História Simply Love - Dramione - Desconfiança

A boca da menina se abriu formando um O perfeito, os olhos dela se arregalaram e a respiração se acelerou, ela não estava acreditando no que via.

[...]

Hermione sentiu o chão se abrir sobre seus pés, ela não acreditava no que estava vendo, o mundo pareceu parar, e ela só saiu de seu transe quando Harry a olhou tão assustado quanto à mesma devia estar.

A boca de Harry abriu diversas vezes mais nenhuma palavra saiu à respiração de todos ali era ofegante.

Em um sinal claro de assombro a castanha fechou os olhos para ter certeza que não era um sonho, mas então a imagem de Harry dentro do armário de vassouras beijando Pansy Parkinson, em o que qualquer pessoa diria ser um grande amasso invadiu Hermione que só então saiu de seu transe, como havia acontecido com Harry a boca da castanha se abriu diversas vezes, mas a castanha não sabia o que falar, ou até mesmo o que fazer.

Ela pensou que pudesse haver algo entre os dois, mas os ver juntos causou um impacto imenso em Hermione, ela se sentia enciumada, mas também enraivecida ela não aceitaria seu melhor amigo com uma das pessoas que mais a humilhou durante esses anos.

Os punhos dela se fecharam e então a mente da castanha trabalhou rapidamente, e a única coisa que ela pensou foi em fazer o que Draco faria, se recompor e fingir que nada estava acontecendo.

– Menos cem pontos da casa de cada um de vocês, saiam daqui agora. – Mandou a menina com a voz dura e parcialmente indiferente, Harry olhou para a amiga assombrado com essa atitude, ele não estava a reconhecendo.

– AGORA. – Gritou a castanha fazendo Pansy se assustar, mas Harry não ele já esperava por gritos, antes de qualquer um dos dois falar qualquer coisa a castanha deu meia volta e saiu andando rapidamente.

Os cabelos castanhos da menina esvoaçam, e os passos duros dela ecoavam pelas paredes, o calor que estava instalado no corpo da castanha após suas lembranças havia rapidamente sumido, agora só havia o ódio e o ciúme de seu melhor amigo.

Harry não estava muito diferente da garota, o calor que o amasso com Pansy trouxe se foi com veio, rapidamente, deixando a frustração e a indecisão de ir ou não atrás de sua amiga.

Pansy posou sua mão no ombro do moreno e sorriu envergonhada para ele.

– Vá atrás dela, vocês precisam conversa e eu não quero ser o motivo de você brigar com sua melhor amiga. – Sussurrou a morena sentindo o peso do olhar de Harry.

Demorou, mas Pansy percebeu que ninguém e melhor que ninguém, a verdade e que ela já pensava assim desde o fim da guerra, ela estava arrependida, mas o orgulho não a deixava agir de outra forma, mas foi só Draco mudar sua postura, para ela perceber que também podia mudar, e agora que ela estava começando a gostar de Harry ela faria tudo certo.

Harry olhava atentamente para a garota, e ele só precisou de alguns segundos para decidir o que fazer, ele deu um selinho na morena e saiu correndo pelo corredor indo ao encontro de sua amiga, mas não sem entes sussurrar um "Obrigado" a Pansy, que sorriu para o menino.

Harry corria pelo corredor extenso a procura de sua amiga, ele dobrou um dos corredores e viu ao longe os cabelos castanhos de sua amiga, ela estava distante e por isso o menino que sobreviveu correu o mais rápido que pode, Hermione ao ouvir o som dos passos de Harry olhou para trás, para ver quem era e se assustou ao ver Harry, mas mesmo assim ela não parou de andar.

Ele só precisou de mais alguns segundo para alcançar a menina, ele agarrou o braço dela e a puxou para si a fazendo ficar frente a frente com ele.

– Me solta Potter. – Mandou a castanha entre dentes.

– Só se você me escutar. – Respondeu o moreno ofegante.

– Estou ouvindo Potter. – Respondeu a castanha com um ar arrogante. O menino que sobreviveu olhou bem atentamente para Hermione e não a reconheceu naquele momento, essa arrogância não combinava com sua Hermione.

– Por que você está agindo assim? – Perguntou o moreno antes de conseguir se segurar.

– Assim como? – Rebateu Hermione ainda arrogante.

– Como se fosse uma Sonserina. – Esclareceu Harry franzido as sobrancelhas.

– Por favor, Harry se você se importasse mesmo com isso, não estaria a segundos atrás se atracando com uma. – A voz da castanha saiu ainda mais arrogante e desdenhosa.

– Você quer falar mesmo sobre quem está se atracando com um Sonserino? Você se casou com um e não pareceu se importar. – Rebateu o moreno irritado.

Hermione olhou para Harry chocada, ela não esperava que seu amigo falasse daquela forma.

– Como você ousa falar assim comigo? – Sussurrou à castanha sentindo seus olhos marejarem, ela esperava que Harry a entendesse e não que jogasse isso na cara dela.

– Como eu pude? Você está sendo egoísta Hermione, eu sempre estive do seu lado, acreditei em você, apoiei esse seu casamento precipitado e estúpido e sabe porquê? Porque eu gosto de você, pois pra mim você e como minha irmã, eu te apoio em tudo, mas você simplesmente vira as costas pra mim quando descobre que eu estou com uma Sonserina que assim como o seu maridinho se arrependeu do que fez no passado. – Gritou Harry em plenos pulmões, ele estava zangado, na verdade ele estava irado, ele esperava que quando Hermione descobrisse sobre ele e Pansy ela agisse de uma forma diferente, que conversasse com ele e não que fosse arrogante e desdenhosa.

Os olhos da castanha estavam arregalados, a boca dela secou, ela sabia que o que Harry havia dito era verdade, mas ela não daria o braço a torce.

– Eu estou sendo egoísta? Desde que eu e o Draco nos casamos você se afastou de mim. – Sussurrou a castanha olhando dentro dos olhos de Harry furiosa.

– Eu me afastei? Durante essas últimas semanas você não tem tempo mais pra nada Hermione, seus trabalhos estão atrasados e você fica fazendo eu sei lá o que, o que você queria que eu fizesse? Me diz. – Harry falou gritando as duas últimas palavras.

Hermione corou quando Harry falou das últimas semanas, não havia com ela contestar, se Harry estava se afastando a culpa era dela e de mais ninguém. A culpa a invadiu, mas o jeito com que Harry estava falando com ela a deixou indignada, aquele não era o Harry de antes.

– E a Pansy? Quando você ia me contar sobre ela? – Falou Hermione tentando acalmar seu tom de voz, a única opção que a castanha viu era mudar de assunto.

– Logo, na verdade assim que você tivesse tempo. Eu e ela ainda não estamos realmente juntos. – Contou o moreno também tentando se acalmar, ele sabia o que sua amiga estava tentando fazer, mudar de assunto para não continuar aquela discussão.

– Você está tão mudado. – Sussurrou a castanha baixo.

– Você também. – Sussurrou Harry de volta.

Os dois se encararam por um tempo, e então a castanha se jogou nos braços de seu amigo, que passou seus braços ao redor da cintura dela apertando a contra seu corpo.

– Eu tenho tanto medo Harry, tenho medo de te perder e tenho medo do que sinto pelo Draco, não me deixa Harry. - Suplicou a castanha chorando.

– Nunca. – Sussurrou o moreno apertando a menina ainda mais em seus braços. Eles ficaram abraçados por um bom tempo até que a menina se pronunciou:

– O que você acha da gente ir ao Jardim e conversa? – Chamou a menina, no primeiro instante Harry não entendeu, pois eles estavam conversando, mas logo ele percebeu que a menina queria falar sobre tudo que estava acontecendo na vida deles nas últimas semanas.

Os dois caminharam até os jardins de mãos dadas chegando lá eles se sentaram na grama como costumavam fazer antes da Guerra, e então Harry conto a Hermione, que ele e Pansy viraram amigos e ao conhecê-la melhor ele começou a gostar dela, e agora eles tinha um caso, tipo um amizade colorida, mas que ele estava pensando em pedir ela em namoro, a castanha deu apoio a seu amigo, pois ela viu os olhos dele brilhar ao falar o nome dela como nunca havia brilhado quando ele estava com Gina.

Após a história de Harry, Hermione contou a ele sobre ela e Draco, mas omitiu a parte de ultimamente eles parecerem coelhos, o moreno aconselhou sua amiga a se entrega a essa relação com Draco, fazer da certo ela também afirmou a castanha que ela estava apaixonada por Draco, e nesse instante tudo ficou em silêncio, pois ela não podia retrucar, pois tudo que ele falou era verdade.

Os dois Grifinórios ficaram calados só observando o por do sol que estava acontecendo bem à frente deles, e o pensamento que os dois tinham era que eles estavam completamente e irrevogavelmente apaixonados por Sonserinos.

[...]

Hermione acordou sentindo beijos molhados em suas costas nuas, preguiçosamente ela abriu seus olhos e deu de cara com um Draco todo arrumado, a menina esfregou as costas de suas mãos em seus olhos e com um suspiro se sentou, e vendo que estava nua a menina cobriu seus seios com um lençol fazendo Draco sorrir ao perceber que a menina ainda se sentia acanhada por ficar nua em sua frente.

– Levanta dorminhoca, temos que ir a avaliação do ministério. – Falou o loiro sorrindo, a castanha franziu sua testa e forçou suas lembranças, mas nada veio a sua mente ela só se lembrava dos toques de Draco na noite anterior, a verdade e que ela havia se esquecido da avaliação do ministério.

– Levante. – Mandou novamente o loiro olhando curioso para ela, a castanha se levantou da cama e correu para o banheiro onde tomou banho, enquanto a água caia na pela branca de Hermione ela pensava em tudo que havia acontecido nos últimos dias.

Até aquele momento ela não acreditava que Harry havia pedido Pansy em namoro, não que ela não apoiasse o casal, na verdade ela e Pansy haviam virado amigas, todas as diferenças entre elas haviam sido esquecidas e a convivência acabou fazendo as duas serem amigas, mas algo a incomodava o que a fazia não ser completamente feliz.

Nos últimos dias ela tinha a sensação de estar sendo observada, e o pior ela havia percebido que Dafne andava se aproximando de Draco, um dia após a aula quando chegou da aula a castanha deu de cara com a loira quase se sentando no colo de Draco, isso gerou uma grande briga entre o casal mais acabou sendo esquecida na cama, como sempre. Mas agora com a cabeça no lugar ela se sentia insegura e desconfiada.

Batidas na porta tiraram Hermione de seus devaneios em resposta ela gritou que já estava saindo, minutos depois ela já passava seu hidratante completamente vestida.

– Vamos? – Chamou Draco emburrado, e já impaciente.

– Vamos. – Falou Hermione sorrindo.

A castanha jogou o frasco de seu hidratante em cima da cama, e entrelaçou seus dedos aos do loiro, deixando o quarto os dois seguiram para a mesma sala de um mês atrás.

Os dois estavam mais confiantes agora que já sabiam como seria realizada a avaliação, Draco abriu a porta da sala com confiança, havia dois homens altos com vestes de bruxos e a mesma mulher do outro mês estava entre os dois, ela se vestia com simplicidade, e continha um sorriso doce e ao mesmo tempo maldoso nos lábios, agora revendo a mulher Hermione sentiu um curiosidade ser despertada em sua interior, ela queria saber mais da mulher e descobri o porquê de tanta curiosidade sobre seu casamento.

– Bom dia. – Falou a mulher sorrindo, Hermione reparou que ela tinha cabelos pretos e curtos os lábios ainda estava repuxado em um sorriso, agora mais largo.

– Bom dia. – Respondeu o casal em uníssono.

– Bom esses são Fuamnach e Heace, eles estão me supervisionar a pedido do ministro. – Esclareceu a mulher bufando no fim de sua frase.

– E porque você tem que ser supervisionada? – Questionou Draco com desdém sorrindo de lado.

– As pessoas acharam estranho eu ter pedido diretamente ao ministro para supervisionar vocês. – Bufou a mulher falando com naturalidade e descaso sobre isso.

– Convenhamos isso e no mínimo estranho. – Sussurrou Hermione para Draco, porém a morena escutou.

– Querida senhora Malfoy, eu só fiz o que todo mundo do ministério queria fazer, todos no mundo bruxo querem saber como e a vida conjugal do casal mais improvável desde Lilian e James Potter. – Respondeu a mulher com certa nostalgia ao dizer o nome dos pais de Harry.

– Você conhece os Potter? – Questionou Hermione.

– Eu estudei em Hogwarts no mesmo ano que eles. – Respondeu a mulher sorrindo.

– Ande logo Marrelie, não temos o dia todo. – Falou um dos bruxos impacientes, fazendo a mulher bufar.

Ela pegou sua varinha de dentro de sua saia, e ergueu sobre a cabeça do casal.

– Bom vamos ver o que vocês andaram aprontando neste mês. – Sussurrou a mulher em um tom baixo, mas suficiente alto para todos na sala escutarem. Hermione sentiu seu interior se revirar, ela estava imaginando de que cor a fumaça ficaria.

– Corporum. – Sussurrou a mulher fechando os olhos e agitando sua varinha próxima a cabeça do casal Malfoy.

Hermione mantinha seus olhos abertos, mas em segundos ela não pode enxerga mais nada, uma fumaça vermelha cintilante invadiu toda a sala, deixando todos às cegas, mesmo assim Hermione pode ouvir um gritinho entusiasmado vindo da avaliadora.

A porta da sala foi aberta fazendo a fumaça se despesa aos poucos, Hermione viu em meio a névoa a fisionomia de Jonnhy e Dafne pararem na porta. Hermione se sentiu orgulhosa de si mesma ao ver que a Sonserina abriu sua boca em descrença.

– Eu sabia que havia tesão entre vocês dois, agora está explicado o motivo das brigas de vocês. – Falou a avaliadora sorrindo fazendo Hermione corar, mas uma vez Hermione saiu daquela sala arrasando Draco que ainda sorria com as palavras da mulher.

– Calma. – Pediu Draco enquanto Hermione o arrastava pelos corredores. A castanha respirou fundo, deixando o ar adentra seus pulmões para logo solta-lo.

– Eu tenho que ir pra aula. – Murmurou a castanha de cabeça baixa, após os minutos de silêncio.

– Tudo bem, eu também tenho aula agora. – Sussurrou o loiro puxando Hermione para si, a beijando calmamente.

Assim que o ar se fez necessário os dois se separam e o loiro sussurrou um "Até logo" ainda com seus lábios colados aos da menina.

A mesma seguiu com calma para sua sala, ainda pensando na conversa com a avaliadora, ela sabia que seu casamento trariam repercussão mais até aquele momento ela não sabia que as pessoas especulavam sobre sua a vida com Draco, claro que ela sabia que as pessoas especulavam entre si, pois nenhum noticia além da matéria de Rita havia saído após seu casamento.

[...]

Hermione caminhava calmamente pelos corredores voltando para seu salão comunal ainda era de tarde, mas ela não teria mais aulas naquele dia, mas no meio do caminho ela ouviu vozes e risos femininos, isso a fez caminhar em direção aos sons.

Quanto mais se aproximava mais nítidos os sons ficavam, as risadas iam ficando mais altas e estridentes.

“Mais e claro que o casamento deles e de fachada”. Uma das vozes disse.

“Claro que sim, ele pode ter qualquer garota aos pés dele, e óbvio que ele não está só com ela”. Outra voz feminina falou.

Agora Hermione estava encostada a uma pilastra, de onde estava à menina podia ver um grupo de quatro garotas, que pelo uniforme eram Sonserinas, elas estavam sentadas no chão.

“Queridas o Draco trai a rata da biblioteca com a minha irmã, ela me contou que ele muito melhor do que dizem.” Contou Astória Greengrass, sorrindo convencida.

Hermione sentiu sua respiração falhar, e suas pernas bambearem, a convicção que havia na voz de Astória fez a castanha se desbalizar.

“O papai me contou que o que se fala é que esse casamento foi uma tentativa imunda de tentar limpar o nome dos Malfoy’s.” Contou uma das garotas.

“Claro que foi isso. O que mais faria o príncipe da Sonserina se casar com a ridícula e imunda da Granger?” Completou outra garota que a castanha reconhecia como do quinto ano.

“Nada.” Respondeu Astória fazendo as meninas caírem na gargalhada.

Hermione não quis escutar mais nada, em passos trôpegos ela deixou aquele corredor, as lagrimas embaçavam sua visão.

Em minutos a castanha já estava jogada na cama que dividia com Draco, onde seu cheiro e o dele se misturava, ela estava tão confusa, ela não conseguia encontra um motivo para Draco está com ela além do que as meninas haviam dito, a hipótese dele estar apaixonado por ela agora parecia tão surreal e tão improvável.

Hermione estava confusa, ela achava que o loiro poderia estar fingindo para que como a menina Sonserina havia dito limpar o nome da família dele, mas ele não conseguia imaginar ele atuando tão bem.

Com essa dúvida mortal, Hermione adormeceu em meio a suas lágrimas de desespero e de medo.