tudo bem, desculpe. – A abraçou ficando de conchinha.
- Ele não disse, não conseguiu... John não me ama – As lágrimas pingavam em seu travesseiro.
- Não pense mais nisso. Você precisa descansar – Beijou seu ombro – Eu vou estar bem aqui se precisar de mim.
- Obrigada – Sussurrou.

 

John voltou para seu apartamento, e viu tudo aquilo ali solitário, vazio, sem vida. Olhou para o cercadinho e não viu Sam, mas sabia que deveria estar com Tina, ela adorava animais e hoje passaria a noite ali. Subiu as escadas em uma lentidão agoniante. Jogou seu paletó no corredor e seguiu para o seu quarto.
A dor em seu peito só piorou quando entrou e a primeira coisa que viu foi o desenho que havia feito dela em uma moldura ao lado da cama. Olhou em volta para todo aquele cômodo e já não parecia mais ter aquela alegria das duas últimas manhãs em que acordara com ela em seus braços sorrindo. Enfiou a mão por entre o cabelo fechando os olhos, precisava fazer alguma coisa. Quando voltou a caminhar para a cama notou a roupa dobrada na poltrona, era o pijama com que ela aparecera em seu apartamento noite passada quando ligou de madrugada implorando para que viesse. Ele pegou a roupa levando ate o nariz inspirando o cheiro dela, não tinha mais forças e então chorou. Se jogou na cama encolhendo as pernas e abraçando a roupa.
- Me desculpe... Eu não consegui... Meu amor, me perdoe – Suas lágrimas molharam o tecido – Natasha... Volta pra mim... Eu te amo, eu te amo, eu te amo – Soluçava agarrando com força a única coisa que serviria para consola- lo.

Se passaram dois dias, e John não conseguiu falar nem receber uma única notícia dela, estava com os nervos a flor da pele. Mandou milhares de mensagens para ela pedindo perdão, que conversassem, acertassem esse erro, mas nenhuma foi respondida. Também tentou falar com Michelle, mas ela disse que fazia alguns dias que não via Natasha, e não sabia o que tinha acontecido. Ele mal dormia a noite, pegava no sono e sonhava com seu pai e Natasha, nenhum era bom, e acordava assustado e ensopado de suor, então passava o resto da noite vagando pela casa, sentando ao lado do cercadinho para ver Sam dormir, ele era a única coisa que lhe ligava a Natasha naquele momento.
Natasha olhava para as mensagens em seu celular e o apertava em sua mão, tinha vontade de chorar todas as vezes que recebia, mas achava que não havia mais lágrimas depois do tanto que já chorou.
Estava terminando um trabalho em seu computador quando Raphael apareceu em sua baía:
- Hey!
- Oi – Respondeu mostrando um fraco sorriso.
- Eu estou indo lá no restaurante do Luigi agora para almoçar, quer vir comigo?
- Não obrigada, estou sem fome
- Você está sem fome há dois dias, não pode continuar assim sem comer
- Estou bem – Olhou para ele tentando parecer confiante, mas falhou.
- Hunf – Respirou fundo – Tá! Eu vou trazer alguma coisa – Ela apenas concordou e voltou à atenção para seu computador.
Na revista tudo estava indo bem, John reconhecia que era graças ao esforço de Sam nesses dias, pois ele não estava com cabeça para participar de nada. De repente o telefone em sua mesa tocou, exasperou e o pegou:
- Sim?
- Senhor um rapaz chamado Raphael está aqui para vê- lo
Todo seu corpo ficou tenso, só podia ser ele, uma faísca de esperança se ascendeu em seu peito:
- Mande- o entrar, por favor.
- Sim senhor
John levantou e em segundos Raphael entrou em sua sala:
- Eu não esperava ver você
- E eu muito menos queria ver você – Raph respondeu ríspido.
- Entendo – Seus ombros caíram – Como ela está?
- Como você acha?... Arrasada. John eu não vim aqui para tentar concertar as coisas, mas apenas para te dar um aviso. Fique longe da Natasha.
- Como é?
- Ela não precisa disso, não precisa de alguém do seu lado que mal sabe dizer o que quer.
- Espera, quem você acha que é para me ameaçar?
- Sou o melhor amigo da garota que você partiu o coração. – Respondeu com raiva apontando para ele – Nesses últimos dias eu vi minha amiga chorar de dor toda vez que pensava em você, vi ela se encolher na cama abraçada ao travesseiro sem vontade de sair dali, escuto ela falar sobre suas angústias e do homem que ama, mas que não a ama.
John apertou os lábios encarando sua mesa se jogando de volta na cadeira:
- Você sabia que ela te amava, sabia disso, e mesmo assim deixou que isso continuasse mesmo você não a amando. Deixou que ela criasse esperanças, que sonhasse, que fizesse planos, fez tudo isso para depois... – Respirou fundo contendo sua raiva – Ela sonhou alto demais, e você a derrubou, a queda foi feia. E agora ela está tentando recuperar os cacos quebrados do seu coração.
- Não é verdade, eu não a iludi, nunca fiz isso, tudo o que eu disse era verdade. Eu quero a Natasha comigo.
- Mas não estou vendo esforço da sua parte para que isso aconteça.
- Ela não me atende, não quer falar comigo
- É óbvio. Ela está magoada achando que entregou seu amor para um homem que não a quer.
- Isso nunca, eu a quero com todas as forças do meu ser. Natasha é tudo para mim.
- Pois não parece – Raphael o encarou por uns segundos. Passou as mãos em seu cabelo exasperado e voltou a fita- lo – Ela te pediu uma coisa John, apenas uma única coisa, que dissesse que a amava, era só isso, bastava apenas dizer isso e nenhum dos dois estaria vivendo esse pesadelo. Mas o que você fez?
- Nada – Respondeu em um suspiro.
- Exatamente. Nada, e tem noção de como esse golpe de silêncio doeu nela?!
- Eu queria ter dito – Abaixou a cabeça segurando com força os braços da cadeira.
- E por que não disse?
- Você não entenderia. Eu tentei explicar, mas ela não me deu chance.
- Tem razão eu não entenderia, porque eu com certeza não teria medo de dizer eu te amo para a mulher que amo, e por mais que odeie admitir isso, você a ama, seus olhos gritam isso.
- Eu não consigo dizer
- Eu sei, estou consciente disso, eu to vendo a Natasha desabar lentamente por causa dessa sua maldita incapacidade.
- Onde ela está? – Perguntou triste olhando- o.
- Viajou – Mentiu, estava tão furioso que queria que John sentisse a mesma dor que Natasha estava sentindo.
- Como assim viajou? Para onde? – Arregalou os olhos.
- Eu não sei, ela só disse que precisava ir
- E quando volta? Como posso acha- La? – Esticou- se em sua cadeira.
- Não sei, ela não levou o telefone, disse que não queria ninguém atrás dela, apenas queria ficar sozinha.
- Meu Deus – Cravou as mãos por entre os cabelos.
- Ela não precisa mais disso John. Natasha quis que você lutasse por ela, que a amasse, ela esperou por isso, só eu sei o quanto esperou e se sentiu destruída quando nada disso aconteceu.
- Mas eu não...
- John, estou apenas te dando um aviso, se você não consegue ama- La, ficar ao seu lado e sonhar junto eu sugiro que vá embora de vez, que a deixe em paz. Eu sei que ela vai sofrer por um tempo, mas vai passar, uma hora ela vai parar de chorar e seguir com sua vida adiante. Eu juro que a farei te esquecer, arrancar você do peito, e se dar a oportunidade de conhecer um novo amor.
John sentiu seu coração se contorcer de dor só de pensar que isso poderia acontecer, ela arranca- lo de seu peito e deixar que outro tome seu lugar. Sentiu raiva e frustração imaginando outro homem com ela nos braços, não iria suportar:
- Você me disse que eu compartilhei todos os meus sonhos com a Natasha, mas que nunca perguntei quais eram os dela.
- Sim – Concordou – E você não faz ideia não e?! – Teve vontade de rir, mas se conteve – Natasha sonha em formar uma família, se casar, ter filhos, uma casa, uma vida... Ela sonhou em ter tudo isso com você. Só que depois daquela visita na sua casa do monte e o encontro com a louca da sua ex noiva, ela disse que isso seria impossível, que você jamais pensaria nisso, que seria uma idiota se esperasse algo parecido.
- Ela disse isso? - Todo o ar do seu peito foi roubado, uma dor agonizante se espalhou por todo o seu corpo.
- Você não vai fazer a Natasha sofrer, não mais. Se não quer nada disso, então suma, nunca mais a procure, e eu prometo que a ajudarei superar tudo. Você não a ama, então dê a chance para outro homem que realmente vá ama- La e realizar todos os seus sonhos. Deixe que ela encontre alguém em quem vai poder confiar cegamente, que segurará sua mão quando estiver com medo, que dirá eu te amo sabendo que terá uma resposta, que dirá sim no altar, e vai carrega- La para dentro de casa pela primeira vez, a abraçará forte quando descobrir que terão um filho e a beijará quando ele nascer. Deixe que ela encontre esse homem.
John tinha vontade de escorregar da cadeira e desabar no chão, chorar como nunca antes esperando que assim aquela dor insuportável melhorasse, mas sabia que nada disso adiantaria somente Natasha faria com que isso passasse.
Ele ergueu o rosto sentindo as lágrimas escorrerem e pensou novamente em tudo o que Raphael disse e perguntou:
- Esse homem seria você? – A forma como falou tudo aquilo lhe deixou com dúvida – Você a ama?
- Pode ter certeza que o amor que sinto pela Natasha não é desse tipo que está pensando. Ela é minha melhor amiga, minha irmã, eu nunca a vi como algo a mais, há respeito entre nós.
- Entendo – Olhou para o lado.
- Bom eu dei meu aviso. Natasha não precisa de você, não precisa de um covarde. Ela quer um homem que a ame e esteja ao seu lado sempre, se você não é ele, outro com certeza será – Raphael virou e saiu da sala pisando fundo.
John olhou para todos os lados respirando ofegante como se tivesse corrido uma maratona. Ficou de pé e com raiva empurrou tudo o que estava na sua mesa.
- Não, não, ela não pode me deixar, não pode ser de outro. Não pode, não pode – Bateu com os punhos fechados sobre a mesa – Ela é minha, sempre vai ser minha – Seu choro caía como uma cascata refletindo sua dor.
Sam abriu a porta e vendo toda aquela bagunça a fechou para que ninguém mais a visse:
- John o que está acontecendo?
- Ela me deixou Sam, ela me deixou – Passou a mão sobre o seu peito soluçando – Ela foi embora, e é tudo culpa minha – Pegou o vaso ao seu lado e o arremessou contra a parede quebrando- o.
- Para com isso John, se acalma – Empurrou sua cadeira ate ele – Respira cara, isso vai passar.
- Não vai... Haaaa – Gritou – Está doendo... Eu nunca senti isso antes – Cambaleou ate a parede dando um soco quando se recostou – Ela foi embora... Ela não me quer mais Sam, não me quer.
- Se acalma John, tudo vai se resolver
- Ela me pediu que eu dissesse que a amava... Eu não consegui dizer... Eu queria dizer, eu tentei, eu juro que tentei, mas minha boca não se mexia.
- Eu entendo John, mas as coisas vão melhorar, quando tudo ficar mais calmo os dois vão pensar com mais clareza.
A sua camisa estava começando a ficar encharcada sobre o peito, e tudo indicava que continuaria assim. John chorava desesperado como se nada pudesse faze- lo parar de chorar. Sam vendo o amigo naquele estado colocou os pés no chão e com esforço ficou de pé, estava bem próximo dele:
- O que está fazendo?
- Você precisa de um abraço, precisa do seu amigo – Abriu os braços e John chorou mais ainda quando abraçou.
- Ele me disse para ficar longe dela, para deixar outro cuidar dela, tomar o meu lugar, mas como eu posso entregar minha vida para outro homem? Natasha é tudo o que eu tenho.
- Você não vai entrega- La para ninguém, ela é sua e vai ser sempre sua, e você vai lutar por ela, vai abrir seu coração e dizer o quanto a ama, você quer e vai conseguir dizer isso.
- Eu quero dizer, mas como? – Deslizou junto dele ate o chão.
- Da mesma forma que está afirmando com força que não vai deixa- La ir, com coragem. Você merece isso meu amigo – Não conseguiu conter suas lágrimas – Eu acredito em você, e sei que vai superar tudo isso.
- Ela não me quer mais
- Quer sim, mas está magoada agora, e quando a poeira baixar vai perceber que continua amando você ate mais do que antes.
- Eu a amo... Amo tanto que meu peito chega doer.
- Eu sei que sim, e vai dizer a ela – Esfregou sua costa – Isso vai passar John, vai passar – Sam respirava fundo tentando se manter forte enquanto o amigo se desabava em lágrimas.


 


Notas Finais


O que acharam da atitude do Raphael? Muito drástica? Necessária?
John está completamente desesperado, o chão se abriu debaixo dele, e agora? Como vai ser o desenrolar da história?

To armando um capítulo emocionante aqui (sim, mais um) é só aguardar!!!

Bjssss


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