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História Sing Me To Sleep [Interativa] - Hospital


Escrita por: MadHatter94

Capítulo 14 - Hospital


Fanfic / Fanfiction Sing Me To Sleep [Interativa] - Hospital

Amber On 

 - Vai ser como uma esporada de abelha. - a enfermeira falava dando a volta em meu braço direito com uma liga de borracha. - Mas você é forte. - piscou. - Não vai ser nada. - sorri ajeitando minha cabeça no travesseiro e finalmente pude enxergar a bela morena que tinha um crachá onde tinha seu nome, que é Melissa. - Não se preocupe, só mais esse exame e provavelmente você voltará para casa. - ele arrumava o equipamento necessário. - Agora feche sua mão. 

 - Tudo bem. - com medo da agulha fiz o que ele ordenou e fechei a mão, logo a abrindo como ela havia pedido. 

 - Isso. - ela tocava meu braço, como se estivesse a procura da veia. - Relaxe seu braço, se ficar nervosa ou algo do tipo ficará ruim de achar a veia. - assenti respirando fundo e foi aí que fechei os olhos ao sentir aquela "esporada de abelha". Sei que muita gente diria que estou sendo dramática mas retirar sangue dói sim. - Estamos quase. - abri os olhos ao ouvi-la mas logo me arrependi. A seringa estava sendo cheia de sangue e dava de ver a agulha levantando minha pele. Calma Amber, vai passar. Não fica nervosa e nem se assusta. 

 - Vai demorar muito? 

 - Não, acabamos. - dito isso senti um grande alívio e com sua ajuda encostei minhas costas na cabeceira da cama, segurando aquele algodão sobre o local. - Não faça força com esse braço por enquanto e mantenha o algodão para evitar alguma irritação e até mesmo uma possível infecção. 

- Infecção? - perguntei apavorada, o que me fez apertar com mais força o algodão. Droga. - Ai. 

 - Acalme-se, tenha fé. - ele retirou minha mão do local juntamente com o algodão e entregou-me outro com o mesmo líquido frio. - Para uma garota forte você é bem assustadinha. - sorrimos. 

 - É que não estou acostumada a ter uma agulha no meu braço e tendo risco de pegar uma infecção. - balbuciei direcionando meu olhar para a janela, sorrindo ao ver aquela bela paisagem. - Hoje é...? 

 - Sábado. - ela também direcionou seu olhar para a janela. - Dias como este me faz lembrar de como era bom ir ao Park com meus pais... - ela sorriu e foi impossível não ver um brilho em seus olhos. 

 - E seus pais? Se não for perguntar de mais... 

 - Bom, minha mãe morreu no parto da minha irmã e meu pai... - ela voltou a arrumar seus equipamentos. - Meu pai tem dependência química e minha irmã tem mais ou menos a sua idade... Ela tem câncer mas para ela eu disse que era apenas um tumor. - limpou suas lágrimas e naquele momento senti vontade de chorar como ela. - Tenho de colocar remédios sem ela saber em sua comida... As vezes ela vomita sangue e eu tenho de dizer a ela que é apenas efeito do remédio.. - ela fechou seus olhos com força e então vi mais lágrimas caírem. Nem preciso dizer que aquilo me partiu o coração. - Me desculpa, eu falo de mais. - ela limpou suas lágrimas. - Você já tem seus problemas e eu te encher com os meus é demais mesmo. - ela arrumou seus equipamentos em sua bandeja e seguiu até a porta. - Qualquer coisa pode me chamar e me desculpe. 

 - Melissa. - a chamei e ela virou-se para mim com os olhos marejados. - Lembra do que você disse? Então, tenha fé. - sorri para ela que fez o mesmo. 

 - Obrigada, Amber. 

 - De nada. - dito isso a vi deixar o quarto e voltei a encarar a bela paisagem. Como eu queria não está aqui. Mas as vezes a gente tem de aprender umas coisas da maneira mais bruta, afinal, a vida é a melhor escola. 

 - Toc Toc. - a porta se abriu e em um reflexo eu direcionei meu olhar até ela, encontrando Louis. Ele tinha uma carinha bastante abatida e temo que isso seja por minha causa. Se bem que eu devo desculpas a ele. A última coisa que me lembro é de está naquela estrada debaixo de chuva e pedindo para ele se afastar. - Posso entrar? 

 - Deve assim como eu devo te pedir desculpas daquele dia. 

 - Desculpas? - ele parecia confuso. 

 - É, naquele dia que você e o Daniel me encontraram toda suja de sangue... - falar aquilo me fez pensar naquele homem e então resolvi perguntar. - Escuta, aquele... 

 - Aquele cara que estava atrás de você? - assenti o vendo sentar-se na cama. Agora minha pergunta era como ele sabia dele. - Quando você entrou no carro com o Daniel, eu o vi com um outro homem e nós tivemos uma conversa e ele foi levado para outro hospital onde foi preso. 

 - Nossa. 

 - Ele era um maníaco. Já havia atacado mais de quinze mulheres. - suspirou. - É como dizem: vazo ruim não quebra. 

 - Mas o bom é que ele está preso e não pode fazer mal a nenhuma mulher. 

 - Isso é verdade. - ele olhou para mim e senti que estava corando violentamente. - Você está bem? 

 - S-Sim. - sorri sem jeito. - Mas me desculpa. Você sabe. Aquele dia... O cara... 

 - Tudo bem. 

 - Não, não está tudo bem. Louis, você está nesse hospital à dias! Não é justo você ficar aqui por minha causa. Você tem sua vida. 

 - Não, Amber, olha... - o interrompi. 

 - Olha você... Cara, você tem sua vida, sua agenda, sua família, seus amigos, sua "namorada"- fiz aspas. - Você não pode perder mais seu tempo comigo. Me sinto muito culpada sabendo que você está perdendo seu tempo aqui, ainda mais comigo. 

 - Mas estou aqui porque me preocupo com você. - ele sorriu, fazendo ruguinhas surgir debaixo de seus olhos avermelhados. - Sabe disso. 

 - Mas eu não quero. - cruzei os braços. - Louis você me prometa que irá para casa e descansará e não me aparecerá nesse hospital. 

 - Sou tão indesejável assim? Desculpe se te incomodo. 

 - Não é isso Louis. - revirei os olhos. - É só que eu não quero que perca seu tempo aqui, nesse hospital. Quero que viva sua vida. 

- Falando assim você até parece uma velinha. 

 - Promete? 

 - Prometo. 

 Mica On 

 - Eu consigo. - falei para mim mesma suspirando, pronta para pegar impulso. - Okay Noah, pode se afastar. - pedi para Noah que fez o ordenado e feito isso, peguei impulso e me vi andando como uma pessoa normal em um skate. Eu consegui! - Hei, Noah, eu consegui! - ergui as mãos o ouvindo responder um "eu sabia". 

 - Sorvete! Quem vai querer sorvete?! - ouvi uma poderosa voz vinda de detrás de mim e arregalei os olhos ao ver uma multidão de crianças vindo em minha direção. Oh, não. 

- NOAH! - berrei tapando a cara com as mãos, só esperando a queda, até que senti fortes mãos em minha cintura e senti que havia caído em algo macio. 

 - Pode abrir os olhos. - ouvi Noah e quando finalmente abri os olhos, lá estava eu deitada no gramado com ele do meu lado. Senti-me segura e isso tudo é graças a ele. Dá para imaginar o estrago? Pobres crianças. 

 - Obrigada. - agradeci olhando naqueles olhos brilhantes que agora estavam me olhando de forma estranha... - Por quê me olha assim? Está me assustando. 

 - Porque você é linda. - ele sorriu e eu sentei-me no gramado, com um sorriso bobo e com vergonha. E isso não é bom. - Que foi? - ele sentou-se assim como eu. - Você é. 

 - Esqueceu do doente e assassina. 

 - Ah não, essa história de novo não. - ele revirou os olhos e eu o olhei confusa. 

 - Quê? Não é história, Noah. - ele me olhava e mesmo com sua cara de reprovação eu continuei. - Eu sou doente. Melissa diz que foi apenas um tumor e que estou curada, mas eu sei que não é verdade. 

 - Mica. 

 - É sério Noah. Ela me diz que essas coisas que sinto são efeito do remédio mas eu sei que não são... - suspirei. - Estou morrendo. 

 - Todos estamos morrendo aos poucos, Mica. - ele colocou a mão em meu ombro. - Todos estamos morrendo mas mesmo assim tentamos esquecer isso e focar na vida. Em viver ela enquanto podemos. 

 - Mas eu sou diferente e sabe, é até justo isso. Eu matei minha mãe, Noah. 

 - Você não matou sua mãe, Mica. - suspirou. - Ela partiu porque tinha de ser assim. Era preciso. 

 - Mas se eu não estivesse nascido minha mãe não teria morrido, meu pai não seria um viciado e Melissa não choraria todas as noites antes de dormir. 

 - O quê? 

 - É, ela pensa que eu não escuto mas eu escuto. Noah, ela chora e é tudo minha culpa. Destruí a vida de todos. 

 - Você não destruiu a vida de ninguém. Pelo contrário, você ilumina. Acha que eu era assim antes de te conhecer naquele hospital? Não. Eu era um idiota. Reclamava de tudo e não tinha Deus no coração. Mas agora eu vi que estava errado e mudei. Deixei Deus vim morar em meu coração e hoje sou um cara feliz. Ainda mais por ter você na minha vida. 

 - Você adora puxar meu saco, não é? 

 - Não. Eu adoro te ver bem. Te ver sorrindo. 

 - Eu reclamo mas adoro te ter do meu lado, seu puxa saco. - dei um fraco soco em seu braço. 

 - Ai! 

 - Dramático... 

 Yoko On 

 Just Like Fire [P¡nk] 

 Desci a longa e cansativa escadaria e peguei minha bolsa que estava sobre o sofá, conferindo se não estava esquecendo nada quando vi que Beth me olhava como sempre com desprezo. Beth Aiden é a namorada do meu pai. Eles se conheceram quando morávamos em Moscou e ela é uma bruxa. Na frente do meu pai ela é um amor mas é quando ele está longe que ela revela a verdadeira Beth. E minha mãe? Morreu durante uma missão. Ela era uma policial mesmo com meu pai dizendo para ela largar a profissão. Ela era uma mulher forte e isso é uma das coisas que mais admiro nela. Eu tinha dez anos quando ela se foi. 


 I know that I'm running out of time 

 I want it all, mmm, mmm 

 And I'm wishing they'd stop tryna turn me off 

 I want it all, mmm, mmm 

And I'm walking on a wire, trying to go higher 

 Feels like I'm surrounded by clowns and liars 

 Even when I give it all away 

 I want it all, mmm, mmm 


 - Coco. - ela sorriu do jeito nojento que sempre faz. 

 - É Yoko. 

 - Tanto faz. - jogou seu longo cabelo ruivo, sentando-se no sofá, me analisando com desprezo. - Onde vai? 

 - Não é minha mãe. 

 - Ainda bem. - riu. - Mas pergunto por curiosidade. Sabe que se dependesse de mim você estava em um internato bem longe daqui. 

 - Sei que voxê me quer longe daqui porque sabe que sou uma ameaça a seu plano de loubar o dinheiro do meu pai. - aproximei-me dela que fez sua famosa expressão de indignação. - Por favor, não se faça de vítima! 

 - Me fala, você ainda se corta? 

 - Porque? Voxê disse que não se importa. 

 - Porque eu preciso saber se tenho de continuar torcendo para você dá a sorte de cortar uma veia e morrer. 

 - E você destluir a vida do meu pai? Nunca! 


 We came here to run it, run it, run it 

 We came here to run it, run it, run it 

 Just like fire, burning up the way 

 If I could light the world for just one day 

Watch this madness, colourful charade

 No one can be just like me any way 

 Just like magic, I'll be flying free 

 I'mma disappear when they come for me 

 I kick that ceiling, what you gonna say? 

No one can be just like me any way 

 Just like fire, uh 


 - Por quê acha que sou uma bruxa? Sou tão boa e tão linda. 

 - Beleza não é tudo. - segui até a porta ignorando todos os palavrões que ele falava e a abri, deixando aquele inferno que havia se transformado minha casa. Me pergunto até quando vou ter de aturar isso. Mas se depender de mim será por pouco tempo porque não vou deixar uma pessoa boa como o meu pai cair nas mãos daquela bruxa. 

 - Yoko! - ouvi aquela pessoa me chamar e quase vomitei ao ver Peter. Não me leve à mal mas ele é um grande babaca. Sabe, se acha a melhor pessoa só porque é rico quando na verdade ele é um cuzão mimado. Não me admira Beth me empurrar para ele. 

 - Oi. 

 - Então, acabei de receber minha mesada e queria saber se você não quer ir tomar um sorvete comigo. - ele sorria convencido. - Tenho dinheiro. Eu pago. 

 - Não, obligada. - fechei o grande portão preto de grade e coloquei a chave em minha bolsa. - Vou na biblioteca. 

 - Por quê? Aquele lugar é muito chato! 

 - Gosto de livlos. 

 - Mas tudo bem, vou te dar o prazer da minha companhia. 

 - Ah, sélio? 

 - Seríssimo! 

 Eu meleço. 

 Daniel On 

 De tanto Louis e Aaron insistirem acabei aceitando voltar para casa e tomar um banho. Até que eles estavam certos. Estava precisando de um banho. Mas o que importa é que agora estou voltando para o hospital e desta vez só irei sair de lá com Amber. 

 - Ajuda! - ouvi uns gritos e sem hesitar corri em direção e encontrei um garoto bastante apavorado com uma garota desacordada nos braços. 

 - O que houve? - peguei a garota de seus braços ao ver que ele não aguentaria por muito tempo. 

 - Ela desmaiou do nada! 

 - Calma. Vamos levar ela pro hospital. - olhei em volta e vi uma senhora deixar um táxi. - Ali, vai lá, para aquele táxi. 

 O garoto saiu correndo e eu saí atrás dele com a garota desacordada em meus braços. Ele abriu a porta do táxi e eu entrei nele logo sendo seguido pelo mesmo. 

 - Hospital, urgente! 


Notas Finais


Bom, muito obrigada a todos e eu espero que tenham um ótimo ano novo pq eu sei q vcs merecem :)


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