História Simply, I love you. - Plano em ação

[...] Acelerou quando o sinal ficou verde.  [...]

No outro dia pela manhã, Natasha combinou de encontrar com suas amigas e Naya no shopping e seria ali que colocaria seu plano em prática. Pegou seu celular e discou o número do primo:
- Connor? Oi é a Nat.
- Oi prima, tudo bem?
- Sim, sim.
- Em que posso ajudar?
- Eu preciso de um favor seu
- Hmmm eu vou gostar?
Ela ergueu o olhar no momento em que viu Kate, Michelle e Naya se aproximando, então sorriu:
- Com certeza, mas principalmente porque envolve sobre irritar o Ethan.
- Onde eu posso te encontrar? – Perguntou todo empolgado, Connor não perdia a oportunidade de tirar Ethan do sério. Um pegando no pé do outro desde pequenos.
- Eu vou te contar o que estou tramando
- Sou todo ouvidos
Quando as meninas sentaram-se à mesa junto da Natasha, deram um grande “oi” para cada uma. Elas aproveitaram para tomar algo. Enquanto passavam de loja em loja, Natasha chamou Naya para uma conversa particular:
- Eu preciso falar com você
- Tudo bem, o que houve?
- Eu quero te contar uma coisa, mas quero que saiba por mim para no fim não achar que eu estava brincando com sua cara.
- Nossa você está me assustando
- Não fique – Sorriu – Eu vou contar.
Natasha explicou tudo com detalhes e depois de concordarem elas juntaram as outras e continuaram o passeio.
De volta a praça de alimentação elas encontraram com Ethan, bem como Natasha havia previsto:
- Oi irmão – Com a cara mais sínica de todas Nat o cumprimentou.
Ele ergueu a cabeça e abriu um sorrisinho ao ver a irmã, a prima e Kate, mas deu um salto da cadeira assim que seus olhos pousaram em Naya:
- Naya?
- Como vai Ethan?
- Err... Mu- muito bem e... E você? – Estava tão nervoso que não conseguia formar uma frase inteira.
- Muito bem
- Hey se não são as minhas garotas – A voz de Connor veio por trás e todas viraram. Os olhos das outras mulheres pregaram nele e o devoravam vivo.
- Connor que bom que veio – Nat o recebeu com um abraço.
- Você me convidou não pude deixar de vir – Mostrou aquele seu sorriso arrasa quarteirão – Ethan é bom ver você também.
- É digo o mesmo
- Oi prazer sou Naya Bennet – Ela deu um passo a frente estendendo a mão para o rapaz.
- Uau! Ah eu sou Connor Donovan – Apertou a delicada mãozinha dela.
- Primo da Nat, dá para perceber pela aparência, é tão bonito quanto ela.
- Temos uma boa genética – Brincou – Mas desculpe se estou sendo indelicado, mas você é muito linda, e acho que tenho que agradecer a minha prima por me convidar para vir hoje – Não tirou os olhos de cima dela.
- Há! Há! Há! Obrigada – Naya ficou vermelha e abaixou a cabeça.
Ethan assistia aquela cena com sangue nos olhos, ficava se perguntando o que diabo Naya estava fazendo, ela sempre fora tímida e agora simplesmente se jogou na frente de Connor e se apresentou, ate mesmo o elogiou. Seu cotovelo começou a latejar:
- Está com fome Connor? Nós íamos dar uma parada para um lanche – Natasha se manifestou.
- Não obrigado, eu já comi, mas estava com vontade de tomar um sorvete
- Ah eu quero comer algo sólido – Mich reclamou e Kate concordou.
- Acho que nós vamos ficar por aqui, você pode tomar seu sorvete, tem uma sorveteria excelente no segundo andar – A morena disse.
- Ok! Você aceita tomar um sorvete comigo Naya?
- Oh err... Claro, eu adoraria – Juntou as mãos na frente do corpo.
- Só temos um problema, eu tenho dinheiro apenas para um sorvete, então acho que vamos ter que dividi- lo – Sorriu de lado como um perfeito malandro.
- Minha mãe me ensinou a dividir o alimento e as coisas boas, então acho que não vai ser um problema.
- Com certeza não – Ele lhe ofereceu o braço – Vamos?
- Por favor. – O pegou e os dois saíram da praça e sumiram por entre o corredor.
- Oh! Eles formam um belo casal – Mich comentou toda sorridente.
- Será que pode me explicar o que está acontecendo aqui? – Ethan perguntou apoiando as mãos na mesa.
Natasha puxou e sentou em sua cadeira:
- O que você quer que eu explique?
- O Connor... Por que ele está dando em cima da Naya?
- Por que ele gostou dela?! – Fez cara de desentendida.
- Não, não, isso está errado
- Qual é o problema Ethan?
- Ele é o problema, e ela respondendo as cantadas dele também é um problema
- Quando eu o convidei para sair com a gente eu não imaginava que ele ia se interessar por ela, mas olha só.
- E você está tranquila com isso? – Perguntou irritado.
- Por que não estaria?! Ethan eu não sei por que está fazendo esse barraco todo, enxergue essa situação como uma oportunidade.
- Oportunidade para que?
- Para cair fora – Deu de ombros – Você mesmo não disse ontem que não estava mais apaixonado pela Naya? Então, Connor apareceu com a solução para os seus problemas. Ele fica com a Naya e você está livre e sai sem se sentir culpado, todos ganham.
- E por que acha que eu ganharia?
- Você não quer se amarrar a ninguém, se ela se apaixonar por Connor eles vão ficar juntos e logo você será passado pra ela, e todo aquele sentimento vai morrer.
Ethan entreabriu a boca não acreditando em tudo o que estava escutando, mas isso o atingiu como uma flecha em chamas no peito, ate sua respiração estava falhando:
- Olha eu já sei que você não gosta dela como mulher, e acho ate melhor ela se apegar a outro cara, e fico feliz que seja o Connor, pelo menos ela não corre mais o risco de ter o coração despedaçado por você.
- E com ele não tem esse risco? – Perguntou com ironia.
- Não, Connor é muito bem resolvido com seus sentimentos, e tenho certeza que cuidará muito bem dela, eu vi o modo como se olharam, parecia igual eu e John – Ela sorriu cheia de imaginação.
- Você não pode está falando sério
- Por que não?
- Você sabe muito bem o que sinto por ela
- Errado, o que você sentia, mas descobriu que não sente mais. O que você quer? Que ela te espere pro resto da vida ate você ter a boa vontade de resolver seus problemas emocionais?
- Não, é que... Foi recente.
- Melhor ainda, ela se apaixona por Connor e você fica livre de toda essa bagagem sentimental, todos ficam felizes. – Natasha pegou o cardápio que estava na mesa – Agora eu quero comer.
Ethan bufou em sua cadeira, e Mich e Kate que fingiam estar conversando e totalmente indiferentes do que estava acontecendo continuaram não dando bola, chamaram o garçom e fizeram seus pedidos.
Quando os pratos chegaram Naya e Connor voltaram todos sorridentes, e fazendo gracinhas, ela ate tinha uma flor de plástico na mão:
- Hey! Vejo que se entenderam bem – Nat falou assim que eles puxaram duas cadeiras e sentaram um ao lado do outro.
- Pois é, seu primo é muito legal
- Ah isso foi ofensivo – Ele tocou o peito como se tivesse sido machucado.
- Há! Há! Há! Me desculpe, ele é incrível o melhor acompanhante para um sorvete que existe
- Muito obrigado
- Há! Há! Há! Seu chato – Bateu nele com o cotovelo – Eu não fazia ideia de que tínhamos tanto em comum.
- Verdade, ela me mostrou o vídeo da corrida de cavalos que ganhou em um torneio
- Você cavalga? – Nat perguntou surpresa.
- Sim, desde pequena, de uns anos para cá eu comecei a praticar alguns esportes e, bom é uma das minhas paixões agora.
- Eu acho incrível. Eu a convidei para participar do torneio de vôlei sábado que vem e estávamos justamente precisando de mais um jogador.
- E aceitou? – Ethan perguntou com sua voz pesada e irritada.
- Sim, eu adoro jogar vôlei e vou adorar jogar com os meninos
- E ganhando ou perdendo vamos comemorar no bar do Cesar
- Oh então é um encontro?! – Continuou com seu olhar carrancudo.
- Não, não é um encontro, é apenas um jogo – Naya respondeu dando de ombros.
- Mas não me oporia a um encontro, talvez não tão cheio de homens suados e mal educados. Quem sabe um restaurante ou um cinema – Olhou fundos nos olhos dela. – O que me diz?
- Oh... Ia ser ótimo
Ethan terminou de destruir o guardanapo em seu colo e arrastou a cadeira para trás levantando:
- Eu perdi a fome, prometi ao papai que ia ajuda- lo com um projeto para a agência. Ate mais – Despediu- se e saiu pisando duro.
Assim que sumiu de vista, Natasha esticou a mão para seu primo e o mesmo bateu:
- Muito bem. Eu sei o quanto está adorando – A morena retrucou.
- Chatear o Ethan me alegra – Esticou os braços se espreguiçando.
- Obrigada pelo o que fez Connor, eu me sinto um pouco envergonhada – Naya balbuciou.
- Ei! Não faça essa cara, apesar de estar aqui unicamente para provocar o Ethan todos os meus convites foram verdadeiros, eu quero que vá ao jogo e quero que aceite um encontro.
Ela arregalou os olhos surpresa e aos poucos foi ficando da cor de um tomate:
- S- sério?
- Claro que sim, você aceita?
- O- oh! Err... Sim... Aceito
- Maravilha – Mostrou aquele seu sorriso provocante.  

Quando eles estavam caminhando para o estacionamento, Natasha segurou seu primo pelo braço e o puxou ficando distante dos ouvidos das meninas que iam na frente conversando alto e rindo. Ficaram atrás de uma parede:
- O que foi Nat?
- Connor você sabe muito bem porque eu chamei você aqui
- Sim, sim, eu sei, para causar ciúmes no Ethan e fazer ele entender seus sentimentos pela Naya.
- Exatamente
- E qual é o problema agora?
- Estou preocupada pelo fato de você se passar pelo próximo pretendente da Naya, o que é para ser apenas mentira, mas acabar se tornando real.
- O que quer dizer?
- Que talvez você acabe se interessando pela Naya de verdade.
- Qual é Nat!
- É serio, ela é uma garota muito legal, é bonita e divertida, qualquer pessoa se apaixonaria fácil por ela, ate mesmo você.
- Isso seria tão ruim assim se acontecesse? – Apoiou as mãos nos quadris olhando-a.
- Sim, seria terrível, porque meu irmão gosta dela
- Ele quer deixa- La
- Não quer não, ele está apenas com medo desse turbilhão de emoção que está sentindo, Ethan nunca se apaixonou dessa forma antes, é tudo muito novo. Ele sempre foi o garanhão que bastava estalar os dedos que conseguia a mulher que quisesse vocês dois sempre foram parecidos nesse aspecto.
- Ouça Nat, eu entendo tudo o que está me dizendo e tudo o que está fazendo pelo seu irmão, mas confia em mim, eu vou me tornar amigo da Naya, mas vai ser só isso. Ela está por dentro de tudo o que nós três faremos.
- É, mas eu não contei tudo ela, disse que esse plano seria apenas o Ethan afirmar seus sentimentos com relação a ela, mas ocultei a parte em que ele desistiu disso.
- Ok! Eu não vou contar e vou seguir com o plano. Não se preocupe, nada vai acontecer, se a Naya está tão apaixonada assim pelo Ethan então vão vai sentir nada por mim.
- Espero que você siga esse exemplo
- Arg! Não esquenta a cabeça prima, eu sei o que faço – Passou o braço por trás do pescoço dela fazendo- a caminhar de novo.
- É, mas eu sei o quanto você é irresistível
- Quanto a isso não posso fazer nada – Sorriu cinicamente.
- Ai! Ai! Espero não está fazendo a coisa errada – Balançou a cabeça de um lado para o outro soltando um suspiro pesado.

Natasha deveria ter voltado para casa, mas automaticamente seguiu para o apartamento de John, estava acostumada a ir direto para lá.
Quando saiu do elevador escutou uma risada grossa que sabia ser do seu lindo moreno, e dando alguns passos o encontrou deitado no chão da sala brincando com Sam que tentava lamber seu rosto. Ela sorriu abertamente olhando- os enquanto se aproximava. Deixou sua bolsa em uma das poltronas e parou:
- E você ainda não queria ficar com ele – Cruzou os braços
John deu um pulo parando com os risos e sentando:
- Nat?
Ela ergueu uma sobrancelha sugestivamente:
- Eu não queria atrapalhar a brincadeira dos dois – Ergueu uma das mãos.
- Err... Eu não sabia que você viria – Sam tentava insistentemente subir em seu colo e o mesmo o pegou deixando entre suas pernas.
- Vejo que estavam se divertindo bastante
- É, pois é – Ele abaixou a cabeça para olhar o filhotinho que agora estava maior – Eu estava tentando assistir o jogo, mas ele não parava de latir, então o tirei do cercadinho.
- Começaram a brincar
- É... – Respondeu um pouco envergonhado.
- Ele tem razão de reclamar, não pode ficar o dia todo nesse cercadinho, precisa correr um pouco.
- Mas nem sempre posso vir brincar com ele
- Talvez você devesse leva- lo para um playground de cachorro
- E tem isso?
- É claro – Sentou na frente dele – Enquanto estivesse trabalhando você pediria ao Phil para deixar e buscar ele.
- Hmmm é, acho que é uma boa ideia – Coçou atrás das duas orelhas dele, e o mesmo parecia estar gostando bastante desse carinho.
- Há! Há! Viu só Sam seu pai não sabe como cuidar de você – Acariciou sua cabecinha.
- Hmm pai? Eu prefiro o termo amigo
- Você cuida, dá comida, atenção e carinho, é um pai.
- E você a mãe – Respondeu.
- Por que não?! Ele é um lindo filhotinho – O pegou do colo de John e levantou ate seu rosto – Você é uma gracinha.
- Não diga que ele é uma gracinha, vai insultar sua masculinidade
- Aff! Ele ainda é praticamente um bebê, não sabe diferenciar uma coisa da outra, e você não devia ser machista, ate porque também te acho uma gracinha. – Deixou Sam no chão que correu todo alegre atrás de seus brinquedos.
- Nossa isso foi pior que um chute no saco
- Há! Há! Há! Você é muito babaca. – Ela riu da cara de desgosto dele. Então apoiou as mãos no chão ficando de joelhos e bem próxima do rosto dele – Como se sente hoje? Com mais energia?
Ele sabia muito bem ao que ela se referia, ao seu voraz apetite sexual da manhã anterior. Ele sorriu todo presunçoso sabendo o efeito que causava nela:
- Com muita energia, pronto para qualquer coisa
- Hmm gostei de saber disso – Raspou seus lábios sobre os dele – Vamos assistir um filme?
- Qual você quer?
- Estou em duvida entre dois, Cinquenta tons mais escuros e ninfomaníaca, esperava que você me ajudasse a escolher.
- Para mim tanto faz não vamos assistir de qualquer forma – Passou sua mão pela lateral do rosto dela enfiando a ponta dos seus dedos entre os cabelos dela.
- Então eu deixo você escolher o cômodo – Mordeu de leve o lábio dele.
- É uma boa ideia. Eu adoraria toma- La aqui mesmo no chão, mas um certo cãozinho não iria permitir.
- Então vamos subir – Respondeu cheia de malícia.
- Certo – Ele ficou de pé primeiro e estendeu as mãos para ajuda- La a levantar, e antes que firmasse em suas pernas ele a puxou pela cintura colando junto ao seu corpo, então tomou posse da sua boca em um beijo sensual.
 

Continua...