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História Sing For You - Sing For You


Escrita por: hyusucks

Notas do Autor


Oi, gente.
Bom, eu tive essa ideia enquanto escutava SFY esses dias e escrevia um pedaço de TCV.
Para quem lê Projeto S.U.G.A, sabem que a Minah no final não ficou com o Baekhyun, mas essa é a minha visão de como seria se eles ficassem juntos. É minha primeira One Shot, então me perdoem se algo não ficar muito legal.
Boa leitura, beijos.

Capítulo 1 - Sing For You


Fanfic / Fanfiction Sing For You - Sing For You

E se fosse diferente?  

O inverno tinha chegado. O natal se aproximava.  

Sempre tinha sido sua época preferida do ano, desde pequena. Adorava ver a casa enfeitada, a família reunida, os presentes de baixo da árvore, as bebidas quentes e principalmente a neve caindo do lado de fora.  

Nada era mais perfeito do que o inverno. 

Mas pela primeira vez, ela não se sentia animada.  

Ele não estaria ali.  

Desde sua partida, ela não conseguia se sentir totalmente alegre. Mensagens de texto e telefonemas jamais seriam como a presença física de alguém.  Precisava sentir seu calor, seu beijo, tudo. Precisava dele ali. Porém, não seria possível.  

Ele tinha ido para a Inglaterra como a família comemorar o feriado. Não haviam chances dele estar ali. E por que estaria, afinal? Ela era só a namorada. Família sempre em primeiro lugar, não é mesmo?  

Mesmo que não pudesse tê-lo, pelo menos por enquanto, só saber que estava bem já lhe era o suficiente. Diversas vezes pegava-se desenhando-o em seu sketchbook, ou sentada em uma cadeira em frente a janela do seu quarto, observando os flocos caírem graciosamente enquanto apreciava uma caneca de chocolate quente, imaginando como seria se estivesse ali, desfrutando da companhia de quem mais queria.  

Ele não era apenas o seu namorado, era o seu melhor amigo. E sem ele, tudo parecia vazio.  

Já era noite de 22 de dezembro. Ela tinha acabado de finalizar outro desenho dele quando foi se recolher, pegando automaticamente o celular no criado mudo para ver se havia chego alguma mensagem.  

Nada.  

Um suspiro entristecido escapou dos lábios da garota, que bloqueou o aparelho e virou-se para o  lado oposto, fechando os olhos para tentar adormecer. Não demorou muito para que acontecesse, já que o dia tinha sido completamente tomado pelo tédio. Estava muito frio para sair e não estava afim de socializar com familiares, então passou a maior parte do tempo dentro do quarto.  Estava cansada de não fazer nada.  

Antes de pegar no sono, uma fina lágrima deslizou pela bochecha da garota. Era tudo tão mais divertido com ele por perto.  

É uma coisa engraçada, né? Para mim há apenas você. 

No meio da noite, a garota sentiu o celular vibrando fervorosamente ao seu lado. Ainda meio desnorteada por conta do sono, ela piscou algumas vezes e virou-se para pegá-lo, deslizando o dedo sobre a tela para atender, sem nem ao menos verificar quem era.  

— Alô?  

— Que horas são, por favor?  

Um breve riso escapou pelos lábios dela ao perceber a quem pertencia aquela voz.  

— Três da manhã, se não me engano.  

— Ah, sério!? Eu te acordei!? Me desculpe, Minah!  

— Deveria se desculpar mesmo. - rebateu ela em um tom divertido – Mas não por me acordar, e sim por não me dar sinal de vida o dia inteiro.  

— Não foi minha culpa. Minha prima me arrastou para fazer compras. Na verdade, ela quem comprou, eu fui só o burro de carga. Legal, não? Aish, isso é ridículo!  

— Você nunca reclamou de ir fazer compras comigo.  

— Com você a história é outra, amor, são coisas totalmente diferentes. Mas me diga, como você está?  

Minah apertou os lábios e respirou fundo, lembrando-se do quão monótonos haviam sido os últimos dias.  

— É mais divertindo quando está aqui.  

— Ei, não faça essa voz tristinha. Eu estou mais perto do que pensa!  

— Se pra você perto é em outro continente, então sim, estamos super próximos. - ironizou a garota.  

— É sério, Minah. É só parar de ficar se preocupando com datas, eu voltarei mais rápido do que pensa.  

— Promete?  

— Prometo. Agora vou deixar você dormir. Boa noite, meu anjo. Sinto sua falta.  

— Eu também sinto. Eu amo você.  

— Também te amo.  

[...] 

 

Na manhã seguinte, uma mensagem brilhou na tela do celular de Minah, que revirou os olhos ao ler o conteúdo. Hyeri sempre tentava tirá-la de casa de alguma forma. A garota sentou-se na cama e respiro fundo, passando a mão por suas longas madeixas castanhas. Não sentia a mínima vontade de sair, mas pensando por um instante, talvez fosse a hora de sair daquele quarto. Ficar trancada ali não o faria voltar mais rápido.  

Vestiu uma roupa quente o suficiente para sair na rua, pegou a carteira e o telefone, e rumou escadas a baixo. Para sua surpresa, sua mãe estava na sala, enrolada em um edredom enquanto assistia a um programa de culinária qualquer. Ao notar sua presença, a mulher abriu um sorriso.  

— Achei que nunca mais fosse te ver. – brincou a mais velha – Vai sair?  

— Vou tomar café com a Hyeri. Não demoro.  

— Tudo bem, divirta-se.  

Minah beijou a testa da mulher e saiu de casa, encontrando tudo ao seu redor coberto puro mais puro branco da neve. O vento não estava tão forte, e a temperatura gelada do mesmo causava cócegas gostosas ao bater na face da garota.  

Caminhava pela calçada sem muita pressa, concentrada na melodia de Iridescent, do Linkin Park, que tocava em seus fones de ouvido.  

Aquela parecia uma manhã perfeita para um passeio, sem sombra de dúvida. Definitivamente, Hyeri sabia escolher um bom dia para sair, mas por mais que adorasse passar seu tempo com a amiga, a falta do namorado se sobressaia dentro de si. Tinham feito tantos planos para aquelas férias, tudo estava indo muito bem até ele dizer que iria para a Inglaterra. 

Perguntou a si mesma quando teriam mais do que algumas horas juntos.  

Desde que iniciaram a faculdade, quase não tinham tempo para se ver, e sempre que marcavam algo, um imprevisto tratava de atrapalhar seus planos. As férias eram o único tempo que teriam para desfrutar plenamente da companhia um do outro, mas agora, ele não estava ali. As coisas já não eram mais como no ensino médio, e Minah teria que aceitar a triste realidade aos poucos.  

Minutos depois, a garota adentrou a cafeteria e instantaneamente, suas narinas foram tomadas por um delicioso aroma de café e chocolate, fazendo com que um sentimento de satisfação e aconchego a possuísse. Era um ambiente gostoso, meio rústico, com diversos sofás dispostos ali.  

Olhou rapidamente em volta do local e logo avistou a amiga acenando de uma mesa no fundo da loja, ao lado da janela. Minah deu um sorriso mínimo e se aproximou, sentando-se no sofá a frente da mais nova.  

— Cheguei faz pouco tempo e tratei de pedir um cappuccino pra você.  

— Obrigado. - agradeceu a garota – Como você está?  

— Estou ótima, comparada a você. - ironizou a mais nova, prendendo seus curtos cabelos castanhos em um coque bagunçado - Não sai mais de casa, parece até bicho do mato! Pelo amor de Deus, Minah, ele só foi viajar, não é como se o garoto tivesse morrido!  

— Pra você é fácil falar, o Junmyeon está sempre com você . - retrucou, suspirando pesadamente. 

Um atendente se aproximou, depositando os copos de cappuccino e um prato com cookies sobre a mesa, sorrindo gentilmente antes de se afastar.  

— Ele está no segundo ano da faculdade e faz o mesmo curso que eu, Minah, você sabe que na maioria das vezes só estudamos juntos. - justificou-se Hyeri - E outra, vocês namoram já tem quase um ano e sempre estiveram cientes de que as coisas mudariam depois que acabássemos o colegial. Não é nenhuma novidade.  

Minah deu um pequeno gole em sua bebida, sentindo o líquido quente descer por sua garganta, abatida. Sabia que Hyeri tinha razão. Apenas tinha medo de que seu relacionamento definhasse por causa do afastamento, tinha muito medo de perdê-lo. Ele era seu tudo, seu porto seguro e já não imaginava-se sem ele em sua vida.  

De qualquer forma, não poderia fazer nada naquele momento, decidindo então mudar de assunto:  

— Enfim, como está Junmyeon?  

— Está lá com duas pernas, dois braços, uma bunda maravilhosa... 

— Hyeri... - repreendeu Minah, prendendo o riso. Ela era inacreditável.  

— Ah, você queria saber se ele está bem. - Hyeri tomou um gole do seu café e riu brevemente – Sim, ele está vivo, obrigado. Um pouco estressado por causa dos trabalhos da faculdade, mas isso faz parte da vida.  

— Entendo isso, pode acreditar. - falou a garota.  

Hyeri e Junmyeon, a quem chamavam carinhosamente de Suho por conta der seu jeito protetor com os amigos e principalmente com a namorada, se conheceram na biblioteca da faculdade enquanto a garota procurava um livro que a ajudasse entender a matéria da aula de História da Arte. Por algum milagre, um bonito garoto do segundo ano apareceu para dar auxilio e desde então não se desgrudaram mais. Um adorável clichê de filme Hollywoodiano, pensava Minah.  

Era bom saber que Hyeri tinha encontrado alguém que a fizesse sorrir. Nada era mais gratificante para Minah do que ver quem amava feliz.  

A mais velha serviu-se de um dos cookies e no mesmo instante, o celular de Hyeri começou a vibrar em cima da mesa. A garota desviou a atenção para responder a mensagem e logo voltou-se para Minah: 

— Ei, o que você acha de ir... 

— Me desculpe, mas a senhorita é Bang Minah?  

Hyeri não conseguiu finalizar a frase pela interrupção de uma voz masculina. As duas olharam para o lado, encontrando um dos atendentes da cafeteria.  

— Sou sim. - assentiu a garota.  

— Pediram para lhe entregar isso. - o menino deixou um pequeno papel dobrado ao meio sobre a mesa – Com licença. 

Ele fez uma pequena reverência e se afastou.  

Minah franziu o cenho, encarando o papel a sua frente antes de olhar para Hyeri, que deu de ombros e lhe lançava um olhar igualmente confuso. Quem teria mandado?  

— Acha que é alguma brincadeira? - perguntou apreensiva, indicando o bilhete com a cabeça.  

— Sei lá. No máximo pode ser algum garoto que te crushou e pediu pra te entregar o número de telefone.  

Até que não era uma teoria ruim. Ao ver de Minah não eram muitos os garotos que tinham coragem de fazer isso, mas alguém poderia ter aderido ao hábito de tomar coragem. Dando de ombros, ela abriu a folha de papel para ler o conteúdo do bilhete.  

Mas não era um número de telefone.  

Minah sentiu seu coração parar.  

"Vá até a floricultura. Tem algo lá esperando por você"  

Era um recado simples, mas não fora este o fato que chocara a garota.  

Era a letra dele.  

Não era possível, ele estava do outro lado do mundo, mas definitivamente, aquela era a letra dele!  

O coração da mais velha começou a bater freneticamente e por alguns minutos, ela não soube como reagir. Encarava a folha de papel com a boca aberta, a respiração falhou por um instante.  

Hyeri a observava atentamente, um tanto preocupada, pegando a mão livre de Minah sobre a mesa e apertando.  

— Minah, está tudo bem? O que diz ai?  

Uma onde de adrenalina passou pelo corpo de Minah que se levantou com um sobressalto, passando a mão pelos cabelos, atordoada.  

— Hyeri, eu preciso ir, depois eu acerto com você!  

Sem dizer mais nada, a garota disparou da cafeteria, correndo em direção a floricultura mais próxima dali. Não tinha localização no bilhete, mas ela supôs que talvez fosse aquela. Enquanto corria, Minah se deu conta: a floricultura ficava apenas uma rua abaixo do seu antigo colégio. O mesmo lugar que conhecera ele.  

Seria possível?  

Não, ele não podia ter simplesmente deixado a família para trás daquele jeito.  

Minutos depois, ela adentou o local que cheirava a todos os perfumes possíveis. Para seu desapontamento, não havia ninguém ali além da senhora que estava atrás do balcão. Minah olhou ao redor mais uma vez, apenas para ter sua certeza de que ele não estava ali e se aproximou.  

— Boa tarde. - cumprimentou ela com um breve sorriso – Me desculpe por perguntar assim, mas meu nome é Bang Minah e eu gostaria de saber se por um acaso, alguém deixou algo aqui —para mim?  

— Minah? Ah sim, mas é claro! - a senhora seguiu até o fim do balcão, onde pegou cuidadosamente um buquê de lírios brancos e entregando a garota na volta – Um menino passou aqui mais cedo e pediu para lhe entregar. Você gosta de lírios, querida?  

Enquanto pegava o buquê, um sorriso bobo surgiu nos lábios da garota enquanto ela observava as pétalas brancas e delicadas das flores. Aquilo só podia ser um sonho.  

— São minhas flores favoritas. - murmurou em resposta. O único que sabia daquele fato ele.  

— Ah, já ia me esquecendo! Tem um cartão também!  

A senhora abriu uma gaveta e pegou um cartão vermelho, entregando-lhe a Minah que não hesitou desta vez. Como esperado, a letra dele estava lá novamente.  

"Delicados e ao mesmo tempo cheios de determinação, é assim que eu vejo os lírios. É assim que eu vejo você. Vá até o parque, sua surpresa final está lá." 

Um sorriso ainda maior estampou a face de Minah, que agradeceu a senhora antes de ir andando em passos rápidos e apressados em direção ao parque. Uma sensação estranha a dominava, mas ao mesmo tempo boa. A ideia de que ele estivesse por ali era loucura, mas um pequeno fio de esperança segurava este pensamento. 

Quando chegou ao parque, que não era muito grande, se surpreendeu por encontrá-lo praticamente vazio. Apenas uma garota passava por ali, indo na direção da saída.  

Minah olhou para os lados desesperadamente, tentando encontrar algum vestígio de que mais alguém poderia estar ali, mas a única coisa que via era neve para todos as lados. A garota mordeu o lábio inferior sentindo a decepção e tristeza começarem a surgir dentro de si. Seria tudo aquilo um simples engano? Uma mera coincidência? Ou seria alguém com uma caligrafia parecida com a do seu namorado tentando pregar-lhe uma peça?  

Milhares de pensamentos negativos começaram a surgir na mente da garota, quando o som de algo atrás de si fez com que parasse no lugar. Era o som de algo que ela conhecia e aos poucos, foi ficando mais frequente.  

Uma máquina fotográfica.  

Lentamente, Minah virou-se para trás e ali estava ele, para sua felicidade e alívio.  

Baekhyun.  

Imediatamente, os olhos da garota encheram-se de lágrimas. Era mesmo ele, não era uma alucinação. As pernas de Minah ficaram bambas e ela não conseguiu ter alguma reação a princípio, além de ficar encarando a figura sorridente a sua frente.  

Baekhyun abriu os braços e deu um passo em direção a garota, e só isso foi preciso para que um choque de realidade caísse e ela conseguisse se colocar em movimento. Mesmo com as pernas falhas, Minah correu em direção ao garoto e jogou-se contra ele, sem esperar nada antes de colar seus lábios ao do namorado em um beijo apaixonado, desesperado e cheio de saudades. Baekhyun enlaçou firmemente a cintura da namorada com um dos braços e a ergueu um pouco do chão, apreciando o sabor de café costumeiro nos lábios dela.  

Tinha esperado tanto por isso.  

Enquanto estava na Inglaterra, contava os dias para retornar a Coréia para vê-la, passou semanas angustiado, apenas contentando-se com as ligações e mensagens de texto. Nada se comparava a sensação de ter aquela mulher maravilhosa perto de si.  

As língua travavam uma batalha intensa e desesperada, demonstrando o quanto os dois estiveram esperando por aquele momento. Não sabiam quanto tempo passaram se beijando, mas não queriam que acabasse.  

Aos poucos, o ósculo foi cessando e eles afastaram os lábios levemente. Ainda podiam sentir as respirações ofegantes um do outro chocando-se.  

Quando conseguiu encontrar a voz, Baekhyun sussurrou:  

— Achou que eu tinha me esquecido dos nossos planos de Natal?  

— E-eu achei que você estava em Londres. - gaguejou ela enquanto tocava a face do garoto com a ponta dos dedos, como se quisesse guardar na memória cada traço daquele rosto.  

— Estava. Mas quando te liguei de madrugada, eu tinha acabado de fazer escala em Hong Kong.  

— Você...  

— Vou ficar com você, Minah. 

Ela atirou seus braços ao redor do pescoço do maior novamente, apertando-o contra si e inspirando aquele perfume inebriante que tinha capacidade de fazê-la sentir-se nos céus. Ainda não conseguia acreditar. Ele estava ali, com ela. Ele tinha voltado para casa por ela!  

Afastou o rosto alguns centímetros para poder olhá-lo de novo e teve seus lábios tomados mais uma vez por um beijo apaixonado e dessa vez mais calmo. Suas mãos passeavam pelas madeixas castanhas de Baekhyun e puxavam carinhosamente os fios a medida que o ritmo do beijo ia aumentando. Quando o ar se fez presente, o garoto sussurrou:  

— Eu já falei com a sua mãe e peguei algumas coisas suas na sua casa. Vou te levar a um lugar.  

Minah franziu as sobrancelhas um pouco confusa, sem deixar de sorrir. Ela achou que eles passariam o Natal em casa.  

— Quando você falou com a minha mãe? Ela deixou você me raptar assim, de boa?  

— Ontem a noite. - riu ele – E você sabe que a sua mãe me adora, foi até fácil conseguir este feito. - Baekhyun ergueu uma das mãos para que a jovem a pegasse e assim o fez – Vamos.  

[...] 

— Não acredito que aquela vagabunda sabia de tudo! - resmungou a garota, desacreditada. 

Minah tinha descoberto que o café da manhã inesperado tinha sido um pedido de Baekhyun a Hyeri. Tudo aquilo tinha sido planejado com antecedência e ela se recusava a crer que eles armaram tudo perfeitamente.  

Não sabia de dava um tapa nos dois ou os abraçava.  

— É uma vantagem de ser amigo da melhor da amiga da sua namorada. E não fique brava, Hyeri só estava tentando ajudar.  

— Não estou brava! Me lembre de abraçar aquela vadia depois! 

— Estou surpreso pelo tanto que você a ama. - riu Baekhyun. 

Minah riu também antes de voltar sua atenção para frente, admirando a estrada vazia coberta de neve. Não fazia ideia para onde Baekhyun a estava levando, mas tinha um pressentimento bom. Cerca de quarenta minutos depois, ele adentrou com o carro numa trilha por dentro da floresta que cercava a lateral da estrada. A garota estranhou um pouco, mas não disse nada.  

— Relaxa, não estou te sequestrando nem nada. - brincou o garoto, adivinhando o pensamento da namorada – Na verdade, eu estou sim, mas só para mim.  

Ela deu um leve tapa no ombro do maior e riu quando ele parou o carro.  

— Tudo bem, chegamos.  

Minah tornou a olhar para frente quando foi pega de surpresa, levando as mãos a boca. Era perfeito demais para ser real.  

Era um chalé feito de pedras, que parecia com aqueles que se via em filmes antigos. Ele estava coberto por trepadeiras e por conta do inverno, os flocos de neve deixavam sua aparência ainda mais bonita. 

A garota virou-se rapidamente para Baekhyun que apenas sorriu de canto e indicou com a cabeça para que eles entrassem. Assim que saíram do carro, ele pegou as mochilas e caminhou ao lado da namorada até a porta de entrada, abrindo-a com a chave que estava no bolso. O chalé pertencia a família de Baekhyun, e enquanto planejava o que fazer com Minah quando voltassem a Coréia, a ideia de levá-la a um local íntimo e tranquilo no meio da floresta durante o inverno em plena época festiva pareceu-lhe bastante atraente. E assim foi feito.  

Ao entrar, o ambiente rústico e acolhedor os recepcionaram. Os móveis cuidadosamente escolhidos, contrastavam e combinavam com tudo o que tinha ali. Era perfeito.  

Baekhyun levou as mochilas até o quarto onde ficariam e deixou Minah na sala, que olhava tudo ao redor com cautela, maravilhada. Nunca passou por sua cabeça que Baekhyun um dia a levaria a um lugar tão tranquilo e tão bonito. Aquele era o ambiente perfeito para terem privacidade e desfrutarem com calma da companhia um do outro, como não faziam a tempos.  

A garota prendeu os cabelos em um coque frouxo e parou em frente a uma estante repleta dos mais diversos livros. A maioria dos títulos ali lhe eram desconhecidos, mas ela sentia uma vontade imensa de abrir pelo menos um deles e começar a ler.  

De repente, os braços fortes de Baekhyun rodearam Minah, que fechou os olhos no mesmo segundo para sentir o calor do maior contra ela.  

— Por que não toma um banho? Vou fazer um chá.  

— Tudo bem. - sorriu a garota, se virando e colocando-se na ponta dos pés para beijar carinhosamente o nariz do namorado.  

Sem dizer mais nada, Minah se afastou indo até o banheiro, deixando o garoto com um sorriso bobo nos lábios.  

Por um instante, Baekhyun cogitou em segui-la. Tinha passado tanto tempo longe da garota que amava, que cada segundo ao seu lado era mais do que precioso. Ficou parado no mesmo lugar, fitando o caminho que ela tinha acabado de fazer. Era tanta saudade... 

 Fechou os olhos e, mesmo sem intenção, visualizou a figura da namorada despindo-se no cômodo próximo e sentiu o corpo esquentar. Precisava se controlar... Mas era uma visão tão tentadora.  

De repente, Baekhyun não tinha mais o controle de seu corpo. Suas pernas se movimentaram por conta própria, levando-o até o quarto. Seus pés não faziam o mínimo de barulho ao tocar o piso de madeira, igual as roupas do garoto que foram deixadas pelo chão do cômodo enquanto ia até o banheiro. O som da água saindo do chuveiro era música para os ouvidos de Baekhyun, que só sentia ainda mais desejo ao imaginar a esponja deslizando sobre a pele macia da namorada. As lembranças de todas as vezes que fizeram amor desde o início da relação, todas as vezes que a tomou como sua e sentiu-se grato e satisfeito por tê-la vieram a sua mente, deixando-o ainda mais excitado.  

Em silêncio e completamente nu, Baekhyun adentrou no banheiro e em seguida no box, vislumbrando o corpo molhado de Minah. Podiam se passar décadas, aquela sempre seria a imagem mais bonita do mundo para ele. O garoto mordeu o próprio lábio inferior e soltou um baixo suspiro audível antes de levar ambas as mãos até a cintura da namorada. Ela se sobressaltou levemente, pois não esperava que ele se juntasse consigo no banho, mas instantaneamente relaxou ao se dar conta de que era realmente o corpo de Baekhyun junto ao seu. Um sorriso bobo e travessou formou-se em seus lábios, e antes que dissesse alguma coisa, o maior virou-a levemente para si e tomou sua boca em um beijo cheio de paixão e desejo.  

 

[...] 

O fogo crepitava na lareira, a neve caía do lado de fora, o silêncio dos arredores passava uma sensação de paz. 

Minah e Baekhyun se sentiam relaxados e ao mesmo tempo cansados depois do sexo romântico embaixo d'água. Ela sempre soube que a água era um dos melhores lugares para se ter relações sexuais, mas preferiu guardar isso para si. O pensamento fez com que Minah desse um baixo riso.  

Estava sentada sobre os cobertores e o tapete felpudo, entre as pernas de Baekhyun que a abraçava protetora e carinhosamente. A sensação de desespero e tédio que lhe dominaram durante as últimas semanas tinha ido embora. Ele estava ali, nada mais importava.  

Baekhyun pressionou gentilmente seus lábios contra a pele alva do pescoço de Minah, roçando seu nariz sobre o mesmo local em seguida. Aquele podia ser considerado o momento mais perfeito de todos para qualquer um que fosse. 

Depois de vários minutos em silêncio, apenas trocando carinhos e aproveitando a companhia um do outro, Minah resolveu falar:  

— Eu odeio ficar sem você. Odeio ter que esperar dias pra te ver, as vezes queria simplesmente voltar pra época do técnico e poder ficar com você a tarde toda. - desabafou ela, fitando as chamas a sua frente – Sinto falta de ficar desenhando com você, de matar aula para sair fotografando a cidade com você, de ouvir você cantar pra mim depois de invadir o meu quarto no meio da noite, tudo porque não aguentaria esperar para me ver no dia seguinte... - conforme ia falando, as memórias passavam nítidas em sua mente e Minah pôde sentir os olhos ficarem marejados – Eu sinto sua falta, Baekhyun.  

A princípio, ele nada disse, apenas apertou-a ainda mais em seus braços e encaixou a cabeça na curva de seu pescoço. Uma fina lágrima escorreu pela bochecha da garota, que tratou de limpa-la rapidamente. Com carinho, Baekyun tocou o queixo de Minah, fazendo com que ela virasse o rosto um pouco para ele. 

— Escute, eu sei como está sendo difícil. Você estudando num período, eu em outro e meu trabalho também não ajuda em nada, mas entenda uma coisa: você nunca vai me perder. Se depender de mim, teremos uma vida inteira para fazermos tudo o que gostamos. E se você quer saber, essa distância desgraçada existe entre nós só me faz perceber todos os dias o quanto eu amo você. Eu sinto tanto a sua falta que me dói, Minah. - as palavras de Baekhyun faziam o coração da garota bater ainda mais rápido e ela parecia querer chorar ainda mais do que antes. Ele era tão maravilhoso que as vezes achava que não o merecia – Um dia você verá que tudo isso terá valido a pena. E por favor, me prometa que nunca vai esquecer dos seus sentimentos por você.  

Minah lembrou-se de quando conheceu Baekhyun em um dos momentos mais difíceis da sua vida. Sua vida escolar estava deplorável, mas então ele surgiu como um anjo e fez com que todos os problemas e obstáculos que lhe perseguiam se dissipassem. Baekhyun era a luz que faltava na vida de Bang Minah.  

E ele tinha razão, assim como Hyeri: ela não precisava se preocupar. Era tudo questão de tempo até que as coisas se ajeitassem.  

A garota sorriu bobamente e encostou a testa na do namorado, selando rapidamente seus lábios. Ela aproveitou um pouco da sensação da respiração dele fundindo-se com a sua antes de sussurrar:  

— Eu prometo.  

Um sorriso surgiu nos lábios do garoto que depositou um beijo na testa da menor. Sua mão subiu até as madeixas castanhas dela, iniciando um afago carinhoso.  

— Você se lembra de quando eu disse que te amava? - perguntou Baekhyun.  

Minah assentiu e no mesmo instante a melodia gostosa começou a tocar em sua cabeça. Não demorou muito, e a voz melodiosa de Baekhyun encheu o ambiente e os ouvidos de Minah:  

— The way you cry, the way you smile... Naege eolmana keun uimiin geolkka? 

"O jeito que você chora, o jeito que sorri 
O quanto isso significa para mim?" 

Mesmo sabendo que sua voz não chegava aos pés da do namorado, Minah decidiu acompanhá-lo na canção que lhe era tão familiar: 

— Hagopeun mal, nohchyeobeorin mal.. Gobaekhal tejiman..

"As palavras que eu me arrependi 
Quando olhei para trás" 

— Geunyang deureoyo I'll sing for you, sing for you... 

"Eu vou me desculpar, então escute 
eu vou cantar para você, cantar para você" 

Ela deixou que ele continuasse sozinho, cantando enquanto acariciava os cabelos dela. Um gostoso sentimento nostálgico tomou conta de Minah. Naquele momento, ela teve a certeza de que o que mais queria era passar todos os Natais e todos os dias de sua vida ao lado daquele garoto.  

Quando terminou, Baekhyun sussurrou ao pé do ouvido da namorada:  

— Não importa onde ou quando, eu sempre vou voltar pra você. Sempre vou cantar pra você.  

Enquanto olhava cada mínimo detalhe daquela face, Minah soube que mesmo que passasse apenas algumas horas com Baek, todos os momentos em que estavam juntos eram únicos. E a cada instante se apaixonava ainda mais por aquele garoto, assim como ele por ela. 

— Eu te amo, Byun Baekhyun.  

— Eu te amo.  

"I'll sing for you" 


Notas Finais


Eu fiquei contente com o resultado dessa OS. Espero que tenham gostado e por favor, continuem demonstrando amor pra Projeto Suga e TCV!
Beijos de Luz, até mais!


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