História Simply Love (Jariana) - Confiança

Point Of View, Ariana Grande

O caminho inteiro foi em um silêncio horrível, eu sabia que as coisas não estavam boas, o clima dentro do carro foi totalmente pesado. E agora já estávamos na casa de Justin, para enfim tentarmos nos acertar. 

— Pode começar a falar, estou ouvindo - sua voz grossa despertou-me de meus pensamentos.

— Eu.. Eu.. - respirei fundo, tentando controlar minha respiração que estava descompensada.

— Você? - perguntou, para que eu continuasse.

— Eu realmente sinto muito, por tudo que lhe falei ontem. Eu me sinto horrível por isso, eu sei que você vem me ajudando o tempo todo, e sempre está ao meu lado quando preciso. Eu falei tudo da boca para fora, em um mome.. - fui interrompida.

— São nos momentos de raiva, que falamos tudo que pensávamos o tempo inteiro, e nunca tivemos coragem de dizer.

— NÃO! Quero dizer - limpei a garganta - Não no meu caso, nada do que eu disse foi verdade, eu falei tudo sem pensar, porque estava dominada pela raiva, eu apenas tentei arrumar um jeito de fugir da realidade, só que magoando você, eu não queria ouvir nada do que você estava dizendo, porque eu sabia que era a verdade. - as lágrimas saíam de meus olhos descontroladamente. 

— Você não tem noção do quanto suas palavras me machucaram, eu me perguntei onde eu estava errando e.. - interrompi.

— Não amor, você não errou em nenhum momento, eu que errei, e por isso eu preciso muito que você me perdoe. - segurei sua mão.

— Está tudo bem, eu só preciso que você pare com isso, e que confie em mim, eu não sinto pena de você, e jamais irei sentir, porque o que eu sinto por você é amor - apertou minha mão.

— Eu-eu con-fio em v-ocê amor, eu te amo - o abracei

— Não me deixa - pedi com a voz embargada pelo choro.

— Eu não vou te deixar, eu não conseguiria viver sem você - declarou apertando-me em seus braços.

— Você é incrível - coloquei meu rosto em volta de seu pescoço.

— Vamos descer, você precisa tomar uma água - falou segurando minha cintura.

— Não, eu ainda preciso falar com você, não quero que tenha mais segredos entre nós.

— Você não precisa fazer isso, eu entendi amor - segurou minha mão novamente.

— Mas agora eu sinto que tenho que te contar, dividir com você - meu coração estava tão acelerado, pareceria que eu iria ter uma parada cardíaca a qualquer momento.

— Então pode falar, eu vou estar sempre aqui. - apertou minha mão me encorajando.

—  Era de tarde eu estava em casa sozinha com a minha irmã - comecei falando enquanto, as lágrimas escorriam de meus olhos — Eu estava combinando por mensagens, de ir ao shopping no dia seguinte com as minhas amigas - solucei - Mas Bea me interrompeu, pedindo para que  eu fizesse chocolate quente para ela.

Estava sendo muito doloroso para mim, porque agora eu não só estava recordando, como estava contando também.

— Eu me neguei de primeira, porque a conversa estava bem legal, Bea voltou para a cozinha, mas eu nem me importei - limpei minhas lágrimas com a costa da mão esquerda — Ela voltou novamente pedindo para que eu fizesse seu chocolate, e como ela fez uma carinha irresistível, eu decidi seder as suas vontades. - solucei.

— Amor, você pode contar outra hora - maneei a cabeça negativamente.

— Quando cheguei na cozinha resolvi acender a luz porque já estava escurecendo, mas antes fui ao banheiro, ordenado que Bea não saísse do sofá. Logo depois voltei a cozinha, mas quando acendi a luz... eu..eu não vi mais nada, apenas uma luz muito forte vindo em direção aos meus olhos - comeicei a chorar compulsivamente.

— Vai ficar tudo bem amor, calma - Justin me acolhia em seus braços, enquanto eu me debruçava em lágrimas.

— Não, não vai... - continuei chorando.

— E não tem como fazer alguma cirurgia? Deve haver um jeito - sua voz estava embraga pelo choro.

— Quando acordei, no hospital pra mim foi total desespero, eu não enxergava mais nada, apenas o escuro, de início pensei que as luzes estavam apagadas, e pedi para que acendessem - respirei fundo — Mas me informaram que eu perdera a visão, eu perdi o chão. Depois de vários exames feitos, chegaram a conclusão que eu teria que fazer uma cirurgia, que me traria de volta a visão. - meu coração se apertou.

— E porque você não fez? O que aconteceu? - perguntou preocupado.

— É complicado... - eu não queria contar que era porque não tínhamos condições.

— Combinamos sem segredos, lembra? - assenti.

— É porque era um valor maior do que meus pais poderiam pagar - mais lágrimas escaparam de meus olhos — No início eu culpava meus pais, eu não aceitava o fato dele não ter o dinheiro, mas o tempo foi passando e eu entendi que eles não tem culpa apertei suas mãos.

— Eu posso pagar amor, eu tenho dinheiro posso te ajud.. - o cortei.

— Não! Eu não quero amor, você não precisa se preocupar em relação a isso - o confortei, eu não queria que me vissem como uma aproveitadora.

— Ari eu posso te ajudar, você poderia aceitar minha ajuda, eu amo você...

— Eu também te amo, e muito, mas eu não quero que você pague - falei manhosamente — Promete que vai esquecer essa ideia? 

— Prometo que posso tentar - selou nossos lábios. — Obrigado por confiar em mim - completou.

— Obrigada você, por ter me esperado e me escutado. E por ser essa pessoa maravilhosa - falei enquanto ele secava minhas lágrimas.

Confesso que depois de dividir toda essa dor que eu sinto, foi como tirar um peso enorme das minhas costas. Eu me sentia mais leve, e até melhor comigo mesmo.

— Promete também que não vai sentir pena de mim? - o som de minha voz saiu abafado por estar com a cabeça em seu pescoço.

— Como eu disse, eu jamais irei sentir pena de você, e não tem motivos para isso. Eu te amo muito, mas se eu prometer te faz sentir mais segura, eu prometo. - sorri.

— É.. eu acho que te amo - falei esperando sua explosão.

— Como assim você acha? - ouvi o desespero em sua voz.

— É mentira amor, eu te amo muito e disso eu não tenho dúvidas - levantei da beirada da cama e sentei em seu colo.

— Sei..

— É sério - gargalhei - Te amo, te amo, te amo... - comecei a dar vários beijinhos em seu rosto.

— Ainda não acredito - falou entrando na brincadeira.
Selei nossos lábios, sugando sua língua para mim, ele tentava dominar o beijo, mas dessa vez eu não sedi o deixando desesperado.

— E agora você acredita? - perguntei logo após de encerrar o beijo.

— Agora eu acredito - ouvi malícia em sua voz.

— Mas agora eu quero dominar - solou nossos lábios, mordendo meu lábio inferior, fazendo-me soltar um gemido.

— Jus.. - cravei as unhas  em sua nuca.

— Você está brincando com fogo Ariana... - rosnou entre o beijo.

— Então me queima - sussurrei em seu ouvido.

— Merda.. Ariana - senti ele apertando as nádegas de meu bumbum — Tem certeza? Eu não quero te forçar a nada - ralhou calmamente.

— Me sinto pronta - falei beijando seu queijo.

— Sabe que não precisa fazer isso agora se não quiser - reforçou.

— Não fala mais nada, só deixa rolar - assim que terminei de falar senti Justin depositar beijos molhados em meus pescoço, me fazendo arfar.