História Simply, I love you. - Obsessão

[...]  sua maior preocupação era em cuidar de Natasha e mante- La a salvo.  [...]

Eles entraram no carro, John jogou a chave para Ethan e ficou na parte de trás junto de Natasha que ainda dormia profundamente. Ele a ajeitou em seu colo para alcançar o bolso da sua calça e pegar o celular. Procurou pelo número e discou. Depois de alguns toques ele atendeu:
- Pietro é o John, você ainda está em Nova York?
- Sim, volto para Paris amanhã ao meio dia
- Ótimo, vá para o meu apartamento urgente
- Aconteceu alguma coisa com você ou sua mãe?
- Não, estamos bem, mas uns desgraçados drogaram minha namorada e a sequestraram – Falou com raiva lembrando os minutos de pesadelo que viveu.
- Por Deus, como ela está?
- Está bem aparentemente, mas está sob o efeito do sonífero que deram. Por sorte eu e Ethan conseguimos encontra- La antes que o pior tivesse acontecido.
- Entendo. Graças a Deus ela está bem. Estou indo agora mesmo para seu apartamento.
- Certo, nos encontramos lá, e, por favor, não comente isso com minha mãe.
- Não se preocupe – Falou e encerrou a chamada.
John jogou seu celular para o lado e olhou para a jovem em seu colo, agora as marcas dos dedos estavam mais visíveis, seus lábios estavam inchados e sangrando. Ele tirou um lenço do seu bolso e com o maior cuidado do mundo limpou sua boca. A cada gota de sangue que limpava amaldiçoava as pessoas que fizeram isso com ela, todos iriam pagar. Ethan olhou pelo retrovisor:
- Como ela está?
- Ainda desacordada, mas os ferimentos estão começando a inchar
- Merda... – Resmungou voltando sua atenção para a estrada – Por que eles fariam isso com ela? O que a Natasha fez para correr esse risco?
- Ela não fez nada, eu fiz. Me envolvi com uma louca lunática.
- Do que está falando?
- Lembra-se da Lucy?
- A loira mimada que era sua namorada?
- Sim, foi minha noiva, mas me traiu diversas vezes e eu terminei tudo.
- E o que isso tem a ver com a Nat?
- Tudo. Natasha é minha namorada, e Lucy não aceita, acha que de alguma forma eu vou voltar para ela e que a Nat está atrapalhando esse processo.
- Já entendi tudo. Ela é do tipo que não aceita um não como resposta, e elimina todos em seu caminho para conseguir o que quer, e neste caso, o que ela quer é você.
- Sim, mas ela sabe que eu amo a Natasha e isso a enfurece, porque sabe que nunca a amei.
- Cara eu sei que você tem uma série de problemas, e provavelmente esse acabou se tornando o mais importante, mas não quero que a minha irmã esteja envolvida nisso. Resolva essa questão sozinho. Veja só o que aconteceu hoje, tivemos sorte por a Michelle estar junto da Nat e conseguir nos ajudar a encontrar os culpados, mas isso pode se repetir, e podemos não ter a mesma sorte e algo ruim acontecer. E pode contar, que se minha irmã sofrer mais algum atentado eu me livro da louca sua ex- noiva e depois de você por mete- La nessa.
- Acredite que mais do que você quero proteger sua irmã. Ela é tudo para mim, se algo acontecesse a ela eu nem sei o que faria.
- É bom mesmo que pense assim

John entrou em seu apartamento e no mesmo instante que atravessou a sala junto de Ethan, Tina apareceu:
- John? O que houve? – Perguntou assustada ao vê- lo carregar Natasha escada acima na direção do quarto.
- Traga o kit de primeiro socorros, rápido
- Certo – Tina saiu em disparada.
John atravessou o corredor em direção ao seu quarto. Ethan passou na sua frente e abriu a porta para os dois entrarem. A deitou em sua cama afastando os fios de cabelo do seu rosto:
- Meu pai do céu. Veja como está o rosto dela – Ethan se abaixou ao lado dela tocando com delicadeza seu rosto – Ah irmãzinha, o que fizeram com você?!
- Ela vai ficar bem Ethan, logo o inchaço vai passar
- Mantenha aquela louca longe da minha irmã ou eu juro que vou quebrar todos os meus princípios e verei minha mãe no tribunal tentando me salvar de uma pena por agressão contra mulher.
- Eu vou cuidar dela, jamais vai chegar perto da Nat outra vez
- Certifique- se de que isso se cumpra
- Aqui meu menino – Tina entrou no quarto carregando uma maletinha branca com uma cruz vermelha no centro.
- Obrigado Tina – John pegou a maleta e pediu que Ethan se afastasse para sentar ao lado dela e cuidar de seus ferimentos. Pegou um chumaço de algodão e molhou no soro fisiológico. Com cuidado limpou os ferimentos na boca dela – Tina logo o Pietro estará aqui, por favor, fique esperando por ele.
- Sim, sim, já estou indo – Saiu nervosa do quarto.
- Tem uma coisa que eu não entendo – John falou estreitando as sobrancelhas – Como você conseguiu rastrea- La? Ela não estava com o celular, eu procurei.
- Estava e ainda está. Natasha odeia usar bolsas em festas, e como o celular é o mais importante – Ethan se aproximou inclinando- se para frente suspendendo o vestido da irmã ate o meio da coxa. Uma faixa enrolada em sua perna segurava o celular em um bolso pequeno deixando- o bem seguro – Ela comprou isso, não dá para ver quando usa um vestido mais solto igual a esse.
- É realmente é engenhoso – Deixou o algodão em cima do criado.
- Por sorte eles não descobriram o celular
- Ethan, eu acho melhor você voltar para a festa
- De jeito nenhum
- Ouça seus pais vão ficar preocupados com o sumiço dos dois e não queremos levantar suspeitas do que aconteceu.
- Mas eles precisam saber
- Não, não adianta mais, já está tudo resolvido, eles ficariam atormentados a toa. Natasha já está bem e principalmente a salvo. Volte para a festa aja com naturalidade, diga que você veio nos deixar aqui porque sua irmã estava com uma forte dor de cabeça.
- Não gosto disso
- Por favor, a Michelle também deve estar preocupada querendo saber o que aconteceu. É o melhor. Leve o meu carro e entregue as chaves ao Phil, ele precisa trazer minha mãe quando a festa acabar.
- Tá! Você tem razão. Mas me ligue para dizer como ela está.
- Não se preocupe, eu te mantenho informado – Olhou para o amigo mostrando um sorriso compreensivo.
- Cuide bem dela – Tocou o pé dela olhando- a uma última vez antes de ir embora.
- Minha linda, meu amor... Estou com o coração em pedaços só de vê- La machucada – Passou a mão sobre o cabelo dela – Eu vou cuidar de você, e logo esses ferimentos vão sarar... Prometo que a Lucy vai me pagar por tudo isso. – Segurou sua mão levando- a boca para beijar – Mas por hora quero apenas que acorde, abra esses olhinhos azuis para mim.
Ela nem se mexeu, só tinha certeza que ainda estava lá, porque seu peito subia e descia respirando tranquilamente, o que era um ótimo sinal para o alívio dos seus nervos.  
Natasha logo que abriu os olhos sentiu como se sua cabeça fosse explodir de dor, todo seu rosto doía. Tentou se mover, mas seu corpo estava sob um peso enorme, olhou para o lado e percebeu que John dormia agarrado ao seu corpo. Tentou empurrar o braço dele, mas o mesmo protestou com um gemido, se não estivesse com tanta dor de cabeça teria rido:
- John...
- Hmm – Resmungou.
- John acorda, eu preciso ir ao banheiro – Tocou o braço dele deslizando ate seu rosto. – Amor.
- Hmm... – Apertou os olhos e a espremeu em seus braços.
- Você vai me sufocar desse jeito – Reclamou com o rosto no peito dele.
- Nat? – Abriu os olhos e abaixou a cabeça para vê- La – Está acordada.
- Sim, e me sentindo uma sardinha enlatada
- Desculpe – Afrouxou seus braços e ela respirou fundo – Como se sente? Está melhor?
- Não, minha cabeça está doendo muito, assim como meu rosto. Eu preciso ir ao banheiro, estou hiper apertada – Levantou da cama e correu para o banheiro.
John aproveitou esses minutos para descer e pedir a Tina para fazer um café reforçado para os dois. Quando voltou para o quarto Natasha estava de frente para o espelho olhando horrorizada para os machucados em seu rosto. John apertou a boca sentindo um aperto no peito.
- Minha linda
- O que houve comigo? Por que meu rosto está assim? O que aconteceu? – Tocou o lábio e estremeceu com dor.
- Por favor, se acalme. Você não se lembra de nada? – Perguntou dando passos cautelosos ate ela.
- Não, a última coisa que lembro é de ter passado mal e eu a Michelle fomos para o estacionamento, depois tudo ficou borrado ate escurecer.
- Eu quero que se acalme, por sorte nada de ruim aconteceu.
- Como assim? O que quer dizer com “por sorte nada aconteceu”? – Arregalou os olhos querendo entender todo aquele absurdo.
- Você foi dopada por um cara, e no estacionamento quando Michelle a deixou por uns instantes, dois homens te sequestraram.
- O que?  - Olhou para ele sem acreditar.
- Sim, foi tudo armado. Por sorte você estava com o seu celular e Ethan conseguiu rastrea- La, nós chegamos a tempo de evitar uma tragédia, depois trouxemos você para cá.
- Oh! Meu Deus – Juntou as mãos perto da boca – Eu não me lembro de nada disso.
- Estava sob o efeito do sonífero, é justificável que não lembre, mas não se preocupe mais com isso, agora está tudo bem – A abraçou – Você está segura.
- Mas quem faria uma coisa dessas? – Segurou a camisa dele entre as mãos.
- Fique tranquila, eu e seu irmão já resolvemos isso.
- Quem fez isso John? E por quê?
- Foi a Lucy
- O que? – Se afastou bruscamente dele como se estivesse pegando fogo – Aquela louca fez isso?
- Sim, mas não podemos provar, nenhum dos três homens quer denuncia- La como a chefe de tudo isso. Ethan foi à delegacia pela manhã para prestar o depoimento.
- Oh! Deus, eu não consigo acreditar nisso. Aquela maluca mandou me dopar e me sequestrar, e o que fariam comigo depois?
- Minha linda não pense mais nisso, está tudo bem, nenhum deles jamais vai chegar perto de você. – A puxou novamente para seu abraço beijando o topo da sua cabeça.
- Eles iam me matar não é?! Eu sei que ela ordenou que fizessem isso
- Shhh isso nunca aconteceria, antes eu a matava.
- Meu Deus, ela é uma mulher doente, precisa ser internada.
- Sim, sim, eu concordo – Beijou outra vez sua cabeça e disse – Isso já passou, você está aqui comigo agora, tudo vai ficar bem. Por que não tomamos um banho e descemos para comer algo? Eu não troquei a roupa desde ontem.
Natasha olhou para baixo e viu que John ainda usava a calça social e a camisa branca desabotoada. Só essa imagem conseguiu arrancar um sorriso dela:
- Tudo bem – Olhou para si – Mas eu não estava com essa roupa.
- Pedi para Tina me ajudar a trocar sua roupa depois que Pietro esteve aqui para dar uma olhada em você.
- Oh
- Vem, vamos tomar banho – Segurou a mão dela e a conduziu para o banheiro, mas antes pegou o comprido para dor que estava em cima do criado.

Depois de ligar para Ethan e pedir que fosse para o seu apartamento cuidar de Natasha, John avisou que sairia por alguns instantes para resolver um problema.
Ao parar o carro ao lado da via no condomínio luxuoso, ele saltou e subiu os degraus de dois em dois sentindo sua raiva crescer a cada passo que dava. Parou diante da porta branca imensa e apertou varias vezes a campainha ate uma moça trajada com um uniforme preto e avental branco vir abrir. Ele pulou para dentro da casa sem dar chance para ela tentar expulsa- lo:
- Onde está a Lucy? – Olhou para os lados.
- Senhor, por favor.
- Eu quero saber onde está a Lucy – Falou com raiva fazendo a menina dar um passo atrás. – Se não me disser onde ela está eu vou botar essa casa abaixo procurando.
- Ela...
- John – Uma voz grossa encheu o ambiente vindo de trás dele – Pode ir Carol. – A menina não precisou ser mandada duas vezes, saiu dali correndo.
John virou- se para o senhor encontrando o rosto conhecido, havia ido varias vezes naquela casa e na maioria das vezes o encontrava lá, em seu escritório, ou servindo de capacho para a esposa:
- Faz tempo que não o vejo. Em que posso ajuda- lo John?
- Onde está sua filha?
- Ela viajou de manhã cedo
- Merda – Resmungou – Sabe para onde foi?
- Não, ela disse que ligaria quando chegasse. Foi uma viagem inesperada.
- Imagino – Respondeu com sarcasmo – Precisou fugir as pressas.
- O que quer dizer? Tem algo que eu não saiba?
- Sim, sua filha fugiu de mim porque sabia que eu viria atrás dela – Falou com irritação.
- Como assim? O que ela fez?
- A psicótica da Lucy simplesmente perdeu o juízo de vez
- Espere, espere, está falando da minha filha
- Que é uma louca. Ontem ela mandou sequestrarem e matar minha namorada.
- O que? – Ele deu um passo atrás ao escutar aquilo – Isso é um absurdo. Lucy jamais faria algo assim, vai contra seus princípios.
- E desde quando ela tem princípios?! Eu não preciso te lembrar de tudo o que a sua filha me fez passar.
- Eu sei muito bem o que aconteceu e me envergonho por isso, mas apesar de tudo ela nunca faria algo como mandar sequestrar e matar uma garota.
- Ah acredite, ela fez. Por sorte eu impedi que o pior acontecesse.
- Como pode ter certeza do que está afirmando?
- Um dos rapazes que foi contratado deu detalhes da aparência física, e a única pessoa que eu conheço e que seria louca o bastante para fazer isso, é ela.
- Eu não acredito nisso. Ela sofreu muito com o rompimento do noivado, ficou varias semanas trancada no quarto.
- Oh! Tadinha dela. E quanto a mim? Eu que fui o idiota da história, acreditei nela duas vezes e ganhei um par de chifres de vários andares. A Lucy ferrou com a minha vida, e quando finalmente eu consegui refaze- La, e encontrei alguém que realmente me ama, ela volta do inferno para tentar destruir isso.
 Senhor enrijeceu a sobrancelha, estava visivelmente envergonhado com o ocorrido no passado:
- Não é de hoje que ela tem ameaço a mim e principalmente minha namorada, e se ela chegar novamente perto da Natasha eu juro que o próximo a lamentar a perda será você e sua esposa.
- Epa! John vai com calma, você está passando dos limites
- A sua filha está me provocando, eu mandei que ela ficasse longe de nós dois, mas está tão obcecada com a ideia de que vamos reatar nosso relacionamento que não está medindo esforços para se livrar da Natasha.
- Você devia ter dado a ela mais uma chance. Minha menina só estava confusa com todos os planos do casamento e a vida conjugal.
- Confusa com três caras, se não mais não eh?! – John puxou a respiração tentando reaver seu controle – Ouça ela escapou desta vez, o três homens não quiseram dar o nome da mulher que armou tudo isso, mas eu tenho certeza absoluta que a Lucy está envolvida nisso, e quando eu conseguir provar, pode contar que não vou pensar duas vezes antes de joga- La na cadeia.
- Não pode acusar minha filha sem provas
- É eu sei, mas vou dar um jeito que descobrir que foi ela. – Deu um passo a frente ficando perto do homem – Esse vai ser meu último aviso, mantenha sua menina longe de mim e da minha mulher, ou eu juro que ela vai se arrepender de pisar no mesmo solo que eu. Se algo tivesse acontecido a Natasha noite passada... – John soltou uma risada de deboche – Eu caçaria a Lucy ate no inferno, não haveria buraco no mundo para se esconder de mim, eu a encontraria e faria pagar.
- Você não pode vir na minha casa e ameaçar minha filha, isso eu não admito. Ponha- se daqui para fora. Graças a Deus Lucy não se casou com você.
- Eu dou Graças por ter acabado com aquele circo – Disse alto dando passos para trás em direção à porta – Eu avisei, deixa- a longe da minha vida, eu quero que tudo esteja em ordem para poder me casar em paz com a Natasha, a mulher que eu amo e me ama, por que essa sim é uma mulher de princípios e valores, coisas que sua filha é capaz de nem saber o significado.
- Vá embora daqui Harris e nunca mais volte. – Apontou com raiva para a saída.
- Diga para ela não cruzar o meu caminho – John puxou a porta e ao sair bateu com força fechando- a.

Ao voltar para o apartamento, o apito do elevador soou informando a chegada dele. Mal colocou o telefone no bolso quando Natasha veio correndo na direção dele aos prantos jogando- se em seus braços:
- O que houve minha linda? Por que está chorando? – Afagou os cabelos dela.
- Ela ficou assim depois que eu contei o que houve. – Ethan respondeu se aproximando dos dois.
- Mas eu contei isso para você hoje de manhã
- Não tudo, não a parte em que eles bateram e quase abusaram de mim enquanto estava dopada. – Fungou com o rosto escondido no peito dele.
- Oh! Tá... Eu não queria que soubesse – Olhou feio para Ethan mostrando seu desgosto.
- Oh! Meu Deus eles teriam abusado de mim se vocês não tivessem chegado a tempo.
- Não pense nisso – Passou os braços em volta dela apertando- a em seu corpo – Eu jamais deixaria isso acontecer com você. Eu mataria cada um deles com minhas próprias mãos. Deveria ter feito isso ontem, mas estava tão preocupado com você que apenas bati nele o máximo que pude e corri para tira- La dali.
- Você me salvou... Vocês dois. E eu amo vocês por isso.
- Sabe que eu faria qualquer coisa para proteger você irmãzinha – Ethan se aproximou tocando os braços dela dando um beijinho em seu ombro.
- Sim, eu também, você é minha vida, arriscaria tudo para salva- La.
- Obrigada – Virou ficando de frente para o irmão e na ponta dos pés deu um beijo de agradecimento no seu rosto.
- Fique bem garota. Eu tenho que ir para a faculdade agora, mas qualquer coisa é só me ligar e venho correndo.
- Tudo bem – Sorriu.
- Ate mais tarde – Se despediu indo para o elevador.
- Vem – John beijou o rosto da morena e a levou ate o sofá. Sentaram um de frente para o outro. Ele abriu sua jaqueta e pegou um lenço do bolso entregando a ela.
- Obrigada – Pegou para limpar seu rosto – Você sempre anda com lenços no bolso?
- É muito útil, é um truque que meu pai me ensinou – Sorriu tocando o rosto dela com a costa da mão.
- Realmente é muito útil – Suspirou pousando o lenço no colo. – Obrigada.
- Não precisa me agradecer por salvar sua vida, sabe que faria mesmo se não me pedisse.
- Eu sei, mas mesmo assim quero agradecer. Depois que o Ethan me contou tudo aquilo, eu senti todo o medo que deveria ter sentido ontem. Por um lado ate agradeço por ter sido dopada, acho que teria entrado em pânico.
- Vamos esquecer isso, já passou, acabou. Nada, e nem ninguém fará mal a você novamente, eu prometo. – Bateu de leve em seu peito pedindo que ela se encostasse ali. Natasha virou de costas e recostou contra ele, apoiando sua cabeça sobre seu ombro. John passou os braços em volta dela dando um beijo em sua cabeça – Eu te amo, sabe que é a coisa mais valiosa que tenho na vida. Não há chances de eu ficar sem você, nunca.
- Eu amo você, obrigada por fazer parte da minha vida – Deslizou sua mão sobre o braço dele ate tocar seu ombro – Eu adoraria poder te beijar agora, mas meus lábios ainda estão doloridos.
- Não se preocupe, você me compensa depois.
- Sim, com muitos beijos.
- Muitos – Sorriu. Ele suspirou – Agora mais do que nunca quero que nós viajemos para bem longe, se eu não tivesse prometido levar seus amigos hoje mesmo partiríamos para a Cidade do México.
- Nós vamos depois de amanhã. Hoje a Kate chega de viagem e prometi a Michelle que iríamos juntas busca- La no aeroporto.
- Não queria que saísse, mas já que é para buscar sua amiga eu vou junto.
- Não John, não se incomode com isso
- Ei! Não estou pedindo sua permissão, apenas estou informando que vou junto – Mordeu a ponta da sua orelha.
- Hmm! Tá tudo bem, sei que quando resolve ser mandão não a ninguém que se oponha.
- Exatamente – Soltou uma leve risadinha dando um beijo em seu pescoço.  

Continua...