Amara Kagami Taiga desde a primeira vez que o viu. O rapaz alto, másculo e de gritantes cabelos rubros que exalava uma intensidade parecia com a de Aomine e uma fome que equiparava-se a do mesmo.
Admirava o modo imponente e destemido com o qual entrava em quadra, sempre animado com a perspectiva de um novo desafio. A irreverência displicente de fazer o que quisesse nos jogos ou não. O modo com que ria, sorris, chorava e dedicava-se em cada partida dando sempre um pouco mais de si. O modo puro e genuíno com que amava o basquete.
Talvez amara-o justamente por sua semelhança com Aomine, a quem também amara.
E talvez, começava a pensar, perder seus amores fosse sua sina.
Perdera Aomine Daiki, para o próprio Aomine Daiki - ou uma versão deturpada do garoto que conhecera e lhe cativara o coração - para o fantasma da vitória que pairava invicto sobre ele, levando-o cada vez mais para longe até um lugar tão distante no topo que não podia mais alcançá-lo.
Perdera-o sem poder fazer nada para impedir, sem poder trazê-lo de volta.
E agora também perdia Kagami.
Não para o próprio Kagami, mas para uma vilão transponível, mas traiçoeira: a distância.
Para América.
Assim como fora com Aomine, via sua nova luz dar-lhe as costas com todas as palavras que gostaria de ter dito entaladas na garganta.
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