História Sing Me To Sleep [Interativa] - Urgently

                       Manhã seguinte.

Amber On

- ... E eu disse sim. - levei a colher com cereal até minha boca vendo Dan andar de um lado para o outro com a mão na cara. Não sei para quê tanto drama. Vamos apenas sair. É normal, pessoas saem todos os dias e isso não quer dizer que são um casal. Afinal, Louis tem namorada e nunca que um astro como ele que só namora garotas lindas vai olhar com interesse para mim, uma garota que não sabe o próprio nome, louca e pobre.

- Eu não acredito que você disse sim. - Dan parou a minha frente colocando suas duas mãos sobre a mesa. - Amber você sabe que ele tem namorada, não sabe? Sabe que eles têm muitos fãs, não sabe? Sabe que irão falar coisas horríveis de você, não sabe?

- Eu sei Dan. - assenti retirando a colher de minha boca. - Mas só vamos sair, não vamos fazer nada de mais. - dei de ombros. Não sei o Porquê de tanto exagero. - Sair como amigos.

- Amigos? - sorriu irônico. - Amber, nenhum homem quer só amizade de uma mulher. - seus olhos estavam fixos em mim e eu apenas levei mais uma vez a colher com cereal para a boca. - Ainda mais quando essa mulher é você, Amber. - fez uma pausa. - Você é linda, inteligente, sonhadora, forte... Você tem tudo o que um homem procura em uma mulher e olha só, Louis Tomlinson é um homem!

- Dan! - exclamei já sem paciência. - Eu sei que você se preocupa comigo porque gosta de mim mas eu sei me cuidar. - coloquei uma de minhas mãos sobre a dele. - Dan, confia em mim.

- Eu confio em você Amber. - assentiu agora um pouco mais calmo. Ufa, a fera está domada. - Mas não nele e na impressa.

- Dan, ele namora Désiré Lamartine que é considerada uma das mulheres mais sexy do mundo sem falar que é uma atriz de muito prestígio! - já estava sem paciência e uma dor de cabeça um pouco fraca mas que só estava piorando minha situação. - E eu Dan? Eu sou uma garota simples, sou pobre, nada sei sobre mim mesma, se não fosse você eu nem sei se estaria viva. - ele me ouvia cabisbaixo. - Agora me diga, para quem ele vai olhar? Désiré, é claro.

- Amber você não precisa ser chamada e considerada uma estrela quando você é uma estrela. - fez uma pausa. - Uma estrela de brilho único e que não precisa está na mídia para brilhar.

- Pena que nem todos pensam como você, Dan. - sorri para Dan que sorriu em resposta. - Mas não se preocupe, eu sei me cuidar, confie em mim, não deixarei ele dar uma de espertinho.

- E se ele der, Amber? - ergueu seu olhar até o meu. - E se ele tentar algo com você? E se ele pensar que você é como as outras vadias? E se ele machucar você, Amber?

- Eu arranco o piupiu dele Dan e quanto a me machucar, acho pouco provável. - dei de ombros. Não tem como ele me machucar e só será um encontro entre amigos. Se é que somos amigos... Bom, você me entendeu.

- Sou mesmo um chato né? - bufou puxando a cadeira à frente e sentando-se na mesma.

- Claro que não. - sorri para ele. - Você só está se preocupando comigo e isso é um bom sinal.

- E eu me preocupo mesmo porque você não é minha amiga, é uma irmã que a vida me deu.

- Eu te amo Dan.

- Eu te amo Amber.

Aquelas palavras me trouxeram um arrepio e uma sensação estranha. Como se fosse um dejavu ou uma lembrança.

Flashback

- você não quer me falar como foi o seu dia, meu anjo? - a bela mulher sorria acariciando minha face. Sorri com sua carícia e puxei mais o edredon, cobrindo-me do frio.

- Foi legal. - assenti com um sorrisinho bobo. - Conheci um garotinho chamado Harry.

- E como ele é?

- Ele tem cachinhos igual o da cachinhos dourados, tem olhos verdes e quando sorrir surgem covinhas nas bochechinhas dele. - a mulher sorriu. - Ele disse que somos amigos.

- Que bom que vocês se deram bem. - ela depositou um beijinho em minha testa. - Eu te amo meu anjo.

Flashback Off

Fechei meus olhos com força tamanha foi a dor de cabeça que senti com aquela lembrança. Senti Dan apertar minha mão e ainda de olhos fechados apertei sua mão. Eu não sabia quem era aquela mulher e muito menos aquele tal Harry que quase sempre estava em minhas lembranças.

- Amber, você está bem? - ouvir Dan me fez voltar de meus devaneios. - Amber?

- Dan eu.. - a pontada em minha cabeça só aumentou a dor. - Dan..

- Amber, fala para mim, o que você está sentindo?

- Uma dor de cabeça Dan. - levei minhas mãos a cabeça.

- Outra lembrança com aquele tal Harry? - assenti. - Amber isso está ficando mais estranho a cada dia que passa. Tenho que te levar ao médico.

- Não Dan, não precisa. - massageava minha testa com minhas mãos. - Só me dá uma aspirina que passa.

- Amber tomar aspirina sempre não dá certo. - ele levantou-se seguindo até o armário. - Vamos procurar um médico. - Dan entregou-me um copo com água. - Depois que terminar aqui quero que vá para seu quarto e descanse. Você precisa.

- Não posso..

- Não estou pedindo mocinha. Estou mandando.

Aaron On

Desde criança meu pai me dizia que um dia eu encontraria uma garota que faria meu coração acelerar e eu ficar sem chão mas eu nunca pensei que encontraria essa garota tão fácil assim. Para falar a verdade eu nunca pensei que o que ele me falava era verdade até Amber aparecer. Ah, doce Amber... Lembro-me como se fosse ontem que a vi pela primeira vez.

Flashback

- Dan eu achei muito louco esse desenho aqui. - ergui a folha na qual Daniel havia desenhado uma caveira com uma rosa entre os dentes. Dan é realmente muito talentoso.

- Você acha? - ele se aproximou e eu assenti.

- Dan, eu.. - ouvi aquela voz e rapidamente ergui meu olhar até a direção da voz. Assim que o fiz encontrei uma bela garota com uma blusa três vezes maior que ela, que tinha suas mãos brincando com a barra da mesma e os olhos baixos. - Desculpa, não sabia que tinha visita.

- Não Amber, não precisa ficar envergonhada. - Dan seguiu até a garota passando um braço em seu ombro. - Olha, esse é o Aaron.

- Olá Amber. - sorri para a garota que iluminou todo o estúdio com um sorriso.

- Olá Aaron.

- Amber é uma garota que conheci a pouco tempo mas que parece que conheço a séculos. - Dan falava mas eu só tinha atenção para Amber. Ela é muito linda e eu já gosto dela. Disso não tenho dúvidas.

Flashback Off

Desde aquele dia Amber e eu começamos a nos falar e quando dei por mim já estávamos andando de skate juntos. Para mim a melhor parte do dia é quando estou com ela, sabe, eu gosto muito dela mas não tenho coragem o suficiente para falar isso. Na verdade tenho medo de falar o que sinto para ela e ela se assustar e nunca mais querer me olhar na cara e esse risco eu não quero correr. Não posso perdê-la.

- Olha se não é o carinha do falsete. - Kateryne sentou-se no banco a minha frente e eu automaticamente revirei os olhos. Kateryne só pode me amar porque é direto no meu pé.

- O que você quer hein Kateryne? - perguntei pegando meu livro de matemática da mesa.

- Você é tão mal comigo, Aaron. - fez biquinho. Fala sério, alguém fala para essa garota sair daqui? - É culpa daquela Amber, não é?

- Primeiro: Olha como fala da Amber e segundo: Você faz por onde eu te tratar assim.

- Eu não faço não.

- Faz sim. - levantei-me colocando a mochila nas costas. - Você age como se fosse melhor que tudo mundo quando na verdade você não passa de uma garota mimadinha desprezível. - a lancei um último olhar pegando o caderno da mesa e seguindo até o prédio. Kateryne definitivamente é um pé no saco.

Harry On

Como sempre lá estava eu sentado no sofá que tinha no estúdio de gravação da Sony mas com a cabeça em outro lugar. Sim, as palavras da minha mãe me tiraram o sono e fizeram encarar uma realidade da qual eu sempre fugi: A morte da (S/n). Sei que a mãe está certa mas não é fácil aceitar que aquela garotinha de delicados lacinhos cor de rosa está morta. Não é fácil aceitar que alguém que eu amo esta morto. A morte não é fácil.

- Eu escrevi uma parte mas preciso saber da opinião de vocês. - Liam tirou-me de meus pensamentos ao sentar-se ao meu lado com um violão.

- Canta aí. - Niall pediu/ordenou do outro sofá onde ele estava deitado bem a vontade. É isso o que acontece quando Simon não está aqui.

- Tudo bem. - Liam ajeitou o violão em suas pernas e logo começou a tocar. - My hands, your hands tied up like two ships... Drifting, weightless, waves try to break it.. I'd anything to save it, why is it so hard to say it... E então, o que acharam?

- Está ótimo. - assenti um tanto surpreso não por Liam ter pensado nisso porque ele que escreve a maioria das músicas, mas sim pela letra, pela sensibilidade e sentimentos que ela traz.

- O que está ótimo? - Zayn adentrou no espaço empurrando Niall do sofá. Dois folgados. Se merecem.

- A parte da música que o Liam fez. - Niall explicava com os olhos fixos no braço de Zayn que tinha uma nova tattoo. - Wow, essa tatuagem tá muito legal!

- É, eu sei. - sorriu convencido. Agora pronto, Niall deu corda. Agora Zayn vai se achar por um longo tempo.

- Achei legal. - Liam sorriu. - E você Harry? O que achou?

- Achei que ficou bom. - dei de ombros. O corpo é dele então que faça o que quiser com ele.

- Bom dia seres humanos. - Louis adentrou mais feliz que o normal. - Como vão?

- Se livrou da Désiré? - perguntei o vendo sentar-se entre Liam e eu. Só podia ser esse o motivo de tamanha felicidade.

- Antes fosse. - revirou os olhos pesadamente. - Digamos que hoje eu acordei de bom humor.

- Tem garota na parada. - Niall já vai começar a investigar. - Vamos, quero nome, sobrenome, endereço... Pode ir falando tudo!

- É Amber. - Zayn comentou como quem não quisesse nada. - A amiga gata do tatuador.

- Não é não.

- Louis você tem de ter cuidado. - Liam como sempre o Daddy. - Você está "namorando" com a Désiré e se souberem de você e essa Amber, é o seu fim e da garota também.

- Agora ninguém dorme mais.

- Amber.- sorri malicioso para Louis que me deu como resposta um tapinha na nuca. Todos riram menos eu que fiz minha melhor cara de tédio.

- Tudo bem meninos, é o seguinte. - Simon adentrou no estúdio e por instinto os meninos e eu logo ficamos sérios e em poses de cavaleiros. - Vocês pelo jeito não conseguiram escrever nada, não é? Eu já devia esperar por isso mas... - o interrompi. Não sei de onde surgiu tanta coragem.

- Simon. - ele assim como todos ali me olhou. - Liam escreveu uma parte e se você nos der mais um tempinho nós terminamos a música.

- Ah, é? - cruzou seus braços sobre seu peito em uma pose de superioridade.

- É.

                              Horas depois...            

Daniel On

Chame-me como quiser mas por mim Amber não saia com Louis. Sei que ele é uma boa pessoa mas tenho medo do que pode acontecer com Amber caso alguém os veja. Me preocupo muito com minha pequena, não quero ter de ouvir falarem coisas horríveis sobre ela, não quero que ela sofra. Sabe, me sinto obrigado a protegê-la.

- Amber? - com uma leve batida a chamei mas não obtive resposta. Talvez ela esteja dormindo... - Amber eu vou entrar, está bem? - aos poucos fui abrindo a porta e assim que a fiz, meu coração parou. - AMBER! - corri até a garota que estava caída ao chão desacordada.
Estava desesperado, Amber não se mexia, sua respiração estava fraca e seu pulso eu já quase não sentia. Eu não acreditava no que estava vendo, minha pequena estava ali naquele chão. Não, calma Daniel. Leve-a para o hospital, procure por ajuda urgente! Isso!
Sem mais hesitar a peguei em meus braços e desci as escadas com pressa. Deixei o prédio a procura de alguém que pudesse me ajudar e foi aí que vi uma Land Rover preta estacionar a minha frente. Estava pronto para falar algo mas antes que eu o fizesse o vidro do carro foi abaixado revelando Louis.

- Meu Deus! - ele estava apavorado assim como eu que me aproximei do veículo. - O que aconteceu?!

- Preciso levar Amber para o hospital e é com urgência!

- Entra aí.