História Sing Me To Sleep [Interativa] - For Start...

Harry On

Quando criança nós somos ingênuos, acreditamos que monstros estão embaixo da cama, guarda-roupa e nos cantos escuros. Mas a verdade é que eles estão bem ao nosso lado e quando finalmente enxergamos isso, infelizmente já é tarde mais. Também vivemos em um lugar mágico, onde com um simples brinquedo, carinho e até mesmo um sorvete já estamos felizes. Não somos capazes de ver a maldade, acreditamos em seres místicos, como, por exemplo, a fada do dente. Quantas vezes não colocamos dentes no travesseiro? Pois é, ser criança é a melhor coisa mas quando vamos perceber isso, já estamos adultos, estressados, magoados, egoístas... Enfim, ligando para o que a sociedade pensa, tentando ser aquele alguém que irá agradar a todos. Mas a verdade é que a inocência de uma criança é nossa maior arma.
Lembro-me como se fosse ontem. Eu era um pirralho de uns nove anos, acreditava em tudo o que ouvia, acreditava nas palavras das pessoas. Acreditava que as coisas seriam boas para sempre, que no mundo tudo se resolvia com um abraço.

- Hazz, você acha que ainda seremos amigos daqui uns... - (S/n) estava pensativa, enquanto arremessava algumas pedrinhas no lago, assim como eu. - Uns cinquenta anos?

- Para sempre. - respondi olhando a garotinha de lacinhos cor de rosa no cabelo arremessar uma pedrinha no lago enquanto sorria docemente. - E o sempre nunca acaba.

- Eu gosto de você Hazz.

- E eu gosto de você, (S/n).

Na verdade, aquele para sempre não seria realmente para sempre. Acontece que uma semana depois, quando a (S/n) foi viajar para Londres, acabou que ela e os pais sofreram um acidente e mesmo com os corpos nunca terem sido encontrados, pois dizem que o carro caiu em um rio que era muito fundo, eles foram dados como mortos. Talvez eu tenha aprendido a lidar com isso, mas nunca como superar a perda da pessoa que me fazia rir mesmo quando era para chorar. Continuando, alguns meses naquele mesmo triste bairro e nos mudamos para Londres, onde acabei me formando, fazendo novas amizades, até mesmo formando uma banda, mas nunca superando a perda daquela pequenina que adorava bagunçar meu cabelo.
Agora, agora eu estou famoso, rico, conhecido mundialmente, frequentando os melhores lugares com as melhores pessoas, mas ao mesmo tempo vivendo de aparências, forçando sorrisos, fingindo ser quem não sou. Não me leve à mal, eu amo cantar e muito mais com meus melhores amigos. Mas essa coisa de viver mentiras se somada com a perda da única pessoa de quem eu realmente gostei; a (S/n), se torna uma coisa a cada dia mais insuportável.

- Harry, Harry! - aquelas pessoas, repórteres e paparazzis chamavam por meu nome, assim como os flashs iam de encontro com minha pessoa, que apenas caminhava apertado entre os seguranças cabisbaixo até o carro. Não estou reclamando, mas as vezes tudo o que eu queria era poder espirrar sem ter um bilhão de câmeras apontadas para mim.

- Harry, o que você tem a declarar sobre a declaração de Taylor Swift sobre você ter traído ela?

- Harry, você acha que é possível o One Direction fazer alguma parceria no novo álbum?

- Harry, você confirma os rumores de que estaria saindo com Kendall Jenner e um possível "reatar"?

- Harry, é verdade que estaria rolando um clima chato entre Louis Tomlinson e Liam Payne? E se sim, qual o motivo?

- Eu não tenho nada a declarar. - foi tudo o que falei a ponto de ter um surto psicótico com todos aqueles flashs, pessoas me prensando, outras me fazendo perguntas sobre assuntos que não quero falar.... Enfim, Paul abriu a porta do carro para mim e assim que sentei-me no banco traseiro, a porta do veículo foi fechada e eu finalmente pôde respirar um pouco. E pensar que tudo é só porque tive de usar o banheiro do posto de gasolina. - Jeff, para minha casa, por favor.

Jeff respondeu-me com um acenar de cabeça através do retrovisor e eu finalmente peguei meu celular, vendo um dos únicos momentos meu com a (S/n) que estava registrado. Sorri vendo aquele monte de cachinhos, que era eu, vestido com aquele bendito terno que pinicava ao lado da garotinha de cabelos caído sobre seus ombros, lábios rosados, um vestidinho de alça branco com bolinhas vermelhas além daquele brilho no olhar que sempre estava ali.

- Você não sabe como sinto sua falta. - dei zoom na foto, aproximando da (S/n), que infelizmente não estava comigo logo agora, quando mais preciso dela.

'Amber' On

Yeah, you can be the greatest
You can be the best
You can be the king kong banging on your chest
You can beat the world
You can beat the war
You can talk to God, go banging on his door
You can throw your hands up
You can beat the clock
You can move a mountain
You can break rocks
You can be a master
Don't wait for luck
Dedicate yourself and you gon' find yourself
Standing in the hall of fame
And the world's gonna know your name
'Cause you burn with the brightest flame
And the world's gonna know your name
And you'll be on the walls of the hall of fame

Lá estava eu, parada enfrente a uma famosa doceria vendo através do vidro com algumas gotículas de água as pessoas comerem, rirem e outras até se beijarem. Sabe, isso me faz ver que enquanto algumas pessoas estão felizes, outras estão chorando. Outras estão nascendo, outras estão morrendo. Outras estão ganhando e outras perdendo. Eu não acho isso culpa do mundo ou de uma força maior, mas sim do próprio ser humano. Sim, o ser humano teme o mundo, sendo que é ele próprio que faz dele um lugar ruim. O homem tem tudo a seu favor, mas ele prefere seus caprichos e depois que se encontra desbotado, no fundo do poço, sem saída, acaba culpando o mundo e/ou uma força maior. Sei que não sou a melhor pessoa do mundo, moro em um estúdio de tatuagem de favor e as vezes mal tenho o que comer, mas não posso reclamar e nem lamentar. Isso por dois motivos : 1º Existem pessoas que infelizmente estão em condições piores e 2º Meu dia vai chegar, sei que Deus está sempre comigo e isso já é o suficiente. Mas não vá pensando que eu não tenho sonhos. Sonhos eu tenho e um deles é saber quem são meus pais, já que desde que eu me lembre eu vivia em um orfanato. Acontece que segundo Audrey, a diretora do orfanato onde eu vivia, eu fui encontrada por ela a beira de uma estrada, toda ensaguetada e chorando muito. O estranho é que eu não lembro de nada, muito menos de meu nome mas vezes ou outra eu tenho sonhos em que só consigo ver embassadamente uma mulher sorrindo para mim e chamando um garotinho de olhos verdes e cachinhos para brincar comigo. Sobre ele eu nada sei e sempre que faço algum esforço para lembrar dele, acabo com uma baita dor de cabeça e ainda mais confusa. Mas tem algo que é bem curioso. Se trata de um cordão dourado com uma delicada chave como pingente, para quê eu não sei, mas que ela me faz sentir melhor, isso ela faz. Infelizmente o orfanato fechou, isso já faz uns três meses, e por isso fui obrigada a dormir na rua, assim como várias outras pobres crianças como eu. Mas não reclamo, afinal, nas ruas acabei conhecendo Daniel O'donoghue, um cara muito legal dono de estúdio de tatuagem, onde durmo. Dan, como o chamo, é uma pessoal incrível, ele me faz ver que ainda existem pessoas boas no mundo e que um ser todo tatuado pode ser um verdadeiro bebezão. E ah, esse nome, "Amber" era como todos me chamavam no orfanato.

You can go the distance
You can run the mile
You can walk straight through hell with a smile
You can be the hero
You can get the gold
Breaking all the records
They thought never could be broke
Do it for your people
Do it for your pride
Never gonna know if you never even try
Do it for your country
Do it for you name
'Cause there's gonna be a day when you're..
Standing in the hall of fame
And the world's gonna know your name
'Cause you burn with the brightest flame
And the world's gonna know your name
And you'll be on the walls of the hall of fame

- ... Hey, você é surda garota?! - quase pulei de susto ao ver aquele homem com a maior cara de bravo agarrar meu braço com uma certa força.

- Está me machucando! - falei, tentando me soltar dele e quando finalmente consegui, acabei caindo de bunda no chão. Poxa, cadê a educação desse cara?!

- Fica longe da minha doceria! - ele exclamou, colocando sobre seu ombro gordo o seu trapo. - Mendigo na minha doceria nem a pau! Vá assustar ouros clientes mas não os meus!

- Prefiro ser uma mendiga do quê um gordo ridículo sem educação! - rebati, pegando meu skate e deixando aquele lugar, antes que eu acabasse fazendo besteira. É incrível como ainda em pleno século XXI ainda exista seres repugnantes como ele. Subi em meu skate e simplesmente peguei impulso pela calçada, desviando vez ou outra de algumas pessoas e latas de lixo. É como eu sempre digo: prefiro ser uma garota que se equilibra em um skate do que em um salto!

Be a champion
Be a champion
Be a champion
Be a champion
On the walls of the hall of fame
Be students
Be teachers
Be politicians
Be preachers
Be believers
Be leaders
Be astronauts
Be champions
Be truth seekers
Be students
Be teachers
Be politicians
Be preachers
Be believers
Be leaders
Be astronauts
Be champions
Standing in the hall of fame
And the world's gonna know your name
'Cause you burn with the brightest flame
And the world's gonna know your name
And you'll be on the walls of the hall of fame

Daniel On

A música "Supremacy" do MUSE tomava de conta do meu estúdio e eu ao mesmo tempo que apressava aquela criação divina de Matthew James Bellamy, estava concentrado em fazer uma tatuagem muito especial para um cliente especial. Na verdade esse cliente nada mais é que Louis Tomlinson, um dos astros da boyband One Direction. Sei que muitas pessoas fariam de tudo para estar em meu lugar, mas devo admitir de que tatuar ele me faz sentir como se fosse minha primeira tattoo, mas então me lembro de como batalhei para chegar aqui e isso me faz criar coragem para continuar. A tatuagem pedida é a volta do fiador, que  suporta grandes pressões mas também muito sensível e simples, de acordo como se desata. Tem um belo significado e sendo Louis, eu sou o único que topou fazer essa tattoo, pois a mesma é no pulso e geralmente essa é uma região dolorosa e sensível. Então se pensa que ela é fácil, engano o seu.

Wake to see, your true emancipation
Is a fantasy
Policies, risen up and overcome
The brave
Greatness dies, unsung and lost
Invisible to history
Embedded spies, brainwashing our
Children to be mean

- Dan? - ouvi aquela voz e como eu a reconheço a metros de distância, logo vi que era a Amber. Ergui meu olhar a ela, assim como Louis, que nada disse. - Ah... Desculpa, você está ocupado. - ela parecia tímida. - Eu... Eu só queria avisar que havia chegado....

- Tudo bem, já estou terminando.

- Eu, hm, já te vi em algumas revistas... - ela parecia um tanto tímida. Era quase raro vê-la assim. - Louis Tomlinson, não é? Do One Direction.

- Isso. - ele sorriu para ela, que encarava o chão. - E qual o seu nome?

- Amber e... E eu curto seu som, mesmo não sendo... bem, uma fã. Sabe, acho legal as músicas de vocês.... Vez ou outra esculto por aí....

- Fico feliz que curta nosso som e é um prazer conhecê-la. Sabe, você é a primeira garota com quem falo e que não pulou em cima de mim ou gritou.

- E isso é bom?

- Será?

- Não sei... Bom, eu não vou mais atrapalhar vocês. - ela sorriu para mim e eu retribui seu gesto, a vendo deixar a sala.

You don’t have long
I am on to you
The time, it has come to destroy
Your supremacy

- Ela trabalha aqui? - ouvi Louis perguntar enquanto passava sobre a tatuagem quase terminada um lenço, para retirar o excesso de tinta.

- Na verdade ela mora aqui. - ele parecia confuso e eu continuei. - Ela morava em um orfanato, sabe, ela teve provavelmente algum acidente e perdeu a memória. Lá, nesse orfanato, ela ganhou o nome de Amber e quando o mesmo fechou, ela passou a morar na rua e então nos conhecemos e eu a trouxe para morar comigo no andar de cima.

- Amber...

- Como? - perguntei erguendo meu olhar a ele, que logo mudou sua expressão de pensativo para sério.

- Nada.

You don’t have long
I am on to you
The time, it has come to destroy
Your supremacy