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História Simply Love (Jariana) - Era para ser um dia legal


Escrita por: aricabello93

Notas do Autor


Chegay se vocês são cardíacos melhor nem lerem esse capítulo! 🌚🍸

Capítulo 30 - Era para ser um dia legal


— Vai Jus, me diz onde estamos indo - eu tentava a todo custo, arrancar alguma informação dele.

— Chegamos - ouvi o motor do carro ser desligado.

— Onde estamos? - perguntei ansiosa.

— Vamos lá e você irá ver - abri a porta do carro saindo rapidamente.

— Pronto, agora vamos logo que essa curiosidade está me matando.

— Ok então - segurei em seu braço, e seguimos andando.

Eu escutava vozes de crianças, bastante crianças, as vozes e risadas eram diferentes umas das outras .

— Quero lhe apresentar uma amiga - Fechei a cara na mesma hora.

— Que amiga Justin? - apertei seu braço com força.

— Ela é linda, adorável, meiga e... - interrompi.

— Cala a merda dessa boca Bieber - o ciumes estava me matando.

— Calma Ari, deixa eu terminar de contar as qualidades da minha amiga - se a intenção dele era me irritar, ele estava conseguindo.

— Quem é essa piran... - antes que eu pudesse terminar de falar, ouvi uma garotinha chamando por Justin.

— Justiiin você veio - pelo som de sua voz ela aparentava ter 5 anos.

— Oi princesinha. Amor quero que conheça a minha amiga Alice - Justin era tão idiota que me fez sentir ciúmes de uma garotinha.

— Oii Alice, é um prazer conhecer você - ela estava no colo de Justin, soube porque eu conseguia sentir o calor de seu corpo na mesma altura que o meu.

— Oi - a menina falou timidamente — Ela é sua namolada Justlin ? - o som de sua voz a deixava tão fofa.

— É sim, o nome dela é Ariana e ela é minha rainha também - corei.

— Que legal, e eu sou o que? Alixe podi ser rainhla também? - a garotinha fala de seu jeito enrolado.

— Você é a minha princesa tudo bem? - perguntou Justin.

— Igual as dos desenhos? - perguntava cheia de expectativa.

—  Sim,  igual a dos desenhos - respondeu Justin, o que me fez sorrir.

— Ebaaa - comemorou Alice, batendo palminhas.

— E o que estamos fazendo aqui? E afinal me fale mais sobre essa menininha que deve ser linda amor - falei enquanto segurava a pequena mao delicada de Alice.

— Lice que tal você pegar a boneca que eu te dei para brincar? - Percebi que ele queria um pouco de tempo para falar sobre a menina, sem ela ter que escutar.

— Tá bom, espela aí que eu já volto - ouvi barulho de pequenos passos se afastando.

— Ela deve ser linda, e realmente adorável, mas agora me diz exatamente onde estamos.

— Vamos sentar aqui - Justin me puxou delicadamente fazendo-me sentar — Estamos em um orfanato - fiquei surpresa pela notícia — Minha família ajuda esse orfanato a muitos anos, mas nunca tive interesse em vim ver como era - suspirou — E como eu estou mudando decidi fazer algo útil na vida. Quando cheguei aqui pela primeira vez vi todas crianças brincando alegremente como todas crianças fazem, menos Alice que estava sentada em um canto com um ursinho na mão, me encantei assim que coloquei os olhos nela.

— Que linda atitude amor - elogiei sorrindo — Mas o que uma menininha tão adorável faz em um orfanato? 

— Ela foi deixada aqui na porta do orfanato quando tinha dois anos, e o motivo pelo qual foi abandonada e até hoje não foi adotada, é porque Alice tem apenas 30 ℅ da visão - abri a boca varias vezes tentando formular palavras, mas elas não saiam.

— Ela... Ela também tem deficiência visual - ralhei baixinho.

— Sim, e está prestes a perder 100℅ da visão - eu sentia algo naquela garota dentro de mim.

— Eu não queria que isso acontecesse com ela, quantos anos ela tem? - perguntei. O som de minha voz estava totalmente triste.

— Ela completou 4 anos duas semanas atrás.

— Tão novinha e já vai conhecer o lado escuro da vida - comentei triste.

— Porém irei pagar a cirurgia para ela, que lhe trará a visão de volta - sorri abertamente por sua linda atitude — Mas também há chances de não dar certo - o sorriso que estava em meu rosto foi morrendo aos poucos.

— Eu espero que de certo, mas porque tem chances de dar errado? - perguntei.

— Porque quanto mais você espera para fazer a cirurgia, tem mais chances do processo dar errado - gelei — E já faz dois anos que souberam dessa cirurgia porém o pessoal daqui do orfanato não tera o dinheiro para pagar, e só agora eu soube e estou disposto a ajudar. 

O choro estava preso em minha garganta, ao receber todas essas informações. Já fazia dois anos que eu estava sem condições de pagar a cirurgia, e se quando eu conseguisse fosse tarde de mais? Eu seria cega para sempre? Eu perdi minhas chances? 

— Porque esta chorando amor? - perguntou Justin com o som de voz totalmente preocupado.

— Não é nada, eu apenas me emocionei, com seu gesto tão bonito - omiti, não que eu não achasse seu gesto bonito, mas sim porque eu estava com medo de não voltar enxergar nunca mais.

— Eu queria saber se você poderia conversar com Alice e explicar para ela que mesmo se ela não voltar a enxergar perfeitamente depois da cirurgia ela pode continuar tendo uma vida normal.

— Não sei se seria uma boa, eu falar com ela sobre isso, se nem eu concordo que se pode ter uma vida normal, não irei iludir a menina - falei tudo em um fôlego só.

— Como assim você n.. - interrompido.

— Olha Ari a minha boneca - Alice chegou se colocando entre o meio de minhas pernas. - era possível sentir o cheiro de seu perfume de bebê.

— Sinto muito Lice, eu não posso ver, mas tenho certeza que é linda - sorri tristemente.

— Você também exega poco igal eu ? ( Você também enxerga pouco igual eu?) 

— Não minha linda, eu não enxergo nada, apenas o escuro. - respondi.
Esse definitivamente não era um dos assuntos que eu gostava de falar na frente de Justin, talvez por ele me tratar normalmente, e ao saber como eu me sinto, mudar sua maneira de ser comigo, por pena.

— O que aconteceu com seus olhinhos ? - perguntou curiosamente.

— Eu machuquei - respondi.

— O Justlin, vai pagar pra cular meus olhinhos - sorri — Justlin paga pla Ari também - meu coração errou uma batida pelo rumo que essa conversa estava tomando.

— Eu não posso pagar porque eu não sei, se ela tem chances de voltar a enxergar. Afinal eu nem sei como tudo aconteceu, minha namorada não tem total confiança em mim para me contar - Eu sabia que ele estava falando pra mim ao invés para Alice.

— Você não deveria falar assim, você não sabe de nada - rebati. Eu totalmente entrei na pilha, esquecendo até mesmo que uma criança estava entre nós.

— Se eu não sei é porque talvez você não tenha confiança o suficiente para me contar - eu sabia que esse dia chegaria, mas ainda não estava pronta.

—  Aqui não é lugar para falarmos disso - comecei a mexer em meus cabelos demonstrando estar nervosa. — Alice temos que ir agora, mas prometo voltar tudo bem?

— Tá bom Ari, você vai voltar também né Justlin?

— Claro que vou princesinha, eu sempre irei voltar, mas agora tenho que ir.
Agora estávamos no carro em um completo silêncio.

— Ok, agora vai ficar com raiva de mim? - perguntei.

— O que você queria Ariana? Você não confia em mim, isso me faz querer parar de confiar em você também.

— Eu confio em voc.. - fui interrompida.

— Não! Você não confia, porque se confiasse teria me contado faz tempo.

— Vai ficar com raiva de mim, por eu não conseguir conversar com você sobre algo que me deixa mau? - baixei o tom de voz.

—  Tudo bem, me desculpa é que só queria poder te ajudar - suspirou.

— Você já me ajuda estando sempre ao meu lado.

— Você entendeu o que eu quis dizer. Eu sei que você odeia o fato de ser cega.

— Você não entende ... - disse massageando minhas temporanas.

— Realmente eu não entendo, e no momento o que eu mais queria era entender.

— Você está sendo injusto. - meus olhos já estavam lagrimados.

— Eu injusto? Você que está sendo injusta com si própria.

— Não estou não, eu vejo apenas a realidade.

— Pra mim a realidade no momento é outra, no qual você tenta fugir dos problemas, Ariana o fato de você ser deficiente visual não vai fazer eu te achar menos que os outros, pare de ficar se penalizando. 

— Para de dizer que não sou menos que os outros, enquanto você sabe que sou apenas uma ceguinha para atrapalhar a vida das pessoas - gritei entre lágrimas.

— Não diga besteiras, você mesmo faz questão de se machucar, você sente pena de si própria e se faz acreditar que todos vivem pensando coisas ruins sobre você, enquanto não é a verdade. - eu queria apenas que ele parasse de falar, porque no fundo eu sabia que era verdade, mas suas palavras estavam me machucando.

—  Você esta me magoando dessa maneira - falei em um fio de voz.

—  E você acha que também não me deixa magoado com todas essas suas atitudes? - era possível ouvir a tristeza que suas palavras carregavam.

— Cala a droga dessa boca - gritei — Você não sabe de nada, não é você que está no meu lugar, que já foi humilhado varias vezes por suas limitações - eu gritava -  Pare de apenas achar que está me ajudando, porque na verdade está me atrapalhando, você ao menos deveria respeitar meu espaço, suas atitudes são tão egoístas e estão me sufocando.
Falei tudo sem pensar, e até mesmo coisas que não eram verdades, comecei a chorar compulsivamente. Ouvi o motor do Carro sendo desligado

— Pode descer - ouvi sua voz falha.

— Jus.. Eu - não conseguia formular palavras por conta do choro.

— Eu vou te deixar em paz e parar de te provocar a partir de  hoje - falou friamente.

— Não, não Jus - solucei - Me descul... - fui interrompida.

— Desci Ariana, já chegamos em frente a sua casa - me informou.

— Jus.. - tentei me explicar.

— Eu preciso de um tempo Ariana, agora desce - elevou o tom de voz.

Não falei mais nada, suas palavras foram como facas em meu peito. E o pior é que eu estava errada, foi eu quem magoou o grande amor da minha vida. Eu era um monstro. E agora ele queria um tempo? Ele queria terminar? E eu sabia que ele estava certo e com razão. O arrependimento me corria, eu só queria voltar no tempo e retirar tudo que eu disse, mas eu sabia que voltar no tempo era impossível. Eu estava sentindo nojo de mim mesma, ele me levou para mostar o quanto estava mudando e tendo atitudes lindas, e eu estraguei tudo, simplesmente tudo! No fundo eu sabia que a egoísta era eu. E que agora eu teria quer arcar com a consequências e enfrentar esse problema de frente. Pensar em uma maneira de fazer com que Justin me perdoasse, eu só iria rezar muito para que ele me perdoasse. E caso ele não estivesse disposto a aceitar meu perdão, eu não sabia o que iria acontecer comigo, porque de definitivamente  eu sabia que perderia minha outra metade.

 


Notas Finais


É AQUI O TOMBO TOUR? ALGUEM ME SEGURA ANTES QUE EU AGRIDA A ARIANA.

OBRIGADA PELOS 200 FAVORITOS.

Eu queria dizer que sempre quis escrever uma fanfic porém sempre pensei que não seria capaz. Hoje estou aqui simplesmente escrevendo, e essa experiência está sendo incrível. Obrigada a todos que me acompanham. Love u. ❤

BEIJO NAS RABAS


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