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História Simply Love (Jariana) - Medos e inseguranças


Escrita por: aricabello93

Notas do Autor


Oii Voltei mores. Boa Leitura.

Leiam as notas finais!!

Capítulo 2 - Medos e inseguranças


Depois de saber que eu teria que começar a frenquentar uma escola novamente, eu estou falando o básico do básico com meus pais. Hoje era domingo e amanhã eu teria que enfrentar esse problema de frente. Mas eu era insegura, eu sabia que iria sofrer, e até mesmo ser humilhada, adolecentes não aceitam pessoas cegas, infelizmente existe o preconceito.

Toc Toc 

Pude uvir leves batidas na porta. Espero que não seja minha mãe.

— Entra - pude ouvir a porta sendo aberta, de vagar.

— Ariii - Bea pulou no meu colo me abraçando - Eu já estava com saudades de você.

— Mas você me viu hoje cedo Bea - falei em um tom brincalhão.

— Eu sei,  mas mesmo assim eu já estava com saudades - apertou minhas bochechas.

— Tudo bem, eu também já estava sentindo sua falta amor - retribui o abraço bem apertado.

— Eu fiz um desenho pra você na escola, Você quer ver? - perguntou, em um tom inocênte - Me.. me desculpa Ari - disse com voz de choro - ela percebeu o que tinha dito.

— Não tem problema amor, eu tenho certeza que o desenho está lindo - tentei lhe passar conforto, realmente era triste não poder enxergar.

— Arii - colocou a cabeça em meu pescoço, me abraçando - Você acha que irá conseguir me perdoar algum dia - perguntou-me com a voz embargada pelo choro. E aquelas palavras, partiram meu coração.

— Ei.. não tem nada para ser perdoado Bea - passei as mãos em seu rosto, para limpar sua lágrimas.

— Tem sim.. Vo.. você perdeu a visão, por minha culpa - sua voz estava falha - Eu que devia estar assim.

— Claro que não, Bea eu não quero que você repita isso nunca mais, está me ouvindo - minha voz já estava alterada.

— Mas.. mas é verd - interrompi.

— Mas nada Beatrice - a cortei - Você não que sentir culpa de nada, eu já repeti isso, para você várias vezes. Eu te amo princesa - dei um beijo em sua testa.

— Eu também te amo muito Ari - me abraçou novamente - Muito, muito, muito - encheu meu rosto de beijinhos molhadas, o que me fez soltar uma leve gargalhada. 

— Eu também Bee. 

Toc Toc 

— Entra - Bea gritou.

— Meninas o almoço está pronto - era minha mãe.

— Nós já vamos descer mamãe, não é Ari - Bea sempre tentando fazer eu e minha mãe se comunicar.

— É.. - respondi contra vontade.

— Ta bom, não demorem - avisou - E Ari mais tarde temos que conversar - não respondi.

— Ouviu? - eu sabia que ela não ia sair dali, enquanto eu não respondesse.

— Está bem - escutei a porta batendo, indicando, que ela havia saído.

— Ari você deveria ser mais legal com a mamãe, ela só está tentando ser legal - Bea sempre ingênua.

— Já falamos sobre isso mocinha - apertei seu nariz - Agora vamos, antes que mamãe fique uma fera.

— Tudo bem, então vamos - levantou-se do meu colo. Peguei minha bengala, mesmo sabendo que eu não iria precisar usar, porque Bea iria fazer birra até eu deixa-la me guiar até a cozinha, e eu como uma boa irmã, sempre deixava.

(...)

Hoje era o dia, eu estava sentada na minha cama, tentando tomar coragem, para avisar mamãe que eu já estava pronta. Bea me ajudou a escolher uma roupa, eu estava usando um casaco de moletom cinza escuro, calça jeans escura e um All Star branco. Bom foi o que a Bea descreveu para mim. Resolvi que já estava na hora de levantar daquela cama e seguir em frente. Peguei minha mochila coloquei nas costas.

— Vamos Ari você já está atrasada - senti mamãe pegando no meu braço

— Eu sei ir até o carro sozinha - Soltei meu braço das mãos dela.

— Ariana eu sei que você não queria ir para escola, mas você tem que entender nosso lado filha.

—  É.. ainda bem que você sabe - debochei.

— Vamos estamos atrasadas - passei pela porta, senti um vento bem gelado batendo em meu rosto. Segui com ajuda da minha bengala até o carro, abri a porta e entrei.

—  Cadê a Bea, eu só vida ela hoje bem cedinho - perguntei, eu estava curiosa.

—  Seu pai levou ela para o colégio, já que o caminho da escola de vocês é diferente. - Não falei nada, apenas assenti.

Pude ouvir o barulho do carro sendo ligado, e um frio percorreu pela minha barriga, que chegava a me dar náuseas, eu sabia que essas sensações eram medo. O caminho todo foi em silencioso, conseguia sentir o clima tenso que estava no carro, eu sabia que minha mãe estava nervosa, alias ela era super protetora, e imagino que para ela me deixar na escola sozinha, sem seus cuidados, estava sendo díficil, mas eu era orgulhosa demais para admiti isso. Ouvi o barulho do carro sendo estacionado, e várias pessoas conversando, algumas gritando, havíamos chegado, o choro estava preso na minha garganta. 

— Chegamos Ari - avisou mamãe, cautelosamente, eu apenas assenti - Eu vou te deixar na entrada - eu nem neguei, eu realmente precisava de ajuda. Abri a porta logo, coloquei minha mochila nas costas, em segundos senti minha mãe segurando meu braço. Chegamos na entrada.

— Espero que fique bem Ari, qualquer coisa me liga - me deu um beijo na testa.

— ta bom, eu vou ficar bem - falei mais pra mim mesma, do que para ela. 

— Eu te amo filha, agora tenho que ir - apenas assenti, e logo escutei os passos da minha mãe se afastando.

Andentrei o colégio, com ajuda da minha bengala é claro, conseguia sentir olhares em cima de mim, o que me deixava incomodada, pude ouvir os cochichos "ela é cega" "tadinha" "o que ela está fazendo aqui" apenas continuei andando, quando encontrei um banco e me sentei, eu nem sabia ainda qual era a minha classe, a informação que eu tinha era que a primeira aula era de português. Resolvir ficar sentada ali, até bater o sinal, e aos poucos os barulhos, e as falas foram seçando, indicando que a maioria dos alunos já estavam em suas classes.

— Você precisa de alguma ajuda - perguntou-me uma senhora, só pelo som de sua voz pude indentificar que ela era de idade.

— Si- sim, eu não sei qual é a minha classe - falei meio tímida.

— Posso ver quais são seus horários? 

— Claro - entreguei o papel em suas mãos.

— Vem eu vou leva-la até sua classe - pegou minha mão direita e assim fomos a caminho da minha sala. Cheagamos e pude ouvir ela batendo na porta - Professor essa é a aluna nova.

— Ah.. Claro pode entrar... - esperou que eu falasse meu nome.

— Ariana, Ariana Grande - todos já estavam cochichando, e dando risadinha, eu fiquei meio sem graça.

— De grande não tem nada - falou uma garota, e todos deram risada.

—  Sente-se aqui Ariana - segurou no meu braço e me guiou até uma cadeira. 

— Obrigado - agradeci por sua gentileza.

— Professor - um garoto gritou, lá do fundo da sala.

— Pode falar Butler.

— Como ela vai copiar as coisas do quardro se é cega - todos caíram em uma alta gargalhada. Eu apenas me encolhi, apertando a mochila que estava no meu colo com força.

— Eu não quero ouvir mais nenhuma piadinha na minha aula - esbravejou o professor.

— Mas eu só fiz uma simples pergunta, o que tem de mais, em responder - ele persistiu na piadinha, sem graça dele, e todos da classe continuaram dando risada.

— Para diretoria agora Ryan Butler - ordenou. Pude ouvir as risadas seçando, e barulho de cadeira se arrastando no chão, e passos seguindo a saída da classe.

— Você vai me pagar por isso ceguinha, pode aguardar - susurrou em meu ouvido, me fazendo estremecer, e depois saiu da classe. Merda eu estava ferrada, não queria ter arrumado inimizades logo agora.

 

 

 

 


Notas Finais


COMO ESTAMOS?? QUEREM POV JUSTIN?? CALMA QUE ELE JÁ VAI ENTRAR NA HISTÓRIA, VAMOS COM CALMA MANAS.

BEIJOO MORES. NOS VEMOS NO PRÓXIMO CAPÍTULO.


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