História Simply Love (Jariana) - Cachoeira part III

Point Of View,  Ariana Grande

—  Se você continuar chorando eu vou esfregar a sua cara no chão garota – eu estava sendo carregada no ombro de um bandido.

— Já que está acordada pode muito bem andar sozinha – me colocou no chão – E se tentar dar uma de espertinha, eu te furo – senti a ponto de uma faca, sendo encostada na minha cintura – ESTÁ ME OUVINDO? – gritou.

— Es-est-estou – respondi, com a voz completamente embargada pelo choro.

—  Eu já mandei você parar de chorar – puxou meus cabelos com força, e começou a beijar meu pescoço —  Até que você é gostosinha, da pra tirar uma casquinha – quando ouvi suas palavras, entrei em total desespero.

—  Não.. Por favor, não não – comecei a chorar compulsivamente.

—  Eu mandei você calar a boca – senti meu corpo sendo jogado de encontro ao chão —  Vamos ver se agora você me obedece - senti meu rosto sendo esfregado no chão gelado, com várias folhas de árvores, eu tentei levantar, porém ele me empurrou com mais força, fazendo com que um pouco de terra entrasse em minha boca.

Ele me soltou, ficando em silêncio, apenas se escutava o som de meu choro, ecoando pelo local. Eu precisava dar um jeito de sair dali, mas além de não enxergar, ainda estava sem minha bengala. Eu queria saber se Justin estava bem, eu só queria que ele estivesse aqui comigo.

— Você fique aqui, nada de bancar a engraçadinha, porque você e aqueles seus amiguinhos não tinham nada que estar lá, atrapalhando nossos planos – não respondi nada, apenas me encolhi no chão. — Quando eu voltar, vamos nos divertir muito – pude sentir a malicia carregada no som de sua voz.

Escutei passos se afastando, foi quando me vi na hora de tentar sair dali, porque se eu ficasse parada o esperando voltar, ele iria acabar me matando. Levantei-me do chão e comecei a andar em passos apertados, com as mãos esticadas para não bater em nenhuma árvore.

—  SOCORRO – eu gritava e chorava ao mesmo tempo —  JUSTIIIN, ME AJUDA – eu não fazia noção de quanto tempo eu já estava andando —  POR FAVOR, ALGUÉM ME AJUDA – gritei o mais alto que pude, e mais uma vez não obtive respostas.

—  JUSTIIN, AMOR, ME AJUDAAA – eu parei no local que estava e comecei a chorar colocando as mãos na cabeça. —  EU PRECISO DE AJUDA, JUSTIN CADÊ VOCÊ?!

Point Of View, Justin Bieber

—  ARIANAAA – eu já estava desesperado, já fazia mais de uma hora que eu estava andando pela mata procurando-a e até agora nenhum sinal dela.

Eu e Chaz amarramos os bandidos que ainda estavam desmaiados. Sai para procurar Ariana, deixando Camila, Lauren e Chaz para trás. Já estava começando a anoitecer, e eu temia muito por isso.

—  ARIANA, SE ESTIVER ME ESCUTANDO, FALA ALGUMA COISA – minhas pernas já estavam latejando, mas eu não podia desistir de procura-la.

Essa situação toda me fez ter uma lembrança de nós dois juntos.

— Me sinto segura, em saber que tenho você por perto – Ariana falava enquanto colocava o rosto em meu pescoço.

— Eu vou estar sempre aqui para proteger você – lhe apertei em meus braços.

—  Promete? – perguntou-me.

—  Claro, eu prometo – enchi seu rosto de beijos.

As lagrimas caiam dos meus olhos, por eu lembrar que havia falhado, e quebrado minha promessa. E se estávamos nessa situação agora, a culpa era toda minha. Lauren estava desacordada, Camila quase foi estuprada, Chaz teve que lutar contra bandidos, e minha namorada estava pela mata, com um cara que poderia fazer qualquer coisa de ruim com ela.

Comecei a correr o mais rápido que pude, olhando para todos os lados, quando escutei um barulho, seguido por uma voz masculina, resolvi me esconder atrás de uma arvore, pegando um galho que estava jogado ao chão.

— Cadê você menina, não adianta se esconder, eu vou te encontrar – era o cara que estava com a Ariana. —  Responde garota, estou perdendo a paciência – ele estava irritado.

Quando estava passando por mim, não pensei duas vezes e dei uma madeirada em sua cabeça, o fazendo cair no chão.

—  Filho da puta – lhe dei um chute no estomago – Desgraçado – comecei a distribuir vários socos em seu rosto eu estava dominado pelo ódio — O que você fez com ela? – ele não falou nada —   RESPONDE!

—  Ela é bem gostosa, e nós.. nos divertimos muito – aquelas palavras carregadas de ironias, me fez sentir um ódio mortal.

—  Eu vou acabar acaba com você – lhei dei um soco tão forte fazendo com que alguns de seus dentes quebrassem, ele já estava inconsciente, mais a minha raiva era tanta que eu queria apenas desconta toda a raiva que eu estava sentindo, eu queria mata-lo.

—   SOCORROOO -  era ela, o som de sua voz me fez paralisar —   EU PRECISO DE AJUDA – sua voz estava embragada pelo choro.

Sai do pequeno transe em que eu estava me levantando para ir procura-la.

—   ARIANAA – gritei enquanto corria procurando-a — GRITA DE NOVO, MEU AMOR.

—  JUSTIIIN, AI MEU DEUS, EU ESTOU AQUI – pude ver seu pequeno corpo parado perto de uma arvore, corri para abraça-la.

—  Eu estou aqui amor – envolvi seu corpo em meus braços, enquanto escutava seu choro compulsivo. —   Me desculpa me desculpa – eu pedia, baixinho.

—  E-eu-eu es-tou co-m me-do – ela se agarrava a mim, me apertando, como se tivesse medo, que eu saísse e a deixasse ali sozinha.

—  Não precisa ter medo amor, eu estou aqui, vou te proteger, eu te amo muito – vi seu rosto e estava todo sujo de terra.

— Ele, ele ia, amor, el-e ia... – eu entendi o que ela estava se referindo, e isso fez com que meu sangue fervesse.

—   Ele não vai vida, eu estou aqui, vamos embora, tudo vai ficar bem –  coloquei ela no meu colo, que entrelaçou as pernas em volta da minha cintura, e colocou o rosto em meu pescoço, chorando baixinho.

— Eu te amo – o som de sua voz saiu abafado.

—  E eu te amo muito mais – declarei em quanto caminhava em direção ao local que o pessoal estava, espero que a policia já tenha chegado. [...]

—  Caralho, você quase me matou de susto – falou Chaz assim que me viu.

Já estava cheio de policiais, pelo local, pude notar que Camila e Lauren não estavam mais lá.

— Ai meu Deus, como minha amiga está – Alexa se aproximou correndo, pude notar seus olhos totalmente vermelho, provavelmente de tanto chorar.

Ariana estava dormindo em meu colo, a coloquei em uma maca que os paramédicos trouxeram, assim que nos viram.

—  Acabaram de ligar para os pais de vocês, seu pai esta surtando, mandando o quinto do inferno atrás de vocês. – Chaz.

—  A mãe da Ari está pirando, ela está vindo pra cá – Alexa.

—  Precisamos de informações sobre o que aconteceu na mata – ralhou um policial.

Dei os detalhes do que havia acontecido. Conseguiram pegar o bandido que estava desmaiado na floresta. Por mais que eu estivesse bem, tive que ser encaminhado para o hospital, porque minha situação fisicamente estava deplorável. Dois dias depois. Lauren já estava bem, desmaiou por ter sentido muita dor na hora que foi agradida. Também tivemos todos que prestar boletim de ocorrência na delegacia.

E descobrimos que aqueles bandidos eram foragidos da policia, e no dia da fuga acabaram se deparando com todos nós e quiseram ter que tirar bom aproveito da situação. E graças a Deus os pais da Ariana não me culparam de nada, mas eu sim me culpei, por ter sido  descuidoso com minha namorada.

—  Amor? – Ariana me chamou assim que entrei em seu quarto, hoje foi liberado porque ela ainda está em repouso se recuperando do susto.

—  Como sabe que sou eu? – perguntei me aproximando de sua cama, e me sentando ao seu lado, encostando minhas costas na cabeceira.

—   Eu conheço seu cheiro– ela deu de ombros.

— Então da próxima eu vou vim sem perfume, vamos ver se você vai saber – lhe dei um selinho.

—  Eu vou reconhecer do mesmo jeito, eu falei que conheço seu cheiro, e não o cheiro de seu perfume – ela sorriu sapeca.

— Eu te amo tanto sabia? – lhe apertei em meus braços.

— Para sempre? – retribuiu o abraço

— Sim, para sempre – Unimos nossos lábios, como se pudéssemos  trocar de alma em apenas um beijo.

— E me desculpe por quebrar minha promessa – disse assim que separamos nossos lábios.

— Mas você não quebrou – passou suas mãos delicadas, contornando meu rosto —  Você estava lá, e apareceu para me proteger.

— Ma eu não de.. – fui interrompida.

— O importante é que foi – deu uma mordida de leve em meu queixo — E eu também amo você, e sempre irei amar.