História Sing Me To Sleep [Interativa] - Guess Who Is?

Amber On

"Abri meus olhos, vendo que algo estava errado e com uma forte dor em meu corpo retirei o cinto de segurança, o que me fez cair. Eu não sabia o que havia acontecido, onde estava e o por quê de toda aquela dor, mas tinha de sair daquele lugar.

- Ai! - gemi me arrastando para fora do carro que parecia ter capotado. Não sei muito bem, minha vista estava turva por algum motivo. - O.. O que... - virei-me em direção ao veículo que tinha capotado. Levei minha mão até minha cabeça e foi aí que vi que estava sangrando. - Meu Deus! - arregalei os olhos apavorada e quando ergui meu olhar até o veículo vi o que parecia uma mulher e um homem. Eu não sabia quem eram eles, muito menos quem eu era, mas com dificuldades me arrastei até eles, virando o rosto da mulher em minha direção e vendo seus olhos abertos porém sem vida. - Ei.. - ergui meu olhar ao homem, que estava de bruços. Ele também não se mexia e isso fez com quê meu peito esquerdo fosse tomado por uma forte dor. - NAAAAAAAAÃOOO!"

                                  ~xxxxxxxxxxxxxx~

- NAAAÃOOO! - exclamei ainda apavorada e sentei-me na cama, abraçando meus joelhos, sentindo minha vista turva. Era tudo um confuso pesadelo.

- Hey, o que houve pequena? - Daniel adentrou no quartinho, logo sentando-se ao meu lado e afagando meu cabelo. - Outro pesadelo, não foi? - assenti.

- Dan, eles estavam mortos... - as lágrimas insistiam em cair e as imagens em voltar a minha assombrar. - ... Não sei quem eram, mas eles... Eles estavam... Estavam...

- Calma pequena, eu estou aqui e tudo não passou de um pesadelo. - me abraçou e eu retribui seu gesto, deixando as lágrimas caírem de vez.

- Dan...

- Eu vou ficar aqui, não tenha medo. - beijou o topo de minha cabeça. Aos poucos meu coração foi voltando ao normal pois como sempre Daniel tinha o poder de me acalmar, me fazer sentir segura e isso é algo que eu admiro nele, sabe, são poucas as pessoas que fariam metade do que ele faz.

                      Manhã seguinte

Louis On

Mentira. Eis uma pequena palavra de grandes e devastadoras consequências. E pensar que eu sempre desprezei ela e as pessoas que ela me contavam mas agora sou obrigado a viver uma e o que tornar tudo pior é as milhares de garotas que estou machucando com essa maldita palavra. Tudo para a mídia, para manter as aparências, para pagar de casal perfeito, para ser quem eu não sou.

- Você quer parar com a porra desse cigarro?! - Désiré surssurou e eu apenas revirei os olhos. Désiré Lamartine é a "minha namorada" perante a mídia, tudo graças a um contrato. Lamartine é uma atriz parisiense bastante conhecida e que segundo Simon é a garota perfeita para "Louis Tomlinson do One Direction". Sim, ela é bonita mas não é alguém com quem eu manteria um relacionamento, assim como Danielle Campbell. Para falar a verdade nem sei qual é a pior e o porquê de eu ter aceitado o contrato. Ah, é, lembrei, eu não tenho que querer. - Você é surdo?!

- Devo lembrar que você não manda em mim? - perguntei com as sobrancelhas arqueadas e com o cigarro entre os dedos. - É apenas perante a mídia.

- Danielle estava certa. - revirou os olhos, voltando sua atenção a xícara de café a sua frente. - Você é um grande merda que nem para ser namorado de mentira serve.

- Eu também não queria esse contrato, okay? - a olhava com a maior cara de mosca morta. Poxa, é pedir de mais uma garota que realmente vala a pena arriscar tudo? Por falar nisso, lembrei da garota do estúdio de tatuagem... Amber, um belo nome para uma bela garota. Ela sim parece ser alguém de verdade, sabe, aquelas pessoas que simplesmente vivem a vida sem ligar para o que a porra da sociedade vai falar ou pensar. Também já fui assim, vivia minha vida do meu jeito mas logo Simon e seus contratos conseguiram matar aquele Louis que só queria se divertir cantando com seus amigos. Simon e a sociedade perfeccionista, claro.

- E pensar que esse contrato vai durar mais alguns meses... Vou ficar louca!

- Problema o seu. - dei de ombros, vendo-a me fuzilar com os olhos. - Quê? Quanto mais rápido esse contrato acabar, melhor será.

- Você só fica calado, okay? - levantou-se e antes que eu pudesse raciocinar, o cigarro estava sendo jogado na lixeira. Quem essa vadia pensa que é?

- Se tem amor a sua vida, nunca tire cigarro de Louis Tomlinson e Louis Tomlinson do cigarro.

- Levanta, vamos embora.

- Eu mereço. - bufei retirando o dinheiro suficiente para pagar o café e deixando-o sobre a mesa. Como sou obrigado a tudo, passei um braço em volta da cintura de Désiré e forçando um sorriso assim como ela, seguimos em direção a saída. As portas foram abertas por Paul e em questão de segundos os flashs iluminavam tudo e eu tinha a cabeça baixa, o contrário de Désiré, que ama aparecer.

- Na verdade sim. - ergui meu olhar até Désiré, que tinha um largo e falso sorriso em seus lábios. - Nós estamos muito felizes, Louis é o namorado dos sonhos e creio que não fico atrás como namorada.

- Claro que não baby. - forcei um sorriso. Deus, o que aconteceu com você Louis Tomlinson? Não sei, não sei.

- Louis Tomlinson, o que você tem a declarar sobre a sua ex, Danielle Campbelll? - que foi tudo uma mentira, assim como é com Désiré!

- O passado é passado mas eu realmente espero que ela seja feliz assim como eu estou sendo.

- E para as Directioners?

- Bom, para elas eu digo que sou muito grato por estarem sempre comigo e peço desculpas por todas as vezes em que fiz elas chorarem. - enfim un pouco de verdade. - Eu amo muito todas elas, independente de classe social, cor, raça... Enfim, são todas incríveis.

- Louis Tomlinson e Désiré Lamartine, vocês pensam em, futuramente, casamento? E filhos?

- Isso se.. - a interrompi, pois sei que ela falará merda.

- Creio que seja muito cedo para isso. - sorri sentindo seu olhar queimar em mim. - Ainda temos muito o que viver, somos muito jovens para isso. - saí caminhando, arrastando Désiré. - Enfim é só isso, tenham um bom dia e até mais.

- Senhores. - Paul abriu a porta do veículo e logo adentramos no mesmo, finalmente acabando com todo ele teatrinho que só me dá vontade de vomitar tamanho o nojo que sinto de mim mesmo.

- Louis posso saber po..

- Não vem que não tem! - coloquei o cinto, ignorando completamente aquela ser desprezível que infelizmente estava ali do meu lado.

Harry On

Estava jogado no sofá, quando peguei a revista e como sempre, Taylor estava a dar declarações sobre o término do nosso relacionamento. Porra, essa garota não sabe o que significa terminar um relacionamento? Até quando vou ter de conviver com ela no meu pé?

- "Taylor Swift quando perguntada sobre o seu ex, Harry Styles (One Direction), afirma: 'Por mais que Harry tenha me machucado, eu ainda sinto algo por ele... ' e essas foram as únicas palavras ditas pela loira."

Agora sou eu quem digo: I knew you're trouble, Taylor.
O problema não era eu, mas sim o ciúme possessivo de Taylor. Cara, a garota tinha ciúmes de mim até com os meninos e com a minha princesinha Lux. Tipo, ela é uma maluca! Mas tudo bem Harry, vocês não estão mais juntos e uma hora ela para, certo? Certo.
Levantei-me jogando a revista para qualquer canto, um dos lados bons de se morar sozinho. Segui até as escadas, subindo para meu quarto. Abri a porta e segui até o criado-mudo, pegando o desgastado diário rosa com um delicado lacinho dourado, assim como o cadeado que me impedia de lê-lo. Se você pensou que ele era da (S/n), sim, acertou. Ela me deu ele antes de partir....

Flashback

- E se você gostar de lá e não querer voltar mais? - fiz biquinho.

- Hazz, você é meu melhor amigo. - suas pequeninas mãos foram para minha bochecha e eu tenho certeza que fiquei mais vermelho que um tomate. - Sempre voltarei para você.

- Promete?

- Prometo. - abriu sua mochila, retirando dela seu diário. - Olha, pode ficar com ele. - entregou-me o mesmo e eu a olhei confuso. Ela não desgrudava dele e agora estava me dando ele?

- Mas é o seu diário.

- Sim e ele vai ficar com você. - sorriu. - Mas se está pensando em lê-lo, pode ir parando por aí porque a chave vai comigo. - ergueu o delicado cordão dourado com uma pequena também dourada chavezinha. Era linda.

- Vamos filha? - a mamãe da (S/n) a chamou e ela logo colocou a mochila novamente em suas costas e antes que eu pudesse fazer algo, seus lábios estavam em minha bochecha. Permaneci estático enquanto ela sorridente acenava seguindo até o carro.

Flashback Off

Logo tratei de limpar as lágrimas que insistiam em cair ao ouvir o celular anunciar que uma mensagem havia chegado. Ainda sobre o efeito daquelas memórias e com o diário em mãos peguei o aparelho logo identificando como a única pessoa que sempre corta os climas tensos: Niall Horan.

Joguei o aparelho sobre a cama e segui até o criado-mudo, onde guardei o diário dentro de uma gaveta e segui até meu closet. Agora a pergunta é: O que vestir? Espera, isso soou muito gay... Mas bom, eu não sou gay, então.. Dane-se.

Amber On

- Dan, desculpa por ontem... - encarava os meus all stars surrados. Seria melhor que encarar Dan depois de ter mais uma vez atrapalhado sua noite com meus pesadelos sem sentido. - Foi mal mesmo...

- Não precisa se desculpar, pequena. - senti sua mão erguer meu rosto e sorri fraco encarando seus belos olhos. - Eu sou seu amigo e é isso que os amigos fazem, certo? - assenti recebendo de Dan um beijo no topo da cabeça. Ele é mesmo um fofão. - Agora porque não tomamos café? Fiz torradas, suco de laranja e pão com ovo. - ergueu seu olhar até mim. - Sei que não é lá o melhor mas.. - o interrompo.

- Mas eu sou muito grata e acho que você também deveria ser. - desfiz o abraço, coloquei meu skate no chão e sentei-me a mesa. - Você não vai comer?

- Claro. - sorriu sentando-se a minha frente e logo se servindo com o suco. Já eu peguei uma das torradas e bastou uma mordida para quê eu me desmanchasse toda igual margarina. Cara, Dan é a versão masculina da Ana Maria Braga. - Eu conheço essa carinha... Seria a de "eu não gostei, você é um péssimo cozinheiro"?

- Essa é a de "Cala a boca que você é a Ana Maria Braga na versão masculina." - sorrimos. Ou melhor, gargalhamos. Somos dois bobões mesmo e daí? Somos bobões mas somos felizes, diferente de algumas pessoas. - Agora é sério, como vai com o estúdio? Sabe que se precisar de qualquer ajuda, pode me chamar.

- Mesmo tendo tatuado "Louis Tomlinson do One Direction"... - ele fazia aspas com a mão. -.. As coisas não vão lá essas coisas mas dá de ir levando.

- Mas vai melhorar, afinal, Deus não cria perdedores. - pisquei para ele que sorriu timidamente. E por falar em Louis Tomlinson, ele parece ser legal, bonito sei que ele já é. Não só eu mas milhares de garotas... Hora de botar o pé no chão Amber. - Bota um pouco de suco para mim? - pedi a Dan que logo pegou um copo e quando ele estava destraido com o suco aproveitei e peguei de seu prato uma torrada. Fazer o quê se ele é um ótimo cozinheiro e eu uma morta de fome?

- Aqui está. - entregou-me o copo que logo fiz questão de virar de uma vez, sentindo aquele líquido maravilhoso descer por minha garganta. - Você pegou minha torrada?

- E.. - arrotei. - Foi mal, mas não. Eu não peguei sua torrada. - levantei-me tentando não rir da careta dele, mas foi impossível.

- Foi você sua pestinha!

- Você quer ela de volta? - peguei meu skate o vendo pegar pão com ovo que estava sobre um prato. - É só esperar algum tempo.

- Muito engraçadinha mas não. Faço mais depois. - olhou-me de cima a baixo. - E você vai onde gata desse jeito?

- Dar uma volta... Sei lá, pensar um pouco na vida... Sabe, Ficar bilionária e me casar com o David Beckham.

- Antes traz ele aqui. Quero ver se aprovo ele.

- Pode deixar. - depositei um beijo no topo de sua cabeça já seguindo até as escadas. - Te amo Dan e muito obrigada por existir.

- Faço minha suas palavras e tenha cuidado, sabe que nesse mundo de hoje infelizmente todo mundo é suspeito até que se prove o contrário.

- Okay Daddy. - zombei e o ouvindo rir desci as escadas com uma certa pressa e como tenho a cópia das chaves apenas abri a porta dos fundos e a fechei novamente. Ainda rindo do jeito bobo de Dan subi no meu skate e peguei impulso seguindo no estreito beco que é entre o prédio do estúdio e um duplex.

- Bom dia Amber! - ergui meu olhar até o outro prédio e do segundo andar aquela senhorinha fofinha acenava para mim com um largo sorriso.

- Bom dia Sra. Conelly! - a respondi. A Sra. Conelly é um amor de pessoa, uma senhorinha irlandesa que mora sozinha com seu papagaio, o Dickey. Mas se engana quem pensa que ela é solitária e triste. Muito pelo contrário.
Peguei mais impulso e desci a rua desviando de algumas pessoas e até mesmo veículos. No percurso encontrei Alex e Nancy, um casal de escritores muito gentis, James, o gari e Joshua, o jornaleiro. Todas pessoas simples porém de corações de ouro e é isso o que importa, pelo menos para mim. Mais algumas ruas e impulsos e lá estava eu parada na pista de skate que como sempre estava lotada de adolescentes como eu.

- Sai da frente garota! - Kateryne passou por mim quase levando meu ombro. Kateryne é daquele tipo de garota mimadinha que se acha melhor que todos por conta do dinheiro de sua família. Mas mal sabe ela que quando morrer não vai levar nada com ela, a não ser seus pecados. Logo senti mãos atrapalhando minha vista.

- Adivinha quem é?