1. Spirit Fanfics >
  2. Simply Love >
  3. Capítulo 1

História Simply Love - Capítulo 1


Escrita por: Stylescabey

Notas do Autor


Minha primeira fic, Vou fazer o possível para atualizar todos os dia, Espero que gostem, Votem e cometem para mim saber se vocês realmente estão gostando, isso é muito importante. Aceito sugestões.

Capítulo 1 - Capítulo 1



Socorro! Socorro! — um grito apavorado ecoa na noite fria A rua está deserta, exceto por um cachorro maltrapilho que perambula à procura de alguma comida.
 As luzes na rua são fracas, com alguns postes espaçados entre si. Desço do carro e corro em direção ao som angustiado.Embora não seja muito tarde, poucas pessoas se arriscam a sair à noite naquela parte da cidade. Aquela é uma região relativamente perigosa e violenta. Há um número considerável de assaltos, brigas, estupros e até mesmo assassinatos. 
— Hei! — eu grito para o homem que encurrala uma jovem contra umaporta de metal de uma loja fechada. Ele tenta agarrar sua bolsa com uma mão ecom a outra aperta lhe o pescoço. 
— Solte-a! — grito enfurecido. 
O homem se assusta e solta a jovem empurrando-a para o lado. Ela sedesequilibra e cai soltando um gemido. O homem lança para a jovem um olharvidrado, louco e alienado. Eu conheço bem esse tipo de olhar transtornado. Namesma hora vejo que não é uma boa ideia enfrentar o homem, pois ele podeestar armado. Homens naquele estado geralmente não são donos de seus atos, namaioria das vezes, são inconsequentes. Eu poderia estar colocando tanto a mimquanto à jovem em risco naquele momento. Mas, o que eu posso fazer droga? 
Antes que eu possa pensar no próximo passo, o homem sai correndolevando consigo a bolsa da jovem. Fico dividido entre correr atrás do homem ousocorrer a jovem que geme no chão. Soltando um palavrão, eu escolho asegunda opção. 
— Tudo bem? — eu digo aproximando-me dela, que treme assustada.Ela está encolhida contra a porta da loja, seus cabelos caem em cascataao redor do rosto, longos cabelos vermelhos. Uma cor tão intensa que seriaimpossível de ter sido fabricada. Ergo o seu rosto para observá-la melhor.
— Você está bem? — insisto. 
Quando ela ergue a cabeça, lentamente, sinto meu mundo sair de órbita.Não estava preparado para aquilo. Diante de mim, o rosto mais lindo e angelicalque eu já vi em toda a minha vida. Pele de porcelana, coberto por sardas, quecomprovam a cor natural dos cabelos, nariz arrebitado e atrevido, lábiosvermelhos, carnudos e sedutores. Seus lábios fariam qualquer homem querermergulhar imensamente neles. Minhas mãos tremem levemente ao seguraraquele rosto fino. Uma carga elétrica percorre por todo o meu corpo. Retirorapidamente a mão, em choque. 
— Você está bem? — repito com a voz ligeiramente rouca.A jovem suspira profundamente antes de responder. 
— A-a-acho que sim — gagueja.Ela abre os olhos deixando-me em transe. São os olhos mais lindos que jápude ver. De um azul absurdamente claro, cristalino, impactantes. 
— Minha bolsa! — ela olha além de meus ombros.
 — Infelizmente ele a levou — explico com pesar. — Poderia tê-loperseguido, mas achei melhor ver como você estava. 
— Tudo bem — ela responde seu tom refletindo o meu. 
Então, ela começa a se levantar apoiando-se à porta da loja e fazendocírculos no chão com os pés como se procurasse algo. Nesse momento posso vero quanto ela é estonteante. Um corpo curvilíneo, magra, mas na medida certa,pernas lindas, apesar de não ser tão alta. Percebo também seu perfume, umcheio almiscarado com tons suaves de florais. Ela é linda. 
— Minha bengala — ela sussurra trazendo-me para o presente. 
— Como? — franzo a testa confuso. 
Será que ela estava anteriormentemachucada? Tem algum problema na perna? Pela forma como se apoia em umaperna e mexe a outra, acredito que não.
 — Minha bengala — ela diz novamente.Agarro-a rapidamente prendendo-a em meu peito largo. 
— Consegue ver minha bengala, senhor? — ela pergunta ofegante e umpouco assustada com meu abraço repentino.Olho ao redor e vejo uma bengala marrom opaco poucos metros adiante. Aparentemente está intacta.
— Sim, está um pouco à frente — respondo. — Deixe-me pegá-la paravocê  — digo, mas não a solto. 
Encaro aquela bela jovem mulher que segue olhando por sobre meusombros. Seu olhar parado, estático. Como se estivessem fixados em um pontolonge de mim. É então que a compreensão cai em mim como uma madeira nochão. 
— Você é cega! — digo rispidamente.A jovem encolhe-se em meus braços. Fica visivelmente pálida e comuma expressão angustiada toma conta de seu rosto. Ela tenta se livrar do meuabraço sem sucesso. 
— Solte-me — ela sussurra angustiada. 
Afrouxo os braços, mas não a solto. Eu devo tê-la assustado. Não eraminha intenção, mas ao me dar conta do fato, uma raiva enorme apodera-se demim. Como alguém pode tentar fazer mal a alguém tão frágil como aquelajovem, ainda mais sendo cega? 
— Desculpe-me. Não queria te assustar — suspiro. — Só fiquei surpreso. 
— Não tem por que! Afinal, como você poderia saber que sou cega?Desculpe-me se isso o incomoda — diz ela amargamente. 
— Incomodar? — encaro-a confuso. — Acha que isso me incomoda? —digo rangendo os dentes. 
— Senhor, eu posso ser cega, mas eu não sou burra e eu sinto as coisas —aproveitando-se de meu choque, ela se solta e começa a caminhar tateando o ar.
Fico instantaneamente irritado. Não me sinto incomodado, pelo contrário.Algo me atrai para essa jovem. Claro que seu rosto angelical e o que eu possover de seu corpo agora que está de pé contribuem e, muito. Qual homem não sesentiria atraído por uma jovem tão bonita? Mas é mais que isso, algo me atraíapara ela, como se um ímã imaginário, uma espécie de aura entre nós, mepuxasse para mais perto ainda. Já conheci muitas mulheres interessantes com asquais me perdi na calada da noite, mas até então nunca senti tal magnetismo. 
— Está enganada! — seguro seu braço. Novamente através da manga docasaco que ela está vestindo eu posso sentir a eletricidade. "Inferno!" 
— Poderia me passar à bengala, por favor? Minha casa não é longe e logoposso deixá-lo livre desse transtorno — ela diz sombriamente. 
Resmungo um palavrão e vou à busca da sua bengala. Ela está a poucosmetros adiante na calçada. 
— Aqui — digo segurando sua mão para entregar-lhe a bengala. Sinto seuleve estremecimento. Seria ainda o choque ou ela também sente a mesmaatração que eu?Por Deus, isso é errado!Sendo ela jovem demais para mim e mesmo se não fosse eu não poderia. 
Ela parece inocente demais para um homem como eu, além disso, existemoutros impedimentos. 
— O que faz aqui sozinha? Onde estão seus pais? — pergunto apreensivo.A jovem ri confusa. 
— O que meus pais têm a ver com isso? — ela devolve a pergunta. 
— Deixar uma garota da sua idade, andar sozinha nessa parte da cidade eainda mais sendo... — paro de falar antes de prosseguir. 
— Cega? — diz ela amargamente. — Apesar de ter me ajudado, o queagradeço e muito, não acho que seja da sua conta – ela se vira dando-me ascostas. 
— Claro que é! — ataco. — Para onde vai? Temos que avisar seus pais edar queixa à polícia — seguro firmemente em seus pulsos. 
— Meus pais não precisam saber — ela tenta se soltar. — E a polícia nãofará nada. Eu não vi quem foi, portanto... 
— São uns irresponsáveis! — eu interrompo-a irritado. — Poderia darqueixa contra eles também e, além disso, eu consegui ver o cara. Você oconhece?
— Err... hum... Olha, só quero ir para casa. Não dê queixa, por favor —ela suplica tentando soltar suas mãos. 
Será que ela o conhece? Por que está sendo tão evasiva e pedindo paranão dar queixa? Resolvo perguntar de novo.
— Você o conhece ou não? — insisto.Ela parece pensar por um momento, balança a cabeça e fica muda.Definitivamente essa história me parece mal contada, mas considerando oinfortúnio pelo qual ela passou essa noite, decido não insistir. Bom, pelo menos,não agora. 
— Olha, ainda acho que você deveria dar queixa. Eu vi o homem epoderia facilmente descrevê-lo. Não deveríamos deixá-lo nas ruas à solta.Nitidamente, ele é um bandido e pode fazer mal a outras pessoas inocentes.Entretanto, essa é uma decisão sua e não vou insistir. Mas antes de qualquer coisa,vamos telefonar para seus pais — digo calmamente. 
— Meus pais estão mortos! — ela diz como se estivesse sentindo dor.Em seguida, começa a chorar copiosamente como se só agorapercebesse o perigo que havia corrido. Eu a abraço apertado, enquanto ela choraem meus braços. Sinto um nó na garganta.
 — Tudo bem — sussurro acariciando os seus cabelos, tentando confortá-la. – Tudo bem.Alguns minutos depois, ela vai se acalmando e seu choro viram suspirossentidos. Ergo lhe o rosto com o dedo, fascinado por aqueles olhos, que banhadosde lágrimas ficam ainda mais hipnotizantes. 
— Você tem certeza de que não quer mesmo dar queixa à polícia? — digodocemente. — Aquele homem solto é um perigo para outras mulheres inocentescomo você. 
— Por favor, não...— ela suplica.Enrugo a testa. Por que ela insiste em não prestar queixa? Deve algo àsautoridades? Rio internamente do absurdo daquele pensamento. Claro que não! Oque uma jovem frágil e indefesa como ela poderia fazer contra a lei? Mas háalgo ali. 
Será que aquele homem é alguém conhecido? Um amigo ou namorado?O simples pensamento incomoda-me muitíssimo. 
— Tudo bem. Mas vou levá-la para casa então, não posso deixá-la sozinhacom esse homem à solta — digo firmemente. — Não aceitarei recusa de suaparte. 
– Não é preciso. Leve-me ao ponto de ônibus aqui perto — ela pede. 
– Não! — eu urro. — Ou me deixa levá-la até sua casa ou iremos àdelegacia. Mas não a deixarei sozinha no ponto de ônibus — digo incisivamente. 
— E eu não vou entrar no carro de um estranho! — ela rebate esfregandoas mãos. 
— Façamos o seguinte... — suspiro tentando controlar a ira que começa ame dominar. — Eu chamo um táxi para levá-la, tudo bem? — digo em umsussurro. 
Ela parece refletir por alguns instantes. 
— Tudo bem, pode chamar o táxi — ela consente. 
— Venha — digo guiando-a pelo ombro. — Espere um momento. Apósesperarmos um carro passar, atravessamos a rua. 
Faço sinal para um táxi que passa alguns minutos depois e enquantoconverso com o motorista, vejo-o observá-la e fico incomodado novamente. Elaestá ereta e rígida como uma rainha e é linda, não há como negar isso. Algunsfios de cabelo caem sobre o seu rosto dando-lhe um toque angelical. Só agoranoto que o cabelo dela é longo, caindo abaixo da cintura de forma sensual. Nuncative fetiche por cabelos, mas aqueles mexem e muito com a minha libido. 
Possofacilmente imaginá-la deitada nua em lençóis negros de seda e com aquelescabelos ruivos espalhados, chamando por meu toque. Balanço a cabeça paraafastar tal pensamento inoportuno.Após combinar com o motorista, retorno até ela, que segura à bengalacom tamanha força, que as juntas de seus dedos estão brancas, desmentindo suaaltivez anterior. 
— Venha — seguro sua mão gelada. — O táxi já está aqui. Tem certezaque não quer prestar queixa ou que eu a deixe em casa? — perguntoesperançoso.Ela volta a ficar pálida. 
Há alguma coisa ali? Seria o homem umnamorado? Outra vez o pensamento me incomoda. 
— Não! — ela se apressa. — Acho que ainda não agradeci — ela sorritristemente. — Obrigada. 
— Cuide-se! O táxi já está pago — Acaricio sua bochecha com um toqueleve como uma pluma, mas que a faz estremecer e dar um passo para trás coma respiração ofegante. Medo ou prazer? A pergunta martela em minha mente. elo seu rosto corado acredito que seja a segunda opção e isso me deixafodidamente excitado. Inferno! O que estou fazendo? Afasto qualquer pensamento indecoroso e ajudo-a entrar no carro.
Observo-a conversar com o motorista, possivelmente passando o endereço. Ouçoalguma coisa sobre Edifício Boulevard no Bronx e então o taxista começa adirigir. 
Olho para o táxi por alguns instantes e sigo apressadamente para meucarro, que por incrível que pareça, ainda está intacto, estacionado no mesmolugar, apesar do perigoso bairro. O carro por si só indica perigo. Nenhumdelinquente ousaria mexer ou furtar um Jaguar XF prata, uma indicaçãoclaramente que seu dono só não é alguém que você gostaria de enfurecer. 
Enquanto dirijo, penso na jovem intrigante. Nem sequer perguntei seunome. Penso com amargura que deveria ter insistido mais sobre o homem. Seráque ela realmente o conhece? E se conhece que tipo de relação teria com ele?Não muito boa, na certa, pois ele a agrediu e a roubou. E ainda por cima seuspais estão mortos! Com quem será que ela vive? Quem cuida dela? Por que elaestava sozinha em um lugar como aquele? Eu quero ter tudo e todos em volta demim sobre controle e todas essas incógnitas em volta dessa jovem estão medeixando louco! Tenho que vê-la novamente, mas como? Pelo menos ouvivagamente sobre o edifício que ela mora. Sim! Vou pedir ao Peter que investiguee descubra ainda hoje seu endereço. Carregaria outra enorme culpa dentro demim se algo acontecesse a ela. Apesar de ter dado dinheiro suficiente ao taxista,mas ainda assim... Droga! Não deveria tê-la deixado ir sozinha de táxi. Agoranão ficarei tranquilo enquanto não souber se ela está bem, em segurança, emcasa. Decido ligar para Peter imediatamente. 
— Peter, sou eu, Neil — cumprimento-o meio angustiado após seratendido no segundo toque. 
— Olá, Neil! Está tudo bem? Você me parece apreensivo — ele perguntapreocupado. 
— Sim, está tudo bem. Quer dizer, bem, mais ou menos. Acabo de ajudaruma moça que estava sendo assaltada e deixei-a em um táxi para levá-la emcasa. Insisti para fazer isso, mas ela não quis arriscar sair com um estranho. Noentanto, agora estou preocupado por saber se ela chegou até sua casa emsegurança. Você pode verificar isso? Ouvi-a dizer ao taxista que morava noEdifício Boulevard, mas não ouvi o nome da rua. Encontrei-a no Bronx, ela devemorar por perto. – digo em um só fôlego. 
— Bronx? Assalto? Neil eu estou ficando preocupado. O que ainda estáfazendo aí? — ele pergunta ansioso.
— Eu estava esperando o maldito homem por mais de uma hora. Petertem certeza de que era mesmo aqui? 
— Foi o que ele me disse — ele parece frustrado. — Eu deveria ter idocom você. 
— Bom, de qualquer maneira, não estou mais no Bronx e não tenho comoexplicar agora. Por favor, faça o que estou lhe pedindo e me retorne o quantoantes. Estarei em casa aguardando notícias suas— digo encerrando ointerrogatório. 
— Ok. Vou ver o que posso fazer — ele diz e eu desligo.  
 


Notas Finais


Boa leitura :)
~Bay~


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...