História Since I lost you - The day you left.

Let's talk this over
It's not like we're dead
Was it something I did?
Was it something you said?

...

You were all the things I thought I knew
And I thought we could be
You were everything, everything
That I wanted, (that I wanted)
We were meant to be, supposed to be
But we lost it (we lost it)
 

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Bem, cá estava eu, após anos sem sequer redigir qualquer coisa, movido a tocar as teclas novamente. Mas não era por ser um recomeço que era algo bom.

4 de setembro, noite chuvosa, dia triste e vazio. Teor dramático, eu sei, mas o dia foi como um daqueles de filme água com açúcar onde os protagonistas fixam o olhar no nada. Assim estava eu, desde o momento em que acordei, o que data desde umas 16 horas da tarde.

Eu mal havia tido tempo pra respirar durante a semana, então fui em busca do meu oxigênio, da minha necessidade diária, minha dose particular de morfina, endorfina e dopamina: Meu pequeno Lu. Para nossos amigos próximos, Lu, Hannie ou LuHan. Mas, para mim, era meu gatinho, meu pedacinho de céu, amostra do paraíso, meu docinho, anjinho, pudinzinho, amorzinho e qualquer outro apelido de casais melosos que jamais me importaria de trocar com ele. Logo eu, um anti-clichês...

Luhan havia me capturado com tamanha facilidade que nunca tive medo de estar com ele, de me sentir bem, pois eu não imaginava como poderia me sentir mal ao estar com ele; estar com meu pequeno príncipe era o ponto alto do meu dia, assim como o horário de almoço era o sonho de um trabalhador.

Mas nada era completamente flores, afinal, onde existe humanidade, existe falha. Luhan era dono de um ciúme corrosivo, que o fazia mal; ele via qualquer um como melhor que si e uma ameaça, duvidando que pudéssemos viver em paz por muito tempo. Sua auto-estima, nunca alta, fazia-o detestar-se, encontrar defeitos e erros onde eu via a perfeição. Luhan estava gritando silenciosamente por ajuda e eu não sabia como atender. Eu já estive nesse mesmo lugar, mas eu só podia segurar sua mão se ele a estendesse, mas ele a recolhia junto ao corpo como se, se a soltasse, cairia no penhasco à sua frente de uma vez por todas.

Quando finalmente pude correr ao seu encontro, mesmo que virtualmente, por volta de duas horas após acordar do meu dia de preguiça, preferi não ter feito isso. Seria melhor ter dado ouvidos ao sentimento ruim que me perseguiu tarde adentro, de que não era um dia bom e devia permanecer apenas eu e minha consciência até que eu me sentisse melhor. Quando finalmente fui em busca de Luhan, me dei conta de que ele me deixava.

"Hun, eu sinto que não lhe faço bem. Coisas tem acontecido comigo e não lhe contei, não me sinto preparado pra contar. Mas sei que meu pessimismo, minha depressão tem afundado você novamente e... Poxa, você finalmente conseguiu avançar no tratamento. Não é justo estar perto e lhe fazendo tão mal. Eu sei que vai tentar me convencer de novo a ficar, sei que vai dizer que não é culpa minha, mas eu conheço o tratamento, temos que nos afastar de pessoas negativas e eu sou uma delas. Eu ando ocupado com a faculdade, meu tratamento também, o estágio... Minha saúde piorou e eu não te contei porque não queria te preocupar. Me desculpe, Hun, eu te amo muito, estou fazendo isso por seu bem estar. Ficará melhor sem mim."

Há algum tempo não nos víamos, ele estudava em outra cidade e estava sempre na correria: de manhã, estágio; de tarde, descansava; de noite, faculdade. Aos fins de semana estava com os pais, que jamais aceitariam nosso relacionamento. Apesar de tudo, de qualquer coisa que nos afastava, nos amávamos. Prometemos que nunca deixaríamos nada nem ninguém nos separar, mas não havia nada que eu pudesse fazer, porque não era um fator externo. Éramos nós.

Após ler aquilo, não caíram lágrimas, não sorri de nervosismo, não xinguei. Eu não me dei conta de que tudo seria como antes, não percebi que estava me arrastando lentamente pro modo de vida que tinha antes de conhecer Luhan. A época em que Jongin usava meu amor e dedicação como passatempo, a época em que eu chorava e definhava a cada dia, até que Luhan apareceu.

Depois de algumas horas em paralisia completa, senti o rosto finalmente molhar, ao mesmo tempo em que a chuva caiu em meu teto e inundou meus ouvidos com o estrondo assustador de uma tempestade, mas eu não sabia se vinha de dentro de mim ou se era a que se debatia em minha janela.

Chorei. Chorei como não chorava há tempos, chorei como não precisei chorar desde que encontrei meu Hannie, chorei como só chorava no consultório da psicóloga dentro do último mês. Chorei, pus pra fora o desespero e angústia de não saber como viveria novamente sem ele, pois foi ele quem me guiou a reviver. Eu me sentia perdido novamente, eu não sabia o que dizer ou fazer.

Quando enfim tive clareza pra digitar qualquer coisa, respondi-lhe que não relutaria dessa vez, que era direito dele pensar dessa forma e eu não podia forçar mais. Fechei as redes sociais, eu não podia esperar uma resposta ou qualquer indício de que ele estava triste. Eu apenas queria vegetar novamente até que o fim viesse e que, por favor, não demorasse.

Agora cá estou eu, sem saber como dar um ponto final no que eu menos esperava que acabasse. Eu não sabia que rumo tomar, eu não tinha impulso a buscar ajuda. 

Depois das lágrimas, tudo que senti foi um extremo, inerte e angustiante vazio. Luhan fora meu recomeço e agora me mostrava o fim.

Mas, por não saber e não querer dar um fim, o que eu apenas pude dizer foi...

Até mais, meu Hannie.

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I always needed time on my own
I never thought I'd need you there when I cry
And the days feel like years when I'm alone
And the bed where you lie is made up on your side
When you walk away I count the steps that you take
Do you see how much I need you right now?
When you're gone
The pieces of my heart are missing you
When you're gone
The face I came to know is missing too
When you're gone
The words I need to hear to always get me through
The day and make it ok
I miss you
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